quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Rydzyk - o padre poderoso da Polônia

O Padre Tadeusz Rydzyk é um personagem da Polônia democrática que acredita piamente nos dogmas medievais. Extrema-direita, fascista, xenófobo, racista são alguns dos adjetivos que lhe são designados.

O Padre poderoso da Polônia, Tadeusz Rydzyk

Provavelmente, seja o maior influenciador da Polônia. Homem decisivo nas eleições presidenciais e parlamentares do país.

Durante os dois dias de votação do plebiscito que decidia a entrada ou não da Polônia na União Europeia levou a maior reprimenda de sua vida, de ninguém mais ninguém menos do que o Papa João Paulo II. Rydzyk era defensor intransigente da não entrada do país no grupo europeu. No primeiro dia de votação, um sábado, o Não estava ganhando e o comparecimento mínimo dos eleitores não seria atingido. Naquela mesma noite, segundo informações da impensa polaca, o Papa telefonou para e ordenou que parasse com a campanha do não. O Papa era e foi o maior defensor da integração de seu país à Europa Ocidental. Ordenou também ao Cardeal Primaz que todas as paróquias do país na missa da manhã de domingo convocassem os fiéis irem votar e no Sim.

Os resultados oficiais finais do plebiscito da Polônia sobre a integração à União Européia (UE) mostraram que 77.45 % dos eleitores apoiaram a entrada e 22.55% votaram contra a adesão.
A participação nas urnas foi de 58.85%, acima dos 50% necessários para que os resultados fossem válidos. Na época, o social-demcrata presidente Aleksander Kwaśniewski disse que a votação expressiva pelo "sim" representava um "retorno da Polônia à família européia". Os votos, que não obrigatórios, numa população de 38 milhões de habitantes, recolocou a Polônia entre os países de maior território e população da Europa.

O padre da Congregação Redentorista, fundada em Scala, próximo de Amalfi, Nápoles, em 1732, pelo Santo Afonso de Ligório, e a mesma congregação que foi expulsa da Polônia em 1808, foi decisivo nas eleições presidenciais dos irmãos Kaczyński, Lech para presidente, e Jarosław para primeiro ministro. O que se viu foi um desastroso governo conservador e de extrema-direita, que fez tudo para se afastar da União Europeia. Aquele governo terminou com a tragédia da queda do avião presidencial polaco em terras russas em abril de 2010, e a morte de Lech kaczyński e os demais 94 ocupantes do avião.

Tadeusz Rydzyk, além do seu púlpito na igreja contruída por ele mesmo, A Bem-Aventurada Virgem Maria, Estrela da Nova Evangelização e São João Paulo II, começou sua prepagação política e religiosa com uma emissora clandestina Rádio Maria, onde faz seus discursos inflamados contra os estrangeiros, contra as raças humanas e políticos à favor do Partido Direito e Justiça, que comanda a Polônia desde 2015, e que levou um grande revés nas  eleições de 15 de outubro último. Além disso, ele possui dois canais a cabo e uma faculdade de jornalismo. O padre está prosa e sempre poderoso. E mais com a língua afiada.

Igreja da Virgem Maria e Santo João Paulo II, em Toruń

Na primeira entrevista após as eleições de outubro, o Padre Rydzyk afirmou que os seus meios de comunicação “dificilmente sobreviverão” e pediu doações. Também avaliou que “o que aconteceu recentemente na Polônia é o resultado de uma grande manipulação” e não poupou palavras de crítica ao presidente da Câmara dos Deputados: "Fez retiros, escreveu livros religiosos, visitou paróquias e foi convidado pelos párocos universitários. E agora está atingindo a Igreja."

Rydzyk foi questionado pela primeira vez sobre como ele conseguiu criar uma mídia católica tão grande. "Em primeiro lugar, não é tão grande como dizem. Quanto isso significa em comparação com a mídia de esquerda ou com capital estrangeiro? As necessidades são muito maiores para que toda a nação seja formada para ter personalidades fortes. Somos inundados por manipulações terríveis. Os meios de comunicação de lá são como Golias, têm recursos financeiros ilimitados e estão fortemente armados. Neste contexto, a Rádio Maria é algo minúsculo. Estamos lutando para mantê-la e pedimos a todos que nos ouvem e assistem apoio e contribuição para este trabalho comum".

O sacerdote buscou palavras duras contra a derrota de seu amado partido PiS (Direito e Justiça): "O que aconteceu recentemente na Polônia - esta é a minha opinião, subjetiva - é o resultado de uma grande manipulação. E penso que não foram indivíduos que atuaram neste teatro de manipulação, foram pessoas organizadas, formadas, financiadas, que fizeram parte de uma grande estrutura, uma grande, como lhe chamo, internacional. Estes são aqueles que odeiam a Polônia, especialmente aquela que tem fé no coração, é fiel à tradição humanista, respeita os seus heróis e santos."

O padre parece indignado com a vitória parlamentar da oposição. "Os polacos devem mobilizar-se, hoje, porque muitas questões estão em risco. Eles também vão querer atacar a Rádio Maria. Mas não só em nós. Não gosto da televisão polaca em tudo, tem algumas coisas más lá, mas hoje, dá voz aos polacos que antes eram silenciados. Eles também querem assumir o controle e destruí-la", disse Rydzyk sobre a tomada do poder na Polônia pela coalizão oposicionista.

O padre disse ainda, que houve um “ataque ilegal ao Banco Nacional da Polônia”, bem como um “ataque” ao CBA e ao Instituto da Memória Nacional. "Isso os incomoda? Ou talvez o desenvolvimento polaco, o fato de a Polônia ter avançado tanto nos últimos anos?", continuou o padre de Toruń.

E os jovens embevecidos com Rydzyk o chamam de Pai.

Rydzyk também criticou o novo presidente da Câmara dos Deputados, Szymon Hołownia. "O próprio Sr. Presidente também me surpreende - afinal, ele fazia retiros, escrevia livros religiosos, visitava paróquias e os párocos universitários o convidavam. E agora está atacando a Igreja. Então eu pergunto – ele não estava nos enganando, levando-nos a cumprir nossas tarefas? Isso não é algum tipo de força-tarefa? Isto é o que parece", ele disse.

Na entrevista, sobre o tema da União Europeia e a discussão sobre possíveis alterações nos tratados, ele se pronunciou assim: "Não somos contra a Alemanha, não somos contra outras nações. Somos contra o mal, a escravização dos polacos. É triste que tenham manipulado os polacos desta forma, com a ajuda dos meios de comunicação social e também com a ajuda de alguns vendedores. Estamos caminhando para a escravidão por nossa própria vontade. Por isso, precisamos despertar a consciência e a consciência. E muito importante: não se deixem dividir, porque eles vão tentar", afirmou padre Rydzyk.

Na entrevista diretor da Rádio Maria foi questionado sobre as ações do novo presidente do Câmara, ele incentiva os polacos a comprar pipoca porque haverá um show divertido no parlamento.

"Este é o caminho errado porque os tempos estão difíceis. O preço de uma abordagem imprudente dos assuntos públicos pode ser muito, muito elevado. O próprio Sr. presidente da câmara também me surpreende. Gostaria de salientar: eles querem brincar constantemente com as nossas emoções, não querem que tomemos decisões racionalmente. Algumas pessoas são tão fascinadas pela Alemanha, que tirem essa dos alemães, porque falam sério de política e de assuntos públicos, não há lugar para esses circos lá"enfatizou o diretor da rádio que há tempos deixou de ser clandestina.

"Lembro-me de como nasceu em mim a ideia da rádio, de como foram e estão a ser criadas questões subsequentes. A segunda parte do milagre é que muitas pessoas aderiram à causa. Você pode ter ideias ótimas e muito boas, mas elas não serão implementadas, os arquivos e bibliotecas privadas estão cheios delas. E sempre houve e há pessoas maravilhosas na rádio que assumiram esta tarefa. Às vezes não sei como agradecê-los.", agradeceu Rydzyk.

