quarta-feira, 29 de abril de 2009

Justyna - uma pérola

A cantora polaca Justyna Steczkowska é uma bela e talentosa artista nascida em 1972, em Rzeszów, capital da Voivodia Podkarpacki. Aqui neste videoclip ela canta "Wracam do domu" - (Volto para casa).




Steczkowska se tornou famosa quando venceu o programa "Polska Szansa" com a música "Buenos Aires". Logo depois ela representou a Polônia no Festival Eurovision de 1995 com a música "Sama", ("Sozinha") e ficou em décimo-oitavo lugar. Depois lançou alguns CDs com suas próprias canções, como "Alkimja", uma seleção de músicas judaicas e polacas líricas. Ela já recebeu inúmeros prêmios, entre estes, um "Fryderyk" de melhor canção do ano. Fez duas aparições no cinema, nos filmes "Billboard" e "Na koniec świata" (No fim do mundo).


Letra de "Wracam do domu" - Volto para casa

Wracam do domu, od tylu lat
Wciaż po kryjomu, przed wschodem dnia
Wiem ze czekałeś, aż powiem tak
Wracam do domu, ostatni raz

Wszystko co mam, co dał mi świat
Nosze w sobie by kiedyś Ci dać
Choć mówią że, nie mamy szans
Ciągle wierzę że jeszcze jest czas
I chcę, razem z Tobą zakończyc ten dzień
Ten jeden dzień

Wracam do domu, wiem że już czas
Poczuć chcę znowu, smak tamtych lat
Było tak wiele, radości w nas
Wracam do domu, lepiej jest tam

Wszystko co mam, co dał mi świat
Noszę w sobie by kiedyś Ci dać
Choć mówią że, nie mamy szans
Ciągle wierzę że jeszcze jest czas
I chcę razem z Tobą zakończyć ten wiek
Ten jeden raz

Oddam Ci więcej niż bedziesz chciał
Jeszcze razem bedziemy sie śmiać
Z tego co było,z grzechów i kłamstw
Wciąz pamiętam Twój uśmiech sprzed lat
Warto próbować, pomimo ran
Nie pozwolę Ci wiecej się bać
Zacząć od nowa chcesz Ty i ja
Tylko proszę nie zostawiaj mnie tak

Bo wszystko co mam, co dał mi świat
Noszę w sobie by kiedyś Ci dać

terça-feira, 28 de abril de 2009

Espanha não é mais o Eldorado do trabalho


Agência de emprego em Madrid - Foto: Philippe Desmazes - AFP

O desemprego atingiu o mais alto índice desde 1976 na Espanha. Estima-se que mais de quatro milhões de espanhóis estão sem emprego. "A crise espanhola atingiu até os polacos, pois deixou alguns de nós sem trabalho aqui", informa Maria Pikuła da Associação Polaca Orzeł Biały da Espanha.
Segundo o governo de Jose Luiz Zapatero, o percentual de desemprego chegou aos 17%. Alguns economistas prevêm que o índice chegará logo aos 20%. O pior desta situação ocorreu no primeiro quadrimestre do ano quando foram despedidos 300 mil trabalhadores e entre estes pouco mais da metade da construção civil. Na agricultura, o desemprego atingiu 31 mil pessoas.
Maria Pikuła trabalha há 17 anos na Espanha e segundo ela, os polacos mais atingidos pelo desemprego naquele país foram os que trabalhavam na construção civil. Os trabalhadores polacos recebiam 60 a 70 euros por dia, ou 2 mil euros mensais. Também na colheita do morango, muitos polacos perderam o trabalho neste começo de ano. Segundo Maria, os compatriotas estão partindo para Portugal, ou voltando para a Polônia e lembra que em 2007 trabalhavam na Espanha mais de 150 mil polacos, agora este número não chega a 50 mil.
A crise na Espanha chegou inclusive ao setor turístico. No período de Páscoa houve uma queda de 30% de turistas nas praias do Mediterrâneo. O setor hoteleiro e de restaurantes era outro setor que empregava bastante os polacos.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Polacos piratas

A manchete principal do jornal Gazeta Wyborcza, desta segunda-feira, 27 de abril de 2009, é
"Gostamos de ser piratas".
O principal jornal da Polônia informa que mais de 5 milhões dos polacos "baixam" pela Internet, músicas, filmes, livros e softwares ilegalmente. Considerando que a população do país está em torno de 39 milhões de habitantes, o percentual da pirataria é de mais de 10 pr cento da população.

