A Polônia reabriu na semana passada a investigação à morte do antigo presidente Lech Kaczyński , da sua mulher e de altos dirigentes do Estado.
O ex-presidente da Polônia foi uma das 96 vítimas do acidente aéreo na Rússia ocorrido em abril de 2010, quando o avião tentava aterrizar no aeroporto de Smolensk.
Na época, alguns dirigentes polacos defenderam a tese de atentado, embora a Rússia afirmasse tratar-se de um acidente.
Foto:Henriques da Cunha |
Agora, uma equipe de peritos internacionais, para a qual foi escolhido um especialista português, Duarte Nuno Vieira, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, vai tentar confirmar qual dos lados tem razão, através da autópsia dos corpos.
Lech Kaczyński estava se dirigindo a pequena cidade russa para participar de uma cerimônia onde seriam lembrados os 40 mil militares polacos executados pelos serviços secretos soviéticos em 1940.
O ex-presidente era irmão gêmeo do líder do partido de ultradireita, atualmente no poder na Polônia.
Jarosław Kaczyński, que foi primeiro-ministro entre 2006 e 2007, bem como vários dirigentes de seu partido, acusam a Rússia de terem dissimulado um atentado terrorista.
No entanto, naquele momento, a Rússia fez uma investigação onde apresentou conclusões dizendo ter ocorrido um acidente devido a erro humano e ao mau tempo.
Agora, a investigação foi reaberta e nela participa uma equipe internacional que se juntou aos médicos legistas polacos.
Além de Duarte Nuno Vieira, há ainda peritos do Reino Unido, Suíça e Dinamarca.
Duarte Nuno Vieira salienta que o caso está em segredo de justiça mas as perícias ainda vão se prolongar por alguns meses.
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