Em entrevista a televisão TVN24, o ex-presidente Lech Wałęsa afirmou que em sua opinião, muitas coisas não devem ser contabilizados para a General Jaruzelski, porque não se sabe as razões que o levaram a tomar a decisão mais difícil. "Em face da morte devemos se comportar de forma humana, pois ainda estamos corrigindo, construindo e devastando".
Disse ainda que "geração após geração o General participou da traição. Traiu-nos em 1939, traiu-nos em 1945. O que esta geração teve para escolher? Alguns entraram para comunismo, talvez para esmagá-lo a partir de seu interior, outros por medo de atrapalhar suas carreiras, outros ainda por outras razões".
Wałęsa lamentou que "gostaria que o general abordasse, que dissesse o que levou às decisões difíceis que tomou, mas não teve sucesso", e acrescentou que após cada tentativa dele os polacos o acusaram de trair os ideais. Os polacos na hora de seu enterro querem protestar. Eu não gosto disso". E disse mais: "Um País livre tem instituições para contabilizar e assegurar. E eles precisam de contabilizar isto. Os polacos têm o direito de discordar, mas nós não podemos lutar por cada coisa".
Wałęsa disse que o estado da democracia polaca e europeia parecem ruim, mas as pessoas não entendem o que significa a liberdade e a democracia.
"Eu queria que estivesse organizada de forma diferente. Não foram dadas a mim fazer isso, porque a Polônia está em tal estado em que ela é assim", disse ele.
O ex-presidente acrescentou que seu filho Jarosław foi eleito para o Parlamento Europeu. "Meu filho é realmente capaz e trabalhador. Ele tem todos as condições para ser muito melhor do que eu. Estou contente por ele ter ganho, porque ele pode servir dignamente a Polônia até mais do que seu pai."
Jarosław Wałęsa foi eleito para o parlamento europeu nas eleições realizadas no último domingo pela Platforma Obywatelska, o mesmo partido do atual presidente e primeiro-ministro da Polônia.
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