Sobre a Polônia e patriotismo ele foi enfático: "Também penso o tempo todo na Polônia, porque a nossa pátria é a mais próxima de mim depois de Deus. Quantas vezes na história a Igreja salvou a Polônia, os Polacos, a Polónia. Aprendo isto constantemente com grandes polacos do passado, incluindo o cardeal Stefan Wyszyński, que pude ouvir várias vezes quando era jovem, e depois, como jovem sacerdote, conheci pessoalmente, uma vez até na rua Miodowa. Ele disse: “Depois de Deus, o que mais amo é a Polónia”. Porque essa é a nossa família, que linda, que corrente maravilhosa de gente marcante".

Segundo o padre mais conservador da Polônia, "no mundo de hoje, sem mídia, somos como mudos. Os adversários da Igreja sabem disso, e os comunistas sabiam-no perfeitamente. Quando supostamente deixaram o poder e caíram, garantiram que a mídia estivesse em suas mãos. E outras estruturas nodais e chave. Por isso fizeram tudo para impedir a criação da Rádio Maria e depois para destruí-la."

Rydzyk acredita na tese de que o Santo São João Paulo II é vitima de um ataque deliberado.
"Todos provavelmente percebem que este é um ataque internacional e coordenado. Eles não conseguiram matá-lo no início do seu pontificado, por isso estão tentando agora, postumamente. Uma tentativa de tirar a dignidade, o bom nome, atribuindo falsamente atos indignos - isto é, afinal, o assassinato póstumo de uma pessoa. Com estes métodos, tentam manipular, especialmente, os jovens que não se lembram daqueles anos, do grande bem que os polacos experimentaram do Papa polaco, do seu cuidado com cada pessoa, da sua sabedoria. Por isso faço um apelo: falemos com os jovens, contemo-los como foi, vamos incentivá-los a procurar fontes de informação que digam a verdade".

E ele continua sua pregação contra o que considera inimigos da religião, do povo e da Polônia. "Os polacos devem mobilizar-se hoje porque muitas questões estão em risco. Eles também vão querer atacar a Rádio Maria. Mas não só em nós. Não gosto da televisão polaca em tudo, lá também há coisas más, mas hoje dá voz aos polacos que antes eram silenciados. Eles também querem assumi-lo e destruí-lo. Assistimos a um ataque muito forte e ilegal ao Banco Nacional da Polônia, que poderá ter consequências econômicas muito negativas para o país. Ataque ao Escritório Central Anticorrupção. Eles planejam atacar o Instituto da Memória Nacional, ou seja, nossa memória. Uma nação que não se lembra do passado morre e não tem futuro. O Instituto da Memória Nacional, por exemplo, mostra-nos soldados firmes e restaura a sua memória nacional. Isso os incomoda? Ou talvez o desenvolvimento polaco, o fato de a Polônia ter avançado tanto nos últimos anos?"

Suas baterias se voltam contra a universidade: "Tudo isto sob os belos lemas de prosperidade e liberdade. Mas quando um homem chega à Universidade da Silésia alertando contra a tragédia da chamada “mudança de sexo”, eles iniciam uma campanha e o reitor não permite que ele compareça. Esta é a liberdade deles? Onde está a busca da verdade pela universidade? Não, este é o pensamento marxista. Não podemos ceder a isto. Queremos um diálogo argumentativo, queremos uma conversa séria sobre o bem comum e o futuro de toda a família polaca neste mundo conturbado".

Como responder aos ataques à Igreja e aos anúncios de “arquivamento dos católicos”, que podem estar agora a entrar na fase de implementação, é a pergunta que foi feita ao padre Rydzyk e a qual ele respondeu assim:  "Quando ouço tais anúncios, sempre pergunto: “você é polaco? Você não sabe como seria a Polônia sem a Igreja? Você não vê o quanto ela deu e está dando à Polônia? O fato do escândalo acontecer em algum lugar, de haver algumas coisas ruins, exige condenação e reparação, há ovelhas negras em todos os ambientes. Mas isto não significa que assim seja a Igreja na Polônia. Todos cometemos erros, somos todos mais ou menos pecadores, devemos advertir uns aos outros - mas com amor. A Igreja é de Cristo e quer conduzir todos nós ao Reino de Deus, à verdade, à justiça, ao amor, à paz e à alegria no Espírito Santo, ou seja, ao Céu."

Em relação à guerra na Ucrânia e ao ataque de Israel na Palestina, o padre acredita que:  "Sim, isto é uma ameaça à independência e é claro que a Alemanha está a tentar fazê-lo. Bismarck falhou, Hitler falhou, mas eles continuam tentando. Não somos contra a Alemanha, não somos contra outras nações. Somos contra o mal, a escravização dos polacos. É triste que tenham manipulado os polacos desta forma, com a ajuda dos meios de comunicação social e também com a ajuda de alguns vendedores. Estamos caminhando para a escravidão por nossa própria vontade. Por isso, precisamos despertar a consciência. E muito importante: não nos deixemos dividir, porque eles vão tentar".

E para concluir, ele é taxativo: "Se vierem para destruir a nação, atacarão primeiro a Igreja. É por isso que todos precisam da Família Rádio Maria. Quando atingem um padre, uma freira ou um católico, as pessoas que pensam, superficialmente, se afastam. Queridos amigos, sabemos e lembramos. Aleluia e mãos à obra na evangelização!"

Não resta dúvida que a guinada à extrema-direta que a Polônia, experimentou na última década é em grande parte responsabilidade deste senhor, que impõe costumes medievais, que se mete na política..e eleva a igreja católica apostólica romana ao status de igualdade como o Estado, quando o assunto é Pátria.

Fontes: wPolityce.pl, onet.pl, agências internacionais de notícias.
Texto: Ulisses iarochinski

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

O presidente da república atrasará o governo de Donald Tusk?


(da esquerda) Andrzej Duda e Donald Tusk. O aperto de mão que a Europa espera. Foto: Enzo Zucchi

Os políticos da maioria parlamentar do Congresso da Polônia se preparam para uma variante em que o presidente da República Andrzej Duda irá atrasar a tomada de posse do governo do opositor deputado eleito Donald Tusk.

Numa situação extrema, os ministros do novo gabinete de Morawiecki podem até aparecer nos edifícios dos ministérios, mas sem prestar juramento no Palácio Presidencial.

“Opiniões de especialistas mostram que o governo é um governo no momento em que passa um voto de confiança”, disse Borys Budka.

“Se o presidente adiar o juramento, todos os membros do novo governo deverão reportar aos seus ministérios com a resolução do Parlamento em mãos”, confidenciou um político do Partido da Plataforma da Cidadania.

Segundo a Constituição, o presidente da república não pode bloquear o gabinete eleito no chamado segundo passo constitucional, onde apenas se presta juramento. Os políticos da nova maioria parlamentar oposicionista, porém, temem que Andrzej Duda possa ter planos próprios.

Quais são os planos do presidente?

“Suspeitamos que o presidente possa tentar arrastar todo o assunto e na nossa opinião ainda não desistiu dessas intenções,” disse outro importante político da Plataforma da Cidadania.

Teoricamente, o calendário é conhecido. No dia 11 de dezembro, o primeiro-ministro Mateusz Morawiecki nomeado pela presidência da república, apresentará o programa do seu governo de duas semanas. 

Tudo indica que o Parlamento (Câmara dos Deputados) não lhe concederá voto de confiança. Assim, Morawiecki não será reempossado no cargo de primeiro-ministro da Polônia. Este será o fim do chamado primeiro passo constitucional para se estabelecer um governo. A segunda etapa começará no mesmo dia ou no dia seguinte. Donald Tusk, líder da maioria parlamentar eleita em outubro passado, pode então apresentar a sua denúncia. O seu governo será aceito pela Câmara, porque, justamente, detém a maioria parlamentar.

Conforme a constituição, o presidente não pode bloquear o gabinete eleito, pois apenas presta juramento a partir dele.

Ouvido o presidente empossado do Congresso, Szymon Hołownia, este disse: “Seria suicídio político. A questão é muito clara e se eu apostasse com alguém sobre como será, o governo sairá daqui, desta câmara, na noite de 11 de dezembro. Pelo que entendi, o presidente está em viagem ao exterior até 12 de dezembro, portanto, o novo governo de Donald Tusk tomará posse no dia 13 de dezembro. Não consigo imaginar outro cenário”.

E acrescentou: “Se Andrzej Duda ou alguém que o aconselha sugerisse um cenário diferente, seria uma bofetada gravíssima e uma demonstração de desrespeito a milhões de polacos que deixaram bem claro quem deveria estar no poder. Acabaria mal se alguém tentasse fazer esse tipo de coisa."

