segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Promotor militar tenta suicídio em Coletiva de Imprensa na Polônia


A Polônia está chocada com a tentativa de suicídio cometida pelo coronel do exército Mikołaj Przybył logo após a coletiva de imprensa concedida por ele, hoje pela manhã, na cidade de Poznań.  Przybył reuniu a imprensa para apresentar explicações do vazamento de informações sobre as investigações da tragédia de Smolensk (Rússia), onde morreu o ex-presidente Lech Kaczyński e outras 95 pessoas.
O coronel, que é o promotor militar que chefia as investigações do acidente aéreo, está internado no hospital e não corre risco de vida. O disparo atingiu sua própria cabeça, mas um exame de tomografia revelou que não há motivos para maiores preocupações por parte da família, "Sua vida não corre perigo", anunciou ao meio dia (horário local), o dr. Lesław Lenartowicz,diretor-presidente do Centro Médico do Hospital de Poznań.
O que exatamente aconteceu para que o promotor militar atentasse contra a própria vida, após o comunicado que fez perante os jornalistas é o que se perguntam os polacos, desde o Presidente da República Bronisław Komorowski, até o morador de rua. Komorowski tão logo soube do fato ordenou a imediata apuração.
Conforme imagens do evento realizadas pela cobertura da TVN 24, o promotor militar leu a declaração sobre o vazamento da informações da investigação da tragédia de Smolensk. Visivelmente emocionado o coronel explicou a acusação em que o também promotor Marek Pasionka teria divulgado material sob investigação da Comissão Militar Polaca, encarregada de elucidar as causas do acidente com a comitiva presidencial polaca, em abril de 2010, em viagem a Katyń.
O coronel disse que a atitude do promotor Pasionka estava longe de ser profissional. "Investigações polacas sobre agentes de países estrangeiros não podem ser ditas em conversas de restaurantes", afirmou Przybył.
O coronel concluiu sua manifestação e em seguida, agradeceu e dispensou os jornalistas. Levantou-se e se dirigiu a janela, enquanto os jornalistas saiam da sala. Depois de alguns segundos, ouviu-se um tiro sendo disparado. Os jornalistas retornaram e encontraram o promotor deitado no chão, ao lado de uma poltrona e mesa ao lado da janela. O chão tinha uma poça de sangue em torno da cabeça do coronel estendido. Ao seu lado, uma arma. O resgate foi chamado e os jornalistas tentaram reanimá-lo, já que ainda havia pulsação. Assista ao vídeo, em que é mostrado o depoimento do coronel, a saída dos jornalistas, o som do tiro e a volta dos jornalistas à sala:




O líder do principal partido da oposição, Jarosław Kaczyński - irmão gémeo do presidente morto - acusou o governo do atual primeiro-ministro Donald Tusk de conivência com a Rússia ocultando as verdadeiras causas do desastre.
O procurador geral da Polônia, Andrzej Seremet, disse em conferência de imprensa em Varsóvia que discordava de algumas declarações feitas por Przybyl durante a coletiva de imprensa.
Serement afirmou que promotores militares agiram certo ao exigir os registos telefônicos dos celulares de jornalistas que teriam ouvido e retransmitido via sms as informações de Pasionka sobre as investigações de Smolensk. Eles infringiram a lei ao buscar o acesso às mensagens de texto. 
"Esse caso está sendo acompanhado com tanta emoção, chegando a uma histeria desnecessária, a meu ver", disse Serement.

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