quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Israelense profana campo de concentração

Monumento ao Holocausto em Majdanek / Lublin - Foto: Ulisses Iarochinski
Um estudante israelense de 17 anos foi multado depois de expor suas nádegas em um dos alojamentos do antigo campo de extermínio de Majdanek, na cidade de Lublin, no Leste da Polônia, informou a polícia local nesta última segunda-feira (14/08).

O ato do jovem foi registrado por uma câmera de segurança. Guardas do local notaram o ato obsceno e chamaram a polícia. As autoridades disseram que o jovem deve responder pelo crime de "profanar um monumento ou memorial".

"Ele admitiu o ato e disse que estava disposto a aceitar a punição", disse o porta-voz da polícia, Andrzej Fijolek.

O cidadão israelense, que não foi identificado, estava visitando o campo de extermínio nazista como parte de uma viagem escolar. Ele foi autorizado a deixar o país, mas não antes de pagar uma multa de mil złotych (1.028 reais), acrescentou Fijolek.

Barracões de alojamento Majdanek / Lublin - Foto: Ulisses Iarochinski
Funcionários do memorial condenaram veementemente o ato, que foi descrito como "indecente" e "revoltante".

O campo de Majdanek foi construído em 1941 e serviu de local para o extermínio até 1944. Pelo menos 78 mil pessoas – a maior parte delas de origem judaica – foram mortas pelos nazistas no campo, até que o Exército Vermelho libertasse os sobreviventes.

A imprensa israelense informou que o jovem acabou sendo separado do restante dos estudantes e mandado de volta para Israel logo depois do incidente. O Ministério da Educação israelense também disse que a escola onde o jovem estuda deve tomar medidas disciplinares contra ele. Todos os anos, milhares de estudantes israelenses visitam os campos de concentração e extermínio e outros memoriais do Holocausto criados pelos alemães durante em sua ocupação na Polônia em viagens que recebem apoio do ministério.

Outros casos
Em março de 2018, um tribunal polaco multou outro adolescente israelense por urinar no campo concentração e extermínio alemão de Auschwitz, na cidade de Oświęcin, a 70 km de Cracóvia.

No ano passado, outro caso envolveu um grupo de 12 jovens da Polônia, Bielorrússia e Alemanha que protagonizou um protesto bizarro em Auschwitz. Eles se despiram e mataram um cordeiro em uma das seções do antigo campo. Posteriormente, eles afirmaram que queriam protestar contra a intervenção russa na Ucrânia.

Majdanek/ Lublin - Foto: Ulisses Iarochinski
Dois homens do grupo foram posteriormente sentenciados a penas de prisão de 14 e 18 meses por profanação de um memorial e crueldade com os animais, enquanto o resto do grupo teve pagar multas ou prestar serviço comunitário.

Em julho, dois turistas húngaros foram flagrados tentando levar tijolos de um antigo crematório em Auschwitz. Os dois receberam uma multa equivalente a cerca de 350 euros (1.500 reais) cada um, além da pena de um ano em liberdade condicional.

Fontes; JPS/dpa/ots

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

II PolskaFest começa hoje em Curitiba

Na Sociedade Cultural Abranches, em Curitiba, acontece de hoje nesta sexta-feira (10) e vai até domingo (12), a 2ª PolskaFest, que tem como objetivo valorizar a rica cultura polonesa e também iniciar os festejos para comemorar o Sesquicentenário da imigração polaca em Curitiba, que será em 2020.
O bairro Abranches é a segunda colônia de imigrantes polacos instalada em Curitiba, em 1873, e ainda possui uma das regiões de maior concentração de descendentes de polacos de Curitiba.

A programação inicia nesta sexta, às 17h00 e vai até às 23h00. No sábado e domingo, a festa começa às 11h00 e encerra às 23h00.

Os visitantes podem aproveitar diversas atrações gastronômicas e culturais. A entrada é gratuita, mas se poderá doar um quilo de alimento, não perecível, que será destinado para entidades carentes.

O Salão da Sociedade Cultural Abranches recebe a exposição de artesanatos e fotografia promovida pela Casa da Cultura Polônia Brasil, apresentações de bandas, grupos folclóricos e coral.

Comidas típicas polacas e de etnias convidadas, e cervejas artesanais para agradar todos os paladares.

GRUPOS FOLCLÓRICOS E BANDAS
Tem apresentações dos grupos folclóricos polacos: Wawel (São José dos Pinhais-PR), Junak (Curitiba-PR), Hercílio (São Bento do Sul-SC) e Karolinka (São Mateus do Sul-PR).

Os shows serão com as bandas Os Gaideski, Coração Nativo, Miguel Taborda & Cia e Banda Alkimia. Além da participação do Coral de Sant´Ana.

PRATOS TÍPICOS POLACOS E DE OUTRAS CULTURAS 
O grande destaque do evento será o tradicional prato polaco, os pierogi, que serão servidos por pela pierogueria Pierogi do Miro.
A iguaria terá seguintes recheios: Ricota com batata, Frango com batata, Repolho com batata, Batata com temperos. Serão servicos com molhos de Calabresa (cebola, linguiça, bacon em cubinhos refogados na manteiga), Branco Bechamel (molho à base de leite, cremoso e delicado) e Champignon (molho à base de creme de leite com champignon refogado fresco).

Participação do Pirô na Batatinha, servindo Batata em Cone; a Aero Burguer, com opções de Hamburguer; e a Phoenix com diversas opções em pasteis. A empresa Churros Divinos oferecerá churros gourmet estará com o cardápio voltado para os doces, além da Cafeteria com Cucas com 10 opções de sabores.

AULA SHOW COM PRATOS POLACOS
Uma das novidades dessa edição do PolskaFest, serão as duas Aulas-Show de receitas de pratos típicos polacos, ministradas pelo Chef de Cozinha Diego Machalesky, de Joinville-SC.
Ele estará na festa sábado e domingo, às 14h30. Serão três receitas por dia com os pratos: Zapiekanka (sanduiche), Barszcz Burakowy (caldo de beterraba), Gołabki (charuto de repolho), Kotlet schabowy (carne de porco), Placki ziemniaczane (panqueca de batata) e Żurek (sopa azeda de centeio). As aulas serão gratuitas e terão duração em média de 1h30. Elas terão o objetivo de difundir e apresentar receitas fáceis e baratas comenta o chef. “Os pratos que escolhi são receitas acessíveis, que vão um pouco além do tradicional polonês que conhecemos. Estarei lá orientando e tirando dúvidas para que os participantes possam saber que existem outros pratos, além do pierogi. Também distribuiremos um material com as receitas para que os participantes possam fazê-las em casa”, finaliza.

E as bebidas estarão representadas pelas cervejarias de nome e sobrenome polacos Wensky Bier e DUM, além da OAK Bier e mais duas convidadas, servindo opções para todos os apreciadores de Piwo artesanal.
No Cantinho da Vodka poderá ser consumida a mais famosa aguardente da Polônia, a Wódka Żubrówka, aquela do ramo de capim do bisão.

Será celebrada Missa, no domingo 12 de agosto, comemorando o Dia dos Pais,  especial aos patriarcas das famílias, às 10h30 na Igreja de Sant´Ana, a poucos metros da Sociedade, com a abertura da Semana da Família (todos os dias até sábado 18/08 haverá uma atividade para as famílias à partir das 19h30).

