quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Temer: Cerca de 4 milhões de pessoas da etnia polaca vivem no Brasil

"No Brasil vivem muitos polacos e pessoas de ascendência polaca. Cerca de 4 milhões. Os Polacos contribuíram significativamente para o desenvolvimento do nosso país. Portanto, temos certas obrigações para com a Polônia.", declarou o vice-presidente do Brasil, Michel Temer, nesta quinta-feira no Fórum Polônia-Brasil.
Temer e a primeira-ministra Ewa Kopacz
Temer está em visita a Polônia. As negociações são de cunho econômico. Ele é acompanhado pelos ministros de Minas e Energia, da Aviação Civil, Portos, Pesca, Turismo,  Ciência e Tecnologia e o vice-ministro das Relações Exteriores. Na delegação também está um grupo de empresários, incluindo representantes de empresas de diversos setores, incluindo aviação, tecnologias inovadoras, indústria de defesa, telecomunicações, produtos químicos, marketing e publicidade, transportes e bancário.
Temer enfatizou no fórum que o Brasil está muito interessado na cooperação com a Polônia. "Veio junto comigo vários ministros que representam setores importantes da nossa economia. Esta delegação mostra o quão importante para nós é a relação com a Polônia. Vieram também empresários brasileiros. Atualmente, no Brasil temos investido fortemente em programas de desenvolvimento. Estes são os programas através dos quais nós procuramos para atrair investidores estrangeiros e empresários O governo brasileiro quer que os polacos venham ao nosso país e para investir em portos, ferrovias, aeroportos", disse ele.
O Vice-Primeiro Ministro Janusz Piechociński, que também participou do fórum, estima que o Brasil seja um país de grandes oportunidades. "Então, há dois anos, quando estávamos à procura de novos mercados fora da UE, entre os sete mais importantes, maioria dos mercados estratégicos, encontramos o Brasil. Nós não ficamos desapontados. Em cinco anos, temos aumentado o nosso comércio em 45 por cento. Isso é de 1 bilhões 700 milhões de dólares. O potencial é muito maior, portanto, hoje, advirto sobre o programa Go Brasil", disse Piechociński.
Ele acrescentou que no dia 22 de setembro, Polônia e Brasil vão comemorar o 95º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países. "As áreas em que vemos potencial de cooperação são a construção naval, ferroviário, infra-estrutura de transporte, aço, (...) química, cosmética, farmacêutica, automotivo, (...), máquinas elétricas, máquinas de mineração",  disse o vice-primeiro-ministro.
Além disso, o vice-presidente da KIG, Marek Kłoczko disse durante o fórum que o Brasil é um país com grande potencial, e que tem laços históricos de amizade com a Polônia. "Planejamos uma grande missão comercial ao Brasil na segunda metade de outubro, e inúmeros outros eventos. Espero que isso contribuirá para o fato de que empresários polacos podem colaborar com sucesso em parceirias com os brasileiros." Disse ele.
De acordo com o Ministério da Economia, em termos de volume de negócios, o Brasil é o primeiro parceiro comercial polaco na América Latina, mas em todo o mundo ocupa apenas 31º lugar (dados de 2014).
É também o primeiro destinatário das exportações polacas na região. A participação do Brasil no comércio polaco com a América Latina é de 24 por cento.
Em 2014, houve um aumento do volume de negócios entre os dois países em relação ao mesmo período de 2013. Houve ligeiro decréscimo foi nas exportações polacas com destino ao Brasil, aumentando o volume das importações.
O comércio bilateral em 2014 atingiu o nível mais alto na história das relações comerciais com o Brasil, alcançando um valor de 1 bilhão e 689 milhões de dólares (um aumento de quase 13 por cento, em comparação com 2013). Exportações polacas em 2014, ascendera, a 531,4 milhões de dólares (queda de 8,2 por cento em relação ao mesmo período de 2013).
As empresas polacas compraram no Brasil, em 2014, uma grande quantidade de matérias-primas necessárias para a economia polaca (minério de cobre, laminados de aço) e produtos agro-alimentares destinados ao consumo humano (soja, café, frutas tropicais, sucos, frutas e extratos). A diminuição das exportações polacas para o Brasil foram, em grande parte devido ao agravamento da crise econômica do país sulamericano, cujas causas têm suas origens na situação política e econômica mundial.
A participação polaca no comércio total do Brasil permanece pequena e um pouco mais de 0,25 por cento. (0,29 por cento em importação e 0,21 por cento nas exportações). Da mesma forma, a participação do Brasil no volume de negócios de comércio exterior polaco é pequeno, em 2014 foi de apenas 0,38 por cento. (na exportação de 0,24 por cento e nas importações de 0,52 por cento.).
Em 2014, a LOT - Linhas Aéreas Polacas comprou mais comprar aviões EMBRAER (203,3 milhões de dólares americanos em 2014) do que em 2013 ( 216,9 milhões).
O Brasil continua a ser o parceiro polaco mais importante da América do Sul, não só por causa dos ricos recursos naturais (incluindo minério de cobre, bauxita, minério de ferro, ouro, manganês, níquel, fosfato, platina, estanho, urânio, petróleo, madeira) e comida, mas principalmente como uma saída para a produção polaca, especialmente produtos altamente processados, que durante muitos anos o Brasil é um importador (incluindo autopeças e acessórios, equipamentos eletromecânicos, produtos farmacêuticos, eletrônicos, fertilizantes e químicos).

