
quinta-feira, 1 de maio de 2008
quarta-feira, 30 de abril de 2008
Políticos desacreditados
O jornal Rzeczpospolita publicou hoje uma pesquisa de opinião sobre os políticos polacos. As perguntas eram: Em quem você acredita? e... De quem você mais espera no futuro? O atual primeiro-ministro Donald Tusk foi o melhor colocado com 19%. O Presidente Lech Kaczyński teve 4% e o ex-ministro da Justiça, deputado Zbigniew Ziobro, 3%. Mas 58% dos pesquisados disse não ter nenhum político em quem confiar. A reportagem Politykom dziękujemy (politicom djiencuiemi - politicos obrigado) não foram lembrados os políticos de esquerda, nem para desacreditá-los nem para elogiá-los, visto que com exceção do vice-primeiro ministro e ministro da economia Waldemar Pawlak com 2% do Partido Polskie Stronnictwo Ludowe (Partido do Povo Polaco) todos os demais são ou de extrema-direita, ou de centro-direita, como é o caso de Tusk. Não foram citados os ex-comunistas presidente Aleksander Kwaśniewski, e os ex-primeiros-ministros Leszek Miller e Marek Belka e nem mesmo o anti-comunista e conservador Lech Wałęsa (lérrrhh wauensa),

Sopa de cogumelos polaca

Em Cracóvia, pelo menos dois restaurantes são especialistas em fazerem as duas mais deliciosas sopas de cogumelos da cidade servidos dentro de broas, o U Babcia Malina (Na Vovozinha Amora) e o Chłopskie Jadło (Cozinha camponesa). São o que há de melhor por estas bandas!
Os cogumelos selvagens, ou silvestres fazem parte da comida polaca há séculos. Os cogumelos, na Polônia, são chamados comumente de grzyb (gjib).
Mas se o garçon trouxer Zupa Borowinikowa não discuta achando que erraram no seu pedido, pois borowik é uma espécie de cogumelo, apenas.
E se ouvir pieczarkowa, saiba que se trata de cogumelo branco e não amarronzado. Pieczarka seria o que os franceses chamam de champignons... ah, sim! E aqui não são chamados de shiitake, maitake, shimeji, pois não se está no Japão e tampouco em São Paulo. Nem mesmo são conhecidos como funghi.
Outro dia conversando com um produtor de cogumelos de Radzin Podlaska, cidade no Leste da Polônia, este confessou que os funghi secchi importados pelo Brasil dirtamente da Itália, na verdade são grzyby (gjibuf - está no plural) da Polônia, mais precisamente de seu quintal.
Sim, ele exporta para a Itália sua produção! Ali os italianos os embalam e reexportam para o Brasil como sendo genuinamente italianos. E os brasileiros comem cão por lebre. Perguntei ao produtor, por que ele não exporta diretamente para o Brasil como sendo, o que na verdade são,ou seja, cogumelos polacos!
Ele respondeu: "Porque não encontro compradores... importadores lá! Parece que os brasileiros pensam que cogumelo só existe na Itália e no Japão. Pensam assim que no mundo só existe funghi e shiitake. Deve ser porque as duas maiores colônias de imigrantes de São Paulo sejam italiana e japonesa. Mas como eu só quero exportar, pouco me importa que os brasileiros pensem estar comendo funghi italianos quando na verdade são os meus grzyby aqui da Podlaska". Informações a parte, vamos a uma autêntica receita de sopa de cogumelos polaca:
Mas se o garçon trouxer Zupa Borowinikowa não discuta achando que erraram no seu pedido, pois borowik é uma espécie de cogumelo, apenas.
E se ouvir pieczarkowa, saiba que se trata de cogumelo branco e não amarronzado. Pieczarka seria o que os franceses chamam de champignons... ah, sim! E aqui não são chamados de shiitake, maitake, shimeji, pois não se está no Japão e tampouco em São Paulo. Nem mesmo são conhecidos como funghi.
Outro dia conversando com um produtor de cogumelos de Radzin Podlaska, cidade no Leste da Polônia, este confessou que os funghi secchi importados pelo Brasil dirtamente da Itália, na verdade são grzyby (gjibuf - está no plural) da Polônia, mais precisamente de seu quintal.
Sim, ele exporta para a Itália sua produção! Ali os italianos os embalam e reexportam para o Brasil como sendo genuinamente italianos. E os brasileiros comem cão por lebre. Perguntei ao produtor, por que ele não exporta diretamente para o Brasil como sendo, o que na verdade são,ou seja, cogumelos polacos!
Ele respondeu: "Porque não encontro compradores... importadores lá! Parece que os brasileiros pensam que cogumelo só existe na Itália e no Japão. Pensam assim que no mundo só existe funghi e shiitake. Deve ser porque as duas maiores colônias de imigrantes de São Paulo sejam italiana e japonesa. Mas como eu só quero exportar, pouco me importa que os brasileiros pensem estar comendo funghi italianos quando na verdade são os meus grzyby aqui da Podlaska". Informações a parte, vamos a uma autêntica receita de sopa de cogumelos polaca:

Ingredientes:
* 4 colheres de sopa manteiga sem sal
* 2 xícaras cebolas cortadas
* 1 quilo de cogumelos selvagens fatiados (grzyb ou borowik)
* 2 colheres de chá endro seco
* 1 colher de sopa de páprica
* 1 colher de sopa de molho de soja (shoyo)
* 2 xícaras de caldo de carne
* 1 xícara de leite
* 3 colheres de polvilho
* 1 colher de chá de sal
* pimenta-do-reino a gosto
* 2 colheres de chá de suco de limão
* 1/4 xícara salsa fresca cortada
* 1/2 xícara nata azeda
Preparo:
1. Derreta a manteiga em uma panela grande em fogo médio. Doure as cebolas na manteiga durante 5 minutos. Adicione os cogumelos e doure por mais 5 minutos. Adicione o endro, páprica, shoyo e o caldo de carne. Reduza para fogo baixo, cubra, e deixe por mais 15 minutos no fogo.
2. Em uma tigela pequena separada, bata o leite e o polvilho. Coloque na panela ao fogo e misture. Cozinhe por mais 15 minutos, mexendo ocasionalmente.
3. Finalmente, adicione sal, pimenta-do-reino, suco de limão, salsa e nata azeda. Misture tudo e deixe cozinhar em fogo baixo aproximadamente de 3 a 5 minutos. Sirva imediatamente.
terça-feira, 29 de abril de 2008
Cracóvia engarrafada

As 10 maiores empresas polacas

Fotógrafas polacas 6

Weronikaé formada em história da arte, gráfica pela cracoviana ASP e bolsista na Sorbone. Fotógrafa é também curadora da Galeria de Arte "Camelot”.
segunda-feira, 28 de abril de 2008
E o campeão perdeu

Jan Urban, treinador do Legia, nem quis saber destas pendengas e muito menos o atacante Maciej Rybus, que meteu dois gols na rede do campeão. Com o resultado, o Legia de Varsóvia ficou mais próximo do vice-campeonato e mais próximo da Copa da UEFA.
Quanto ao time de Cracóvia, o título impede seus dirigentes de ver o mal que é ter um treinador que se acha superstar e único responsável pelo título.
Antes da partida ele dizia que na Polônia não existe time para se defrontar com seu clube... "precisamos jogar com equipes de outros países, pois aqui não tem ninguém que possa nos vencer". Depois da derrota, ele saiu com essas "Não é comum perder. Ultimamente isto ocorreu somente ano passado. No primeiro tempo cometemos muitos erros, tanto enquanto equipe quanto individualmente. Depois, no começo do segundo tempo, houve desconcentração. Deveríamos controlar mais o jogo. Tivemos também o dissabor de um cartão vermelho e uma penalidade não marcada. Nos jogos anteriores a sorte sempre nos acompanhou. Hoje se voltou contra nós."
Quanto ao time de Cracóvia, o título impede seus dirigentes de ver o mal que é ter um treinador que se acha superstar e único responsável pelo título.