Sociedade Cultural Abranches inaugurada em 1910

Sobre a PolskaFest
A 1ª edição do evento foi realizada no município de Araucária em 2017, na região da antiga colônia Thomaz Coelho (Araucária, Contenda, Campo Largo, Lapa e entorno), para celebrar os 140 anos da imigração polaca na região metropolitana de Curitiba. E neste ano, é a vez da região Norte de Curitiba, que irá comemorar o Sesquicentário da imigração polaca, de 2021 e já começa os preparativos para uma grande sequência de festas desta tão importante data.

2ª Edição da PolskaFest Curitiba 2018
Data do evento: Dias 10, 11 e 12 de agosto de 2018.
Horário: Dias 10 de agosto: 17h até 23h. Dias 11 e 12 de agosto: 11h às 23h.
Local: Sociedade Cultural Abranches - Rua Mateus Leme, 5932.
Classificação: Livre.
Ingressos: Entrada gratuita.
Apoiadores: Casa da Cultura Polônia Brasil e Consulado Geral da Polônia.
Mais informações: 41 3356-8039,
pelo e-mail: aloeventos@aloeventos.com.br
ou www.facebook.com/polskafest.

PROGRAMAÇÃO DA 2ª POLSKAFEST CURITIBA:
DIA 10 DE AGOSTO - SEXTA
17h00 - Abertura da casa 18h - Atividades de Palco, Exposição e gastronomia.
19h30 - Abertura, Cônsul Geral da República da Polônia: Sr. Marek Makoski
20h00 - Miguel Taborda & Cia

DIA 11 DE AGOSTO - SÁBADO
11h00 - Almoço – Espaços Gastronômicos
14h30 - Aula Show de Gastronomia - Chef Diego Machalesky
16h00 Grupo Folclórico Hercílio – São Bento do Sul - SC
16h30 - Gincana de Palco - Prepare sua Criatividade!
17h00- Grupo Folclórico WAWEL - São José dos Pinhais
17h30- OS GAIDESKI
18h30 - Grupo Folclórico KAROLINKA - São Mateus do Sul
19h00 - Grupo Folclórico JUNAK – Curitiba
20h00 - Banda ALKIMIA
21h00-Banda CORAÇÃO NATIVO

DIA 12 DE AGOSTO – DOMINGO – DIA DOS PAIS
10h30 - MISSA – Dia dos Pais - Igreja de Sant´Ana
11h00- Almoço - Espaços Gastronômicos
14h30 - Aula Show de Gastronomia - Chef Diego Machalesky
16h00 - Gincana de Palco - Venha divertir-se com o seu pai!
17h30 - Miguel Taborda & Cia.

Igreja Sant'Ana de Abranches construída em 1940

sexta-feira, 27 de julho de 2018

A Mina de Prata de Tarnowskie Góry


A Mina de Prata em Tarnowskie Góry é uma atração turística única que, juntamente com o sistema de canais subterrâneos, entrou na lista da Unesco em 2017. 

A uma profundidade de 40m foi criado um trilho turístico sobre um canal aquático com um comprimento de 1740m. O percurso conduz, entre outros pontos, pela caverna da Truta Negra. 

A mina vem sendo explorada desde o final do século dezoito. Mas descobertas arqueológicas demostraram que a mineração já tinha começado na região no século três. O descobridor dos depósitos de prata foi o camponês Jan Rybka que vivia em uma colônia de Tarnowice no século quinze.
Rybka encontrou no campo o primeiro pedaço do minério. Foi o que bastou para surgir ali uma vila de mineros e logo começaram a ser escavadas as primeiras minas (no idioma polaco antigo - Góra - que significa montanha deu nome à vila).



Em 1526, o duque de Opole, Jan II, concedeu à comunidade o status de uma cidade mineira independente.
O nome Tarnowskie Góry tem sua origem nos trabalhos da mineração. A primeira parte do nome "Tarnowskie" vem do nome da vila "Tarnowice" onde os depósitos do chumbo enriquecido pela prata foram encontrados.

Atualmente, Tarnowice (na verdade Stare Tarnowice) é um distrito de Tarnowskie Góry.

Já segunda parte do nome, que deu origem ao nome, "Góry" significa "montanhas".  Embora não exista estes acidentes geográficos naturais dignos de serem assim chamados, decorr da elevação criada em torno de numerosos entulhos depositados pela escavação dos poços escavados para retirar a prata.

A indústria de mineração teve que lutar com o problema de inundação de água. Para impedir a constante inundação das galerias, em 1788, foi introduzido primeiro motor a vapor trazido da Inglaterra pelo conde Friedrich Wilhelm von Reden (Nessa época, a Silésia tinha sido invadida e ocupada pelo reino da Prússia - atual Alemanha).



A outra maneira de drenar os locais de trabalho foi escavar cavernas que escoavam a água acumulada usando a diferença de nível. Havia 8 cavernas em Tarnowskie Góry. E é justamente uma parte de uma delas com 600 metros, que está aberta para a visitação dos turistas - chamada de Cavernda da Truta Negra.

A mineração de minério de chumbo em Tarnowskie Góry parou em 1912 por causa da escassez de recursos. No entanto, uma enorme quantidade de vestígios de mineração do passado foi deixada, tanto no subsolo quanto no subsolo.

O principal mineral extraído foi a chamada galena, isto é, minério de chumbo com uma mistura de prata. No século 16, Tarnowskie Góry foi a principal produtora na Europa, o que contribuiu para o desenvolvimento do comércio europeu e a recuperação econômica do continente.

A prata extraída naquele lugarejo da Polônia viajou até a China, onde ela foi usada ​​para produzir moedas. 


A histórica Mina de Prata de Tarnowskie Góry é a única rota turística subterrânea na Polônia que permite explorar as abóbadas da antiga mina de minério de prata, estabelecida nos dolomitos e calcários do Triássico.

A partir de 2004, uma parte da mina foi transformada em monumento histórico de Tarnowskie Góry. Foi aberto para visitação pública o subterrâneo mais antigo mina de prata chamado de a Caverna "Truta Negra".

Desde julho de 2017, ela foi inscrita na Lista do Patrimônio Mundial da UNESCO como a denominação de: Mina de chumbo, prata e zinco, juntamente com o sistema de gerenciamento de água subterrânea de Tarnowskie Góry.



A histórica Mina de Prata está classificada com quatro estrelas na Rota dos Monumentos Industriais da Voivodia (Estado) da Silésia. Em 2014, a Mina foi também inscrita na Rota Europeia do Patrimônio Industrial (ERIH) como um Ponto de Ancoragem.

A mina está localizada nos arredores da cidade de Tarnowskie Góry, na ulica (pronuncia-se ulitssa, significa rua) Szczęść Boże (a benção de Deus), nº 81, na Voivodia da Silésia.

Um dos dois setores da Mina Rei Frederico (do alemão Königliche Friedrichsgrube) foi aberto ao público em 1976, setor que produzia desde 1784. O trecho faz parte de um labirinto subterrâneo de escavações de mineração, cujo comprimento total é superior a 150 km. A uma profundidade de 40m foi construído uma trilha com o comprimento de 1740m no formato de um triângulo que liga três galerias "Anioł", "Żmija” e "Szczęść Boże" ("Anjo","Víbora" e "Deus te abençoe").