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Sete heróis polacos que o mundo deve conhecer

Sete heróis polacos que o mundo deveria conhecer neste 76º aniversário do início da Segunda Guerra Mundial.
Em 1º de setembro, Adolf Hitler ordenou a invasão da Polônia, eclodindo assim a Segunda Guerra Mundial.
Naqueles duros anos, sete polacos trabalharam sem medir consequências, com trabalho dureza, abnegação e compaixão pelo próximo.

Herói da humanidade
Jan Karski era um diplomata polaco e um jovem oficial da reserva quando a guerra eclodiu em setembro de 1939.
Depois de lutar na defesa da Polônia e ser levado prisioneiro, Karski escapou e se juntou ao movimento de resistência polaca. Assim começou o seu envolvimento na Armia Krajowa (exército nacional polaco clandestino), onde ele serviu como mensageiro entre a Polônia e o Governo polaco no exílio. Karski é mais conhecido hoje por sua ousada missão de tentar parar o Holocausto.
Ele contrabandeou para dentro do Gueto de Varsóvia, bem como para o campo de trânsito de Izbica para recolher relatos em primeira mão sobre a situação dos judeus europeus sob o regime nazista. Ele então viajou para o Ocidente, onde se reuniu com o secretário de Relações Exteriores britânico Anthony Eden e presidente Franklin D. Roosevelt, entre outros, para apresentar seu relatório sobre o extermínio dos judeus europeus e implorou por ação Aliada que parasse o Holocausto. 2014 foi declarado o Ano de Jan Karski pelo Sejm (Câmara dos Deputados) polaco no ano do centenário de seu nascimento.

Voluntário em Auschwitz
Quando irrompeu a guerra, Witold Pilecki lutou na defesa da Polônia e, posteriormente, tornou-se ativo no subterrâneos do conflito.
Pilecki apareceu com um plano ousado e potencialmente suicida: o de ser voluntariamente capturado pelos nazistas e enviado para o campo de concentração e extermínio alemão nazista de Auschwitz. 
O objetivo de sua missão era organizar um movimento de resistência dentro do Campo e reunir informações para potências aliadas.
De setembro de 1940 a abril 1943, Pilecki fez exatamente isso. Como prisioneiro número 4859 em Auschwitz, ele formou uma rede de resistência clandestina dentro do campo e enviava mensagens sobre o acampamento ainda relativamente desconhecidas para os líderes externos.
O Relatório Pilecki, como seus documentos são agora conhecidos, seriam alguns dos primeiros registros detalhados do mundo sobre o Holocausto.

Os quebradores da Enigma

Os cryptologistas polacos Marian RejewskiJerzy Rozycki e Henryk Zygalski foram preponderantes em quebrar o Enigma.
A Enigma era uma máquina de código utilizada pela Alemanha nazista para enviar mensagens criptografadas.
A Agência Polaca de Criptografia conseguiu quebrar o código alemão tão cedo quanto em 1932.
Como as nuvens da guerra pairava sobre a Europa, a Polônia decidiu compartilhar sua inteligência com os Aliados, especialmente com o Governo da Grã-Bretanha e com a Escola de Criptologia de Bletchley Park, assim, ajudaram os Aliados a obter informações sobre os planos de guerra alemães.

O herói de três nações

Henryk Slawik salvou milhares de refugiados polacos, judeus e gentios, da opressão nazista durante a Segunda Guerra Mundial.
Depois de participar na defesa da Polônia em 1939, Slawik escapou de um campo de prisioneiros na Hungria e passou os anos da guerra em Budapeste, onde levou o Comitê do Cidadão a ajudar os refugiados da Polônia. 
Neste trabalho, Slawik forneceu aos polacos-judeus residentes na Hungria documentação falsa Ariana. Também ajudou a estabelecer um orfanato para crianças que as autoridades desconheciam se eram realmente órfãos judaicos. Quando os alemães ocuparam a Hungria, em 1944, Slawik foi preso, torturado e, ao que tudo indica, morreu em Mauthausen.
Suas ações são creditados como tendo auxiliando 30.000 polacos na Hungria durante a guerra, incluindo 5.000 polacos-judeus.
Hoje, Henryk Slawik é frequentemente descrito como o "Wallenberg polaco".

"O que eu fiz não foi uma coisa extraordinária. Era algo normal."

Irena Sendlerowa (chamada Sendler pela mídia mundial) era enfermeira e auxiliou no trabalho na resistência polaca. Conhecida como "O Anjo do Gueto de Varsóvia", foi uma ativista católica dos direitos humanos durante a Segunda Guerra Mundial.
Ela era uma organizadora ativa na Zegota, o Conselho de Ajuda Aos Judeus estabelecido pelo governo polaco.
Após os nazistas criarem o gueto de Varsóvia, Sendlerowa liderou um movimento para contrabandear crianças judias para fora do gueto.
Seus esforços ajudaram a mais de 2500 crianças judias a escapar do gueto e serem colocadas na clandestinidade.
Embora presa e interrogada pelos nazistas, Sendlerowa nunca revelou os locais onde crianças judias foram escondidas.
Em 1965, a organização Yad Vashem de Jerusalém, outorgou-lhe o título de Justa entre as Nações e nomeou-a cidadã honorária de Israel.
Em Novembro de 2003, o presidente da República da Polônia, Aleksander Kwaśniewski, concedeu-lhe a mais alta distinção civil da Polônia: a Ordem da Águia Branca.
Em 2007, Irena Sendlerowa foi oficialmente nomeada candidata para o Prêmio Nobel da Paz. O prêmio, infelizmente, foi dado ao vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore pela sua defesa do meio-ambiente.

