sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Nasce novo tratado na Europa

Os portugueses José Manuel Durão (presidente da Comissão Européia) e José Sócrates (presidente de turno da União Européia)
Os presidentes e primeiro-ministros dos 27 países da União Européia chegaram a um acordo sobre a reforma da União Europeia que substitui a fracassada "Constituição Européia", rechaçada há dois anos por holandeses e franceses. Depois de quase sete anos de intensas discussões, o documento, que vai se chamar "Tratado de Lisboa", só foi possível depois de ultrapassadas as questões levantadas pela Polônia e Itália. Entraves que a diplomacia portuguesa conseguiu transpor e contabiliza como vitória sua. O texto final vai ser assinado na capital portuguesa, no dia 13 de Dezembro, às 11h00. Depois se iniciará o processo de ratificação nos Estados membros. Na verdade, o acordo se pautou em três pontos principais. Foi concedido a Itália mais um eurodeputado e ela terá assim o mesmo número de parlamentares que a Inglaterra, mas ainda menos que França (o novo Parlamento terá 750 deputados, além do presidente); O atual responsável pelas relações exterior da UE , Javier Solana, assumirá dupla função, será vice-presidente da Comissão Européia e Alto-representante da União, além de secretário do Conselho; E a Polônia cedeu em suas pretensões originais, mas garantiu um lugar no Tribunal Europeu, além de um protocolo que permite poder de bloqueio aos assuntos que lhe afete. O jornal francês "Le Figaro", apesar da hora em que se chegou ao acordo, 2 horas da madrugada desta sexta-feira, teve tempo para sair às ruas, hoje de manhã, dizendo que o tratado foi redigido de forma a poder ser ratificado sem referendo e que mantém muitas das inovações que figuravam no tratado constitucional de 2005, rejeitado por franceses e holandeses. Contudo, escreve o "Le Fígaro", o acordo "evita a palavra Constituição e suprime tudo o que possa dar à União Europeia a aparência de um super-Estado". Com exceção dos jornais belgas, quase todos os outros conseguiram estampar a "Vitória da Europa". "Portugal está feliz que tenhamos conseguir chegar a um acordo sobre o futuro da Europa", concluiu o primeiro-ministro português e presidente de turno da União Européia, o socialista José Socrates.

Um comentário:

Edson disse...

A União Européia é uma ditadura. Agora, com medo de suas pretenções serem reprovadas, nem vão fazer um referendo.

Edson