Durante o passeio, os turistas observam ancestrais mineiros do século dezoito e dezenove, antigos locais de trabalho e suas ferramentas. Três cavernas de 500 a 2.000 m² são adjacentes à trilha. O trecho de 300 metros é feito em canoas.



Em 2012, a rota turística ganhou um sistema de som que reproduz os ruídos autênticos do trabalho dos mineiros, os efeitos das explosões da mineração, o barulho das carretas de transporte do mineral extraído.

No prédio de entrada da Mina de Prata há uma exposição multimídia (aberta em 20 de abril de 2012), com uma vitrine de objetos com a história, geologia, técnicas de exploração e de drenagem subterrânea de Tarnowskie Góry.



Entre as ferramentas antigas estão um depurador, lâmpadas usadas no subsolo, baldes para extração de resíduos, um banheiro portátil. Uma das peças mais representativas da exposição é uma máquina a vapor - a primeira na Silésia - instalada ali em 1788.

O edifício principal da mina na superfície tem uma sala de cinema e de eventos, um restaurante, lojas de souvenirs e minerais e um estacionamento próximo.

A rota turística da Mina de Prata está adaptada para deficientes. Na caverna existe um microclima com temperatura constante de 10 ° C. Além disso existe uma fábrica de máquinas à vapor da Skansen Maszynowych localizada próxima ao prédio da mina, com uma rica coleção de máquinas a vapor usadas nas indústrias antigas. Ali estão: um rolo compactador, um guindaste ferroviário, uma locomotiva, vários motores a vapor, um gerador de energia, bombas de vapor e máquinas de elevação.

Um elemento decisivo na dinâmica do desenvolvimento da mineração no século dezenove foi a introdução da tecnologia moderna à vapor. E esta tecnologia pode ser apreciada no pequeno passeio da Estrada de Ferro do parque ao redor do museu etnográfico ao ar livre (Skansen).

O trecho ferroviário é de 500 metros. Andar neste pequeno trem, cercado por máquinas antigas é uma experiência inesquecível.

# PL100🇵🇱 #

quarta-feira, 11 de julho de 2018

Ucranianos Assassinaram e torturam polacos

O parlamento ucraniano aprovou recentemente uma lei exaltando as atividades do UPA - Exército Ucraniano Insurgente.
O UPA era uma organização fundada por nacionalistas ucranianos ligados ao líder Bandera, cujos membros durante a Segunda Guerra Mundial assassinaram brutalmente entre 50 mil a 100.000 polacos.

Os diversos grupos do UPA prepararam os planos para o extermínio dos polacos em fevereiro de 1943. Estas ações genocídas ocorreram apenas 72 anos atrás.

Carnificina na Volínia

Foram assassinatos em massa (limpeza étnica, genocídio) cometidos por nacionalistas ucranianos (com apoio frequente da população ucraniana local) contra a população polaca na antiga Voivodia (Estado) da Volínia, durante o período da Segunda República Polaca e que durante a II Guerra Mundial foi invadida e ocupada pelo Comissariado do Império Ucraniano, ao mesmo tempo que ocupação dos territórios polacos pelos alemães nazistas entre fevereiro de 1943 e fevereiro de 1944.

Ainda é desconhecido o número exato de vítimas (historiadores estimam entre 50 a 100 mil pessoas).  Isso em função da demora em se fazer o reconhecimento dos muitos corpos que foram desmembrados ou queimados.

Na foto abaixo estão cadáveres de habitantes polacos da vila rural de Lipniki no município de Kostopol, na Volínia polaca. Em 26 de março de 1943, ucranianos das unidades da UPA assassinaram 182 pessoas no local:


Os terroristas do UPA cortavam o nariz e o lábio superior e arrancavam a maior parte dos dentes, enquanto perfuravam o olho esquerdo e danificavam gravemente o olho direito:


Estas são algumas das muitas fotos de vítimas do massacre e dos métodos "sofisticados" de tortura praticada pelos ucranianos do UPA (e, felizmente, em muitos casos borradas).

A principal razão para os crimes cometidos pelos vizinhos foi estritamente por considerações étnicas. O que os iguá-la em barbárie aos criminosos de guerra nazistas.

Ainda hoje na Ucrânia, o reconhecimento e adoração dos símbolos do UPA e do presidente desta organização criminosa - Stepan Bandera - ainda estão bastante vivos e cultuados. Exemplo disto é a lei promulgada pelo parlamento ucraniano semanas atrás.

Na foto abaixo, barriga aberta e vísceras colocadas para fora, mostrando como a pele ficou pendurada depois da tentativa de soltá-la. Crime praticada pelos sanguinários da OUN-UPA:


Métodos ucranianos de tortura

1. Cortar a garganta, puxar a língua e arrancá-la. 
2. Recortar a polpa da cabeça, inserindo no cérebro grampos presos com parafusos.
3. Cortar e remover as faixas estreitas de pele das costas em formato de cinto.
4. Retirar os seios das mulheres e polvilhar com sal.
5. Perfurar mulher grávida com baioneta.
6. Cortar o abdomen de mulher em gestação avançada e no lugar do feto retirado, inserir gato vivo e costurar a barriga.
7. Inserrir de pino pontiagudo na vagina e empurrar até a garganta.
8. Cortar o tronco de uma pessoa ao meio com uma serra de carpintaria.
9. Apunhalar a língua de uma criança pequena fixando-a no tampo de uma mesa, que depois ficava pendurada.
10. Perfurar com um fio grosso a orelha passando-o através da segunda orelha.
11. Cortar a cabeça com um machado.
12. Cortar o tronco do corpo de uma pessoa com uma serra de semi-carpintaria.
13. Cortar a frente do tronco do corpo de uma pessoa com uma faca de jardinagem, da vagina até o pescoço e deixar as vísceras do lado de fora.
14. Cortar a barriga e despejar água fervente sobre ela.
15. Cortar o estômago das gestantes e jogar vidro quebrado no interior.
16. Inserir ferro incandescente na vagina.
17. Cortar a barriga e derramar dentro comida para porcos famintos, chamado-os para se banquetear como se fossem lavagem das vísceras das pessoas.
18. Recorte dos dedos com faca.
19. Pregar as mãos na mesa e os pés no chão.
20. Jogar crianças pequenas vivas em poços profundos.
21. Quebrar a cabeça do bebê, arrastando-os pelos pés e batendo os corpos na parede ou no fogão.
22. Martelar uma criança em uma estaca pontuda.
23. Pendurar mulheres em árvores de cabeça para baixo e estuprando-as, e depois cortar os seios e a  língua, fazendo uma fenda na barriga, seccionando os olhos e cortando pedaços das carnes da pessoa com faca.
24. Jogar adulto nas chamas de um incêndio em uma clareira na floresta, em torno do qual garotas ucranianas cantavam e dançavam ao som de harmônicas.
25. Amarrar homens às árvores e atirar neles como se fossem alvo.
26. Rasgar o tronco dos corpos com correntes.
27. Arrastar pela rua mãe com seus três filhos, amarrados a uma carroça com cavalo, de tal forma que uma perna da mãe era amarrada com uma corrente na carroça, e a outra perna da mãe era amarrada numa das pernas do filho mais velho, a outra perna deste filho era amarrada numa das pernas do outro filho mais novo, e perna deste na perna da criança.
28. Apertos periódicos do tronco de um corpo com arame farpado e em intervalos de poucas horas despejavam na vítima água fria para recuperar a consciência e sentir dor e sofrimento.
29. Enterrar pessoas vivas no chão até o pescoço e cortar a cabeça depois com foice.
30. Retalhar com navalha o rosto das pessoas fazendo-as sangrar.