sábado, 5 de setembro de 2015

Nomes polacos tradicionais - grafia e significado


Mieszko I
Assim como as fronteiras do território, também os nomes, na Polônia, foram mudando ao longo do curso da história.
Os polacos são os descendentes modernos de tribos eslavas ocidentais. Assim seus nomes originais também eram nomes eslavos.
Parte destes antigos nomes eram ditemáticos, ou seja, eram nomes compostos de dois lexemas como, por exemplo: -sław, ou -mir, de Sławomir. Diz a lenda que seu portador cumpria a profecia de seu significado ...
Bolesław I Chrobry - Boleslau I o Bravo (primeiro rei coroado da Polônia)
No entanto, após o Concílio de Trento da Igreja Católica Apostólica Romana entre 1545-1563, foi imposta a proibição de se continuar a dar nomes dos pagãos para os recém-nascidos. No caso da Polônia, a maioria de seus nomes eram originalmente de tribos eslavas e, portanto, tornaram-se extremamente raros ou foram extintos pela proibição católica.

Apenas alguns nomes eslavos originais permaneceram em uso, destacadamente Kazimierz, Stanisław e Wojciech (pronuncia-se cajimiéj, stanissúaf e voitchiérrrhhh ) e isto por terem se tornado nomes de santos, consagrados pela própria igreja católica.
Alguns daqueles nomes polacos eslavos proibidos na idade média foram ressuscitados mais tarde, já no século 19, quando a Polônia foi varrida do mapa e redistribuída entre poderosos vizinhos invasores e ocupantes. Como uma manifestação do espírito patriótico, os polacos decidiram reavivar os antigos nomes polacos eslavos.

Neste texto, far-se-á a descrição desses nomes polacos eslavos, seguido de uma visão geral de nomes próprios de origem estrangeira que foram introduzidos na cultura polaca e que foram, com o passar do tempo, polonizados, bem como um levantamento de como tendências atuais estão se desenvolvendo.

Nomes de origem eslava


Kazimierz III Wielki - Casimiro III o Grande

Alguns nomes eslavos ainda em uso nos dias de hoje, como Sławomir, Mirosław, Bronisław ou Kazimierz (pronunciam-se suavomir, mirossuaf, bronissuaf ou cajimiéj) possuem significados heróicos.
Eles combinam lexemas como sław (glória, fama), mir (respeito, paz), broń- (defesa), e kazi- (destruir).
Outros nomes eslavos populares, como Bogumił ou Bogdan (pronuncia-se bógumiu ou bógdan), contem a raiz "Bóg / bog" (Deus) e são considerados nomes teofóricos - práticas de nomenclatura semelhantes são encontrados em praticamente todas as línguas - ainda assim, um grande número de nomes eslavos desapareceram para o "bem" da cristianização.
Nomes como Mściwoj, Świętobor, Racimir, Chwalimir, Trzebiesław (pronuncia-se mchitchivoi, chivientobor, ratchimir, rrhhvalimir, tjebiessuaf) são bem mais prováveis ​​de serem encontrados em livros de literatura, história e didáticos do que nas ruas das cidades polacas hoje em dia.

Definições

A seguir um apanhado de nomes polacos eslavos, ainda em uso atualmente, com seus respectivos significados. Os nomes masculinos polacos geralmente terminam com uma consoante e os nomes femininos terminam com a letra "A".

Bogdan (pronuncia-se bógdan) - "dado por Deus" é um nome popular na Polônia, mas também na Ucrânia (Bohdan), este é o único nome de pessoa, polaco, com o sufixo "dan", o que leva linguistas a suspeitar de um empréstimo a partir dos Citas (povos turcomanos), que usaram o nome Bagadata (nome persa antigo derivado de Baga "Deus" e data "dado".  Este era um nome do século 3 a.C. dos persas sob o Império Selêucida com o mesmo significado de "dado por Deus".

Bożydar (pronuncia-se bójidar)- "presente de Deus", bastante raro, mas ainda utilizado. É uma tradução de seus equivalentes gregos e latinos Theodor e Theodatus, ou Teodoro (significado adorado por Deus).

Bożena (pronuncia-se bójena)- outro nome composto com a raiz eslava que significa Deus. Este antigo nome eslavo era conhecido no Reino Tcheco desde o século 12, mas tornou-se popular na Polônia durante o século 19.

Bogumił (pronuncia-se bógumiu) - "alguém que é querido a Deus".  Às vezes é considerado uma cópia do Theophilos grego.

Bogusław (pronuncia-se bógussuaf) - nome teofórico significando "para louvar a Deus". Conhecido em todas as línguas eslavas e popular desde a Idade Média. Na Polônia, o nome explodiu em popularidade durante os anos 1950 e 1960.

Bolesław (pronuncia-se bólessuaf) - a raiz bole vem de bolye e significa muito, ou mais. Assim, o nome pode ser traduzido como "aquele que vai ter um monte de glória (fama). Foi inicialmente utilizado pelos duques da dinastia Piast.  Mas sua popularidade foi diminuindo a partir de 1920.

Bronisław (pronuncia-se brónissuaf) - outro nome com a raiz "sław" bronić que significa defender - o que pode ser traduzido como "aquele que vai defender a sua glória".

