quarta-feira, 28 de maio de 2025
Ousadia: a extrema-direita dos Estados Unidos faz reunião na Polônia
quarta-feira, 21 de maio de 2025
Eleições presidenciais polacas no Brasil
sexta-feira, 16 de maio de 2025
ELEIÇÕES PRESIDENCIAS 2025 NA POLÔNIA
Rafał Trzaskowski, atual prefeito da capital Varsóvia, tem 53 anos, cientista político, já foi deputado nacional, e é considerado um membro da ala progressista do Partido PO - Plataforma Cívica, embora se autoidentifique como centrista.
quarta-feira, 14 de maio de 2025
Refugiados ucranianos reclamam da Polônia e vice-versa
De acordo com um estudo realizado em dezembro de 2024 pelo Mieroszewski Centre, sediado em Varsóvia, a simpatia pelos ucranianos está diminuindo bastante na Polônia.
Uma opinião comum, segundo o mesmo relatório, é que as expectativas destes refugiados de guerra em relação aos benefícios sociais e a salários “são muito altas”. E ainda há, entre a população local, quem afirme que os ucranianos na Polônia “se comportam com se fossem donos do lugar”, são barulhentos e desonestos.
Apesar de os polacos considerarem uma “atitude heroica” dos ucranianos perante a agressão russa e apoiarem os esforços para que a Ucrânia seja integrada na OTAN e na União Europeia, o estudo revela que os problemas quotidianos, de relação diária entre populações, têm vindo cada vez mais à tona. A população ucraniana é vista no mercado de trabalho como indolente, segundo alguns, "aproveitadores", e outros respondem que, são trabalhadores, o que a pesquisa concluiu que tal situação pode levar a que a população polaca receie a concorrência.
Ambiente entre polacos e ucranianos mudou
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Refugiados ucranianos passeiam muito na Polônia |
Três anos depois e com a guerra na Ucrânia ainda em curso, Varsóvia continua a ser um aliado fiel de Kiev, mas internamente a relação entre polacos e ucranianos mudou
“O humor da sociedade polaca mudou em relação aos refugiados de guerra ucranianos”, disse Piotr Długosz, professor de sociologia na Universidade Iaguelônica, em Cracóvia, que realizou também estudos sobre as opiniões em relação aos ucranianos na Europa Central.
“Ao mesmo tempo, é preciso lembrar que ajudar refugiados após o início da guerra era um reflexo moral natural, que se deve ajudar o próximo em necessidade. Ainda mais porque os polacos se lembram dos crimes cometidos pelos russos contra os polacos durante e após as duas guerras mundiais”.
No sábado passado, milhares de pessoas manifestaram-se em Varsóvia “contra a imigração ilegal” e contra o Governo pró-europeu de Donald Tusk. Manifestantes de todo o país, convocados por organizações nacionalistas de extrema-direita, transportavam bandeiras nacionais brancas e vermelhas e gritavam “isto é a Polônia” e “não à imigração”.
A Polônia que acolhe quase dois milhões de refugiados ucranianos e está enfrentando, segundo Varsóvia, uma onda de migração orquestrada por Minsk e Moscou.
A oposição fascista acusa ainda o Governo pró-europeu de Donald Tusk de ter “abdicado” das decisões sobre migrações a favor da Alemanha, permitindo que Berlim sobrecarregasse a Polônia com migrantes.
Em relatos à BBC, uma família ucraniana refugiada na Polónia denunciou os abusos. A filha de Svitlana adorava a escola polaca onde foi integrada quando imigraram para a Polônia.
“Ela gostou muito. Não havia abusos”, contou à publicação britânica. Mas o ambiente claramente mudou e, recentemente, a filha ouviu de um colega “volta para a Ucrânia”.
O governo da Polônia obrigou as professoras de escolas maternais e de primeiro grau a aprenderem o idioma ucraniano para poderem acolher as crianças ucranianas nas escolas. A boa vontade era imensa de integrar os pequenos a um novo mundo.
Um brasileiro que vive na Polônia desde 1985 e que possui cidadania polaca, conta que já não é mais possível tratar com delicadeza os refugiados.
segunda-feira, 12 de maio de 2025
FECHAMENTO DO CONSULADO RUSSO EM CRACÓVIA
sábado, 3 de maio de 2025
Duas receitas polacas ótimas
De repente recebo dois pedidos de amigos nesta manhã, uma de descendente de polacos, e outra de descendente de espanhóis.
A primeira, a polaca, queria a receita do Polski Gulasz (gulache polaco) e o outra do sanduíche comunista polaco Zapiekanka para o "espanhol".