Antes da partida ele dizia que na Polônia não existe time para se defrontar com seu clube... "precisamos jogar com equipes de outros países, pois aqui não tem ninguém que possa nos vencer". Depois da derrota, ele saiu com essas "Não é comum perder. Ultimamente isto ocorreu somente ano passado. No primeiro tempo cometemos muitos erros, tanto enquanto equipe quanto individualmente. Depois, no começo do segundo tempo, houve desconcentração. Deveríamos controlar mais o jogo. Tivemos também o dissabor de um cartão vermelho e uma penalidade não marcada. Nos jogos anteriores a sorte sempre nos acompanhou. Hoje se voltou contra nós."
Na foto, Maciej Skorża, treinador do Wisła Kraków.
Soldados polacos temem atirar
STRACH STRZELAĆ - TEMEM ATIRAR.
A Síndrome de Nangar Khel. Soldados têm medo de partir em missão e o comandante do exército anuncia que jogará fora o uniforme, se o tribunal de Bielska julgar os soldados acusados de crimes de guerra em Nangar Khel. O Chefe do comando general Wójcik: -Será necessário dissolver o exército?
Oito de meses depois de tragédia, em Nangar Khel, no Afeganistão, onde a balas de um morteiro polaco matou oito civis, entre estes crianças, que o exército polaco está em crise. Tudo porque, os sete comandantes de Bielska, sentem-se apreensivos com a ameaça de julgamento por crimes de guerra. A acusação é do promotor público.
Oito de meses depois de tragédia, em Nangar Khel, no Afeganistão, onde a balas de um morteiro polaco matou oito civis, entre estes crianças, que o exército polaco está em crise. Tudo porque, os sete comandantes de Bielska, sentem-se apreensivos com a ameaça de julgamento por crimes de guerra. A acusação é do promotor público.
E agora é só esperar até ...


domingo, 27 de abril de 2008
Esquentando para o título

(In)tolerância nas ruas de Cracóvia

A Marcha da Tolerância atravessou o centro de Cracóvia, neste sábado. Os manifestantes se concentraram na Plac Matejki e marcharam em direção ao Rynek (praça central da cidade). Não faltaram intolerantes que das janelas das Kamiennice (prédios) jogassem nos manifestantes ovos, tomates e pedras. Antes da chegada da parada gay à praça central a polícia teve problemas para dispersar membros da "Młodzieży Wszechpolskiej", da NOP e falsos torcedores que esperavam para atacar os integrantes da Marcha da Tolerância. Seis pessoas foram detidas entre os mebros da NOP.
Entre os apoiadores da marcha estavam mães que disseram a reporteres que "Minha filha é lésbica", "radical revolução do Sexualismo", "o que duas mães não é uma", "dois pais não é um", "Racionais da liberdade não só sexual".
Por sua vez os contrários gritavam: "No Rynek cracoviano não virão nunca os gays". E incitavam turistas e outros que curtiam o céu azul e o sol brilhante nas mesas dos bares e restaurantes ao ar livre: "Quem não pula é homossexual", e pulavam alto para demonstrar suas contrariedades pela marcha. Finalmente com a ajuda da polícia a marcha com muitas bandeiras coloridas encerrou-se diante da estátua do poeta Adam Mickiewicz.
Entre os apoiadores da marcha estavam mães que disseram a reporteres que "Minha filha é lésbica", "radical revolução do Sexualismo", "o que duas mães não é uma", "dois pais não é um", "Racionais da liberdade não só sexual".
Por sua vez os contrários gritavam: "No Rynek cracoviano não virão nunca os gays". E incitavam turistas e outros que curtiam o céu azul e o sol brilhante nas mesas dos bares e restaurantes ao ar livre: "Quem não pula é homossexual", e pulavam alto para demonstrar suas contrariedades pela marcha. Finalmente com a ajuda da polícia a marcha com muitas bandeiras coloridas encerrou-se diante da estátua do poeta Adam Mickiewicz.
Fotógrafas polacas 5