Taxistas desonestos em Cracóvia


Foto: Paweł Piotrowski

Os conselheiros do PiS (Partido Direito e Justiça) no Conselho da Cidade querem que o preço da corrida de táxi em Cracóvia tenha novo regulamento. O curioso é que a idéia partiu justamente dos empresários dos grandes grupos de táxi da cidade. Estes argumentam que desde que a prefeitura liberou os preços em janeiro de 2008, muitos motoristas começaram a praticar preços absurdos, comprometendo a boa imagem da categoria.
Naquele momento a idéia do Conselho da cidade (espécie de câmara dos vereadores) era introduzir a concorrência e baixar os preços das corridas. Mas o que se viu foi justamente o contrário. A concorrência passou a ser a de quem cobra mais caro e quem engana mais facilmente os passageiros. As fraudes passaram a ser comuns. As diferentes zonas, que dividem a cidade, passaram a ser manipuladas. O bairro do Przegorzały (cerca de 6km), por exemplo, embora esteja mais próximo do centro do que o bairro da Nowa Huta (10 km) geralmente custa mais caro. Os motoristas desonestos alegam que a mata do bosque do Przegorzały significa estar fora do perímetro urbano da cidade, e cobram por isto. Na verdade é uma alegação mentirosa. Para manipular o preço durante este trajeto desde o centro, o taxista muda a bandeirada a bel prazer, começa na 1 e termina na 4. Isto significa que o taxímetro corre mais rápido nas bandeiradas mais altas... e uma corrida que custava, em dezembro de 2007, 13 zł, hoje não sai por menos de 35 złotych. E n'ao houve inflação no período que justifique este preço absurdo.
O interessante é que os motoristas mais idosos são os que mais cometem estas fraudes, aumentando o percurso, ou simplesmente aumentando a bandeirada.

P.S. Tomara a prefeitura aceite regular e controlar os preços novamente e que se acabe as zonas de circulação. Que a bandeirada seja apenas a 1 e 2 e a diferença entre as duas seja apenas pelo horário. A dois entre 10 da noite e 6 da manhã.

domingo, 26 de abril de 2009

Aberto o V Festival de Fotografia de Varsóvia


O V Festival de Fotografia Artística de Varsóvia 2009 foi aberto nesta sexta-feira na capital polaca. Com aproximadamente 25 locais espalhados pela cidade, o festival expõe trabalhos de fotógrafos profissionais e debutantes.
Segundo a curadora Magdalena Durda-Dmitruk, o festival deste ano traz o mais representativo da fotografia polaca e Tcheca. "A riquesa na observação das belezas do nosso país é desde alguns anos apresentada nestas mostras do festival e com certeza são das mais interessantes deste meio de representação artística." A curadora explica que as obras foram feitas com máquinas tradicionais, digitais e até de computadores.
No programa do festival deste ano estão presentes alguns fotógrafos vanguardistas como Frantisek Drtikol, Jaroslav Roessler, Jaromir Funke, Eugen Wiskovsky, e também contemporâneos como Jan Saudek, Ivan Pinkava, Veronika Bromove, Vaclav Chochol, Miloslav Stibor.
Nos espaços do festival estão também trabalhos realizados por membros e alunos do Instytutu Twórczej Fotografii (ITF) de Opawa, conhecido como uma das mais prestigiadas escolas de fotografia da Europa.
O festival vai até de 7 de junho quando serão conhecidos os vencedores. Abaixo as fotos ganhadoras do "Grande Prêmio" do Festival do ano passado de autoria de Marta Szymczak, polaca nascida em 1984 e estudante da Faculdade Gráfica da Academia de Belas Artes de Varsóvia, no curso de artes do meios de comunicação.



