sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A cada vez mais atraente Varsóvia


Uma capital cada vez mais dinâmica, onde grupos internacionais e "startups" procuram um lugar. Varsóvia é uma das cidades europeias com um maior ritmo de desenvolvimento. Conheça as razões que tornaram a capital da Polônia num pólo privilegiado de negócios.

O ritmo de desenvolvimento de Varsóvia, traduz-se na concentração do maior número de estabelecimentos comerciais na Europa Central, totalizando mais de 4,5 milhões de metros quadrados. Há aqui mais de 27 mil empresas de capital estrangeiro.

Em 1992, a General Electric tornou-se numa das primeiras multinacionais a abrir uma filial nesta cidade. Hoje em dia, conta com cerca de 6.500 funcionários no país que trabalham nos setores da aviação, energia, equipamento médico e tecnologias de informação.

“Passados 25 anos, temos a noção de que foi uma decisão acertada vir para aqui e que levou até a uma expansão da nossa atividade, uma vez que o capital humano é excecional. Há vários recursos disponíveis aqui tanto para as startups, como as grandes empresas. Há um acesso privilegiado a profissionais bem preparados e dispostos a trabalhar”, afirma Beata Stelmach, diretora executiva da GE Polônia.

“Toda mundo gosta de sair em Varsóvia”

Varsóvia acolhe 30% das cerca de 2.400 "startups" polacas. A Startup Poland é uma ONG que ajuda projetos empresariais a darem os primeiros passos. “Estamos em plena expansão, mas o crescimento ainda podia ser maior. Promovemos trocas de conhecimentos e de boas práticas entre empreendedores. Criámos pontos de encontro, como o centro de criatividade, onde decorre o nosso programa de desenvolvimento”, declara a responsável, Julia Krysztofiak-Szopa.

E esse programa consiste em delinear o potencial comercial de cada "startup", identificar o alcance internacional, fornecer acompanhamento específico e incentivar à interação entre projetos. Ao mesmo tempo, os responsáveis municipais apostam em parcerias entre grupos internacionais e empresas polacas.

Segundo Michał Olszewski, vice-presidente da Câmara de Varsóvia, “a cidade de Varsóvia está tentando juntar grandes marcas, grandes empresas, com startups, lançando programas onde todos possam colaborar na resolução de problemas, que muitas vezes são questões que dizem respeito a nós, enquanto representantes municipais. As principais razões para uma empresa se instalar em Varsóvia são a acessibilidade do mercado, uma força de trabalho bem preparada e boa infraestrutura, que promovem a qualidade de vida desta cidade”.



A capital polaca atrai cada vez mais turistas: em 2015, contaram-se mais de 6,5 milhões de visitantes, que procuram também os diversos eventos culturais que caraterizam esta cidade. Além disso, tem tido igualmente muita procura no chamado turismo de negócios, que se reflete na organização de congressos, por exemplo.

O francês Philippe Godard veio viver em Varsóvia há 4 anos. Trabalha como diretor do hotel Sofitel. “Desde 2012, ano em que se organizou o Campeonato Europeu de Futebol, o interesse por Varsóvia cresceu bastante. E é um interesse tanto na área do lazer, como no turismo de negócios”, salienta.

Philippe nos levou numa visita guiada por um dos seus lugares favoritos, uma espécie de mercado cheio de restaurantes, numa cidade que já o seduziu completamente.

É uma cidade extremamente moderna, muito aberta. Comparando com outras cidades, há aqui uma atmosfera um pouco à americana. E é uma mistura muito interessante. Por um lado, uma cultura europeia antiga e, por outro, a modernidade e energia americanas. Toda mundo gosta de sair em Varsóvia, tanto no verão, como no inverno. A grande diferença é que, no verão, as pessoas vão passear ao ar livre. No inverno, vão passear, mas em espaços interiores. Temos aqui um exemplo: estamos no meio da semana e isto aqui está cheio de gente. Há vida. As pessoas também costumam ir a casa dos amigos, mas gostam de sair. Os polacos são muito sociáveis. Sente-se muito em Varsóvia esta vontade de descobrir outras culturas, de abertura em relação aos outros”, considera.

Texto publicado em Euronews

Assista o vídeo desta reportagem da TV Euronews

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

A decisão surpreendente do Vaticano: Jędraszewski

O arcebispo Jędraszewski substituirá o cardeal Dziwisz em Cracóvia.
Foto de Marcin Stpie

O novo cardeal metropolitano de Cracóvia será o Arcebispo Marek Jędraszewski, de Łódź. Ele vai substituir o Cardeal Stanisław Dziwisz que vai se aposentar.

O longevo secretário particular do Papa João Paulo II, Dziwisz já deveria ter se aposentado há dois anos, quando completou 75 anos de idade em abril de 2014, ano da canonização de João Paulo II. O Papa Francisco permitiu-lhe dirigir a diocese até o fim da Jornada Mundial da Juventude.



Dziwisz ficou muito mais tempo, porque a Polônia mudou seu Núncio Apostólico. E é o Núncio quem determina o preenchimento de vagas nas dioceses. Na verdade, ele nomeia depois de uma consulta com os bispos locais e sacerdotes da diocese, que aponta três candidatos. Entre estes, o Papa escolhe seu favorito (mas pode também escolher alguém de fora desta lista).

Dom Salvatore Pennacchio é o novo núncio, na Polônia, desde 31 de outubro. O Papa Francisco o nomeou no lugar do arcebispo. Celestino Migliore, que depois da Jornada Mundial da Juventude foi enviado para as missões na Rússia.

A nomeação em Cracóvia é a primeira decisão pessoal Arcebispo Pennacchio. 

O Arcebispo Jędraszewski "primus eterna"?

O Arcebispo Marek Jędraszewski tem 67 anos de idade. Em 1997, ele era bispo auxiliar. Estudou em Poznań, Cracóvia e Roma. Desde 2002 é professor de filosofia.

Jędraszewski inicialmente foi considerado um clérigo aberto e moderno. Defendeu sua tese de doutorado em 1979. Nela, escreveu sobre as realizações de Emmanuel Levinas, um filósofo francês que foi inspiração para os estudos de Jozef Tischner.