Acusaram-nos de agir de acordo com os interesses russos. Sem qualquer processo ou depoimento de testemunhas, a comissão recomendou que Donald Tusk, Jacek Cichocki, Bogdan Klich, Tomasz Siemoniak e Bartłomiej Sienkiewicz não fossem encarregados de cargos públicos responsáveis pela segurança do Estado. A sua alegada má supervisão levou a atividades incorretas do Serviço de Contra-espionagem Militar. Recomendações semelhantes diziam respeito aos ex-chefes: Gen. Janusz Nosek e Gen. Piotr Pytel, e ao vice-chefe, Coronel Krzysztof Dusza.

Ministros sem juramento?

“Não é sem razão que este relatório foi apresentado no dia em que a Comissão dos Assuntos Russos terminava o seu trabalho desta forma. Não é por acaso que os nomes dos Srs. Tusk, Sienkiewicz e Siemoniak aparecem neste relatório. O presidente pode usar isto contra o novo governo, pois seria alta traição política. Especialmente se isso impedisse Donald Tusk de participar na reunião de dezembro do Conselho Europeu”, disse Krzysztof Gawkowski, presidente do Partido da Nova Esquerda e futuro vice-primeiro-ministro e ministro da digitalização no governo de Donald Tusk.

O Palácio Presidencial nega e relembra a declaração de Andrzej Duda de meses atrás, quando o presidente disse que os eleitores decidiriam quem seria o primeiro-ministro. No entanto, por precaução, a Coligação Cívica ordenou pareceres jurídicos sobre este assunto. A conclusão foi clara: “As opiniões dos especialistas mostram que o governo é um governo no momento em que passa a ter o voto de confiança” reafirmou Borys Budka.

No entanto, o presidente do Partido da Plataforma da Cidadania e provável futuro ministro dos bens do Estado não quis revelar se isso significava que membros do novo governo vindos diretamente do Congresso iriam assumir os ministérios. Consoante a lei, após aprovação do voto de confiança do Parlamento, o novo governo tem plenos poderes.

À tarde, o chefe do gabinete da presidência da república, Marcin Mastalerek, falou: “Não haverá malícia por parte do presidente relativamente a uma possível tomada de posse no dia 13 de dezembro, e se a maioria parlamentar conseguir votar para o candidato a primeiro-ministro, são possíveis várias datas para a tomada de posse: 11 de dezembro, 13 de dezembro e 14 de dezembro pela manhã, antes da reunião de Alta Cúpula do Conselho Europeu, em Bruxelas, e a qual como primeiro-ministro empossado Donald Tusk deverá comparecer”

 Fonte: Onet 
Tradução: Ulisses Iarochinski

terça-feira, 21 de novembro de 2023

Deputado de oposição foi eleito presidente do parlamento polaco

Hołownia ja diante da cadeira de presidente do parlamento

O parlamento polaco abriu nesta terça-feira, 21 de novembro, sua primeira sessão após as eleições legislativas de outubro último, numa situação inédita, onde os populistas nacionalistas de extrema-direita, no poder desde 2015, não conseguiram eleger o presidente do parlamento.

O jornalista e escritor Szymon Hołownia da coligação de partidos de oposição que conquistou 248 cadeiras contra 194 do partido da situação PiS - Partido do Direito e Justiça foi eleito presidente. E já numa de suas primeiras ações, ele corto o microfone de um deputado do partido do Presidente da República. O deputado pró-europeu Hołownia assinala a primeira vitória da coligação pró-europeia em sua primeira votação.

Hołownia, chefe do partido cristão-democrata Polska 2050 e membro da coligação pró-europeia que reivindica o direito de formar o novo governo, derrotou durante a votação Elżbieta Witek, candidata do partido nacionalista no poder, Direito e Justiça, num universo de 460 deputados.

O PiS alcançou o maior número dos lugares no parlamento, é verdade, mas sem conseguir formar uma maioria, e que poderá ser garantida pela coligada oposição pró-europeia. Foi esta vitória nas urnas que fez o presidente da República, Andrzej Duda, escolher o primeiro-ministro cessante Mateusz Morawiecki a formar um novo governo, mesmo sabendo que não terá como obter a confirmação do novo parlamento.

O PiS garantiu 194 dos 460 deputados, face a uma maioria declarada de 248 deputados, membros das três formações pró-europeias aliadas: a Coligação Cívica do ex-presidente do Conselho Europeu Donald Tusk (centrista), a Terceira Via (democrata-cristã) e a Nova Esquerda.

A extrema-direita ultranacionalista Coalização, que tem manifestado distanciamento face aos dois campos políticos, garantiu 18 deputados.

No decurso desta primeira sessão, Morawiecki e o seu governo devem apresentar a demissão e tentar formar um novo gabinete.

Os deputados poderão ainda votar os primeiros textos legislativos, relacionados  com o Estado de Direito e a interrupção voluntária da gravidez, ou seja, o aborto, que atualmente é totalmente proibido na Polônia e considerado crime. Esta criminalização manda para a prisão mulheres que foram estupradas, filhos com má-formação e que não desejam dar à luz.

Os dirigentes das três frentes de oposição assinaram, na sexta-feira, um acordo formal de coligação que dever servir de "roteiro" para a aliança, numa perspetiva de subida ao poder, e com Donald Tusk no cargo de primeiro-ministro.

O documento revela a posição dos partidos aliados sobre questões polêmicas, incluindo a gestão econômica e ambiental do país, a recuperação das boas relações com a União Europeia, a reformulação dos meios de comunicação públicos, a separação da Igreja do Estado e a flexibilização do aborto.

Caso Morawiecki não consiga formar um novo governo sob sua presidência, a oposição deverá provavelmente assumir o poder em meados de dezembro.

Dias atrás, em discurso o presidente da república Andrzej Duda disse que Donald Tusk não será seu primeiro ministro, no que, prontamente, o líder da oposição respondeu taxativamente: "Confirmo! Não serei"

O presidente do Sejm

Szymon Hołownia é jornalista, político, escritor, colunista, apresentador de TV e ativista social. Trabalhou nos jornais Gazeta Wyborcza, Newsweek Polska, Ozon, Rzeczpospolita, Newsweek Polska, Wprost, Tygodnik Powszechny, nas rádios Polskie Radio Białystok, Vox FM e nas televisões TVP1, Religia.tv, TVN.

Foi um dos fundadores da filial de Białystok da fundação "Pomoc Maltańska". Em abril de 2013, criou a fundação "Kasisi" que gere um orfanato na Zâmbia. Em 2014, criou a fundação "Dobra Fabryka" que organiza ajuda aos moradores de, entre outros países, Bangladesh, Mauritânia, Ruanda, Burkina Faso e Senegal.

O partido de Hołownia

Polska 2050, ou Polônia 2050, o partido de Szymon Hołownia  é um partido político de centro . Foi fundado como um movimento social, em 2020, logo após a eleição presidencial daquele ano, e foi oficialmente registrado como partido político em abril de 2021.

Nos anos anteriores à eleição parlamentar polaca de 2023, oito parlamentares foram para o Polônia 2050, na Câmara dos Deputados.

Após seu primeiro teste eleitoral nacional, o partido terminou em terceiro lugar e deve fazer parte do governo polaco, já no final de 2023. É ideologicamente favorável às políticas ambientalistas e aos princípios democráticos cristãos. Também combina alguns elementos de liberalismo, social-democracia, conservadorismo e patriotismo.

Texto: Ulisses Iarochinski
Fontes: agências internacionais, jornal Expresso, sites onetpl, gazetapl.

segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Presidente da Polônia trai os eleitores que votaram na oposição

Presidente da República da Polônia - Andrzej Duda

O presidente da República da Polônia sendo o presidente de honra do PiS - Partido do Direito e Justiça.

O Sr. Andrzej Duda resolveu desconsiderar os votos majoritários na coligação de partidos que venceu as últimas eleições parlamentares da Polônia de 15 de outubro último.

As coalizões e partidos de oposição conseguiram a maioria dos postos na Câmara dos Deputados, com 248 cadeiras contra o partido do presidente da República, que embora tenha eleito 194 deputados, não deveria formar o novo governo.