Czesław (pronuncia-se Tchessuaf) - o cze- em Czesław vem do verbo czcić - ou seja adorar. A composição pode ser traduzida como aquele que "vai adorar ou respeitar o bom nome [glória - fama] (da casa)". O nome era popular até 1950 - mas já não o é tanto nos dias de hoje.

Jarosław (pronuncia-se iárossuaf) - jary - como adjetivo significa vigoroso e poderoso; o nome, portanto, pode ser composto para significar "aquele que tem forte glória ou fama". O nome tem sido popular na Polônia desde o renascimento dos nomes eslavos no século 19. Foi muito popular na década de 1960 e 1970.

Outros nomes eslavos, mas não polacos possuem variantes com o lexema JAR- que incluem Jaromir.

Kazimierz (pronuncia-se cajimiéj)- combina a raiz mir (respeito), e kazić (destruir), ou seja, "comandar, dominar bravamente e com calma, comandar de tal forma que não dê paz aos seus inimigos''. O nome de muitos reis e duques dos Piast e das dinastias Iaguielônica, como Casimiro I - o Restaurador, ou Casimiro III - o Grande. São Casimiro (1458 -1484), príncipe herdeiro da dinastia Iaguielônica, tornou-se o patrono da Lituânia e da Polônia.
Casimiro é um dos únicos nomes polacos que se tornaram bastante populares fora da Polônia. No final do século 18, o nome foi levado para a América por Kazimierz (Casimiro) Pułaski.

Lech Wałęsa - Prêmio Nobel da Paz (pôs fim a União Soviética)
Lech (pronuncia-se lérrhh) - é um dos raros nomes eslavos com lexema simples em polaco. Segundo a lenda, os irmãos Lech, Czech e Rus são os pais fundadores dos povos polaco, tcheco e russo (e ucraniano e bielorrusso), respectivamente. Lech é um nome tipicamente polaco que continua muito popular. Sua etimologia é incerta - a maioria das hipóteses leva ao verbo Lścić - (para agir dolosamente); Lech poderia ser um diminutivo de Lścisław.

Lesław (pronuncia-se léssuaf) - este nome foi muito provavelmente introduzido pelo poeta romântico tardio Roman Zmorski (1824-1867). Foi especialmente popular na década de 1950.

Leszek (pronuncia-se léchék) - provavelmente uma versão hipocorístico (diz-se de ou qualquer palavra criada ou prenome modificado, ou qualquer vocábulo usado antroponimicamente com intenção de carinho, para uso no trato familiar ou amoroso, sempre no diminutivo) derivado de Lestek, que por sua vez já é diminutivo de Lech.

Ludomir - "aquele que garante a paz - o respeito - para as pessoas", a partir de lud- raiz que significa povo.

Marzanna (pronuncia-se májana) - emobra o nome não seja popular no momento, ele remonta à antiguidade eslava. Marzanna era uma divindade eslava, e ela ainda está presente no folclore polaco. Uma efígie da deusa é queimada no primeiro dia de Primavera.

Mieczysław (pronuncia-se miétchssuaf)- a forma mais antiga era provavelmente Miecisław (pronuncia-se miétchissuaf), que vem do verbo mietać - "para jogar". e sław- glória.

Mieszko (pronuncia-se miéchko) - é o nome do primeiro governante histórico da Polônia; definitivamente é raro, mas ainda assim é um nome dado ainda para muitos meninos polacos. É provável que foi originalmente derivado de um diminutivo de Miecisław (pronuncia-se miétchissuaf).

Mirosław (pronuncia-se miróssuaf) - assim como Sławomir (pronuncia-se suavomir) combina (em sequência invertida) com os dois lexemas mais empregados em nomes eslavos polacos. Ele pode ser composto no sentido de "aquele que elogia a glória" ou "aquele que ganha fama por ordem ou paz que estabelece". É considerado um dos mais antigos nomes polacos.

Przemysław (pronuncia-se pjemissuaf) - A partir da palavra Przemysł (pronuncia-se pjemissu) que significa consideração, cautela, brincadeira. Assim pode-se dizer que é inteligente, engraçado, Apareceu pela primeira vez em documentos de 1243 como nome de alguém.

Radosław (pronuncia-se radóssuaf) - combina a raiz Rado que significa contente feliz, satisfeito, e sław (glória, fama), ou seja, "a glória de ser feliz, ou a fama de feliz.

Radzimir (pronuncia-se radjimir) - a raiz radzi- remonta a raci- que significa lutar; alguém ansioso para lutar. Não é um nome popular.

Sławomir - uma variante do Mirosław; o nome desapareceu no século 16 para reaparecer no século 19.

Santo Estanislau
Stanisław (pronuncia-se stanissuaf) - raiz de "stand" ou "tornar-se", pode expressar um desejo para a glória ou fama; um dos nomes mais populares polacos. Está registrado, no início do século 13, como Stanislaus - uma forma que ganhou a Europa Ocidental, onde obteve popularidade.
Ele tem sido usado, na França, como Stanislas, que provavelmente está ligado ao fato do rei polaco Stanisław Leszczyński ter residido em Nancy.
Stanisław também é o nome do santo polaco (sepultado em caixão de prata e colocado no meio do corredor da catedral de Wawel, em Cracóvia), e conhecido nos países católicos como um líder da tribo americana Yokut, tribo nativa do Norte da Califórnia, do século 19, que foi chamado de Estanislao.
Stanislaus, juntamente com outros nomes polacos, ganhou popularidade no também no século 19, na Irlanda. Foi uma época em que ambos os países católicos enfrentaram uma situação política desoladora. Dar um nome polaco, na Irlanda, naquela época, foi visto como um sinal de simpatia para com a nação polaca que estava sofrendo com as ocupações russas, austríacas e prussas (alemãs).
Outro fator pode ter influenciado foi uma tradição jesuíta forte em algumas famílias católicas irlandesas - o nome do irmão de James Joyce era Stanislaus.