sábado, 26 de abril de 2008
Palácios dos Jarosiński
Aqui num quadro exposto no Museu Nacional em Cracóvia (III-r.a. 3044 - teka Podole) se pode ver o panorama visto desde o rio Bug do Palácio Jarosiński (anteriormente Kalityński) junto a igreja dominicana de São Miguel (com duas torres) e de uma igreja Ortodoxa (com uma torre e uma cúpula), em Tywrów (local com propriedades da famíia Jarosiński). No quadro se pode ler a data de 4 de setembro e a inscrição: Tywrów. Jarosiński, Koczubej. Tywrów G. Podolska. A denominação Tywrów tem origem na tribo eslava que vivia nas margens do rio Bug (atualmente em territorio ucraniano). A propriedade pertenceu anteriormente a família Kaletyński com o porta-estandarte Bracławski que também pertenceu a família Jarosiński.
Igreja paroquial Espírito Santo e Palácio Jarosiński em Dzygówka, na voivoda polaca de Bracław, delta do Rio Bug, no atual território da Ucrânia. Incrições: Data Dzygówka 11 de janeiro. Stanisław Jarosiński - Stanisław Jaroszyński; Podole Dzygówka, mansão e igreja paroquial. Exposto no Muzeum Narodowe, Kraków. III-r.a. 2962. (Teka Podole).
A família Jarosiński também possuía propriedades nas localidades de Babin e Jaroszewice (atual voivoda de Lublin), em kotostowice (atualmente na Ucrânia), em Łucki, em Jaroszyń, em Miastkówka, Kuna, Dzwonichy, Kliszczów, Gryzyniec, Dzwonich, Kliszczów, Kublicz, Balabanówka, Jabłonowice, Skibin, Antopol, Krzyżopol, Wapniarka e em outras localidades dos atuais territórios da Polônia, Ucrânia e Lituânia.
As duas aquarelas são obra do pintor Napoleon Orda, natural de Worocewicze k. Pińska em 1807 e falecido em Varsóvia em 1883.
A família Jarosiński também possuía propriedades nas localidades de Babin e Jaroszewice (atual voivoda de Lublin), em kotostowice (atualmente na Ucrânia), em Łucki, em Jaroszyń, em Miastkówka, Kuna, Dzwonichy, Kliszczów, Gryzyniec, Dzwonich, Kliszczów, Kublicz, Balabanówka, Jabłonowice, Skibin, Antopol, Krzyżopol, Wapniarka e em outras localidades dos atuais territórios da Polônia, Ucrânia e Lituânia.
As duas aquarelas são obra do pintor Napoleon Orda, natural de Worocewicze k. Pińska em 1807 e falecido em Varsóvia em 1883.
Novo nome para os campos da morte
O Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO decidiu aceitar o pedido do governo polaco e mudou o nome do campo de concentração "Auschwitz-Birkenau" localizado a 65 km de Cracóvia, na Polônia. De acordo com a proposta apresentada pelo governo da polaco, a denominação oficial do campo paasa a ser “Auschwitz-Birkenau - Campo de concentração e extermínio da Alemanha nazista (1940-1945)”.
O campo foi o maior criado pelos alemães durante a II Guerra Mundial e é o único inscrito na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO. A proposta e conseqüente mudança de nome foi uma reação contra a freqüência cada vez maior dos meios de comunicação mundial de publicar, anunciar e/ou sugerir aberta ou subliminarmente que os campos hitleristas foram “campos polacos de extermínio”.
Ratificado pela UNESCO, o novo nome apresentar de forma inequívoca a verdade histórica sobre o real caráter do campo e quem foram os criadores, mantenedores e executores, ou seja, o regime nazista da Alemanha.
O novo nome também tem função educativa para as novas gerações, principalmente no exterior e mesmo, para os estudantes de segundo grau de Israel, que todo mês de abril realizam escursões para a Polônia para visitarem os campos de concentração. Quando chegam aqui se perguntam: Mas como, o campo de Auschwitz-Birkenau fica na Polônia? Então foram os polacos que mataram nossos ancestrais? Tanto isto é verdade, que ano passado aconteceu em Tel Aviv um encontro mundial para discutir a questão.
O campo foi o maior criado pelos alemães durante a II Guerra Mundial e é o único inscrito na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO. A proposta e conseqüente mudança de nome foi uma reação contra a freqüência cada vez maior dos meios de comunicação mundial de publicar, anunciar e/ou sugerir aberta ou subliminarmente que os campos hitleristas foram “campos polacos de extermínio”.
Ratificado pela UNESCO, o novo nome apresentar de forma inequívoca a verdade histórica sobre o real caráter do campo e quem foram os criadores, mantenedores e executores, ou seja, o regime nazista da Alemanha.
O novo nome também tem função educativa para as novas gerações, principalmente no exterior e mesmo, para os estudantes de segundo grau de Israel, que todo mês de abril realizam escursões para a Polônia para visitarem os campos de concentração. Quando chegam aqui se perguntam: Mas como, o campo de Auschwitz-Birkenau fica na Polônia? Então foram os polacos que mataram nossos ancestrais? Tanto isto é verdade, que ano passado aconteceu em Tel Aviv um encontro mundial para discutir a questão.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Wisła Kraków: Campeão antecipado!!!