Mas Duda decidiu que Mateusz Morawiecki é o seu a receber a missão de formar o novo governo da Polônia. Morawiecki é o atual primeiro-ministro. Duda, na qualidade de presidente da República, tem a missão de indicar o candidato a primeiro-ministro, e segundo ele, está seguindo a tradição e a constituição: o partido que obtém o maior número de cadeiras no parlamento é que forma o novo governo.

"Após calmas análises e consultas, decidi confiar a missão de formar um governo ao primeiro-ministro Mateusz Morawiecki." disse Duda, em pronunciamento à nação.

Em sua mensagem especial, o Presidente Andrzej Duda comentou os resultados das eleições parlamentares. Agradeceu a todos os polacos pela elevada participação e lembrou que após o anúncio dos resultados eleitorais pela Comissão Nacional Eleitoral, realizou consultas com todas as comissões que terão os seus representantes no parlamento.

Em mensagem especial, o presidente Andrzej Duda indicou a quem confiaria a missão de formar o governo, "após calmas análises e consultas, decidi confiar a missão de formar um governo ao primeiro-ministro Mateusz Morawiecki."

A decisão de Andrzej Duda não surpreendeu os políticos da oposição que estão apenas a terminar as negociações para estabelecer um governo comum.

"É uma pena que o senhor presidente não tenha ficado do lado do Estado, do lado dos cidadãos e do lado da democracia. Em 15 de outubro, a democracia indicava claramente quem deveria formar o governo", afirmou Krzysztof Hetman, do partido PSL - Partido Popular.

O vice-presidente do Partido Popular Polaco, afirmou que o Presidente quis ficar do lado do seu partido, o PiS. "É apenas uma perda de tempo, da Polônia e de fundos públicos, que se têm espalhado excessivamente nos últimos dias", declarou Hetman.

As repercussões não param. A Confederação, que teve 7,6 dos votos, por meio de um de seus deputados eleitos, Przemysław Wipler, declarou: "Nenhum dos deputados da Confederação apoiará Mateusz Morawiecki na obtenção de um voto de confiança". Na sua opinião, o fato do presidente confiar a tarefa de formar um governo ao atual primeiro-ministro é uma decisão que não surpreende.

Segundo o jornalista e comentarista político do sítio de notícias Onet.pl, Andrzej Stankiewicz, "O presidente que confia a Mateusz Morawiecki a missão de formar governo tem apenas um objetivo. Bem, Andrzej Duda quer mostrar ao eleitorado do seu partido PiS que não é responsável pela queda do governo da Extrema-Direita polaca. Outra coisa e a mais importante em seu discurso, é que ele anunciou entre meias-palavras que não bloquearia a mudança de poder e a nomeação de Donald Tusk como primeiro-ministro. E ele tomou decisões específicas que mostram isso. Foi praticamente uma conclusão precipitada desde o dia das eleições. O Presidente da República confiou ao atual primeiro-ministro e deputado do seu partido eleito, Mateusz Morawiecki, a missão de formar governo, usando como pretexto os resultados da votação. Segundo ele, o PiS venceu as eleições. Claro, Duda sabe perfeitamente que se trata de uma missão fictícia porque Morawiecki não tem maioria. Sua única chance seria chegar a um acordo com o Partido Popular e a Confederação. Embora os confederados estejam em desordem e aceitem qualquer oferta, o Partido Popular, oprimido pelo PiS durante anos, não quer ouvir falar de uma aliança com Kaczyński e Morawiecki."

E Stankiewicz se pergunta:

"Quanto tempo vai durar esse show? No máximo quatro semanas a partir da primeira sessão da Câmara, que será realizada no dia 13 de novembro. O presidente tem 14 dias, a partir da primeira sessão, para nomear o chefe do governo e prestar juramento aos ministros. Depois - o mais tardar 14 dias após a sua nomeação. Então, o Primeiro-Ministro fará uma exposição e apresentará uma moção de voto de confiança no governo. Assim, em meados de dezembro iremos despedir-nos do Primeiro-Ministro Mateusz Morawiecki. 

"O presidente Andrzej Duda serviu consistentemente ao PiS”, comentou o prefeito da capital  Varsóvia, Rafał Trzaskowski, sobre o discurso do chefe de Estado. Ele observou que a maioria parlamentar está do lado da coalizão democrática, e a decisão de Duda “não é apenas um jogo de paralisação e distorção da realidade”, mas também “um jogo deliberado com as emoções de todos os eleitores”.

Já o editor chefe do portal, Onet, comentou: "Ele escolheu a última solução porque Mateusz Morawiecki tem, exatamente, as mesmas possibilidades de formar um governo que eu ou a Sra. Basia da padaria. O presidente teve a opção de estabilizar rapidamente o governo ou prolongar a agonia do atual governo. Ele escolheu a última e nenhuma outra explicação relevante é possível".

"Não haverá cooperação entre Andrzej Duda e o novo governo. Serão dois anos de boxe, um período não construtivo para a recuperação da Polônia", afirmou a socióloga Dra. Helena Chmielewska-Szlajfer. Ela não crê que Morawiecki obterá o voto de confiança do Parlamento para tomar posse mais uma vez como primeiro-ministro. Segundo a socióloga, "sua própria carreira assumiu a decisão. Apostou no partido que lhe deu tudo. Ele não vinculou a sua decisão aos votos dos eleitores, mas foi guiado pelas suas próprias necessidades internas e pelo seu destino futuro." O de ser herdeiro do seu líder Jarosław Kaczyński.

Texto: Ulisses Iarochinski
Fontes: Veículos de comunicação da Polônia.

quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Lista dos deputados e senadores eleitos na Polônia

A Comissão Estatal Eleitoral finalizou os 100% votos expressos nas eleições parlamentares do último domingo na Polônia.

Segundo os resultados, cinco partidos vão compor o Sejm (Câmara dos Deputados - Congresso). O Partido Direito e Justiça obteve 35,38% dos votos, a Coalizão Cívica outros 30,70%, a Terceira Via conquistou 14,4%, a Nova Esquerda fez 8,61% e a Confederação mais 7,16%.

De acordo com estes resultados, Partido Direito e Justiça vai ocupar 194 assentos, a Coalizão Cívica terá 157 cadeiras, a Terceira Via ocupará 65 assentos, a Nova Esquerda 26 postos e a Confederação terá 18 deputados eleitos. 



Quem exatamente estará no Sejm e no Senado? Aqui está a lista completa: 

COALIZÃO CÍVICA (Koalicja Obywatelska) 157 deputados: 