Tomisław (pronuncia-se tomissuaf)- Nome eslavo mais popular nos Balcãs (Tomislav) do que na Polônia. A etimologia liga o tomi de Tomisław com o antigo verbo eslavo tomiti - de tormento, assediar.
Este nome pode ser traduzido como "aquele que é atormentado pela necessidade de ser famoso".

Wanda (pronuncia-se vanda e não uanda, pois não é nome inglês, W em idioma polaco e português tem som de V e não de U) - É um nome genuinamente polaco, lendário e muito provavelmente foi cunhado pelo historiador medieval polaco Wincenty Kadlubek. 
Wanda é um dos nomes polacos mais usados fora da Polônia. E a maioria das pessoas desses outros países acredita ser um nome bíblico, ou alemão. O que é um erro grosseiro e demonstrativo de toda a ignorância a respeito da história da Polônia e dos polacos.

Wacław (pronuncia-se vatssuaf) - Segundo linguistas, Wacław remonta a Więcław (pronuncia-se vientssuaf) que é um diminutivo de Więcesław (pronuncia-se vietssessuaf) que tem seu equivalente russo como sendo Vyacheslav.
Com więce- que significa "mais" - semanticamente este é basicamente uma outra variante de Bolesław (veja acima a definição). Na primeira metade do século 20 foi muito popular - mas sua popularidade foi diminuindo desde então.

Wieńczysław (pronuncia-se vientchssuaf) - pode até ser parecido com outro nome antigo, mas na verdade Wieńczysław apareceu pela primeira vez, no início do século 18; wieńczyć- significa "coroar", assim fica sendo "aquele que deve ser coroado com a glória e/ou fama."

Wiesław (pronuncia-se viéssuaf) - É conhecido desde o século 14 e que poderia ser uma forma abreviada de Wielisław  de wieli- "muito". É outro nome que significa "alguém que deve ser mais famoso" ... (comparável a Bolesław e Wacław.)

Wisława (pronuncia-se vissuava) - É provavelmente derivado de Witosława, um nome bastante popular do século 12. Ele não é muito popular hoje, mas Wisława Szymborska definitivamente imortalizou o nome.

Władysław (pronuncia-se vuadissuaf) - Muito provavelmente veio para o idioma polaco através dos Tchecos. O equivalente polaco deveria ser Włodzisław (pronuncia-se vuódissuaf). A raiz "wład-" ou "władz-" significa exercer o poder, governar. Em latim foi grafado Ladislao.
Apropriadamente, ele tem sido o nome de muitos reis da Europa Central a começar por Ladislau I da Hungria (São Ladislaus), Władysław Jagiello, (pronuncia-se vuádissuaf iaguiélo), Władysław IV Waza.
Foi extremamente popular no início do século 19.

Włodzimierz (pronuncia-se vuódjimiéj)- Anteriormente era usado como uma versão polonisada do nome russo Vladimir. Lenin, por exemplo é conhecido como Włodzimierz em polaco, enquanto que Putin como Wladimir. Foi bastante popular no Leste da Polônia durante o século 19 e gradualmente chegou a todo o país durante o século 20.

Wojciech (pronuncia-se vóitchiérrhh) - Este antigo nome combina "woj -", guerreiro, e "ciech-" de cieszyć się - significado para ser feliz, alegrar-se, ou seja, "aquele que se alegra em batalha".
O nome de um mártir e primeiro santo e patrono da Igreja Católica polaca é conhecido, em português, como Santo Adalberto de Praga. Embora o nome Adalbert não tem nenhuma ligação etimológica. É um dos nomes polacos mais antigos e mais populares de todos os tempos.

Zbigniew Ziembiński - pai do moderno teatro brasileiro
Zbigniew (pronuncia-se sbigniéf) - Nome derivado da raiz "zby-" (para livrar, livrar-se) e "-gniew" (raiva) poderia ser interpretado como "alguém que está livre da raiva", que neste entendimento tem mais de budista do que do jeito eslavo de ser. Encontrado em fontes escritas, já no século 11 como Zbygniew.
Há outros nomes com o mesmo sufixo, como Zbysław, Zbylut, Zbywoj (pronuncia-se sbssuaf, sblut sbvói), mas eles definitivamente não são populares hoje em dia.

Zdzisław (pronuncia-se sdjissuaf) - "zdzie-" é supostamente derivado de "działać "(agir). O nome era conhecido já no século 12, mas foi esquecido no século seguinte. Ele retornou com popularidade no século 19.

Ziemowit (pronuncia-se jiémóvit) - Seria uma versão distorcida da Siemowit ( pronuncia-se chiémóvit) - Composto de "Siemo"- (do pré-eslavo * sěmьja) que poderia significar "a família ou casa" e "-wit" (senhor, senhor). O significado pode ser considerado como "senhor da casa '. Siemowit era um nome comum dos governantes da dinastia Piast.