Minhas viagens pelo território da Polônia em busca de documentos para brasileiros descendentes de polacos tem causado interrupção no blog...nem todos os dias tenho acesso a Internet. Assim acabei não noticiando ainda que o campeão da temporada 2007/2008 do campeonato polaco de futebol é o centenário clube de Cracóvia, o Wisła Kraków (vissúa crácuf) dos brasileiros Cleber e Jean Paulista. Com semanas de antecedência o clube de Cracóvia venceu com folga sobre o segundo colocado, que ainda não foi definido já que três equipes podem chegar ao título de vice-campeão, entre eles o inimigo natural Legia de Varsóvia. Nesta sexta-feira os dois jogos, mas o clube de Cracóvia, apesar do título antecipado, não quer a companhia do inimigo, por isso deve fazer de tudo para ganhar a partida, mesmo na casa do inimigo.
Também não pude reproduzir aqui a intensa discussão ocorrida no início da semana no congresso nacional da Polônia sobre a cidadania concedida ao jogador brasileiro do Legia Warszawa, Roger Guerreiro. Unânimes os deputados criticaram duramente o presidente da República ao ceder à pressão da Federação de Futebol e em menos de 3 semanas conceder a regalia a um relés jogador estrangeiro. Comentários de deputados foram reproduzidos pelas emissoras de rádio, tais como: "polacos que vivem atualmente na Bielorrússia, Ucrânia, Moldávia e Cazaquistão passam por um demorado processo para provar que ou nasceram na Polônia, ou descendem de polacos. O próprio presidente Kaczyński demora dois anos para decidir dar uma resposta aos pedidos e agora um jogador de futebol recebe em 2 semanas aquilo que por direito deveria ser dado a um descendente."
Outro mais exaltado propõe reverter a decisão presidencial ou caçar a cidadania concedida ao brasileiro Roger: "Não é possível aceitar algo assim. Se este jogador não for convocado para jogar na Euro 2008, ou se for muito mal, a solução é tirar esta cidadania dele, já que foi só um arranjo. Será que não temos um jogador polaco para defender nossa seleção?
Também não pude reproduzir aqui a intensa discussão ocorrida no início da semana no congresso nacional da Polônia sobre a cidadania concedida ao jogador brasileiro do Legia Warszawa, Roger Guerreiro. Unânimes os deputados criticaram duramente o presidente da República ao ceder à pressão da Federação de Futebol e em menos de 3 semanas conceder a regalia a um relés jogador estrangeiro. Comentários de deputados foram reproduzidos pelas emissoras de rádio, tais como: "polacos que vivem atualmente na Bielorrússia, Ucrânia, Moldávia e Cazaquistão passam por um demorado processo para provar que ou nasceram na Polônia, ou descendem de polacos. O próprio presidente Kaczyński demora dois anos para decidir dar uma resposta aos pedidos e agora um jogador de futebol recebe em 2 semanas aquilo que por direito deveria ser dado a um descendente."
Outro mais exaltado propõe reverter a decisão presidencial ou caçar a cidadania concedida ao brasileiro Roger: "Não é possível aceitar algo assim. Se este jogador não for convocado para jogar na Euro 2008, ou se for muito mal, a solução é tirar esta cidadania dele, já que foi só um arranjo. Será que não temos um jogador polaco para defender nossa seleção?

segunda-feira, 21 de abril de 2008
Será que pula?