As ilustrações a seguir mostram as torturas praticadas
pelo UPA contra a população polaca, na grande maioria composta apenas por civis.


Corte da frente do corpo da vagina para o pescoço. (Volínia, área de Równe)



Retiravam os seios das mulheres e polvilham as feridas com sal. (Volínia, distrito de Kowel)


Pregavam a vítima com uma estaca no chão perfurando o estômago.
(Latacz, distrito de Zaleszczyki, junho de 1944)


Recortavam tiras de pele das costas da vítima e derramavam água fervente sobre as feridas abertas.
(Vila de Witoldówka, município de Włodzimierz, na voivodia da Volínia, julho de 1943)


Pregavam a língua da criança pequena na mesa, e depois penduravam-na na quina da mesa.
(Município de Krzemieniec, Voivodia da Volínia)


Fonte: Viralka.pl
Texto: Myrmek
Acessado em 01/jul/2018
http://v.viralka.pl/oto-jak-ukrainska-upa-mordowala-i-torturowala-polakow-przerazajaca-lista/

Tradução para o português: Ulisses Iarochinski

sábado, 2 de junho de 2018

O curitibano Cionek na Copa da Rússia

O técnico Adam Nawalka da seleção da Polônia para a disputa da Copa do Mundo da Rússia convocou um curitibano.

Seu nome: Thiago Cionek (em idioma polaco se pronuncia tchionék).


A relação do curitibano com o país europeu vem de berço. Ele é descendente de imigrantes polacos, que chegaram em Curitiba no início do século 20.

Como jogador de futebol, foi em 2008 que ele se transferiu para atuar no Jagiellonia Białystok. Ele atuou no clube até 2012, quando se transferiu para o Padova, da Itália.

Após passar pelo Modena e pelo Palermo, ele ajudou o SPAL a se livrar do rebaixamento na última temporada.

Nascido no bairro do Boqueirão, em Curitiba, Cionek, de 32 anos, defende a Seleção polaca desde 2014, convocado pela primeira vez pelo técnico Adam Nawalka.

Curioso, que nunca jogou nos times profissionais de sua cidade natal, como Coritiba, Atlético e Paraná. Mais curioso ainda é que a imprensa curitibana, jornal, rádio, internet e televisões continuam ignorando o único curitibano que estará presente como jogador na Copa do Mundo da Rússia.

- Você está na pré-lista da Polônia para a disputa da Copa do Mundo. Você esperava ser lembrado pelo técnico Adam Nawalka?

Cionek - Eu tinha essa esperança, sim, até por ser convocado pelo Adam desde que ele assumiu a seleção. Venho jogando no meu clube atual com bastante frequência e faço parte da seleção há algum tempo. Joguei as eliminatórias da Euro, a Eurocopa e as eliminatórias para a Copa, então eu esperava por isso, mesmo com a grande concorrência.

- Você esteve nas convocações do treinador durante as Eliminatórias, o que aumenta as suas chances. Como está a sua expectativa para disputar o Mundial? É um sonho jogar a Copa?

Cionek - A expectativa é muito grande, é um sonho que os jogadores têm desde criança. Aos poucos as coisas foram acontecendo na minha carreira, hoje faço parte de um time da elite italiana e trabalhei bastante para chegar na seleção. É um ciclo que está se formando, tem uma preparação grande a ser feita, mas já temos uma base sólida, com um entrosamento que tem mais de quatro anos.

Thiago Cionek defende a Polônia desde 2014


- Você esteve com grupo polonês na disputa da Eurocopa. O que representa disputar um campeonato desse porte?

Cionek - Sim, estive no grupo e agora iremos para a Copa. O tempo de treino com a seleção é pouco, mas por estarmos juntos há algum tempo e por termos jogado alguns torneios, o entrosamento vem cada vez mais forte.

- Sua ligação com o futebol polonês começou em 2008, quando foi jogar no Jagiellonia Białystok. Mas como e quando surgiu a oportunidade de atuar pela Polônia? Foi um convite da federação do país? 

Cionek -  Cheguei na Polônia em 2008, ainda sem possuir cidadania, sem passaporte. Comecei jogando o campeonato local e logo solicitei a cidadania polaca, que foi um processo que demorou um tempo. A torcida da equipe que eu jogava me ajudou a agilizar isso, eles fizeram um abaixo assinado e eu consegui o reconhecimento da cidadania. E não, não foi um convite, eu fui convocado quando fui para a Itália, um amistoso diante da Alemanha, antes da Copa de 2014, que a Polônia acabou não jogando. Desde então, tenho sido convocado com frequência.

- Por ser naturalizado polaco, sofreu algum tipo de preconceito por jogar na seleção?

Cionek - Sou o único jogador não nascido na Polônia que está na lista para a Copa. A grande maioria das pessoas apoiam, sempre fui muito querido pelos torcedores. Os jogadores também me receberam muito bem e eu acredito que por eu já falar polaco, conhecer bem os atletas e o futebol local, o processo foi muito mais tranquilo. É um grande orgulho vestir a camisa da Polônia, meus bisavós foram para o Brasil no início do século XX e, após 100 anos, eu fiz esse caminho inverso. Sou muito grato ao país por tudo que já me proporcionou, pelos meus familiares e por uma história que eu construí, então o orgulho é imenso.

Foto - Janek Skarzyński / AFP
- Você começou a carreira em um clube amador do Paraná. Anos depois, você imaginaria que poderia estar na briga por um lugar na Copa?

Cionek - Comecei buscando meu espaço no futebol em equipes amadoras de Curitiba, aí, depois fui para o Cuiabá, joguei Série C e isso ajudou no meu crescimento. Gosto muito de futebol, sempre assisti a vários jogos e eu tinha o sonho de jogar o Brasileirão. Naquela época eu jamais imaginaria que poderia jogar uma Copa do Mundo, mas aí as coisas foram acontecendo, conheci o futebol europeu e ano após ano eu fui crescendo o que me ajudou a chegar na seleção.

- Robert Lewandowski é o grande nome da seleção polaca. O que a figura dele representa para a equipe?

Cionek - O Lewandowski é o nosso líder, é aquele que faz os gols, mas não só isso. É um atleta que inspira outros jogadores, tem um caráter fenomenal e nos ajuda muito dentro e fora dos campos. Pra nós é um orgulho ter ele no nosso lado, eu já joguei contra ele, mas prefiro ele no meu time (risos). Lewandowski é o cara da Polônia



- Você atua pelo SPAL, da Itália. Como é atuar por um time que é caçula em um campeonato como o Italiano? Por conta das dificuldades, como viu a campanha da equipe?