Então, busquei no meu grande livro Kuchnia Polska, comprado numa livraria da cidade de Lublin. Traduzi e enviei aos dois e reproduzo aqui:
GULACHE (GULYÁS em húngaro)
INGREDIENTES
sexta-feira, 2 de maio de 2025
Candidato Nawrocki na Casa Branca
Adam Bielan, membro do PiS no Parlamento Europeu, postou uma foto na rede X de Karol Nawrocki, o historiador conservador apoiado pelo partido na campanha presidencial, na multidão do evento em frente à Casa Branca, antes de um discurso do presidente Donald Trump.
O chefe da equipe de campanha de Nawrocki zombou do favorito na corrida presidencial, Rafał Traszkowski, da Coalizão Cívica (Partido da Plataforma da Cidadania), que realizou um comício com o primeiro-ministro Donald Tusk no resort litorâneo de Sopot, cidade natal de Tusk.
"Trzaskowski com Tusk em Sopot, Nawrocki com Trump na Casa Branca", escreveu Paweł Szefernaker no X.
Não houve comentários imediatos da equipe de Trzaskowski.
Espera-se que Trzaskowski e Nawrocki se enfrentem em um segundo turno em 1º de junho, supondo que nenhum candidato obtenha mais de 50% dos votos no primeiro turno.
Fonte: Reuters
quinta-feira, 17 de abril de 2025
"Dores da Polônia" emociona público e resgata memória histórica em Castro
Todos os filmes apresentados foram roteirizados, produzidos, dirigidos, montados e narrados pelo próprio Ulisses Iarochinski. Os vídeos-poemas também foram recitados por ele. Após a exibição, houve sessão de autógrafos de dois dos 19 livros escritos pelo cineasta, seguida de um coquetel.
O cineasta também compartilhou sua conexão familiar com a cidade. Seus bisavós imigraram da Polônia para Castro em 1911, onde formaram família e ajudaram a construir a identidade cultural do município. “Eu não sou de Castro, sou de Harmonia, Monte Alegre. Mas estar nesta casa histórica me remete tanto às minhas origens em Monte Alegre quanto às minhas raízes polacas. Castro tem uma identidade polaca muito forte, com cinco colônias de imigrantes polacos. Estou aqui exibindo um documentário inédito para que meus parentes possam conhecer melhor a trajetória de nossa família”, afirmou.
Ao final da exibição, Iarochinski apresentou o documentário “Levante de Varsóvia – 1944”, relembrando um dos episódios mais trágicos da Segunda Guerra Mundial. Ele relatou o heroísmo da população polaca, que resistiu por dois meses contra 40 mil soldados nazistas, enquanto tropas russas e ucranianas assistiam do outro lado do rio Vístula sem intervir.
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Alguns parentes do cineasta vieram de Pirai do Sul, Arapoti e Telêmaco Borba e ele conheceu outros de Castro |
quarta-feira, 12 de março de 2025
Trump volta a dar armas para Ucrânia através da Polônia
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, por sua vez, disse que a Polônia está satisfeita com as novas propostas sobre a Ucrânia.
segunda-feira, 10 de março de 2025
DORES DA POLÔNIA NA CASA DA CULTURA
domingo, 9 de fevereiro de 2025
9 de Fevereiro - 82 anos do Massacre da Volínia
O que foi o Massacre da Volínia?
Foi uma limpeza étnica antipolaca perpetrada por nacionalistas ucranianos, com caráter genocida. Incluiu não apenas a Volínia, mas também as voivodias de Lwów, Tarnopol e Stanisławów e até mesmo parte das voivodias que faziam fronteira com a Volínia: a região de Lublin (do oeste) e a Podláquia (do norte).
O Massacre da Volínia durou de 1943 a 1945. O genocídio de polacos indefesos foi obra da Organização dos Nacionalistas Ucranianos, a facção do líder fascista Stepan Bandera (OUN-B) e seu braço armado, o Exército Insurgente Ucraniano (UPA).
Nos seus próprios documentos estes enlouquecidos genocidas se referiram ao extermínio planejado da população polaca como uma "ação antipolaca".
Capítulo do livro "Terras da Polônia"
Os massacres cometidos contra polacos nas regiões da Volínia, Podólia, Małopolska (Pequena Polônia) Oriental, voivodia Lubelska e voivodia da Podláquia cometidos pelo UPA-Exército Insurgente Ucraniano com o apoio de partes da população ucraniana, de 1943 a 1945, foram das mais covardes agressões executadas durante a Segunda Guerra Mundial.
A maior alta dos massacres ocorreu em julho e agosto de 1943. A maioria das vítimas era de mulheres e crianças. Muitas das vítimas polacas, foram torturadas até a morte. Estupravam, desmembravam, imolavam, entre outros métodos desumanos. Os crimes do UPA resultaram em cerca de 100.000 mortes.
