O Gazeta Wyborcza deste fim de semana traz como manchete principal as eleições parlamentares, que acontece no próximo domingo, com o título "A oito dias das eleições - Senhores PO? Senhores PiS?". O país continua dividido entre os dois maiores partidos, o PO - Plataforma Cívica e PiS - Direito e Justiça.
o jornal traz ainda um pesquisa de opinião que aponta o partido do atual presidente da República Bronisław Komorowski e do primeiro-ministro Donald Tusk com 31%, seguido do partido presidente falecido Lech Kaczyński com 22%.
A surpresa destas eleições é o Movimento Palikot, em torno do deputado Janusz Palikot com 7%, à frente do SLD do ex-presidente Aleksander Kwaśniewski com 6% e do PSL, também com 6% das intenções de voto.
Segundo o Wyborcza, o PO representa estabilização, paz e pragmatismo, enquanto o PiS levanta emoções boas e ruins, mas sempre fortes.
O jornal publica duas reportagens para responder às duas perguntas da manchete.
Na primeira, "Senhores PO?", Em qual Polônia acordaremos no dia 10 de outubro de 2011, se o PO ganhar a eleição? Será um Estado no qual o poder busca evitar conflitos e não interfere muito na vida dos cidadãos. Após quatro anos de governo Donald Tusk, este tem repetido que não é prisioneiro de doutrina alguma, porque assim são as exigências da política moderna. Especialmente em uma crise - destaca - o apego a uma ideologia impede que se possa reagir.
Já na segunda matéria "Senhores PiS?, o jornal repete declaração de Aleksander Smolar, chefe da Fundação Stefan Batory, que diz que para Jarosław Kaczyński (gêmeo do presidente falecido), a política é a arte da emoção, a consistência da mensagem não é o mais importante. Kaczyński é talvez o único político que pode contradizer-se repetidamente e manter o rótulo sobre si de forma consistente. Em julho de 2008, por boicotar o Sejm (Câmara dos Deputados), Jarosław anunciou: "Em um país onde tais coisas acontecem, a democracia já não existe e a situação começa a se parecer com a da Bielorrússia".
E o que deseja o PiS? Ele também quer reflorestar a Polônia ("principalmente com florestas mistas") e construir barragens para melhorar a gestão da água, da polícia e da guarda municipal. O PiS também quer um referendo sobre a adoção da moeda Euro.
Já o PO, depois de quatro anos de Tusk quer manter um governo sem o choque da reforma, porque como ele diz, esta reforma não foi feita "para ferir as pessoas." As reformas não têm sempre que doer, como ficou evidenciado, no fato do PO perder apoio, após ter reduzido a pensão dos aposentados, em 15 pontos sua posição nas pesquisas.
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