Pior para os negócios da Polônia

E abaixo da foto principal do Papa Bento XVI: Papa reza em intenção do 11 de setembro.
Atletiba no Paranaense

domingo, 20 de abril de 2008
Guerreiro já tem passaporte
Andei viajando muito nas últimas três semanas. Fui em busca de certidões de polacos nascidos há mais de um século nos confins da Polônia. Assim em alguns dias deixei de publicar informações neste blog, bem como algumas notícias da Polônia acabei não anotando.
Mas aproveito para fazer o registro, mesmo que tardio de que o Presidente Lech Kaczyński, que leva até dois anos para confirmar ou não a cidadania de um legítimo descedente de polaco, em menos de dois meses, assinou a decisão de conceder ao brasileiro (sabe-se se lá de que descendência) Roger Guerreiro, a cidadania polaca.
Não só assinou como fez questão de posar com o "gajo paulista" com camisas da seleção polaca (já com o nome do brasileiro nas costas) para fotos ao lado do jogador do Legia Warszawa.
Realmente é triste para aqueles que amam a Polônia e que a duras penas aprenderam o segundo mais difícil idioma do mundo, que cantam em prosa e verso o orgulho que sentem pela terra dos seus avôs receber uma notícia desta.
Todas as exigências que devem ser cumpridas por quem ostenta un sobrenome terminado em nski... Os formulários que têm que preencher, as taxas, as buscas de documentos... para no fim ouvir de funcionários deste governo que o ancestral nasceu quando a Polônia estava ocupada por nações estrangeiras e portanto, não tem direito a cidadania, a passaporte, a carteira de identidade e que pode sim entrar na Polônia, mas só para os regulamentares três meses de turista. Morar em terras polacas ostentando o nski não é para estes descendentes de pobres polacos que oprimidos não tiveram outra alternativa do que emigrar para sobreviver.
Alguns pensam que casando com uma polaca, ou um polaco vão conseguir a tal cidadania que vai lhes permitir trabalhar em paz na Inglaterra. Mas nem estes conseguem a cidadania.
Contudo, para o lateral-esquerdo Roger, ex-Corinthians, nada disto deve fazer a menor diferença. Ele nem deve nem ter preenchido formulários em idioma polaco (mesmo porque ele só sabe falar dobra e pilka), mas mesmo assim, já ganhou a cidadania polaca e segundo os mais exaltados corintianos ele pode vir a ser destaque na próxima Eurocopa.
O jogador de qualidade mediana, que nunca entrou em nenhuma das listas dos melhores da semana do campeonato polaco caiu nas graças do treinador holandês da seleção polaca, disse estar feliz da vida com a certidão de cidadão na mão. O Presidente Lech Kaczyński depois de entregar o "diploma de cidadão", posou para fotos e desejou boa sorte e sucesso para o brasileiro.
Roger para quem não se lembra "queimou-se" no Timão numa partida contra o River Plate, no Morumbi, válida pela Libertadores em 2003. O técnico era Geninho, que no decorrer do jogo, gritou para o lateral que marcava o enjoado DAlessandro. "Pega, pega, pega". Roger não teve dúvidas: meteu o pé no meio do argentino e foi expulso de campo. Depois disso foi foi parar no Flamengo, sagrando-se campeão carioca.
Acabou, sem saber porque, na fria Polônia, onde outros brasileiros se destacavam a cada rodada no campeonato. Bons jogadores como Andradina, Cleber, Jean Paulista e Edson (que já estava jogando no Legia). Edson, sim é um ótimo jogador, mas que infelizmente não foi observado pelo holandês que classificou a Polônia pela primeira vez para uma final de Eurocopa. Com status de herói, o holandês Benhakker agora pode tudo, inclusive conseguir que um obscuro jogador brasileiro ganhe rapidamente o que muitos outros brasileiros sonham anos conseguir: serem chamados de polacos, não só porque possuem sobrenome herdados de bisavôs imigrantes da Polônia, mas porque poderiam viver sem problemas burocráticos de controle de passaporte na terra que botou no mundo tantos avôs e bisavôs Kazimierz, Bolesław, Piotr, Tomasz, Wiktoria, Jan, Adam, Agnieszka, Karol, Katarzyna, que acabaram nas florestas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Mas como disse um funcionário do governo da Polônia: "Cidadania não é questão de sangue, cabelos loiros, olhos azuis, mas apenas um procedimento administrativo, que implica em pagar impostos e dar algo em troca para o Estado". Neste caso, vestir a camisa da seleção de futebol da Polônia no campeonato de seleções da Europa 2008, na Áustria e Suíça.
P.S. Será que se o novo polaco de "carteirinha" der vexame vai ter cassada a cidadania que o Presidente da República Polaca lhe deu com sorrisos?
Mas aproveito para fazer o registro, mesmo que tardio de que o Presidente Lech Kaczyński, que leva até dois anos para confirmar ou não a cidadania de um legítimo descedente de polaco, em menos de dois meses, assinou a decisão de conceder ao brasileiro (sabe-se se lá de que descendência) Roger Guerreiro, a cidadania polaca.

