O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu nesta quinta-feira (29) em Gdańsk, na Polônia, o prêmio Lech Wałęsa (pronuncia-se lérrrhh vaúensa), criado em 2008, pela fundação do ex-presidente polaco para reconhecer personalidades destacadas por seu respaldo à liberdade, democracia e cooperação internacional.
Após receber o prêmio de 100 mil dólares, Lula propôs a Wałęsa, em seu discurso de agradecimento, que o valor seja doado a um país africano, que será escolhido pelos diretores do Instituto Lula, junto com os membros da fundação polaca.
O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, compareceu ao evento e disse que Lula ajudou a tornar possível um sonho impossível. Ele afirmou que o ex-presidente brasileiro e Wałęsa fizeram mudanças radicais em seus países, mas que não resultaram em caos como costuma acontecer com os sonhos radicais, mas sim em crescimento econômico e bem estar para as populações. O presidente do Senado polaco também foi à cerimônia.
Segundo nota divulgada pela Fundação Lech Wałęsa, Lula foi escolhido “em reconhecimento por seus esforços para conseguir uma cooperação pacífica e a compreensão entre as nações, especialmente para reforçar o papel dos países em desenvolvimento no mundo dos negócios, e por sua contribuição para reduzir a desigualdade social”.
Para Piotr Gulczyński, presidente da Fundação Lech Wałęsa, o prêmio concedido “é uma expressão de solidariedade com aqueles que lutam por um melhor amanhã. Lula implementou reformas pacíficas em seu país, reduziu as desigualdades sociais, e também tem desempenhado um papel de destaque como um porta-voz para os países em desenvolvimento no exterior, bem como contribuiu para resolver os conflitos entre as nações”. Os 100 mil dólares norte-americanos foi patrocinado pelo banco polaco PKO BP.
O presidente da Polônia, Bronisław Komorowski, não compareceu ao evento, mas seu chefe de gabinete, o ministro Jacek Michałowski leu uma carta de homenagem a Lula da Silva.
Lula é a quarta personalidade a receber o prêmio Lech Wałęsa. Ano passado recebeu o Prêmio, Janina Ochojska, fundadora e chefe da Ação Humanitária Polaca. O primeiro laureado com o Prêmio Lech Wałęsa foi o rei da Arábia Saudita, Abdullah Bin Al Saud, por sua contribuição ao diálogo inter-religioso. Em 2009, os prêmios foram para o iraniano defensor dos direitos humanos, liberdade de expressão e democracia, Shadi Sadr e suas irmãs, Ladan e Roya Boroumand.
Um comentário:
Ulisses, quase três anos depois que nos falamos a última vez, vejo que seu blog está cada vez melhor, em conteúdo e paginação.
Parabéns e um abraço do amigo,
Eliakim
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