Piotr Borys
Robert Kropiwnicki 
Zofia Czernow 
Łukasz Horbatowski 
Iwona Krawczyk 
Monika Wielichowska 
Sylwia Bielawska 
Izabela Mrzygłocka 
Marek Chmielewski 
Bogdan Zdrojewski 
Alicja Chybicka
Michał Jaros
Małgorzata Tracz 
Anna Sobolak 
Jolanta Niezgodzka 
Krzysztof Brejza 
Paweł Olszewski 
Iwona Kozłowska 
Włodzimierz Giziński 
Iwona Karolewska 
Arkadiusz Myrcha 
Iwona Hartwich 
Tomasz Szymański 
Krysti Łuczak 
Marta Wcisło 
Michał Krawczyk 
Krzysztof Bojarski 
Krzysztof Grabczuk 
Małgorzata Gromadzka 
Elżbieta Polak 
Waldemar Sługocki 
Krystyna Sibińska 
Robert Dowhan 
Katarzyna Osos 
Dariusz Joński 
Aleksandra Wiśniewska 
Małgorzata Niemczyk 
Paweł Bliźniuk 
Marcin Józefaciuk 
Krzysztof Piątkowski 
Bogusław Wołoszański
Adrian Witczak 
Cezary Tomczyk
Agnieszka Hanajczyk 
Krzysztof Habura 
Dorota Niedziela 
Marek Sowa 
Bartłomiej Sienkiewicz 
Jagna Marczułajtis-Walczak 
Aleksander Miszalski 
Dorota Marek 
Katarzyna Matusik-Lipiec 
Weronika Smarduch 
Piotr Lachowicz 
Urszula Augustyn 
Robert Wardzała 
Marcin Kierwiński 
Elżbieta Gapińska 
Adam Krzemiński 
Konrad Frysztak 
Joanna Kluzik-Rostkowska 
Kamila Gasiuk-Pihowicz 
Czesław Mroczek 
Donald Tusk 
Aleksandra Gajewska 
Michał Szczerba 
Katarzyna Lubnauer 
Urszula Zielińska 
Dorota Łoboda 
Klaudia Jachira 
Katarzyna Piekarska 
Andrzej Domański 
Kinga Gajewska 
Jan Grabiec 
Maciej Lasek 
Piotr Kandyba 
Tomasz Siemoniak 
Witold Zembaczyński 
Tomasz Kostuś 
Rajmud Miller 
Danuta Jazłowiecka 
Joanna Frydrych 
Marek Rząsa 
Paweł Kowal 
Krystyna Skowrońska 
Zdzisław Gawlik 
Krzysztof Truskolaski 
Alicja Łepkowska-Gołości 
Jacek Niedźwiedzki 
Agnieszka Pomaska 
Jacek Karnowski 
Piotr Adamowicz 
Jarosław Wałęsa 
Magdalena Kołodziejczak 
Patryk Gabriel 
Barbara Nowacka, 
Zbigniew Konwiński 
Rafał Siemaszko 
Stanisław Lamczyk 
Henryka Krzywonos-Strycharska 
Kazimierz Plocke 
Miroslawa Nykiel 
Małgorzata Pępek 
Apoloniusz Tajner 
Izabela Leszczyna 
Andrzej Szewiński 
Przemysław Witek 
Krystyna Szumilas 
Marta Golbik 
Marek Gzik 
Tomasz Głogowski 
Krzysztof Gadowski 
Marek Krząkała 
Gabriela Lenartowicz 
Borys Budka 
Monika Rosa 
Ewa Kołodziej 
Wojciech Król 
Łukasz Ściebiorowski 
Barbara Dolniak 
Wojciech Saługa 
Mateusz Bochenek
Marzena Okla-Drewnowicz 
Roman Giertych 
Artur Gierada 
Lucjan Pietrzczyk 
Jacek Protas 
Elżbieta Gelert 
Stanisław Gorczyca 
Janusz Cichoń 
Paweł Papke 
Anna Wojciechowska 
Maciej Wróbel 
Jarosław Urbaniak 
Grzegorz Rusiecki 
Karolina Pawliczak 
Mariusz Witczak 
Michał Kołodziejczak 
Tomasz Nowak 
Jakub Rutnicki 
Maria Janyski 
Piotr Głowski 
Henryk Szopiński 
Adam Szłapka 
Marcin Bosacki 
Katarzyna Kierzek-Koperska 
Franciszek Sterczewski 
Bartosz Zawieja 
Bartosz Arłukowicz 
Renata Rak 
Marek Hok 
Paweł Suski 
Sławomir Nitras 
Magdalena Filiks 
Arkadiusz Marchewka 
Patryk Jaskulski 
Grzegorz Napieralski 
Artur Łąck 

 TERCEIRA VIA (Trzecja Droga) 65 deputados:

Tadeusz Samborski 
Aleksandr Leo
Tomasz Zimoch 
Izabela Bodnar 
Norbert Pietrykowski 
Agnieszka Kłopotek 
Zbigniew Sosnowski 
Marcin Skonieczka 
Joanna Mucha 
Krzysztof Hetman 
Wiesław Różyński 
Sławomir Ćwik 
Maja Nowak 
Stanisław Tomczyszyn 
Ewa Szymanowska
Dariusz Klimczak 
Paweł Bejda 
Jolanta Zięba-Gzik 
Paweł Śliz 
Rafał Komarewicz
Ireneusz Raś 
Urszula Nowogórska 
Władysław Kosiniak-Kamysz 
Piotr Górnikiewicz 
Piotr Zgorzelski 
Mirosław Orliński 
Mirosław Maliszewski 
Marek Sawicki 
Żaneta Cwalina-Śliwowska 
Michał Kobosko 
Władysław Bartoszewski 
Ryszard Petru 
Paweł Zalewski 
Bożena Żelazowska 
Adam Gomoła 
Bartosz Romowicz 
Adam Dziedzic 
Elżbieta Burkiewicz 
Szymon Hołownia 
Stefan Krajewski 
Barbara Okuła 
Agnieszka Buczyńska 
Magdalena Sroka 
Marek Biernacki 
Wioleta Tomczak 
Mirosław Suchoń 
Henryk Kiepura 
Piotr Strach 
Łukasz Osmalak 
Michał Gramatyka
Kamil Wnuk 
Czesław Siekierski 
Rafał Kasprzyk 
Zbigniew Ziejewski 
Urszula Pasławska 
Andrzej Grzyb 
Barbara Oliwiecka 
Paulina Hennig-Kloska 
Michał Pyrzyk 
Krzysztof Paszyk 
Adam Luboński 
Ewa Schädler 
Jacek Tomczak
Radosław Lubczyk 
Jarosław Rzepa

NOVA ESQUERDA (Nowa Lewica) 26 deputados:

Arkadiusz Sikora 
Krzysztof Gawkowski 
Joanna Scheuring-Wielgus 
Jacek Czerniak 
Anita Kucharska-Dziedzic 
Tomasz Trela 
Paulina Matysiak 
Daria Gosek-Popiołek 
Adrian Zandberg 
Dorota Olko 
Anna Maria Żukowska 
Joanna Wicha 
Marcelina Zawisza 
Katarzyna Kotula 
Agnieszka Dziemianowicz-Bąk 
Wanda Nowicka 
Maciej Konieczny 
Łukasz Litewka 
Włodzimierz Czarzasty 
Andrzej Szejna 
Marcin Kulasek 
Wiesław Szczepański 
Tadeusz Tomaszewski 
Katarzyna Ueberhan 
Dariusz Wieczorek 
Krzysztof Śmiszek 

PARTIDO DIREITO E JUSTIÇA (Prawo i Sprawiedliwość) 194 deputados:

