As informações já circularam no mundo inteiro, mas creio que cabe repercuti-las aqui, por dar uma noção da animosidade que ainda existe entre alemães e polacos. Embora estes se manifestem, mesmo, mais radicalmente contra os russos. Afinal o comunismo terminou há bem menos tempo do que os horrores que Hitler, Von Bismarck e os Cruzados Teutônicos perpetraram contra a Polônia ao longo da história.
No último domingo, parte da torcida alemã que invadiu a Áustria foi pega entoando gritos nazistas contra a Polônia, em Klagenfurt, cidade austríaca onde aconteceu o jogo entre Polônia e Alemanha. Ao redor das 20h30min horas, 157 alemães foram presos pela polícia, após ataques e alguma confusão.
Um fotógrafo da agência AFP denunciou que foi mantido entre 60 homens alemães que gritavam "Todos os polacos deveriam ter a estrela amarela", em referência ao símbolo que os judeus polacos foram obrigados a usar durante o regime nazista.
Horas depois, era o polaco naturalizado alemão Łukas Podolski que dava a vitória ao time de Berlim, após tabela com Klose, também nascido na Polônia. E os alemães neonazistas que não foram detidos ainda foram obrigados a verem campo, Mario Gomez, neto de imigrantes espanhóis, Kuranyi que é carioca, filho de pai húngaro e mãe panamenha.
A resposta polaca para estes incidentes não tardou. O ex-deputado ultra-conservador e atual presidente do PLR Partido da Liga da Família Polaca, Mirosław Orzechowski, além de falar numa emissora de rádio apresentou uma moção no parlamento e enviou uma carta diretamente ao Presidente Lech Kaczyński, para que este retire a cidadania polaca do jogador Łukas Podolski. Na seqüência deu entrevista ao jornal Dziennik, onde afirmou que: "Se alguém fizer alguma performance para as cores de um Estado estrangeiro, já há nisto um desejo para renunciar cidadania. Você não pode dizer isto mais claramente. E o presidente deveria interpretar aquele fato assim: que é intencional.". Embora Podolski tivesse comemorado de forma discreta seus dois gols contra a Polônia e depois ter dito que, "não celebrei porque a Polônia é parte de meu coração. Eu parti quando tinha dois anos, mas meu pai, tio e outros parentes continuam na Polônia. Tenho que ter um pouco de respeito pelo país.", Orzechowski não se deixou convencer. Em seu blog na Internet o político de extrema-direita, escreveu que “após a derrota da seleção na Euro2008 alastrou-se uma onda de excitação pela Polônia. Nossas casas ostentando bandeiras branco-vermelhas nos fez sentirmos bem, mais importantes. De repente se ouve que a administração da equipe alemã, proibiu a seus jogadores de origem polaca de dar de entrevistas em idioma polaco. Condoeram-se. Condoeram-se. Após a derrota polaca, desordeiros alemães se bateram contra os torcedores polacos. Portaram-se na Áustria, como se estivessem em suas próprias casas”. Em outro trecho diz que, “no dia que atraí a atenção presidencial para decidir sobre o de problema de cidadãos polacos que representam um Estado estrangeiro em assuntos internacionais. A imprensa e a mídia imediatamente gritaram - Orzechowski quer tirar a cidadania polaca de Podolski e Klose - Ninguém teve o cuidado de me escutar.”
Antes de apresentar um projeto de mudança no Estatuto de Concessão de Cidadania, ainda escreveu que, “deixe-me lembrar, porém! Ninguém respeita a nós polacos na Europa e no mundo, se antes não nos respeitemos a nós mesmo.” Orzechowski propõe: “Sem consideração a jogadores de futebol que joguem na representação alemã, ou Em qualquer outra seleção de outro país que possua cidadania polaca, proponho as seguintes mudanças no Estatuto da Cidadania Polaca.” Em seu projeto de lei sobre mudança no Estatuto sobre cidadania polonesa do dia 15 de fevereiro de 1962, e texto do dia 03 de abril de 2000 (Dz.U. Nr 28, poz. 353), quer alterar os artigos, 1 em seu parágrafo 2ª. ; 2 parágrafo; Alega que de acordo com o art. 82 da Constituição é dever do cidadão polaco fidelidade a República da Polônia. Pessoas que pelos seus próprios desempenhos públicos se identifiquem a si mesmo com outros Estados, por exemplo, representando estes países em conversações diplomáticas, competições esportivas, infrinjam este dever civil básico. O Presidente da República da Polônia possa declarar nula a cidadania polaca a esta pessoa".
No último domingo, parte da torcida alemã que invadiu a Áustria foi pega entoando gritos nazistas contra a Polônia, em Klagenfurt, cidade austríaca onde aconteceu o jogo entre Polônia e Alemanha. Ao redor das 20h30min horas, 157 alemães foram presos pela polícia, após ataques e alguma confusão.
Um fotógrafo da agência AFP denunciou que foi mantido entre 60 homens alemães que gritavam "Todos os polacos deveriam ter a estrela amarela", em referência ao símbolo que os judeus polacos foram obrigados a usar durante o regime nazista.
Horas depois, era o polaco naturalizado alemão Łukas Podolski que dava a vitória ao time de Berlim, após tabela com Klose, também nascido na Polônia. E os alemães neonazistas que não foram detidos ainda foram obrigados a ver
Antes de apresentar um projeto de mudança no Estatuto de Concessão de Cidadania, ainda escreveu que, “deixe-me lembrar, porém! Ninguém respeita a nós polacos na Europa e no mundo, se antes não nos respeitemos a nós mesmo.” Orzechowski propõe: “Sem consideração a jogadores de futebol que joguem na representação alemã, ou Em qualquer outra seleção de outro país que possua cidadania polaca, proponho as seguintes mudanças no Estatuto da Cidadania Polaca.” Em seu projeto de lei sobre mudança no Estatuto sobre cidadania polonesa do dia 15 de fevereiro de 1962, e texto do dia 03 de abril de 2000 (Dz.U. Nr 28, poz. 353), quer alterar os artigos, 1 em seu parágrafo 2ª. ; 2 parágrafo; Alega que de acordo com o art. 82 da Constituição é dever do cidadão polaco fidelidade a República da Polônia. Pessoas que pelos seus próprios desempenhos públicos se identifiquem a si mesmo com outros Estados, por exemplo, representando estes países em conversações diplomáticas, competições esportivas, infrinjam este dever civil básico. O Presidente da República da Polônia possa declarar nula a cidadania polaca a esta pessoa".
Um comentário:
A questão da identidade e da política internacional na Polônia é complicada. Não se trata só da história com a Rússia (ex-URSS) e Alemanha. Os poloneses só pensam na União Européia e nos EUA e ignoram a relação profunda e amigavel que existe com o Brasil. Fico chocado de como brasileiro possuir menos direitos do que um alemão na Polônia.
Postar um comentário