Nomes estrangeiros disfarçados de polaco

A versão polonisada dos nomes cristãos mais comuns, como Piotr, Łukasz, Andrzej, Grzegorz, Agnieszka, Małgorzata ou Katarzyna (pronuncia-se piótr, uúcach, andjiei, gjegój, agniechca, maugójata e catajina) respectivamente Pedro, Lucas, André, Gregório, Inês, Margarete e Catarina são bastante reconhecíveis. Alguns deles, no entanto, têm uma história própria, e portanto, enganosa.

Jacek (pronuncia-se iatssék)- este nome polaco popular não é de maneira alguma o correspondente de Jack, Jake ou Jacob, pois Jacob é Jakub em polaco). Na verdade é uma forma de Jacinto.

Jerzy (pronuncia-se iéj) - É o equivalente polaco de Jorge.

Maciej (pronuncia-se mátchiei) - alguns nomes cristãos têm duas variantes em polaco, sendo usados como Mateusz (pronuncia-se mateuch) e Maciej. Ambos são derivados de Mathaeus (Mateus). O mesmo vale para Bartłomiej (pronuncia-se bartuómiei) e Bartosz (pronuncia-se bartóch) que tanto pode ser Bartholomaeus (Bartholemew), com o último nome em ambos os pares são considerados uma forma mais plebeia.

Mikołaj (pronuncia-se micóuai) - o equivalente polaco de Nicolas é perceptível através do uso do M em seu início, um recurso usado pelos polacos do nome tcheco (Mikoláš), do eslovaco (Mikuláš), do Bielorrusso (Mikalai), do ucraniano (Микола - Mykola) -, mas também do húngaro (Miklós). O eslavo russo e outros mantiveram o N inicial (Nikolay), como no original grego Nikolaos.

Tadeusz Kościuszko - herói de 2 mundos
Tadeusz (pronuncia-se tádeuch) - Um dos nomes mais comuns (ou mesmo arquetípicos) polaco não tem quaisquer raízes eslavas. Tadeusz chegou ao polaco diretamente do latim (Thadaeus), mas suas origens se encontram no aramaico (תדי, Taddai / Aday pode ser traduzido como "coração valente") e grego (Θαδδαῖος).
Até o século 19, ele não era um nome muito popular na Polônia, com exceção das áreas do norte-oriental da República das Duas Nações Polônia-Lituânia, onde tinham sido estabelecido o culto religioso de Judas Tadeu algum tempo antes.
O nome ganhou importância com o surgimento de figuras históricas, como Tadeusz Kościuszko (pronuncia-se tádeuch cóchiuchco) e Tadeusz Rejtan (pronuncia-se reitan). Ambos nasceram no Leste da República das Duas Nações (atualmente território da Bielorrússia) e se tornaram exemplares do espírito patriótico polaco no momento da partições da Polônia.
O nome foi dado então (em memória de Kościuszko) por Adam Mickiewicz para o principal herói do seu poema épico Pan Tadeusz - o que definitivamente contribuiu para a popularidade do nome na Polônia.
Até o final do século 18, o nome também tinha sido popularizado na América. Thaddeus Stevens, político chave da Guerra Civil e Reconstrução da Nova Era, e conhecido por sua oposição implacável ao sistema escravista nos Estados Unidos da América ganhou seu nome como homenagem a Kościuszko (herói de dois mundos).
O general polaco junto com seu compatriota Puławski foram determinantes na Guerra pela Independência das 13 colônias inglesas. Tanto é verdade que tanto Kościuszko como Puławski são denominações de ruas, avenidas, praças, monumentos e pontes por todo os Estados Unidos. As principais pontes de Nova Iorque levam os nomes dos dois polacos.
Tadzio (pronuncia-se tádjio) é um diminutivo de Tadeusz.

Nomes germânicos (alemães)

Nomes alemães disfarçados de polaco incluem:

Jadwiga (pronuncia-se iádviga) - É uma versão polonizada do nome alemão Hedwig. Em português é Edvirges. As duas Santas Edvirges são polacas. Uma delas é a Rainha Jadwiga Piast, fundadora da Universidade Iaguielônica e padroeira da Polônia e da União Europeia.

Santa Kinga (Conegunda) - rainha da Polônia
Kinga (pronuncia-se quinga) - uma forma abreviada do nome antigo alemão Kunegunda. Em português Conegunda e em momento algum derivação do inglês King (rei). Kinga é atualmente um dos nomes de mulher mais populares da Polônia, muito em função da Rainha Kinga (húngara de nascimento e esposa do rei da Polônia, Bolesław V - Wstydliwego e consagrada como Santa Kinga (ou Conegunda).

Olga - Este é um um empréstimo precoce do nome saxônico (alemão)  originais Helga

Waldemar - enquanto este é obviamente um nome saxônico (waltan - exercer o poder, regra, mar - grande, famoso), Waldemar tem em alguma ligação com nome eslavo Vladimir (em polaco: Włodzimierz).
Ambos os nomes têm o mesmo significado e são compostos de raizes que são cognatas. O nome de Waldemar apareceu na Polônia apenas no século 19.

Zygmunt (pronuncia-se zegmunt) - originalmente um nome alemão. Sigmund ou Sigismund é derivado das palavras SIGU - "vitória". "mão, proteção" mãos "munt" - e pode ser traduzido como "aquele cuja proteção subvenciona a vitória". A versão em polaco Zygmunt ganhou muita popularidade na Polônia, após os nome de diversos reis como Sigismund I - o velho, Sigismund II Augusto e Sigismund III Vasa, e continua a ser popular (consideravelmente mais do que os seus equivalentes alemães). O nome próprio do famoso psiquiatra Sigmund Freud foi escolhido pelo pai de Freud, o Sr. Jacob, que era conhecido por suas simpatias para com polacos, muito em função de seus ancestrais terem vivido durante séculos na República Polaca, antes da família se mudar para a Galicia (província austríaca nos territórios polacos ocupados pelo Império Habsburgo). Jacob Freud deu este nome para seu filho, como homenagem aos reis polacos, conhecidos por sua tolerância e proteção para com os judeus.

