Por que os polacos não conseguem financiamento para construir suas casas?
Esta é a pergunta que intitula uma reportagem do jornal Metro (publicação distribuída gratuitamente em estações de metrô, bonde elétrico e ônibus nas principais cidades da Polônia) desta segunda-feira.
A reportagem procurou saber por que, ao contrário, do período comunista mais e mais polacos não têm onde morar. Antes o sistema providenciava moradia para todos, hoje, a livre concorrência criou os “sem tetos”. São muitos os polacos que não têm onde viver. Se antes era impossível pensar em mendigos nas ruas da Polônia, atualmente os turistas são frequentemente interpelados por pessoas com trajes sujos pedindo alguns trocados.
O que aconteceu com as promessas eleitoreiras?
Segundo, o jornal, mais de três milhões de famílias polacas não conseguem ter sua casa própria, o que significa que mais ou menos 12 milhões de pessoas de uma população estimada de quase 40 milhões de habitantes vivem em situação precária. Ontem foi lançada a campanha "Dach nad głową" (telhado na cabeça) que vai tentar mobilizar os políticos para se ocuparem deste grave problema de moradia.
Em Varsóvia, Gdańsk, ou Wrocław, o preço do metro quadrado mais em conta está em torno de 7 mil złoty, o que só podem sonhar pessoas que ganham magnificamente. Para se conseguir financiamento, ou hipoteca nos bancos é preciso ter no mínimo 2 mil złoty mensais durante 30 a 40 anos para fazer o reembolso do crédito adquirido. De acordo com a empresa de pesquisa “Domu Badawczy Maison”, para 40% dos polacos, o principal problema do país é moradia. Para outros 96%, o governo pouco faz para resolver a situação.
Michał Gos, entrevistado pela reportagem, disse que trabalha como motorneiro (condutor) de Tramwaj (bonde elétrico) em Varsóvia e recebe de salário apenas 2.300. "Quando é que vou conseguir crédito para comprar uma casa com este ganho mensal? Nunca!"
Kamila e Paweł Kustroniów vieram a Varsóvia para estudar. Foram 16 anos de estudos. Ela é de Świdnik e ele de Krosno. Conheceram-se na faculdade, após 4 anos de namoro se casaram. Um ano depois nasceu a primeira filha, Jagoda. Paweł começou a trabalhar no Instituto de Meteorologii i Gospodarki Wodnej. Kamila permaneceu na faculdade, onde começou a fazer doutorado. Cinco anos atrás defendeu a tese e recebeu o título de doutora. Por essa época nasceu a segunda filha, Milena. “Estivemos vivendo em casa de estudante da universidade todo este tempo. Quisemos comprar um apartamento não muito grande. Antes de nascer Milena, tentamos empréstimo num banco. Mas nossos salários são muito baixos, mesmo para alguém com doutorado. Meu marido buscou ajuda no serviço social. Mas se recusaram a atender, pois não temos zameldowania (registro de residência) em Varsóvia e morar em casa de estudante não dá direito a este registro, ou seja, oficialmente não moramos em Varsóvia, mesmo estando aqui há 16 anos. Como é possível isto? E em nossas cidades, tampouco temos, pois lá os donos são nossos pais.”
Esta é a pergunta que intitula uma reportagem do jornal Metro (publicação distribuída gratuitamente em estações de metrô, bonde elétrico e ônibus nas principais cidades da Polônia) desta segunda-feira.
A reportagem procurou saber por que, ao contrário, do período comunista mais e mais polacos não têm onde morar. Antes o sistema providenciava moradia para todos, hoje, a livre concorrência criou os “sem tetos”. São muitos os polacos que não têm onde viver. Se antes era impossível pensar em mendigos nas ruas da Polônia, atualmente os turistas são frequentemente interpelados por pessoas com trajes sujos pedindo alguns trocados.
O que aconteceu com as promessas eleitoreiras?
Segundo, o jornal, mais de três milhões de famílias polacas não conseguem ter sua casa própria, o que significa que mais ou menos 12 milhões de pessoas de uma população estimada de quase 40 milhões de habitantes vivem em situação precária. Ontem foi lançada a campanha "Dach nad głową" (telhado na cabeça) que vai tentar mobilizar os políticos para se ocuparem deste grave problema de moradia.
Em Varsóvia, Gdańsk, ou Wrocław, o preço do metro quadrado mais em conta está em torno de 7 mil złoty, o que só podem sonhar pessoas que ganham magnificamente. Para se conseguir financiamento, ou hipoteca nos bancos é preciso ter no mínimo 2 mil złoty mensais durante 30 a 40 anos para fazer o reembolso do crédito adquirido. De acordo com a empresa de pesquisa “Domu Badawczy Maison”, para 40% dos polacos, o principal problema do país é moradia. Para outros 96%, o governo pouco faz para resolver a situação.
Michał Gos, entrevistado pela reportagem, disse que trabalha como motorneiro (condutor) de Tramwaj (bonde elétrico) em Varsóvia e recebe de salário apenas 2.300. "Quando é que vou conseguir crédito para comprar uma casa com este ganho mensal? Nunca!"
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