Cionek - Joguei no Palermo duas temporadas atrás, aí me transferi para a SPAL, um time que vem numa crescente grande, subindo de divisão ano após ano. O projeto que me apresentaram me cativou e eu abracei a ideia. Conseguimos nos livrar do rebaixamento na última rodada e agora é trabalhar para chegar forte e preparado para a próxima temporada. A cidade de Ferrara tem um carinho muito grande pelo time, eles lotam o estádio todos os jogos, respiram futebol e eles são bem fervorosos.

- Estar no Mundial pode ajudá-lo a jogar em um clube de maior expressão na próxima temporada? Já há propostas ou sondagens?

Cionek - No momento não penso nisso, hoje eu só penso em me preparar da melhor maneira possível para chegar bem e em alto nível para a Copa do Mundo. Meu foco é a concentração para o Mundial.

Texto: Mário Boechat
Fonte: Jornal Lance

sexta-feira, 4 de maio de 2018

BARSZCZ = Sopa de Beterraba


SOBRE A TRADUCÃO DO NOME DA SOPA

Se a sopa é polaca e as palavras que a identificam são polacas não há como traduzi-la para português como BORSCHT (palavra alemã, adotada nas traduções por ucranianos, ingleses, russos e italianos)... 

BARSZCZ simplesmente se traduz para português como SOPA DE BETERRABA (seja ela cremosa, rala, caldo ou na forma de consomê)....

Barszcz se pronúncia como "bárchêtchê".

E isto apenas, porque Curitiba, é a terceira maior concentração da etnia polaca no mundo, só atrás de Chicago e Varsóvia. Ou seja, em Curitiba - capital latinoamericana da polaquice - chamar "SOPA DE BETERRABA (Barszcz) de Borscht é uma heresia.


Uma das tantas receitas possíveis:

BARSZCZ CZERWONY
(Sopa de beterraba)

Ingredientes
- 2 litros de caldo de osso buco
- legumes (cenoura, salsinha, cebolinha, aipo, alho porró, caldo de legumes)
- 2 maçãs
- 2 cenouras
- 800 gr de beterraba
- 2 cebolas
- 2 dentes de alho
- 2 folhas de louro
- 2 a 4 cogumelos secos
- 5 grãos de pimenta do reino
- 5 grãos de pimenta da Jamaica
- suco de limão
- salsinha picada

Modo de fazer
Cortar a beterraba descascada em pedaços médios. Adicionar no caldo junto com os outros ingredientes e cozinhar por 1 hora e meia.
Adicionar mais água se necessário.
Passar na peneira.
Colocar na sopeira de porcelana e juntar salsa picadinha.
Servir com pierogi pequenos, ovos cozidos, ou "capeletti" de carne.




quinta-feira, 3 de maio de 2018

3 DE MAIO - DIA DA MAIS ANTIGA CONSTITUIÇÃO DA EUROPA

Quadro: "A adoção da Constituição de 3 de maio" - pintura de Jan Matejko, 1891. O rei Stanisław August (à esquerda, em um manto real decorado com erminas) entra na igreja de São João Batista, onde a Constituição será empossada pelo Sejm (Câmara dos Deputados). Os marechais Stanisław Małachowski e Kazimierz Nestor Sapieha continuaram em mãos dos deputados . No fundo está o Castelo Real, onde a Constituição foi aprovada.

Naquela época a Polônia formava uma República Parlamentarista junto com a Lituânia, onde o rei era eleito pelo Congresso para exercer o papel de chefe de Estado.

Claro, algo tão inovador numa Europa Monárquica só poderia ser a da República das Duas Nações Polônia Lituânia.

A Constituição polaca é a segunda mais antiga do mundo, só sendo ultrapassada pela dos Estados Unidos.

Você sabia que a Constituição proclamada na Polônia no dia 3 de Maio de 1791 foi a primeira moderna constituição na Europa?

E você sabia, que a Polônia e a Lituânia é a primeira República do Mundo Moderno, de 1530?

A Constuição da Polônia foi escrita 4 anos depois da Constituição dos Estados Unidos, e foi a que introduziu a divisão tripartite do poder entre o legislativo, o executivo e o judiciário.

Em 1919, o aniversário da proclamação da Constituição de 3 de Maio foi estabelecido como Data Nacional da República da Polônia.

Infelizmente as celebrações foram proibidas durante a segunda guerra mundial e no regime comunista.

Desde o ano 1990, os polacos novamente homenageiam a data em que foi proclamada a primeira constituição moderna na Europa.

O dia 3 de Maio é um feriado nacional no país inteiro.

quarta-feira, 2 de maio de 2018

Dia da bandeira da Polônia

Hoje, 2 de maio, comemora-se o dia da Polonidade e dos descendentes polacos ao redor do mundo.
Mas também é o dia da Bandeira da República da Polônia.


Na foto, o Palácio da Cultura de Varsóvia a esquerda, a Catedral e o Castelo de Wawel ao centro, e a Basílica Mariacka (Santa Maria), a direita (os 3 edifícios ao centro e à direita estão em Cracóvia).
As cores branca e vermelha da bandeira da Polônia foram escolhidas oficialmente em 8 de novembro de 1831, durante a chamada "Revolta de Novembro", o Sejm (Câmara dos deputados do parlamento polaco) decidiu que as cores nacionais da Polônia passariam a ser as do brasão da Comunidade Polaco-Lituana, ou seja, branco e vermelho.
Em 1 de agosto de 1919, o Sejm da Polônia independente criou a bandeira da Polônia na sua forma atual. Desde 2004, no dia 2 de maio é celebrado o Dia da Bandeira,na Polônia.

Já o dia da Polonidade, ou Dia da Comunidade de Descendentes de Polacos e dos Polacos no Exterior foi constituída pelo Parlamento em 2002, por iniciativa do Senado da República da Polônia “em reconhecimento ao acervo multissecular da comunidade de descendentes polacos e dos polacos no exterior, sua contribuição na recuperação da independência da Polônia, sua lealdade e interesse em cultivar os vínculos com a polonidade, bem como pela ajuda prestada à Pátria nos momentos mais difíceis”.

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Varsóvia: Seminário Negócios com o Brasil


SEMINÁRIO “FAZENDO NEGÓCIOS COM O BRASIL” 

17 maio de 2018 Varsóvia,
BZ WBK Centro de Relacionamentos
Organizações: Embaixada do Brasil em Varsóvia, Câmara de Comércio Polaca-Portuguesa (PPCC)

Agenda de trabalho

CREDENCIAMENTO: 14:30 - 15:00

1. Discurso de abertura (15:00)
- H.E. Alfredo Leoni, Embaixador do Brasil na Polônia
- Dimitri Dias, Membro da Diretoria da Câmara de Comércio Polaco-Portuguesa
- H.E. Senador Adam Bielan, vice-presidente do Senado e presidente do Grupo Parlamentar Polonês Brasileiro - TBC H.E.
- Embaixador Orlando Leite Ribeiro, Diretor do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos do Ministério das Relações Exteriores do Brasil
- Tomasz Pisula, Presidente do Conselho da Agência de Investimento e Comércio Polaca (PAIH)

2. Apresentação macroeconômica / incentivos e oportunidades para investidores (15) : 30)
- Ministério do Desenvolvimento, Comércio e Indústria (Brasil) - TBC

3. Fazendo Negócios no Brasil - marco legal e desafios para investidores e comércio

(16:00) Paulo Cesar Teixeira Duarte Filho, LL.M., Sócio, Rothmann Advogados (SãoPaulo)