Elżbieta Witek
Marzena Machałek 
Krzysztof Kubów 
Szymon Pogoda 
Wojciech Zubowski 
Michał Dworczyk 
Marcin Gwóźdź 
Ireneusz Zyska 
Mirosława Stachowiak-Różecka 
Paweł Hreniak 
Agnieszka Soin 
Jacek Świat 
Łukasz Schreiber 
Paweł Szrot 
Piotr Król 
Bartosz Kownacki 
Krzysztof Szczucki 
Jan Ardanowski
Joanna Borowiak 
Anna Gembicka 
Mariusz Kałużny 
Przemysław Czarnek 
Artur Soboń 
Jan Kanthak 
Michał Moskal 
Sławomir Skwerek 
Magdalena Filipek-Sobczak 
Sylwester Tułajew 
Kazimierz Choma 
Mariusz Kamiński 
Jarosław Sachajko 
Dariusz Stefaniuk 
Marcin Romanowski 
Anna Dąbrowska-Banaszek 
Tomasz Zieliński 
Sławomir Zawiślak 
Marek Ast 
Władysław Dajczak 
Jerzy Materna 
Łukasz Mejza 
Waldemar Buda 
Zbigniew Rau 
Agnieszka Wojciechowska van Heukelom 
Robert Telus 
Antoni Macierewicz 
Anna Milczanowska 
Grzegorz Lorek 
Paweł Sałek 
Krzysztof Ciecióra 
Joanna Lichocka 
Marcin Przydacz 
Paweł Rychlik 
Piotr Polak 
Tadeusz Woźniak 
Marek Matuszewski 
Rafał Bochenek 
Łukasz Kmita 
Filip Kaczyński
Władysław Kurowski 
Mariusz Krystian 
Małgorzata Wassermann 
Andrzej Adamczyk 
Elżbieta Duda 
Jacek Osuch 
Agnieszka Ścigaj 
Arkadiusz Mularczyk 
Ryszard Terlecki 
Barbara Bartuś 
Patryk Wicher 
Edward Siarka 
Andrzej Gut-Mostowy 
Anna Pieczarka 
Józefa Szczurek-Żelazko 
Wiesław Krajewski 
Urszula Rusecka 
Norbert Kaczmarczyk 
Maciej Małecki
Kamil Bortniczuk 
Maciej Wąsik 
Jacek Ozdoba 
Anna Cicholska 
Marek Suski 
Anna Kwiecień 
Radosław Fogiel 
Zbigniew Kuźmiuk 
Agnieszka Górska 
Andrzej Costowniak 
Maria Koc 
Daniel Milewski 
Henryk Kowalczyk 
Krzysztof Tchórzewski 
Arkadiusz Czartoryski 
Marcin Grabowski 
Grzegorz Woźniak 
Piotr Gliński 
Marek Jakubiak 
Małgorzata Gosiewska 
Sebastian Kaleta 
Mariusz Błaszczak 
Anita Czerwińska 
Piotr Uściński 
Dominika Chorosińska 
Paweł Kukiz 
Marcin Ociepa 
Katarzyna Czochara 
Janusz Kowalski 
Marek Kuchciński 
Anna Schmidt 
Piotr Uruski 
Maria Kurowska 
Teresa Pamuła 
Piotr Babinetz 
Tadeusz Chrzaz 
Zbigniew Ziobro 
Ewa Leniart 
Rafał Weber 
Marcin Warchoł 
Zbigniew Chmielowiec 
Krzysztof Sobolewski 
Fryderyk Kapinos 
Kazimierz Gołojuch 
Jan Warzecha 
Jacek Sasin 
Adam Andruszkiewicz 
Dariusz Piontkowski 
Jarosław Zieliński 
Jacek Bogucki 
Kazimierz Gwiazdowski 
Sebastian Lukaszewicz 
Kacper Płażyński 
Kazimierz Smoliński 
Jarosław Sellin 
Piotr Müller 
Marcin Horała 
Aleksander Mrówczyński 
Dorota Arciszewska-Mielewczyk 
Stanisław Szwed 
Grzegorz Puda 
Przemysław Drabek 
Grzegorz Gaża 
Lidia Burzyńska 
Szymon Giżyński 
Andrzej Gawron 
Bożena Borys-Szopa 
Jarosław Wieczorek 
Wojciech Szarama 
Michał Woś 
Bolesław Piecha 
Paweł Jabloński 
Grzegorz Matusiak 
Mateusz Morawiecki 
Marek Wesoły 
Michał Wójcik 
Jerzy Polaczek 
Ewa Malik 
Waldemar Andzel 
Robert Warwas 
Jarosław Kaczyński 
Anna Krupka 
Agata Wojtyszek 
Krzysztof Lipiec 
Bartłomiej Dorywalski 
Andrzej Kryj 
Michał Cieslak 
Mariusz Gosek 
Andrzej Śliwka 
Robert Gontárz 
Leonard Krasulski 
Teresa Wilk 
Janusz Cieszyński 
Artur Chojecki 
Iwona Arent 
Olga Semeniuk-Patkowska 
Marlena Maląg 
Katarzyna Sójka 
Piotr Kaleta 
Jan Dziedziczak 
Jan Mosiński 
Zbigniew Hoffmann 
Zbigniew Dolata 
Ryszard Bartosik 
Witold Czarnecki 
Krzysztof Czarnecki 
Marcin Porzucek 
Grzegorz Piechowiak 
Szymon Szynkowski, vel Sęk 
Bartłomiej Wróblewski 
Czesław Hoc 
Paweł Shefernaker 
Małgorzata Golińska
Marek Gróbarczyk
Zbigniew Bogucki 
Artur Szałabawka 
Dariusz Matecki 

CONFEDERAÇÃO (Konferacja) 18 deputados:

Krzysztof Tuduj 
Przemysław Wipler 
Bartłomiej Pejo 
Witold Tumanowicz 
Konrad Berkowicz 
Ryszard Wilk 
Krzysztof Mulawa 
Sławomir Mentzen 
Karina Bosak 
Włodzimierz Skalik 
Andrzej Zapałowski 
Grzegorz Braun 
Krzysztof Bosak 
Stanisław Tyszka 
Bronisław Foltyn 
Romano Fritz 
Grzegorz Płaczek 
Michał Wawer

Quem ocupará o Senado:

COALIZÃO CÍVICA (41 senadores):

Marcin Zawiła
Agnieszka Kołacz-Leszczyńska
Grzegorz Schetyna
Barbara Zdrojewska
Andrzej Kobiak
Ryszard Brejza
Tomasz Lenz
Władysław Komarnicki
Artur Dunin
Jerzy Federowicz
Bogdan Klich
Jolanta Huebner
Marek Borowski
Małgorzata Kidawa-Błonska
Adam Bodnar
Tadeusz Jarmuziewicz
Beniamin Godyla
Kazimierz Kleina
Sławomir Rybicki
Bogdan Borusewicz
Ryszard Świlski
Leszek Czarnobaj
Halian Bieda
Henryk Siedlaczek
Gabriela Morawska-Stanecka
Beata Małecka-Libera
Joanna Sekuła
Agnieszka Gogroń-Komor
Jerzy Wcisła
Ewa Kaliszuk
Jolanta Piotrowska
Adam Szejnfeld
Waldy Dzikowski
Rafał Grupiński
Wojciech Ziemniak
Ewa Matecka
Janusz Pęcherz
Tomasz Grodzki
Magdalena Kochan
Janusz Gromek
Stanisław Gawłowski

TERCEIRA VIA (11 senadores):

Kazimierz Michał Ujazdowski
Ryszard Bober
Jacek Trela
Mirosław Różański
Waldemar Pawlak
Michał Kamiński
Maciej Żiwno
Piotr Masłowski
Gustaw Brzezin
Jan Filip Libicki
Grzegorz Fedorowicz

NOVA ESQUERDA (9 senadores):

Waldemar Witkowski
Małgorzata Sekuła-Szmajdzińska
Krzystof Kukucki
Marcin Karpiński
Magdalena Biejat
Piotr Woźniak
Anna Górska
Wojciech Konieczny
Maciej Kopiec

SENADORES INDEPENDENTES (5 senadores):

Józef Zając
Wadim Tyszkiewicz
Krzysztof Kwiatowski
Zygmunt Frankiewicz
Andrzej Dziuba

DIREITO E JUSTIÇA (34 senadores):

Aleksander Szwed
Stanisław Gogacz
Grzegorz Czelej
Grzegorz Bierecki
Jerzy Chróścikowski
Przemysław Błaszczyk
Michał Seweryński
Wiesław Dobkowski
Rafał Ambrozik
Andrzej Pająk
Marek Pęk
Włodzimierz Bernacki
Kazimierz Wiatr
Jan Hamerski
Wiktor Durlak
Krzysztof Bieńkowski
Robert Mamątow
Maciej Górski
Waldemar Kraska
Stanisław Karczewski
Wojciech Skurkiewicz
Janina Sagatowska
Zdzisław Pupa
Józef Jodłowski
Alicja Zając
Mieczysław Golba
Marek Komorowski
Anna Bogucka
Ryszard Majer
Andrzej Kalata
Jacek Włosowicz
Jarosław Rusiecki
Krzysztof Słoń
Leszek Galembra


Homens x Mulheres
Nas duas casas parlamentares foram eleitos (as) 407 homens e 153 mulheres, uma proporção de 27,32% de mulheres para 72,68% homens.

No "Sejm" (Deputados) serão 325 homens e 135 mulheres. A Coalizão Cívica é a formação política que tera mais representantes mulheres, em número de 62 deputadas.

No Senado serão 82 homens e 18 mulheres. Também no senado a Coalização Cívica é a que terá mais mulheres, em número de 29 senadoras.

As coalizões e partidos de oposição conseguiram a maioria dos postos na Câmara dos Deputados, 248 cadeiras contra o partido da situação, que embora tenha eleito 194 deputados, não escolherá o próximo primeiro-ministro e chefe de governo da República.

No Senado também a oposição levou vantagem sobre o partido que está no poder desde 2015. Serão 61 senadores eleitos pelos partidos de oposição além de 5 independentes contra 34 senadores do partido do líder de extrema-direita Jarosław Kaczyński que foi reeleito deputado.

Alguns nomes bastantes conhecidos, inclusive internacionalmente foi eleitos e/ou reeleitos nesta eleição como é o caso de Donald Tusk, ex-primeiro-ministro da Polônia e ex-presidente do Conselho da União Europeia, o filho Jarosław Wałęsa do Prêmio Nobel da Paz e ex-presidente Lech Wałęsa (que goza de sua aposentadoria), Filip Kaczyński não é filho de Jarosław Kaczyński, também o polêmico Roman Giertych foi eleito, o atual primeiro-ministro Mateus Morawiecki foi reeleito.