Realmente é triste para aqueles que amam a Polônia e que a duras penas aprenderam o segundo mais difícil idioma do mundo, que cantam em prosa e verso o orgulho que sentem pela terra dos seus avôs receber uma notícia desta.
Todas as exigências que devem ser cumpridas por quem ostenta un sobrenome terminado em nski... Os formulários que têm que preencher, as taxas, as buscas de documentos... para no fim ouvir de funcionários deste governo que o ancestral nasceu quando a Polônia estava ocupada por nações estrangeiras e portanto, não tem direito a cidadania, a passaporte, a carteira de identidade e que pode sim entrar na Polônia, mas só para os regulamentares três meses de turista. Morar em terras polacas ostentando o nski não é para estes descendentes de pobres polacos que oprimidos não tiveram outra alternativa do que emigrar para sobreviver.
Alguns pensam que casando com uma polaca, ou um polaco vão conseguir a tal cidadania que vai lhes permitir trabalhar em paz na Inglaterra. Mas nem estes conseguem a cidadania.
Contudo, para o lateral-esquerdo Roger, ex-Corinthians, nada disto deve fazer a menor diferença. Ele nem deve nem ter preenchido formulários em idioma polaco (mesmo porque ele só sabe falar dobra e pilka), mas mesmo assim, já ganhou a cidadania polaca e segundo os mais exaltados corintianos ele pode vir a ser destaque na próxima Eurocopa.
O jogador de qualidade mediana, que nunca entrou em nenhuma das listas dos melhores da semana do campeonato polaco caiu nas graças do treinador holandês da seleção polaca, disse estar feliz da vida com a certidão de cidadão na mão. O Presidente Lech Kaczyński depois de entregar o "diploma de cidadão", posou para fotos e desejou boa sorte e sucesso para o brasileiro.
Roger para quem não se lembra "queimou-se" no Timão numa partida contra o River Plate, no Morumbi, válida pela Libertadores em 2003. O técnico era Geninho, que no decorrer do jogo, gritou para o lateral que marcava o enjoado DAlessandro. "Pega, pega, pega". Roger não teve dúvidas: meteu o pé no meio do argentino e foi expulso de campo. Depois disso foi foi parar no Flamengo, sagrando-se campeão carioca.
Acabou, sem saber porque, na fria Polônia, onde outros brasileiros se destacavam a cada rodada no campeonato. Bons jogadores como Andradina, Cleber, Jean Paulista e Edson (que já estava jogando no Legia). Edson, sim é um ótimo jogador, mas que infelizmente não foi observado pelo holandês que classificou a Polônia pela primeira vez para uma final de Eurocopa. Com status de herói, o holandês Benhakker agora pode tudo, inclusive conseguir que um obscuro jogador brasileiro ganhe rapidamente o que muitos outros brasileiros sonham anos conseguir: serem chamados de polacos, não só porque possuem sobrenome herdados de bisavôs imigrantes da Polônia, mas porque poderiam viver sem problemas burocráticos de controle de passaporte na terra que botou no mundo tantos avôs e bisavôs Kazimierz, Bolesław, Piotr, Tomasz, Wiktoria, Jan, Adam, Agnieszka, Karol, Katarzyna, que acabaram nas florestas do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Mas como disse um funcionário do governo da Polônia: "Cidadania não é questão de sangue, cabelos loiros, olhos azuis, mas apenas um procedimento administrativo, que implica em pagar impostos e dar algo em troca para o Estado". Neste caso, vestir a camisa da seleção de futebol da Polônia no campeonato de seleções da Europa 2008, na Áustria e Suíça.
P.S. Será que se o novo polaco de "carteirinha" der vexame vai ter cassada a cidadania que o Presidente da República Polaca lhe deu com sorrisos?
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