COFFEE BREAK (16:30 - 16:45)

4. Estudos de caso de investimentos polacos no Brasil (16:45)

a) Jan Dąbrowa, Diretor GTV Brasil (20 min) - indústria
b) Dariusz Bąk, Gerente Geral do Grupo Gremi / Eco Estrela (20 min) - turismo e lazer

5. Financiamento às exportações e investimentos (17:25)
- Grzegorz Pojnar, BZ WBK Santander, Departamento de Comércio e Finanças

6. Prospecção do mercado: Como a Câmara de Comércio Polaco-Portuguesa apóia as empresas polacas em Brasil (17:45)

- Wojciech Baczyński, Diretor Geral da PPCC

7. Apoio à parceria econômica polaco-brasileira: o papel da Agência Brasileira de Promoção de Investimentos e Investimentos –APEX (18:00)

- Alex Figueiredo, Diretor de Operações, APEX - Escritório de Bruxelas

8. Palavras finais (18:15)
- Embaixador Orlando Leite Ribeiro, Diretor do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos do Ministério das Relações Exteriores do Brasil

BUFFET JANTAR COM CULINÁRIA BRASILEIRA (18:30)

Miores informações:
Embaixada do Brasil em Varsóvia
ul. Bajońska 15,
03-963 Warszawa
Tel. +48 22 617 48 00
Fax. +48 22 617 86 89
e-mail: secom.varsovia@itamaraty.gov.br

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Março de 1968: Álbum da família de judeus emigrados

Estas fotografias poderiam ter sido tiradas do álbum de família de qualquer pessoa.

Sua mensagem é universal - elas mostram a liberdade de uma vida normal. Os eventos sombrios que estão por vir só podem ser vistos em pequenos detalhes, como a data em que as fotos foram tiradas.

Os "eventos de março", que se estenderam entre 1968 e 1969 resultaram no êxodo forçado de cerca de 15.000 judeus e pessoas com raízes judaicas, incluindo quase 500 acadêmicos e 1.000 estudantes. Sem mencionar jornalistas, escritores e atores. Muitos deles representavam a geração de "baby boomers" nascidos depois da guerra (pessoa nascida nos anos seguintes à Segunda Guerra Mundial, quando houve um aumento temporário marcante na taxa de natalidade).

A Polônia era o local de nascimento deles, a casa deles, o lugar onde eles cresceram. Varsóvia, Szczecin ou Wrocław eram os únicos lugares que eles conheciam.

Por ocasião do 50º aniversário de março de 1968, a Galeria Kordegarda de Varsóvia apresentou uma exposição intitulada "Album Rodzinny: Zdjęcia, które Zydzi zabrali ze Sobą" (um álbum de família: fotos que os judeus levaram com eles).

Foi inspirado por Leszek Leo Kantor, um ativista polaco-judeu, que solicitou para outros emigrados de março, que compartilhassem suas fotos daquele período trágico. As fotos mostradas iluminam a vida das comunidades judaicas na Polônia entre 1946 e 1949. Kantor explica que:

"Ao sair, as pessoas levavam seus tapetes, talheres, cristais ou suas bicicletas antigas, porque não poderiam ter nada de novo. E as fotos..."

Depois da guerra
Foto do Album Rodzinny: Zdjęcia, które Zydzi Zabrali ze Sobą - cortesia do organizador
Esta foto acima é uma das imagens mais simbólicas da exposição. Provavelmente foi tirada durante uma aula de geografia ou história. Uma menina está estudando as novas fronteiras da Polônia, de como elas mudaram após a guerra. Com uma caneta, ela está tentando mostrar as três cidades do Báltico - Gdańsk, Gydnia e Sopot (Trójmiasto).

Varsóvia em ruínas, 1946 - Foto: cortesia do organizador
Varsóvia ainda estava em ruínas. É difícil reconhecer as pessoas na foto, mas está claro que nem todas sabiam que a foto estava sendo tirada. Isso coloca o fotógrafo em uma certa perpectiva e distância. Como resultado, a fotografia parece estar mais focada no espaço representado. A escolha dos emigrados para tirar essa foto é como dizer "Varsóvia costumava ser minha cidade".

Parentes
O primeiro dia de aula, ulica (rua) Miodowa 22, Varsóvia - Foto: cortesia do organizador
No texto que acompanha a exposição, Agnieszka Bebłowska-Bednarkiewicz reflete sobre o papel que a fotografia assume na reconstrução do tecido social das nossas sociedades. Ela também cita Susan Sontag, que falou sobre "parentes dispersos", simbolicamente reunidos em uma fotografia.

Esta foto acima mostra esses parentes. É o primeiro dia de escola após guerra e a primeira geração do pós-guerra. As ruínas da cidade velha (Stare Miasto) de Varsóvia aparecem no fundo.

foto do Album Rodzinny. Zdjęcia, które Żydzi Zabrali ze Sobą - Foto: cortesia do organizador
Uma cena da vida estudantil. O homem da direita parece ser o líder do grupo. Ele se senta firme, confiante, com a camisa desabotoada, o braço despreocupado ao redor da cintura da namorada. Ele está lendo algo que deve ser importante para o rapaz sentado na máquina de escrever. É um poema, um manifesto ou talvez um requerimento?

Não muito longe do Shtetl
Cozinheiras do Comitê Judaico em Wałbrzych, Baixa Silésia, na década de 1950 - Foto: cortesia do organizador
Muitas dessas fotos foram tiradas na região da Baixa Silésia. Depois da guerra, quase 100.000 judeus se estabeleceram lá. Artur Hofman, presidente da Associação Judaico-Cultural da Polônia, lembra:
"Foi como voltar ao nosso shtetl pré-guerra. Até a década de 1970, as ruas da minha cidade natal, Wałbrzych, eram dominadas pelo iídiche. Muitos polacos judeus se estabeleceram em outras cidades da voivodia como Dzierżoniów, Kłodzko, Zgorzelec, Świdnica e Legnica."

Foto do Album Rodzinny. Zdjęcia, które Żydzi Zabrali ze Sobą - Foto: cortesia do organizador
Fotos de eventos importantes, na exposição estão colocadas ao lado de outras com cenas de lazer. Aqui está um grupo de pessoas - mulheres e crianças - desfrutando de um passeio de barco no rio  Vístula (Wisła). A ponte Śląsko-Dąbrowski é visível em segundo plano. Ela foi um dos primeiros investimentos em infra-estrutura na Varsóvia do pós-guerra.

Privado, público
Foto do Album Rodzinny: Zdjęcia, które Zydzi Zabrali ze Sobą - Foto: cortesia do organizador
Um jogo de damas é acompanhado por uma leitura conjunta do diário Trybuna Ludu (Tribuna do Povo). Naquele dia, tinha ocorrido a 9ª reunião plenária do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores Unidos da Polônia e era estampada na primeira página.

Era maio de 1957. Władysław Gomułka, o líder do partido, falou contra os chamados "revisionistas", que eram membros do próprio Partido Comunista que buscavam continuar a democratização do sistema,  iniciado em outubro de 1956.
A reunião plenária resultou em uma dura avaliação de todos os membros do partido. Como consequência dela, 15% deles foram expulsos, enquanto a posição de Gomułka no Partido melhorou consideravelmente.
Na sequência, foi fechada a Po Prostu (Simples), revista liderada por reformistas. Isto marcou o fim do chamado "degelo de Gomułka".