Sobrenomes curiosos

Buda - Não! Não é é o título dado a um mestre budista ou a todos os iluminados que alcançaram a realização espiritual do budismo. Na Polônia, Buda é uma barraca, uma choça.
Budka - uma casinha, quase uma tapera.
Choma - Pronuncia-se róma. E ao contrário do que muitas famílias no Paraná pensam, este não é um sobrenome ucraniano, é sim um sobrenome polaco. Na verdade, é uma espécie de roedor, um ratinho, que nos acostumamos a chamar de Hamster.
Duda - Não! Não é diminutivo de Eduarda. É a parte da pena de um pássaro. Uma pequena flauta e é o sobrenome do atual Presidente da República da Polônia, Andrzej Sebastian...
Gramatyka - Sim, é o mesmo que gramática.
Grzyb - Cogumelo
Kaleta - Bolsa de couro
Kandyba - cavalo manco e lento
Konieczny - Indispensável, necessário
Kotula - Guardião de gato
Kwieciń - Abril, mês de abril
Materna - Maternal, de mãe
Mucha - Mosca
Niedziela - Domingo
Osos - O quinquagésimo sétimo espírito da Goécia,um sistema mágico baseado na convocação de espíritos e demônios para o mundo real para servir aos propósitos do mago invocador (goeta).
Papke - Mingau
Pępek - Umbigo
Pogoda - Tempo
Puda - peso, com origem no latim e no russo.
Pupa - Bunda
Rosa - Não! Não é a flor, em polaco é orvalho, a flor em português corresponde a  Róża (pronuncia-se ruja)
Słoń - Elefante
Sowa - Coruja
Śliwka - Ameixa
Strach - Temer
Świat - Mundo
Szwed - Sueco
Trela - Não! Não é dar trela (dar corda, dar licença). É gorjeio, trinado
Wesoły - Alegre
Wójcik - Prefeitinho
Wilk - Lobo
Wnuk - Neto
Wróbel - Pardal


Texto: Ulisses Iarochinski




segunda-feira, 16 de outubro de 2023

O sistema eleitoral e as listas partidárias da Polônia

O Sejm - Congresso Nacional da Polônia

Primeiro é preciso explicar que as eleições democráticas na Polônia funcionam no sistema de listas eleitorais. Estas são as listas de candidatos de um determinado partido, ou coalizão de partidos que concorrem nas eleições de um determinado distrito eleitoral, ou okręg, ou seja, que é parte do território em que o país é dividido durante eleições parlamentares, presidenciais, de governo local, no sentido de criar listas eleitorais uniformes para uma determinada área, com cujos representantes são eleitos.

Na Polônia, existem 41 distritos eleitorais nas eleições do Sejm, com 7 a 20 deputados eleitos, enquanto nas eleições para o Senado desde 2011, existem 100 círculos eleitorais uninominais, ou seja, nos quais se pode ganhar apenas um mandato. Há 13 assentos nas eleições para o Parlamento Europeu, sendo de 2 (distrito n.º 8 para o Parlamento Europeu, abrangendo a voivodia de Lublin) a 7 assentos parlamentares (Distrito n.º 10 para o Parlamento Europeu, abrangendo as voivodias de Świętokrzyskie e Małopolskie). No total, 52 eurodeputados são eleitos na República da Polônia.

O número de deputados eleitos nos distritos eleitorais é determinado dividindo o número de habitantes do país pelo número total de deputados eleitos nos distritos eleitorais. Por sua vez, o Distrito Eleitoral é uma unidade territorial permanente estabelecida dentro da área do município para realizar eleições e referendos.

Distritos especiais também são criados em hospitais e unidades de saúde se pelo menos 15 eleitores estiverem presentes no dia das eleições, bem como em prisões e centros de detenção, o mais tardar 45 dias antes do dia das eleições.

Também podem ser criados em navios polacos que hasteiam a bandeira polaca e fica sob o comando de um capitão polaco, pertencente a um armador polaco - desde que haja pelo menos 15 eleitores e os resultados possam ser transferidos.

Os distritos de votação também são estabelecidos nas missões diplomáticas e consulares polacas. Os distritos gerais (abrangendo 500 a 4.000 habitantes) são criados pelo comissário eleitoral.

As listas das eleições parlamentares de 2023:

Lista 1 - BEZPARTYJNI SAMORZĄDOWCY (Povo apartidário do governo local) é um movimento político polaco que opera principalmente no nível do governo local, cobrindo inicialmente a voivodia da Baixa Silésia e depois todo o país. Desde dezembro de 2020, a sua parte principal está concentrada na Federação Polaca de Associações Não Partidárias e Autônomas. Desde 2023, o movimento é representado pelo partido político Bezpartyjni Samorządowcy - Łączy nas Polska (foi registrado em 2022 por outro grupo). É norteado por uma ideologia de direita, liberalismo econômico, conservadorismo e regionalismo.

Lista 2 - TRZECIA DROGA (nome completo: Trzecia Droga Polska 2050 Szymon Hołownia - Polskie Stronnictwo Ludowe ) é uma coligação política polaca estabelecida para as eleições parlamentares de 2023, composta pelo Partido Popular Polaco e Polska 2050 Szymon Hołownia, de um lado, um centrista e democrata-cristão e de outro um liberal. O objetivo da coligação é criar uma alternativa aos PiS - Partido Direito e Justiça e ao PO - Partido da Plataforma da Cidadania, que dominam a cena política na Polônia há mais de uma década, ao mesmo tempo que coopera com outros partidos da oposição ao governo centrado no PiS e anuncia o estabelecimento de um governo de coligação com eles. Além dos dois partidos que formam formalmente o TD, um grupo de aliados deste partido estão dentro da Coligação, como os círculos conservadores (o partido Centro para a Polônia, a associação Jovem Polônia, e, entre outros, os candidatos associados ao partido do Acordo e o presidente dos Libertadores) e da União dos Democratas Europeus. A ideologia é da democracia cristã, liberalismo, centrismo, liberalismo e pró União Europeia.

Lista 3 - NOWA LEWICA (Nova esquerda) é um partido político polaco de esquerda, criado como resultado da fusão da Aliança da Esquerda Democrática e do Wiosna (Primavera). O caráter ideológico do grupo é social-democrata, social-liberal, anticlerical, feminista e pró-ecológico. A formação pertence ao Partido dos Socialistas Europeus e no Parlamento Europeu à Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas. O símbolo do partido é idêntico ao logotipo da Coalizão de Esquerda, que Nowa Lewica co-cria com Lewica Razem (Juntos Esquerda), o Partido Socialista Polaco, o Sindicato Trabalhista e a Social Democracia Polaca - NL, Razem (Juntos) e PPS formam o Clube Parlamentar da Coalizão de Esquerda.

Lista 4 - PRAWO i SPRAWIEDLIWOŚĆ (Partido Direito e Justiça) é partido político fundado em 29 de maio de 2001 pelos irmãos gêmeos Lech e Jarosław Kaczyński, registrado em tribunal em 13 de junho de 2001. Foi estabelecido na onda de popularidade conquistada por Lech Kaczyński durante seu mandato como Ministro da Justiça e Procurador-Geral no governo da Ação. Wyborcza Solidarność. A ideologia do partido é uma combinação de conservadorismo social e nacional, solidarismo, intervencionismo e democracia cristã. Um populista e eurocético, embora desde o início tem sido a favor da adesão da Polônia à UE União Europeia, apoia a expansão das suas estruturas, mas acredita que a UE deve ser reformada. A política europeia do PiS pode ser descrita como confederal e de apoio a uma Europa das nações. O grupo também é caracterizado como eurorrealista. O partido passou a ganhar as eleições quando iniciou uma cooperação com a Rádio nacional-católica Maryja, comandada pelo padre ultraconservador Tadeusz Rydzyk. Ao longo de sua existência demonstrou ser um partido de extrema-direita, ultraconservador, religioso, antissemita, xenófobo e as turras com o Tribunal Europeu. Está no poder desde 2015, e mantém a Presidência da República, o Governo, o Supremo Tribunal e os meios de comunicação estatais à mão de ferro. Praticamente uma ditadura extremista.