Segundo Timothy Snyder, a limpeza étnica foi uma tentativa rutena-ucraniana de impedir que o Estado polaco do pós-guerra reafirmasse sua soberania sobre as aquelas terras seculares polacas.
Henryk Komański e Szczepan Siekierka afirmam que os assassinatos estavam diretamente ligados às políticas da facção de Stepan Bandera na OUNB-Organização dos Nacionalistas Ucranianos e seu braço militar, o Exército Insurgente Ucraniano.
O objetivo dos guerrilheiros conforme especificado na Segunda Conferência da OUN-B, entre 17 a 23 de fevereiro de 1943 foi para expurgar todos os não-ucranianos do futuro Estado da Ucrânia.
A organização ilegal dos nacionalistas ucranianos que operava desde 1929 tinha como objetivo principal criar um Estado da "Ucrânia para os ucranianos". A OUN intensificou os planos organizacionais, de propaganda e de combate depois de 1935. Mas eles foram implementados somente depois que a Polônia foi atacada pelas fronteiras Oeste e Leste, respectivamente, pelas forças nazistas, soviéticas. Ataques cometidos contra camponeses desarmados.
Antes da grande guerra circulavam rumores sobre a prontidão de combate para uma revolta geral ucraniana, no caso, de um confronto armado polaco-alemão previsto pela OUN. Após a invasão alemã, em setembro de 1939, nas terras habitadas tantos por polacos, rutenos e “ucranianos”, a OUN-UPA passou a aniquilar a população polaca com assassinatos cruéis em grande escala, através de incêndios, saques e destruição de propriedades.
O resultado das investigações conduzidas pela Comissão de Acusação de Crimes contra a Nação Polaca do Instituto da Memória Nacional da Polônia, o massacre contra populações indefesas de polacos foi classificado como genocídio.
As dimensões dos crimes da OUN-UPA contra os polacos nas quatro voivodias pré-guerra, Volínia, Lwów, Stanisławów e Tarnopol foram determinadas pelos registros detalhados das atrocidades cometidas nas cidades e eventos individuais. Isto foi documentado considerando listas de nomes das vítimas.
A revolta ucraniana foi considerada uma das variantes da Polônia sendo tomada pela Alemanha, o que tinha sido acordado com o ramo emigrante da OUN (que cooperava com a Alemanha).
Quando as tropas soviéticas entraram na Polônia, em 17 de setembro de 1939, a Alemanha deixou de inspirar e apoiar a revolta ucraniana. No entanto, a revogação da rebelião não atingiu todos os elos da OUN. Subversões, brigas e assassinatos, provaram que a OUN estava pronta para agir contra o Estado polaco e contra os polacos indefesos.
Milícias ucranianas agiram na Volínia, Leste da Małopolska e na Podólia, desarmando soldados e policiais, roubando propriedades estatais e privadas, principalmente polacos fugindo dos nazistas para o Oriente.
Estas milícias assassinaram não apenas indivíduos, mas também grandes grupos. Os autores dos crimes, no Leste da Małopolska, onde a OUN preparou o levante foi onde obtiveram maior impacto sobre a população ucraniana que passou a apoiá-los. Já na Volínia, os polacos foram assassinados tanto por nacionalistas quanto comunistas, que anteriormente estavam associados ao Partido Comunista da Ucrânia Ocidental. Partido que dissolvido em 1938.
Somente em 1939, os assassinatos e brigas cometidas pelos ucranianos totalizaram a morte de pelo menos 1036 polacos, na Volínia, e outras 2242 polacos, na Podólia.
Os crimes covardes dos ucranianos foram mais visível em cinco municípios, Brzeżany e Podhajecki, na voivodia de Tarnopol, em Łuck e Lubomel, na Volínia, e em Drohobyckie na voivodia de Lwów.
Mesmo antes da guerra, as regiões de Brzeżany e Podhajecki se distinguiam pela agressividade dos nacionalistas ucranianos contra os polacos. Em outras regiões, a ameaça era tão grande que soldados polacos se renderam aos soviéticos, para não cair em mãos ucranianas. Inclusive, pediram proteção reforçada em Bursztyń, no distrito de Rohatyń, na voivodia de Stanisławów (atualmente chamada de Iwano Frankiwski).
Os ataques contra os polacos incentivados pelos soviéticos com panfletos, assumiram dimensões inesperadas até mesmo para os russos. Estes acreditavam que os ucranianos iriam exterminar apenas os cavalheiros e meio-mestres, mas não todo e qualquer polaco. Em setembro, instruções apropriadas e um novo folheto foram emitidas para o exército soviético, estreitando o "incentivo" para exterminar os polacos proprietários de terras e casas
* Para saber mais sobre estes massacres, o livro "Terras da Polônia" de Ulisses Iarochinski está à venda na amazon.com (sem o .br):
Terras da Polônia - Ulisses Iarochinski