Com o objetivo de derrubar os muros que separam a música erudita da música popular, o Sesc Sorocaba recebe até sexta-feira (5) o 1º Festival Sesc de Música de Câmara.
A abertura da mostra ocorre hoje, às 20h, com apresentação do Quarteto Lutosławski, da Polônia.
Formado em 2007, por jovens músicos dedicados em reverenciar o legado musical de Witold Lutosławski (1913 - 1994), considerado o mais importante compositor polaco desde Chopin, o Quarteto já se apresentou nos mais importantes festivais de música erudita do mundo, incluindo Festival Ensemble, da Alemanha, e o Festival Klara, na Bélgica.
Além de resgatar peças deixadas por Lutosławski, o quarteto é conhecido por interpretar obras do período clássico, como Beethoven e Brahms, e contemporâneo, como Shostakovich, Mykietyn e Panufnik, de maneira atual e vigorosa.
O quarteto polaco também se destaca no cenário da música de câmara internacional por executar composições próprias, assinadas pelo segundo violinista Marcin Markowicz.
No programa elaborado para o concerto de Sorocaba, o quarteto tocará "Quarteto em lá menor", de Robert Schumann; "Quarteto de cordas nº 3", de Markowicz; Cinco peças para quarteto de cordas, de Erwin Schulhoff e "Quarteto em sol menor", de Claude Debussy.
Além de Markowicz, o Quarteto Lutosławski é composto por Bartosz Woroch (primeiro violino), Adam Newman (viola) e Maciej Młodawski (violoncelo).
Todos os músicos do grupo também atuam como líderes de naipe na Orquestra Filarmônica de Wrocław, na Polônia.
Os ingressos variam entre R$ 12 (sócios do Sesc) e R$ 40 (inteira) e podem ser adquiridos na bilheteria da unidade ou no site www.sescsp.org.br.
O evento ocorre simultaneamente em 10 unidades do Sesc - SP, tanto da capital quanto do interior e litoral, e terá um total de 44 concertos.
Conforme explica Cláudia Toni, curadora do festival, a programação tem como objetivo promover a desmistificação da música de concerto e o fluir dos vários modos de fazer música. "Esses adjetivos que são dados à música de concerto, como "erudita" ou "culta" são bobagens porque criam a conotação de que é algo intransponível e difícil de entender, o que não é verdade. O prazer e o encantamento da música é acessível a todos. Esses muros que separam [a música popular da música de concerto] são artificiais. E uma das propostas do festival, com concertos na capital e no interior, é ajudar a derrubar esses muros", explica.
Amanhã, em Sorocaba, o Festival Sesc de Música de Câmara prossegue com duas apresentações do quinteto de sopros Calefax, da Holanda.
Mais informações podem ser obtidas no site www.musicadecamara.sescsp.org.br
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