O presidente russo, Vladimir Putin, disse em uma entrevista exibida na quinta-feira (8/2) que a Rússia não tem interesse em invadir “a Polônia, a Letônia ou qualquer outro lugar” e disse que falar que Moscou poderia fazer isso seria espalhar ameaças.
Putin fez os comentários durante entrevista de duas horas com o apresentador de televisão norte-americano Tucker Carlson, gravada, em Moscou, na terça-feira (6/2).
Questionado se poderia imaginar um cenário em que enviaria tropas russas para a Polônia, membro da OTAN. Putin respondeu:
“Apenas em um caso: se a Polônia atacar a Rússia. Por que? Porque não temos interesse na Polônia, na Letônia ou em qualquer outro lugar. Por que faríamos isso? Simplesmente não temos qualquer interesse.”
A entrevista foi realizada, em Moscou, na terça-feira, e transmitida no tuckercarlson.com. Putin falou em russo e seus comentários foram dublados para o inglês. O presidente russo começou com longos comentários sobre as relações da Rússia com a Ucrânia, com a Polônia e com outros países.
Segundo o Kremlin, Putin concordou com a entrevista de Carlson porque a abordagem do ex-apresentador da Fox News é diferente da reportagem “unilateral” sobre o conflito na Ucrânia feita por muitos meios de comunicação ocidentais.
Há em acredite que Carlson tem ligações estreitas com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, que está, no momento, pleiteando ser o candidato do Partido Republicano nas eleições presidenciais do próximo mês de novembro nos EUA. Trump apelou à desescalada da guerra na Ucrânia, que a administração Biden apoiou fortemente o governo do presidente ucraniano Volodymyr Żeleński, mas reclamou das centenas de milhões de dólares em ajuda enviados até agora àquele país criado, em 1922, por Vladimir Lênin.
Carlson disse que grande parte da cobertura da guerra pela mídia ocidental é tendenciosa a favor de Kiev.
As declarações de Putin, na qual descarta a ideia de invadir a Polônia ou a Letônia, "não têm qualquer credibilidade", considerou no dia seguinte, sexta-feira (9/2), o vice-primeiro-ministro e ministro da defesa polaco, Władysław Kosiniak-Kamysz.
Segundo Kosiniak-Kamysz, "a Polônia tem deveres a cumprir como Estado-membro da Otan e da União Europeia. A Polônia e as suas autoridades têm, acima de tudo, compromissos para com os seus cidadãos", disse ele.
A Polônia compartilha fronteira com a Ucrânia, país que a Rússia invadiu no final de fevereiro de 2022. Como resultado dessa ofensiva, Varsóvia empreendeu um plano milionário para reforçar as suas capacidades de defesa, ao qual atribui até 4% do seu Produto Interno Bruto (PIB).
"Façamos o nosso trabalho, preparemo-nos para situações diferentes, não podemos baixar a vigilância por nada, e palavras como essas, claro, não contribuirão para isso, muito pelo contrário", sublinhou Kosiniak-Kamysz perante a imprensa em Varsóvia.
Fontes: CNN e AFP
A Polônia compartilha fronteira com a Ucrânia, país que a Rússia invadiu no final de fevereiro de 2022. Como resultado dessa ofensiva, Varsóvia empreendeu um plano milionário para reforçar as suas capacidades de defesa, ao qual atribui até 4% do seu Produto Interno Bruto (PIB).
"Façamos o nosso trabalho, preparemo-nos para situações diferentes, não podemos baixar a vigilância por nada, e palavras como essas, claro, não contribuirão para isso, muito pelo contrário", sublinhou Kosiniak-Kamysz perante a imprensa em Varsóvia.
Fontes: CNN e AFP
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