sábado, 25 de abril de 2009

Palikot ataca Kaczyński

Deputado Janusz Palikot - Foto: Jarosław Kubalski

O deputado do PO (Platform Obywatelstwo - Partido da Plataforma da Cidadania) Janusz Palikot voltou ao ataque e desta vez contra o presidente do PiS, Jarosław Kaczyński. O deputado disse que no IPN-Instituto da Memória Nacional existem documentos comprometedores contra o gêmeo do Presidente da República.
Palikot comparou o chefe do PiS a Adolf Hitler e Józef Stalin. O deputado do partido do primeiro-ministro Donald Tusk apelou para que se liquide o IPN e se divulgue todos os documentos que estão no arquivos desta instituição.
Palikot diz ter fotocópias de documentos que comprometem a atuação do Kaczyński durante a vigência da Lei Marcial no período comunista. Na opinião do deputado, as informações são muito sérias, pois tratam justamente daquele que mais incentiva à caça as bruxas do período comunista.
Desde a ascenção dos gêmeos no poder, a instituição, criada no ano 2000, só fez desmoralizar todos aqueles que tiveram alguma ligação com o regime comunista. Como se eles fossem isentos das mesmas acusações tramam o tempo todo para destruir a imagem de herói de Lech Wałęsa.
Para os jornalistas, Palikot afirmou que tais fotópias de documentos rgistram que o chefe do PiS (Prawo i Sprawdliwości - Partido do Direito e da Justiça) foi preso em 13 de Dezembro de 1981, mas que ele "não era tão importante para que devesse ser aprisionado." Assim Jarosław Kaczyński após ser detido e julgado foi liberado em 17 de Dezembro. Palikot explicou que o irmão Lech é que deveria ser detido e não Jarosław.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

IPN continua insano

Brunon Jasieński

Os historiadores do IPN - Instituto da Memória Nacional exigiram a alteração no nome da ulica (rua) Brunon Jasieński em Klimontów. O conselho distrital da pequena localidade na Voivodia Świętokrzyski é acusado de incentivar a desobediência à Constituição da República da Polônia, aceitando mudar o nome da rua que homenageia o conhecido poeta "da propaganda stalinista".
Uma solicitação sobre isto escrita pelo vice-presidente do IPN, Franciszek Gryciuk, foi enviada aos membros do Conselho Distrital de Klimontów. Gryciuk acusa as autoridades do distrito continuar a "glorificar a política criminosa de Józef Stalin, defendendo a ideologia comunista e seus representantes", mantendo a rua com o nome do poeta.
Os historiadores do IPN reprovam Jasiński entre outras coisas, por ter sido membro do soviético partido comunista. E sobre o fato do poeta ter sido torturado durante as purgações de 1938, conhecidas como "acertos de contas internos do partido", eles não levam isto em consideração.
Piotr Banasiak, presidente da Sociedade dos Amantes de Brunon Jasieński está indignado. A solicitação do IPN segundo ele é o que se pode chamar de escândalo: "Não afirmo, que Jasieński tenha sido um homem cristalino, mas nestas condições o que se está fazendo é difamá-lo e o IPN não pode fazer assim com cada um que se lhes apeteça atacar. Brunon Jasieński antes de tudo era um criador e não um ativista político."
No sítio www.petycje.pl os membros da associação estão fazendo apelo para que cada pessoa defenda o poeta. Mais de cem pessoas já assinaram um abaixo assinado para este historiador do IPN de Lublin. "Faremos pressão sobre o prefeito da localidade para que não ceda ao IPN", disse a professora Grażyna Borkowska-Arciuch do Instituto de Pesquisas Literárias PAN, que não tem certeza de que será atendida pelas autoridades de Klimontów.
A Ulica Brunona Jasieńskiego é uma pequena ruazinha que está entre a escola e a igreja daquela cidadezinha. Na esquida dela com a ulica Jakuba Zysmana (pai do poeta) está a casa onde Jasieński nasceu.

Epitafium dla Brunona Jasieńskiego

Europa się wędzi niby łosoś królewski
W dymie gazów bojowych wbita na złoty hak,
Żre się kucharz francuski z szefem kuchni niemieckiej
Z ryby tak smakowitej co przyrządzić i jak.

Żaden stary się przepis nie wydaje jej godny,
Tak czy siak, trzeba będzie rybę przeciąć na pół,
Już rozpruto podbrzusze, płynie z głębi jam rodnych
Czarny kawior narodów politykom na stół.

A ja wdycham Londynu grypogenne opary
I kosztuję Paryża zgniłowonny roquefort,
Po La Manczy się błąkam, w Rzymie szukać mam wiary,
Bezskutecznie za swój pragnąc brać każdy port.