Nomes Lituanos

Vários nomes populares poloneses tem origem na Lituânia. Isso remonta a séculos de intercâmbio cultural no seio da Comunidade Polaco-Lituana. Embora seja incerto, Olgierd (Algierdas) e Danuta podem ter vindo também do Lituano.

Danuta - é um nome de origem lituana que provém da palavra "danutie", ou seja, é uma combinação de significados referentes a "céu e filha". Alguns o classificam também como sendo de origem latina, da palavra "donata" (agraciada por Deus). Também é possível que deriva de uma nomes pré-eslavos do Sul a partir dos nome Dana, Danka, Danica (pronuncia-se dánitssa), que significa o “bebê doado por Deus”.

Grażyna - (pronuncia-se grajina) - Este nome, ainda relativamente popular na Polônia, foi inventado por Adam Mickiewicz, em um poema de 1823, a partir do gražus, um adjetivo lituano, que significa bela.

Witold (pronuncia-se vitold) Vem do lituano Vytautas - E pode ser traduzido como "aquele que leva as pessoas".

Por que os polacos nomeiam coisas e nomes com uma abundância de diminutivos em polaco?
Os polacos tendem a usar diminutivos em tudo a todo tempo.

Katarzyna é chamada de Kasia (pronuncia-se cáchia), Kaśka (pronuncia-se cachisca).
Com sufixos como -ek, -US, um nome pode ter toda uma gama de versões informais.
Stanisław é chamado de Stach, Staś, Stasiek, ou Staszek ou mesmo Stachu.

Isso vale para a maioria dos nomes polacos.

- Bolesław é Bolek (pronuncia-se bolessuaf, bólék)
- Eugeniusz, Eugenia é Gieniek, Gienia (pronuncia-se eugueniuch, guiéniék, guienha)
- Grzegorz é Grzesiek, Grześ (pronuncia-se gjegój, gjechiék, gjech)
- Jakub é Kuba, Kubuś (pronuncia-se iacub, cuba, cubuch)
- Karol é Lolek (pronuncia-se caróu, lólék)
- Jan é Janek, Jasiek, Jaś, Jasiu (pronuncia-se ian, ianék, iachiék, iach, iachiu)
- Jarosław é Jarek (pronuncia-se iarossuaf, iarék)
- Jerzy é Jurek, Jurko, Jurk (pronuncia-se iéj, iúrék, iurco, iurk)
- Józef é Józek, Józio, ou Ziutek (pronuncia-se iusef, iusek, iujio, jiutek)
- Kazimierz é Kazik, kazio (pronuncia-se cajimiéj, kajik, cajo)
- Krzysztof é Krzysiek, Krzyś (pronuncia-se kjichtóf, kjichiék, kjich)
Maciej é Maciék - (pronuncia-se matchiei, matchiék)
- Mirosław é Mirek (pronuncia-se mirossuaf, mikék)
- Paweł é Pawelku (pronuncia-se pávéu, paveucu)
- Radosław é Radek (pronuncia-se radossuaf, radék)
- Szymon é Szymonku
- Wojciech é Wojtek (pronuncia-se vóitchiérrhh, vóiték)

O mesmo vale para nomes das meninas:

- Antonina é  Tonka, Tonia, Tońcia e Nina (pronuncia-se antonína, tonca, tónha, tónhtchia, nína)
- Aleksandra é Ola (pronuncia-se alékssandra, ola)
- Agnieszka e Agata é Aga (pronuncia-se agnhiéchca, agáta, ága)
- Alicja é Ala (pronuncia-se alicia, ála)
- Barbara é Basia, Baśka (pronuncia-se barbára, báchia, bachka)
- Ełżbieta é Ela, Elka (pronuncia-se éujbiéta, éla, élca)
- Jadwiga é Iga, Inina, Jadzia (pronuncia-se iádviga, íga, ínina, iádjia)
- Katarzyna é Kasia, Kaśka (pronuncia-se catajina, cáchia, cáchca)
- Joanna é Aśka ou Ásia, Joaśka (pronuncia-se ionna, áchca, áchia, ioachca)
- Julianna é Julcia, Julka (pronuncia-se iultssia, iulca)
- Małgorzata é Małgośka, Gośka, Gosia, Małgosia (pronuncia-se maugójata, maugóchca, góchia, maugóchia)
- Urszula é Ula, Ulka (pronuncia-se urchula, úla, úlca)

Lista dos 10 nomes mais registrados nos cartórios da Polônia em 2014

Meninas:
1. Lena - 9642
2. Zuzanna - 8856
3. Julia - 8572
4. Maja - 8055
5. Zofia - 6733
6. Hanna - 6407
7. Aleksandra - 5935
8. Amelia - 5586
9. Natalia - 5,205
10. Wiktoria - 5,149

Meninos:
1. Jakub - 9382
2. Kacper - 7232
3. Antoni - 7143
4. Filip - 6903
5. Jan - 6817
6. Szymon - 6112
7. Franciszek - 5139
8. Michał - 5004
9. Wojciech - 4,959
10. Aleksander - 4,896

A lista demonstra claramente que os nomes típicos eslavos estão longe de ser popular, atualmente. Apenas Wojciech aparece em os 10 mais. A lista é cheia de nomes de origem cristã (derivados do latim, grego, hebraico ou aramaico).
Na lista das meninas lista, o primeiro nome eslavo só  é encontrado no 31º posto da classificaçao, o Jagoda), Kinga, que não é originalmente eslavo mas pode ser considerado um nome tipicamente polaco está em 35º, Olga está em 56º e Kalina em 57º.
Na Lista dos meninos, além de Wojciech estar em nono lugar, apresenta Stanisław em 20º, Miłosz em 21º, Przemysław em 62º e Radosław em 64º. 