Alunos da Escola de Ensino Médio de Educação, em Auschwitz, 1964 - Foto: cortesia do organizador
Para a primeira das gerações do pós-guerra, uma visita a Auschwitz deve ter sido uma experiência profundamente emotiva. Nesta foto, os alunos ficaram atrás do portão, perto dos pavilhões do campo alemão de concentração e extermínio. A maioria dos alunos olha para baixo, exceto a garota com a câmera dependurada no pescoço.
Ida Kamińska com seu filho Wiktor
Foto: National Center for Culture Poland

Sem lugares


Ida Kamińska foi uma das atrizes mais famosas que o teatro judaico na Polônia havia visto. Ela foi a primeira atriz do bloco oriental a ser indicada ao Oscar. A Academia apreciou seu desempenho como proprietária de uma loja de botões na "The Shop on Main Street", filme tcheco de Ján Kadár e Elmar Klos, de 1965.

Mais tarde, ela emigrou para Nova Iorque, onde tentou sem sucesso fundar o Teatro Yiddish. Em 1975, ela voltou a Varsóvia para o 50º aniversário da morte de sua mãe Ester Rachel Kamińska.
Seu pedido de visto entrou na agenda de uma reunião do partido comunista de alto risco. Eventualmente, temendo um escândalo, as autoridades a deixaram entrar.




Anna Frajlich-Zając nasceu de um casal judeu de Lwów (atual Lviv, na Ucrânia), que retornou da União Soviética a Polônia em 1946. Passou seus primeiros dias em Szczecin. Na esteira da campanha antissemita, Frajlich, acompanhada por seu marido e filho, emigrou para Roma e depois para Nova Iorque.
Último jantar  da poeta Anna Frajlich com sua família, Varsóvia, 9 de novembro de 1969 - Foto: cortesia do organizador
Frajlich-Zając trabalhou como professora de idioma polaco e jornalista. Ela publicou doze livros de poesia. Desde 1982, Frajlich leciona literatura polaca na Columbia University, em Nova Iorque.

Frajlich-Zając disse uma vez em uma entrevista:

"Esse momento continua voltando para mim, trazendo consigo uma grande variedade de perguntas. Onde é casa? Por que as pessoas que moravam na mesma rua espalharam-se pelo mundo? Quem tem o direito de definir o lugar de alguém?"


Texto: Michał Dąbrowski
Fonte: culturepl
Originalmente escrito em polaco, traduzido para português por: Ulisses Iarochinski

quarta-feira, 21 de março de 2018

Polacas vão as ruas contra a lei que não permite aborto

No cartaz: Continua o Inferno das Mulheres
Mulheres de diversas cidades da Polônia realizaram um ato a favor do aborto no último domingo, dia 18.

As manifestações foram organizadas após bispos do país terem feito um apelo pedindo uma intervenção “imediata” para a aprovação de um projeto de lei que limita a possibilidade de interrupção da gravidez em caso de má formação do feto.

Os atos ocorreram inclusive em frente às sedes episcopais de Varsóvia, Cracóvia, Wrocław e outras dioceses. A lei polaca atual permite o aborto em casos de estupro, risco de morte e má formação do feto. No entanto, a Igreja tenta barrar esse direito em qualquer situação.

A resposta do Parlamento, dominado por partidos conservadores e ultranacionalistas, foi rápida, pois decidiu acelerar a tramitação do projeto de lei. Caso a medida seja aprovada, o presidente polaco, Andrzej Duda, prometeu sancioná-la.

“O inferno das mulheres pode estar sobre a terra”, diziam as manifestantes. “Devemos defender nossa saúde, dignidade e a liberdade ameaçada pelos bispos”, afirmou a ativista Marta Lempart, que, em 2016 e 2017, organizara greves em defesa do aborto.

Fonte: Agência de Notícias ANSA

domingo, 18 de março de 2018

"Eu sou polaca de pele preta, não conheço nenhum outro país"


Rajel Matsili - Foto: arquivo pessoal
Matéria publicada no último dia 15 de março, na site da Rádio polaca TokFM, mostra de forma concreta a transformação pela qual tem passado a Polônia desde que o PiS- Partido Direito e Justiça tomou conta de todos os poderes da república polaca.

A onda de intolerância fomentada há alguns anos pelo padre da Igreja Católica Apostólica Romana, chamado pelos seus seguidores de Pai Tadeusz Rydzyk, foi um dos fatores que favoreceu a vitória do líder da ultra-direita polaca e seu partido, Jarosław Kaczyński.

O PiS de Kaczyński e Rydzyk detém a presidência da república, a chefia do governo com o primeiro-ministro e dois terços do Congresso Nacional da Polônia desde maio de 2015.

Atores e atrizes já foram retirados do palco dos teatros enquanto realizavam espetáculo porque estavam encenando peça de autor estrangeiro. Cantores foram impedidos de continuar o show porque estavam cantando músicas em inglês.

Os responsáveis por estas ações foram pessoas de um público fanatizado de seguidores de Kaczyński e Rydzyk - dois ideólogos do xenofobismo, do antissemitismo, do racismo e da intolerância.

Esta é a reportagem sobre uma polaca, nascida na Polônia, que fala o idioma perfeitamente (mais até que muitos outros no país), que sempre viveu na Polônia, mas que difere dos demais cidadãos por não ser branca, castanha, olhos azuis ou verdes. Este texto de uma jornalista loira, e polaca, como a entrevistada, é sobre uma pessoa de pele preta, olhos pretos e cabelos pichacos.

Esta é a história da polaca Rajel Matsili, filha de uma polaca branca e um negro do Congo.

WYZWISKA, SZTURCHAŃCE, SPUNICIE*

Situações desagradáveis ​​acontecem todos os dias. Finalmente, Rajel, uma mulher polaca negra, disse "basta!". Ela quis deixar imediatamente a capital da Polônia, onde se encontrou com o desprezo.

Esta reportagem começou com a entrada no Facebook de Agnieszka Łabuszewska, proprietária do Cafe Kulturalna, na qual Rajel estava empregada. "Duas semanas atrás, uma menina mudou-se para Varsóvia, de boa energia, com um sorriso, uma inteligência e uma vontade de trabalhar, que nós a adotamos no Kulturalna. Se é importante para qualquer um, por que não para nós, uma polaca de pele escura?" - escreveu Łabuszewska.

Meio mês de insultos em bondes, coletivos e nas ruas, cuspidas e chamandos de "negrinha suja" foram o suficiente. A polaca negra desacelerou e quis sair da cidade.

Em uma entrevista para o portal tokfm.pl, Rajel, de 27 anos, diz que é uma mulher polaca de pele preta e não conhece outra terra natal a não ser a Polônia. Ela pretende retornar para Cracóvia o mais rápido possível.

Anna Dryjańska: O que aconteceu durante as duas semanas que você passou em Varsóvia?