A mój port jest w stolicy krasnolicych Azjatów,
Gdzie w moździerzu historii nowy utrze się lud,
Tam mi Kałmuk otworzy duszę swoją jak bratu,
Tam pod ziemią bogactwa siarki, węgla i rud.

Tam poeci kieszenie mają pełne dolarów
I za szczęście ludzkości przelewają swój tusz,
Tam czerwieńsze od krwi są kumulusy sztandarów
Od sztandarów zaś pąki pierwszomajowych róż.

Tam ja, Polak i były obywatel Europy
Pieśń rozwinę i formie nową nadam tam treść.
Bataliony poetów będą lizać mi stopy,
Ja im mannę gwiazd sypnę, żeby mieli co jeść!

Bruno Jasieński: niemieckie imię, nazwisko polskiej szlachty.
Żyd, komunista, bywał w Rzymie, paryskie miał kontakty.
W Moskwie sądzony za szpiegostwo, skazany i zesłany.
Zaginął gdzieś po drodze. Odtąd los jego jest nieznany.

Drogą białą jak obłęd w śnieg jak łajno mamuta
Idę młody, genialny, ręce łańcuch mi skuł.
Strażnik z twarzą Kałmuka w moim płaszczu i butach
Żółte zęby wyszczerza, jakby kwiat siarki żuł.

Nagle widzę, żem w raju po lodowej podróży,
A on - Bóg mój, którego czciłem wam wszak na złość!
Mam więc Boga takiego, na jakiegom zasłużył,
A tam trup mój, biedaczek, zmarzł już całkiem na kość.

Pan zaś spluwa żółtawo, smarka w palce bez chustki
I na krzesło "stół" mówi, a na stół mówi "stoł",
Patrzy kucharz niemiecki wraz z kucharzem francuskim
Jak łososia z kawiorem między zęby już wziął.

Sok po brodzie mu płynie niewątpliwie czerwony
Łyka skórę i ości, wyssał oczy i mózg.
Wszak przez wieki ten łosoś był dla niego wędzony
A on czekał cierpliwie ciemny bóg pustych ust.

Jacek Kaczmarski - *27.3.1982


P.S. Estes rancorosos historiadores do IPN querem apagar uma história que aconteceu na Polônia por não concordarem que um país deva ser democrático. Fascistas, tornaram-se inquisidores da Polônia contemporânea. Ainda bem que Mikolaj Koperniko viveu muito antes destes rancorosos, do contrário o mundo não teria conhecido a teoria que tirou a terra do centro do universo.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Onda racista na Polônia

Parece que uma parcela dos polacos (ou seria apenas um pequeno grupo? ) se esqueceu das tragédias ocorridas na primeira e segunda guerras mundiais no país. Estes polacos esqueceram o que a política racista, expansionista e de extrema de direita de Hitler e do nazismo alemão causou na Polônia. Não é porque o comunismo, dito de esquerda, ainda está presente na cabeça destes desmemoriados que se possa aceitar, justo na Polônia - um país de emigrantes - a onda de racismo, xenofobismo que explode aqui e ali pelas cidades polacas nos últimos anos desde a entrada na União Europeia. E atenção, esta onda está impregnando também alguns brasileiros descendentes de polacos que acessam este blog e enviam comentários e emails de igual teor, ou seja, fascistas, racistas e inconsequentes.

Foto: Maciej Świerczyński

O fotógrafo do jornal Gazeta Wiborcza registrou num ponto de ônibus da cidade de Wrocław (pronuncia-se wrotssúaf) o cartaz (acima) com estes dizeres "Europa de gente branca", "Devemos defender nossa raça e o futuro das crianças brancas".
O cartaz foi afixado em vários pontos de ônibus daquela cidade no Oeste da Polônia. E segundo a chefia de redação teria sido uma reação bastante rápida à um dos artigos publicados pelo jornal falando sobre a intolerância que começa a se manifestar em alguns setores do país, notadamente entre a juventude.
ções racistas já aconteceram também em outras cidades, como Lublin e Mielce. Semanas atrás um grupo de cabeças raspadas atacaram uma mulher sueca de origem cubana num Shopping Center de Białystok. Um jovem de 18 anos, integrante deste grupo, foi detido e espera julgamento.
A promotoria regional de Wrocław informa que uma vez identificados os autores destas ações, os mesmos serão julgados e condenados a uma pena de dois anos de prisão.
Parece que o padre racista, xenófobo e antissemita Tadeusz Rydzyk tem conseguido fazer adeptos através de sua Radio Maryja. Uma pena, pois a democracia não parece estar sendo entendida por esta gente, democracia que deve ser de respeito ao sofrimento das vítimas do fascismo, seja este nazista ou comunista.

