sábado, 31 de janeiro de 2009

Probido placas polacas em Vilno

Igreja de Santa Ana em Vilno

O Supremo Tribunal Administrativo da Lituânia regulamentou que a sinalização de ruas com idioma polaco colocados ao lado dos nomes das ruas em lituano é uma violação da lei.
Além disso, o tribunal ordenou as autoridades da cidade de Vilno que remova estas placas. O governo local está considerando agora apelar para o Tribunal Europeu de Direitos Humanos em Strasbourg.
A etnia polaca constitui mais de 60% da população da região de Vilno. Durante um largo período tem havido conflito com os direitos de se colocar nomes polacos existentes na cidade na língua lituana. O problema é que esta decisão do Supremo é inconsistente com a lei das minorias da Lituânia, que permite os nomes não lituanos, agravando com a lei nacional do país que exclui esta possibilidade da lei local.

Como se sabe, a capital da Lituânia, Vilno, de 830 mil habitantes, pertence a este país apenas, após a segunda guerra mundial, durante toda a história Vilno foi sempre uma cidade polaca, tendo nascido lá, entre outros, Adam Mickiewicz (o maior poeta da língua polaca) e Czesław Miłość (o polaco prêmio nobel de literatura).

Um comentário:

Anônimo disse...

Segundo o censo da República da Polônia de 1931, os poloneses eram + de 65,9 % (128 600) dos habitantes da cidade de Wilno antes da nefasta Segunda Guerra Mundial (1939 -1945), sem contar que a população judaica beirava outros 28% e os outros 6.1% se somavam bielorrussos, *lituanos, russos, ucranianos, alemães e letonianos de um total de pouco mais de 191 000 habitantes.
*sendo os lituanos apenas 0,8% dos habitantes (1579)
Segundo os lituanos os números eram fasificados (sem comprovação histórica é provável que o nacionalismo do entreguerras e a maioria polonesa tenham criado um sentimento de frustração em relação ao números de lituanos e seus pedidos de revisão de fronteiras na Liga das Nações , sempre negados pela Polônia e pelas países da Liga que consideravam exóticos os pedidos da Lituânia de retomada da cidade). Esse tese também não se sustenta utilizando dados alemães (Censo militar de 1916) da Primeira Guerra Mundial quando essa cidade ficou sob seu domínio entre os anos de 1915 a 1918 , o número alemão é um pouco menor para os poloneses 55% ( 75 000) e maior para os judeus 41% ( 57 000) e no caso liatuno levemente maior 2% (2 900), esses dados só comprovam que o elemento polonês estava em crescimento demográfico e se urbanizando e a população judaica urbana estava se aculturando ou se polonizando e a população lituana em franco retrocesso , essa situação era comun na Europa e mesmo no caso dos poloneses sob domínio alemão muitos já não se achavam poloneses na Masúria e Silésia e aceitavam a nova lingua e a nova etnia como algo tolerável (claro que isto ocorreu antes da tomada do poder pelos Nazistas), mas também deve-se citar que muitos poloneses nessas áreas acabaram criando termos étnicos novos para se diferenciar dos alemães no caso dos Masurianos o termo Mazurzy (mazujê) e no caso silesiano o termo slazacy (shlonzatsy)
Na região da Wileszczyzna (Terra de Wilno ou Pátria de Wilno) a população polonesa comportava pouco mais de 61% dos habitantes de um total de quase 1276 000 (Censo Populacional de 1931 da República da Polônia) da pessoas os outros eram bielorrussos, judeus, lituanos, russos, tártaros, ucranianos e ciganos.
Através desses dados chegamos à conclusão que a cidade de Wilno e a sua região era polonesa na sua essência onde o poder corrompido do ditador Stalin e os seus asseclas soviéticos e poloneses (comunistas) subverteram a História da ocupação polonesa na região que se somava 600 anos (seis séculos) e a grande maioria dos poloneses foram obrigados a imigrarem para a “Nova Polônia” comunista e aliada a URSS, mas assim mesmo o sentimento com a cidade e a região foram mais forte e ainda hoje + de 20% dos habitantes da capital da Lituânia são *poloneses e se consideram poloneses apesar de terem sofrido durante o domínio soviético na cidade uma nova russificação e depois um lituanização. Wilno se mantém em pé ao lado da identidade polonesa e podemos afirmar que figura ao lado de cidades polonesas .

Ulisses quanto o número de habitantes da cidade de Wilno você citou um pouco mais de 800 mil habitantes provavelmente incluindo o perímetro urbano e rural, segundo alguns dados que chequei (podem estar flutuando) o número urbano é de 542 000 e os poloneses são um pouco mais que 20% (perto de 109 000 habitantes) nas áreas adjacentes de Wilno se soma mais 300 000 habitantes, os poloneses são 62% da população (perto de 186 000 habitantes ), só que o “estranho” que número de poloneses para o governo lituano em todo o país é de 209 000 (dados de 2006), para as organizações polonesas da Lituânia o número é superior a 300 000 indivíduos dados corroborados pelo governo polonês e algumas instituições lituanas (jornais e organizações de minorias étnicas) e claro que aí nós encontramos uma falsificação nos números , sem contar que parte do clero católico na Lituânia é de poloneses e segundo os dados paroquiais o número é superior a 300 000 poloneses na Lituânia.
Por último uma necessária citação desde a independência da Lituânia no começo dos anos 90 do século XX, a etnia polonesa vem sofrendo discriminações por parte das autoridades lituanas e de alguns setores da sociedade lituana dificultando a criação de novas escolas polonesa e a adoção da Carta Polaca de dupla cidadania que os lituanos a consideram uma institucionalização de uma “quinta coluna” em seu território.
Todos esses dados são verídicos e de fácil visualização no portal da Wikipédia e de jornais poloneses e lituanos: Polacy na Litwie