terça-feira, 17 de setembro de 2013

Eleições alemãs não despertam interesse na Polônia

Merkel ao lado de Donald Tusk em visita a Polônia
Entre a opinião pública alemã, a atual chanceler federal alemã é apresentada na maioria das vezes como uma parceira confiável na Europa. A simpatia por se tornou tanto maior quando se veio a público que seu pai era polaco. "Quando ela falava antigamente que era fã da Polônia, pensávamos que era por causa de viagens que ela tinha feito ao país na época do comunismo. Hoje, essas palavras encontram-se num contexto totalmente diferente", escreve o maior diário polaco, a Gazeta Wyborcza.
Angela Merkel
De maneira geral, contudo, o interesse da mídia polaca pelas eleições alemãs é pequeno. Parte-se do princípio de que Merkel irá continuar governando. O escritor e jornalista Adam Krzemiński critica também a falta de vigor da campanha eleitoral alemã: "Nenhum assunto, nenhum debate, nada sobre o que se pudesse realmente brigar", descreve Krzemiński.
Ele questiona se "as fraquezas estruturais dos social-democratas" podem ser responsabilizadas, pois o partido, na oposição, não engrenou com força na campanha.
E num ponto Krzemiński dá razão a Peer Steinbrück: o social-democrata vê no passado de Angela Merkel (ela cresceu na ex-Alemanha Oriental) seu desinteresse pela Europa. "O pensamento de comunidade na Europa não era algo conhecido dos cidadãos lá", diz o jornalista, apontando "uma pontinha de verdade" nas polêmicas declarações de Steinbrück.

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