Rajel Matsili: Isto é habitual na minha vida até aqui, mas agora foi demais. Olhos hostis, empurrões, insultos de pessoas comuns na rua, porque eu sou preta. Xingamentos de "macaca", "selvagem", "negra". Sinceramente, eu pensava que Varsóvia fosse mais aberta.
Claro, os idiotas existem em todos os lugares, mas na capital eles parecem ser exageradamente em maior número. Eu não consegui me registrar na Biblioteca Praga Sul, porque um bibliotecário começou a me pedir de forma suspeita para eu mostrar meu contrato de trabalho e provar que "eu sou daqui".

Anna Dryjańska: Você pode dar outro exemplo?

Rajel Matsili: Peguei um bonde (ônibus elétrico) do bairro Praga para o Centro da cidade. Na parada de ônibus, uma mulher de cerca de 30 anos, quando passou por mim, cutucou-me tanto que quase caí. Ela disse "foda-se negrinha suja" e continuou andando. Dois caras do outro lado da rua, riram. Uma outra senhora viu, mas não disse nada. Eu já passei por muitas dessas situações, que até se tornaram corriqueiras.

Anna Dryjańska: A mulher te disse alguma coisa?

Rajel Matsili: Murmurou-me, como de costume. Eu sempre descarto uma reação. Quando uma pessoa se encontra numa situação destas, não pensa em uma pronta-resposta. Apenas uma vez eu respondi de bate-estaca.

Anna Dryjańska: Em que circunstância?

Rajel Matsili: Eu estava voltando para casa de trem, algumas pessoas no vagão, sem cabines, começaram a me chamar de "bruxa negra". Provavelmente pensavam que não eu entendia o idioma polaco. Eu me virei para eles e lhes pedi para pararem de me caluniar pelas minhas costas.  Surpresos com minha reação, eles ficaram em silêncio.

Em geral, as pessoas muitas vezes pensam que podem me insultar sem punição, porque não eu não entenderia nada. Mas eu falo polaco, esta é a minha língua materna. Nasci na Polônia, fui ao jardim de infância, escola primária, escola secundária, faculdade ... Não sou branca, meu pai é congolês e minha mãe é polaca.

Anna Dryjańska: O que seus pais fazem?
Bethuel Belvys Matsili - pai de Rajel

Rajel Matsili: São professores universitários. Minha mãe é doutora em história e filosofia e meu pai em ciência política.

Anna Dryjańska: Seu pai provavelmente também não teve facilidades aqui.

Rajel Matsili: Lembro-me de uma situação em meados dos anos 90. Viviamos em Cracóvia, alguém bateu na porta. Quando meu pai abriu a porta, alguém o atingiu no rosto com ácido. Ele teve problemas de visão por meio ano.

Anna Dryjańska: Ficaram cicatrizes?

Rajel Matsili: Não. Ele teve sorte de acabar apenas nessa agressão. Às vezes, penso em tudo isso e chego à conclusão de que não me tratam tão mal assim, afinal! As mulheres negras são tratadas na Polônia melhor do que os homens negros, de modo que, em comparação com os homens, eu tenho uma cota reduzida de maus tratos.

Anna Dryjańska: Como é a cota reduzida?

Rajel Matsili: Os ataques físicos contra mulheres negras ocorrem com menos frequência. É mais um xingamento, uma cuspida nos pés, sou ridicularizada por pessoas aleatórias na rua. Durante minha vida inteira, fui atacada fisicamente, e isso várias vezes, devido à cor da minha pele.

Prof dra Renata Matsili

Anna Dryjańska: Você pode descrever uma dessas situações?

Rajel Matsili: Fui em um show de punk em Pszów. Quando eu saí do ônibus após o concerto, estava esperando no ponto de ônibus, em dado momento, senti que alguém estava tocando meu braço. Eu me virei. Então alguém cuspiu na minha cara e gritou "Polônia para os polacos, puta que pariu!".
Recentemente, uma senhora veio até mim na rua. Ela foi mais gentil. Ela não cuspiu em mim e até usou "por favor".
Mas me lembro exatamente de suas palavras, ainda. "Você não é deste país, por favor, vá embora daqui", ela me disse.

Anna Dryjańska: Que pensamentos vêm à sua mente, então?

Rajel Matsili: Eu me pergunto o que estou fazendo aqui. Irrita-me que as pessoas me tratem como estranha, como alienígena. E, ao mesmo tempo, penso que, afinal, sou polaca e não conheço outra pátria. Então, quando essas pessoas me mandam ir embora, eu simplesmente não tenho para onde ir. Aqui está a minha casa. Eu sou polaca de pele preta. Dói-me que as pessoas me abordem na rua desta forma discriminatória.

Anna Dryjańska: O que você acha das pessoas que usam de violência racista contra você?

Rajel Matsili: Parece-me que são pessoas muito pequenas, complexadas, que buscam uma saída para sua insatisfação com a vida, e querem descontar suas frustrações em alguém. E essa pessoa sou eu. Lembro-me do racismo em minha infância. Então, a situação começou a melhorar aos poucos. Mas, agora, tem piorando muito nos últimos dois anos. Nas ruas domina só a selvageria.

Anna Dryjańska: Por que isso aconteceu?

Rajel Matsili: Neste período de domínio do PiS no governo e nas coisas públicas, algumas pessoas sentiram que têm permissão para agredir.

*xingamento, cutuco, cuspida.

Fonte:TokFM
Texto:Anna Dryjańska
Tradução e adaptação: Ulisses Iarochinski


COMENTÁRIOS DE POLACOS
NO SITE DA RÁDIO TokFM

Marek Trybut
Rasizm, antysemityzm, ksenofobia to ulubione ale nie jedyne paliwa polityczne Kaczyńskiego i PiS, Rydzyka i Kościoła. (O racismo, o anti-semitismo, a xenofobia são os combustíveis políticos favoritos, mas não os únicos, de Kaczyński e PiS, Rydzyk e da Igreja.)

71tosia
dawniej ludzie się wstydzili być rasistami czy po prostu ignorantami, dziś sa z tego dumni, niestety nie tylko w Polsce. (antigamente, as pessoas eram envergonhadas de serem racistas ou simplesmente ignorantes, hoje orgulham-se disso, infelizmente não só na Polônia.)

marc.pl
W ciągu ostatnich dwóch lat z Polaków wylała się gnojówka - Polska robi się jak śmierdzące szambo. Skąd w naszym narodzie jest tyle nienawiści do innych narodów, my nienawidzimy wszystko i wszystkich co nie jest PL.
(Nos últimos dois anos, um estrume líquido foi derramado pelos polacos - a Polônia está fazendo um poço de fumaça, onde na nossa nação há tanto ódio para com outras nações, odiamos tudo e todos os que não são PL.)

zocha6884
Straszne, przepraszam wszystkich za Polaków rasistów i antysemitów. Tak po ludzku jest mi wstyd
(Terrível, peço desculpa a todos pelos polacos racistas e antissemitas. Tenho vergonha desta gente.)

matuniak24
Boże , nie wiedziałam że jest aż tak źle, trudno uwierzyć, że moi rodacy są takimi prymitywami... Nikt nigdy nie stanął w jej obronie... Teraz rozumiem dlaczego PIS rządzi.
(Deus, eu não sabia que isso é assim tão ruim, é difícil acreditar que meus compatriotas sejam tão primitivos ... Ninguém nunca a defendeu ... Agora entendo por que o PIS reina.)