Lista 5 - KONFEDERACJA WOLNOŚĆ I NIEPODLEGŁOŚĆ (Confederação da Liberdade e Independência) é uma coligação de direita e eurocéptica, criada antes das eleições para o Parlamento Europeu, em 2019 (formalmente registrada como comissão eleitoral da Konfederacja KORWiN Braun Liroy Narodowcy). Desde julho de 2019, ela foi registrada como partido político sob o nome Konfederacja Wolność i Niepodległość. De ideologia liberal conservadora, liberalismo nacional, euroceticista, nacionalismo, liberalismo econômico. A Confederação tem como programa; - desagravamento fiscal geral: redução do IRS para 0%, contribuições voluntárias para a ZUS e abolição do imposto especial sobre o consumo da gasolina, redução de despesas (mas sem especificar quais); - “Tribunais rápidos e justos” – construir aparelhos auxiliares nos tribunais, digitalizando-os e simplificando procedimentos; - “Vale educativo” e “voucher cultural” – privatização da educação, da cultura e da arte, financiando-as por meio de vales, combatendo a “invasão” de “educadores sexuais” e “propagandistas do movimento LGBT” ; - “Segurança nacional” – limitar a admissão de refugiados e imigrantes, sair da União Europeia, opor-se Ao Direito e Justiça, promover a visão histórica e cultural polaca; - “Vida saudável” - proteção ambiental, proibição de importação de lixo para a Polônia, promoção do esporte, proibição do aborto (com excepções). - oposição à Lei de Justiça para Sobreviventes Não Compensados Hoje; - adotar a neutralidade nos conflitos armados no Médio Oriente e cessar o envolvimento dos soldados polacos; - manutenção da moeda nacional, ou seja, o złoty; - abolição do imposto sobre o rendimento; - restabelecimento da pena de morte para crimes extraordinários; - liberalização de regulamentos relativos a licenças de armas de fogo; - limitar a imigração de países não europeus; - descentralização e desburocratização do Estado; - equalização dos subsídios agrícolas aos restantes países da UE.

Lista 6 - KOALICJA OBYWATELSKA (Coalizão Cidadã) é uma coligação da PO- Plataforma da Cidania, Nowoczesna (Moderno), Iniciativa Polaca e os Verdes. Estabelecida antes das eleições locais de 2018 como uma coalizão do PO e do Nowoczesna (o comitê era então denominado Platforma Nowoczesna Coalizão Cívica). Em seguida, foi expandido para incluir o iPL, RS Agrounia Sim e o Partido Verde e continuou em várias formas (para as eleições parlamentares de 2019 e 2023, o comitê adotou o nome Coalizão Cívica PO. N iPL Zieloni e outros grupos também foram associados à coalizão). O PO é um partido de centro-direita pró-União Europeia e sua ideologia é marcada pelo liberalismo, liberalismo democrático, liberalismo social, conservadorismo liberal, feminismo e políticas verdes.

Lista 7 - POLSKA JEST JEDNA (Polônia é Uma) é um partido de direita registrado em 9 de fevereiro de 2023, estabelecido com base no movimento fundado em 25 de setembro de 2021 por Rafał Piech, prefeito de Siemianowice Śląskie (uma cidade do sul da Polônia, na voivodia da Silésia, que possui direitos distritais). A ideologia do partido está centrada no conservadorismo nacional e no euroceticismo. Usa o slogan fascista “Deus, Família, Pátria” e foi fundado com protestos contra as restrições impostas pela epidemia da Covid.

domingo, 15 de outubro de 2023

OPOSIÇÃO POLACA VENCEU AS ELEIÇÕES NO BRASIL

Donald Tusk, o grande vencedor das eleições parlamentares polacas nas duas seções eleitorais no Brasil.

As eleições para senadores e deputados do Parlamento da Polônia foram realizadas na Comissão Eleitoral Distrital número 37, no Consulado Geral da República da Polônia, na Avenida Agostinho Leão Júnior, n.º 234, em Curitiba, no sábado, dia 14 de outubro de 2023. E em Brasília, os eleitores compareceram para votar na Comissão Eleitoral número 36, no Consulado Geral da República da Polônia, Avenida das Nações, Quadra 809, lote 33, Brasília, DF. 

CURITIBA DISTRITOS 37 E 44

Inscreveram-se previamente para votar neste distrito 75 eleitores. Compareceram para votar 54 eleitores, configurando um percentual de 72% de participação. Ao final da apuração, 53 votos foram considerados válidos. Apenas um voto foi invalidado.

As eleições polacas são realizadas por meio de listas de candidatos por partido ou coalizões. Para estas eleições de outubro de 2023, apresentaram-se 7 listas para a disputa eleitoral.

Houve empate na primeira posição entre a Lista 3 da Nowa Lewica (Partido na Nova Esquerda) e a Lista 4 do PiS - Prawo i Sprawiedliwość (Partido Direito e Justiça), no poder desde 2015. Ambas as listas receberam 14 votos.

Em seguida com 13 votos ficou a lista 6 da Koalicja Obywatelska PO N IPL Zielone (Coalizão da Cidadania).

Na sequência, também empatados com 4 votos cada a Lista 2 da Trzecia Droga (Terceira Via) e a Lista 5 da Konfederacja Wolność i Niepodległość (Confederação Liberdade e Independência).

E nas últimas colocações também houve empate por 2 votos entre a Lista 1 da Bezpartyjni Samorządowcy (Sem Partido de Governo) e a lista 7 da Polska Jest Jedna (Polônia é Uma).

Lista 1 = 02 votos
Lista 2 = 04 votos
Lista 3 = 14 votos
Lista 4 = 14 votos
Lista 5 = 04 votos
Lista 6 = 13 votos
Lista 7 = 02 votos

O ex-primeiro-ministro da Polônia e ex-presidente do Conselho Europeu da União Europeia, Donald Franciszek Tusk com 11 votos da Lista 6 do PO - Platforma Obywatelska (Partido da Plataforma da Cidadania).

O segundo mais votado foi o ex-ministro da Cultura e do Patrimônio Nacional, ex-primeiro-ministro e atual vice-primeiro-ministro Piotr Tadeusz Gliński do PiS (Partido Direito e Justiça) com 7 votos.

Na soma das listas, a oposição polaca venceu as eleições em Curitiba com 31 votos contra 13 da situação e o grande vitorioso foi Donald Tusk.

Na eleição para o Senado, referente ao Distrito Eleitoral 44 foram considerados 54 votos válidos. 

Venceu o candidato da Coalizão da Cidadania, Adam Piotr Bodnar com 37 votos contra a candidata do Partido do Direito e Justiça, Alicja Żebrowska que fez 15 votos. Vitória da Coalizão da Plataforma da Cidadania co 68,51% 

BRASÍLIA DISTRITOS 36 E 44

No Consulado Geral da Polônia, em Brasília, 43 votos foram considerados válidos e os resultados por listas foram:

Lista 1 = 00 votos
Lista 2 = 04 votos
Lista 3 = 03 votos
Lista 4 = 14 votos
Lista 5 = 02 votos
Lista 6 = 19 votos
Lista 7 = 01 voto

A oposição fez com soma das Listas 2, 3 e 6,  26 votos e a situação 14 votos.

Donald Tusk da Plataforma da Cidadania fez 13 votos e Piotr Gliński 10 votos.

Na eleição para o Senado, referente ao Grupo Eleitoral 44, venceu o candidato da Coalização Cívica, Adam Piotr Bodnar com 23 votos contra 18 votos da candidata do Partido direito e Justiça, Alicja Żebrowska.

No resultado geral das duas comissões eleitorais, Brasília e Curitiba, a oposição ganhou com ampla maioria com 57 votos contra 27 votos, ou com 67,8% dos votos válidos, na eleição para a Câmara dos Deputados.

Nas duas comissões eleitorais para o Senado, no Brasil, a vitória da oposição foi de 60 votos para Adam Piotr Bodnar e 33 votos para Alicja Żebrowska. A oposição vitoriosa fez 60,85%.

Fonte: Państwowa Komisja Wyborcza (Comissão Eleitoral Estatal)