P.S. Esta gente fascista realmente não entende nada de nada. Por isso talvez seja oportuno dizer o significado da palavra. Pois bem, o fascismo é uma doutrina totalitária desenvolvida por Benito Mussolini na Itália, a partir de 1919, durante seu governo (1922–1943 e 1943–1945).
Fascismo deriva de fascio, nome de grupos políticos ou de militância que surgiram na Itália entre fins do século XIX e começo do século XX; mas também de fasces, que nos tempos do Império Romano era um símbolo dos magistrados: um machado cujo cabo era rodeado de varas, simbolizando o poder do Estado e a unidade do povo.
A palavra fascismo adquiriu o significado de qualquer sistema de governo que, de maneira semelhante ao de Benito Mussolini, exalta os homens e usa modernas técnicas de propaganda e censura para não deixar as crianças verem coisas obscenas, fazendo uma severa arregimentação econômica, social e cultural, sustentando-se no nacionalismo e por vezes na xenofobia (nacionalismo étnico), privilegiando os nascidos no próprio país, apresentando uma certa apatia ou indiferença para com os imigrantes.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

O Brasil de 667 anos

Ilustração: Davi Sales

O Brasil está comemorando oficialmente, neste 22 de abril, 509 anos de sua descoberta. Assim aprendemos nos livros de história e assim os governos de plantão fizeram questão de ressaltar em suas comemorações. O ano 2000 é um exemplo disso, quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso instituiu uma comissão para organizar as "Comemorações do Quinto Centenário".
Por outro parte, algo semelhante ocorre na história da imigração polaca no Brasil, pois tanto autoridades brasileiras quanto polacas sempre afirmaram que o primeiro polaco a pisar em terras brasileiras foi o almirante da esquadra holandesa, Krzysztof Arciszewski, que em 1629, invadiu o Nordeste brasileiro. Quase a totalidade dos autores afirma que o almirante polaco da firma “Companhia da Índia do Oueste” lutou contra portugueses e espanhóis para que as capitanias de Pernambuco e parte da Bahia permanecessem sob administração do Reino Holandês. 
Arciszewski que nasceu em 1592 e faleceu em 1656 esteve no Brasil três vezes. Conseguiu vitórias no meio da Mata Redonda, em 1636, e em Pato Calvo em 1673. Foi o primeiro polaco, que escreveu sobre o Brasil. Tal “verdade” foi sacramentada pelo poeta curitibano Paulo Leminski, ao ter elegido o almirante polaco como um dos heróis de seu livro "Catatau”. Também o ex-vice-reitor da Universidade Iaguielônia de Cracóvia e atual diretor do Centro de Cultura e Idioma polaco no Mundo, o línguísta Władysław Miodunka, reforça a tese em seu livro-manual do ensino da língua polaca para brasileiros “Cześć, Jak się Masz?”.
Porém, a ciência denominada de história está em constante evolução e nada é imutável. Somente a cegueira e a prepotência dos “doutos” e tiranos o são. O grande orador romano, Cícero, já dizia que a História é a "mestra da vida", pois "ela é a senhora dos tempos, a luz da verdade, a vida da memória, a mensageira da antiguidade". E a História para ser de utilidade ao homem e ter sempre como guia a verdade e a justiça, deve assentar-se em duas condicionantes: o seu registro e a sua veracidade; sem verdade, ela se desvirtua, e, sem registros, ela se perde, além de também ser passível de deformação. Assim é que nem o Brasil foi descoberto em 1500 como tampouco Arciczewski foi o primeiro polaco a caminhar por terras brasileiras.