Texto baseado em reportagem de Mikołaj Glinski


segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Polônia quer repatriar polacos e seus descendentes

O governo da Polônia quer lançar um projeto para tentar trazer para casa as centenas de milhares de polacos que moram em outros países, plano que contrasta com a rejeição em receber refugiados, conforme o sistema de cotas proposto pela Comissão Europeia (CE, órgão executivo da União Europeia).

Cerca de 20 milhões de pessoas formam a diáspora polaca, apesar de apenas um terço ter nascido na Polônia. A maior parte é descendente de polacos que deixaram o país nos últimos 150 anos por causa de guerras e outros problemas similares, mas também por questões econômicas.
Exemplo recente é emigração de perto de 1 milhão de cidadãos polacos para Reino Unido e República da Irlanda. Os imigrantes polacos representam 3% da população na Irlanda. Já no Reino Unido, o polaco é a segunda língua mais falada depois do inglês, como consequência da avalanche de trabalhadores da Polônia que chegaram ao país depois do ex-primeiro-ministro Tony Blair (1997-2007) ter aberto o mercado de trabalho para os cidadãos do leste da União Europeia.


O novo presidente polaco, o nacionalista-ultraconservador Andrzej Duda, insiste que é preciso fazer com que esses emigrantes retornem. Ele afirma que eles trarão experiência, novos conhecimentos e novas famílias, algo necessário em um país que enfrenta baixos índices de natalidade e um envelhecimento progressivo da população.
Andrzej Duda
Mas o plano de Duda vai mais longe e busca melhorar a imagem da Polônia no exterior, devolver às raízes do país os que o deixaram, através do reforço do ensino do polaco, além de fornecer incentivos para aqueles que quiserem voltar para casa. "Temos consciência de que muitos de nossos compatriotas em outros países já perderam a nossa nacionalidade, falam outra língua e não conhecem nosso idioma", disse recentemente o ministro das Relações Exteriores da Polônia, Grzegorz Schetyna.
O ministro, que anunciou programas para colaborar com os países onde vive a maior parte dos polacos no exterior, reconheceu também que inicialmente a aproximação deverá ser "na língua do local no qual eles residem".
Grzegorz Schetyna
Trata-se de um ambicioso plano para "reeducar" esses milhões de polacos ou descendentes distribuídos por países como Brasil, Argentina, Alemanha, Ucrânia, Reino Unido e Estados Unidos, onde cerca de dez milhões de pessoas declararam ter origem polaca.
"Não me parece algo fácil, já que na Polônia os salários são muito baixos e quase não dispomos de auxílios sociais. Existem mais oportunidades fora", Anna Przewoska, polaca que mora há seis meses em Londres.
A fuga de profissionais que afeta o país nos últimos anos se soma aos baixíssimos índices de natalidade, o que projeta um panorama desolador para o ano de 2060, no qual, segundo o Eurostat, a Polônia poderia perder 18,3% de seus habitantes, com mais de um terço de toda população acima dos 65 anos.
O número de polacos com menos de 15 anos caiu 40% durante os últimos 23 anos, enquanto a população com mais de 65 anos cresceu cerca de 50%. "Sobretudo desde que entramos na União Europeia (2004) é notável a mudança de tendência na Polônia, especialmente nas regiões urbanas, onde os casais cada vez se casam mais tarde e, em muitos casos, têm apenas um filho ou nenhum, algo impensável há 20 anos", disse a socióloga Małgosia Woś.

Estátua do Santo João Paulo II na cidade de Częstochowa 
Uma das razões pelas quais muitos polacos migraram para o Reino Unido são as ajudas por filho, o que faz com que a taxa de natalidade entre as mulheres polacas seja maior no território britânico do que no país de origem.
No início desse ano, o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, anunciou que irá propor novas normas à UE com o objetivo de limitar o acesso dos imigrantes aos benefícios sociais oferecidos pelo governo britânico.
Ele citou os polacos como exemplo de abuso de generosidade do sistema. O plano do governo polaco para trazer de volta os emigrantes contrasta com a rejeição à proposta da CE de estabelecer cotas para dividir os refugiados nos países do bloco.
Segundo o projeto, a Polônia deveria aceitar os pedidos de asilo de 2.659 eritreus e 40.000 sírios que chegaram à Itália e à Grécia, além de outros 962 refugiados procedentes de acampamentos de fora da União Europeia.
O número de imigrantes ilegais que ingressou em território polaco chegou na primeira metade do ano a 2.900, quase o dobro que no mesmo período de 2014, mas muito abaixo do registrado em Itália, Grécia e Hungria.
A maior parte deles não tem intenção de permanecer na Polônia, mas fixar residência em países da Europa Ocidental.

Fonte: Agência de notícias EFE