No caso do descobrimento do Brasil, a tese do acaso foi questionada já ao tempo do Império. Dom Pedro II fez uma pergunta bastante clara aos membros do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro na sessão de 15 de Dezembro de 1849, "O descobrimento do Brasil por Pedro Álvares Cabral foi devido a um mero acaso, ou teve ele alguns indícios para isso?"
As respostas foram dadas em 20 de setembro de 1850, pelo membro daquele Instituto, Joaquim Norberto de Souza e Silva, que proferiu uma histórica conferência assistida pelo Imperador, na qual concluiu a favor da “intencionalidade” do descobrimento. Evidentemente os estudos de Souza e Silva foram contestadas pelo poeta Gonçalves Dias e, acabou persistindo até os dias de hoje a versão do poeta e não a do historiador. Sejam por questões políticas, seja por má fé, seja por ignorância e preguiça a verdade de Souza e Silva foi apagada tanto lá em Portugal quanto aqui no Brasil.
Mas que verdade é essa, ou que verdades são essas?
Antes é preciso citar três nomes, para que, repetindo-os fiquem gravados na memória. 
- Capitão Sancho Brandão
- Kacper „da Gama“
- Salvador Fernandes Zarco.
Mas voltemos a célebre reunião do IHGB. Além de Antônio Gonçalves Dias, também o Frei Vicente do Salvador, Robert Southey e Luiz de Albuquerque defenderam que o Almirante Pedro Álvares Cabral teria descoberto o Brasil por casualidade. O argumento deles e que persiste até hoje é baseado em três fatores que justificam o afastamento de rota da frota de Cabral:
- as "calmarias", que ocorreram na costa da África;
- as tempestades, que provocaram uma brusca mudança da rota, previamente traçada, com destino ao continente indiano e/ou,
- as correntes marítimas, contra as quais as naus (que, diga-se, constituíam 2/3 da frota) e as caravelas não possuíam recursos técnicos para arrostá-las.
O posicionamento derrotado nas décadas seguintes teve como defensores, além do expositor, o Barão Alfredo D’Escragnole Taunay, Capistrano de Abreu, Jonathas Serrano, Max Fleuiss, Genserico Vasconcelos e Hélio Vianna. Para estes, as débeis justificativas da casualidade são facilmente desmentidas, pois apesar da existência das calmarias nas proximidades do continente africano, é muito difícil aceitar que Cabral e seus experientes pilotos, que navegavam guiando-se pela astronomia, desviassem-se de tais fenômenos, de forma que todo o Atlântico Sul devesse ser atravessado.
Hélio Vianna afirma que "Cabral não veio ter ao nosso país, trazido por um simples desvio de rota. Em sua época, já não se navegava sem rumos prefixados". Além do que, os documentos que narram a viagem do descobrimento, não fazem qualquer menção às tempestades e às correntes marítimas. Estudos mais recentes reforçam a tese da “intencionalidade” e desmentem a da “casualidade”. Para tanto se valem de algumas provas irrefutáveis. Não há como negar a existência deles e tampouco lhes dar outras interpretações. 
- o Brasil já era mencionado, associado a Portugal, em cartas geográficas anteriores ao descobrimento, nelas figurando como uma ilha, a "Ilha do Brasil";
- a pronta reação de Portugal, quando a Espanha "descobriu" a América, por Cristóvão Colombo, e que ocasionou, dois anos após, a assinatura do Tratado de Tordesilhas. 
- a amistosa recepção que os indígenas proporcionaram aos portugueses da frota de Cabral.
- a descoberta de raríssimos documentos em Portugal, em locais como a Torre do Tombo, a Casa de Ínsua e alguns museus.

A ilha Brasil em mapa de Magini de 1597, a sudoeste da Irlanda

Não há mais como negar que desde os anos 1300, portanto mais de cem anos antes da descoberta da América, o Brasil já aparecia em alguns mapas europeus. No livro "The Canterbury Tales", de Geoffrey Chaucer, editado em 1380 estão mapas relacionando a Ilha do Brasil como sendo terras de Portugal. No livro "Na Margem da História", de autoria de Assis Cintra, com prefácio de Rui Barbosa, estão estas observações: "a descoberta oficial do Brasil deu-se no reinado de D. Affonso IV, o Bravo, em 1342, pelo Capitão Sancho Brandão, terra esta que foi batizada por este Rei, de "Ilha do Brasil", em virtude da grande quantidade de árvores de tinta vermelha aqui encontradas, o pau-brasil."
Em 12 de fevereiro de 1343, o Rei de Portugal comunicou ao Papa Clemente VI, em carta escrita desde Montemór, o descobrimento da nova terra, a qual foi registrado nos "Documentos do Arquivo Reservado do Vaticano", livro 138, folhas 148/149, com um mapa da região descoberta, no qual se vê a inscrição "Insula do Brasil".
Isto explica, em parte, porque ao contrário dos índios da América Central que receberam Colombo com arcos e flechas, os índios do Brasil receberam Cabral em paz, como se eles estivessem acostumados com as expedições portuguesas e também, quando Martim Afonso chegou a São Vicente, em 1532, na "expedição colonizadora", aqui já encontrou João Ramalho, que vivia na tribo de Tibiriçá, casado e com filhos.
Estes documentos existem, não só em Portugal como nos arquivos do Vaticano e são irrefutáveis. Portanto, o Brasil e a América foram descobertos pelo capitão Sancho Brandão e não por Pedro Álvares Cabral e/ou Cristobal Colon. O fato está oficialmente registrado, no Vaticano, sob o papado de Clemente VI. 
O historiador Valdir Menezes, com base nos mapas e documentos encontrados, afirma que desde 1351, o Brasil era representado em cartas geográficas, "por diminuta ilha, quer situada ao lado da Irlanda, ou próximo das Canárias ou mesmo em pleno Oceano". Não bastasse isso, vários mapas portugueses, franceses, ingleses e italianos do século 14 mostram a "Ilha do Brasil", neles representada. Um importante mapa, o de Pero Vaz Bisagudo, que era cópia do primeiro mapa português de registro oficial da nova terra descoberta (existente no Vaticano), no qual a "Ilha do Brasil" situava-se a 1550 milhas de Cabo Verde. É o mesmo mapa mencionado numa carta enviada ao Rei Dom Manuel, pelo cosmógrafo e médico da Armada de Cabral, João Martim, datada de 1º de maio de 1500, na qual este sugere que o soberano português procure "no mappa de Bisagudo, a verdadeira situação da terra que Cabral descobriu de novo" (Esta carta está na Torre do Tombo, em Lisboa, em "Corpo Chronológico", parte 3, maço 2, documento nº 2).
Não há como fugir à verdade e afirmar que o Tratado de Tordesilhas de 7 de junho de 1494) foi um instrumento altamente lesivo a Portugal, reino que já havia rejeitado a "Bula Inter Coetera", de 1493. Bula esta estabelecida pelo Papa Alexandre VI.
Este papa, que era o nobre espanhol Borgia, ficou conhecido na história como Papa devasso. Homem que promoveu as maiores bandalheiras e orgias na Capela Sixtina. O Papa Alexandre VI foi pai de um filho de sua própria filha, Lucrecia Borgia. Foi há um só tempo pai e avô. A bela espanhola Lucrecia foi submetida também aos instintos bestiais do irmão César Bórgia, o comandante das tropas do Vaticano, na ânsia dos Borgias de anexar às terras papais, os outros reinos itálicos. Lucrecia teve também um filho com o irmão, que foi há um só tempo pai e tio. E isto tudo dentro do Vaticano, da igreja de São Pedro. Não é de se admirar, portanto, que a descoberta da América nada mais fosse do que uma bem urdida farsa, arquitetada pelo rei espanhol e aquele Papa devasso (não por acaso também espanhol), com a decisiva finalidade de prejudicar Portugal, já que o descobrimento de terras americanas pelos lusitanos, era conhecido e aceito pelas principais reinos da Europa, muito antes de 12 de outubro de 1492.


Salvador Fernandes Zarco, codinome Cristobal Colon

Chegou a hora de falar do segundo nome. Falar do famoso “genovês” que descobriu a América com o nome de Cristoval Colon para a hispanidade, ou Cristóvão Colombo para os lusos. Não era outro o propósito da rainha Isabel, do que assegurar a validade do Tratado de Tordesilhas, imposto pelos espanhóis e pelo Vaticano aos portugueses. Cristóvão Colombo foi apenas um instrumento para assegurar que as terras a leste da linha de Tordesilhas fossem terras espanholas.
Mais uma vez contudo, aí esta a ciência História, para com seus achados e novos estudos assegurar também, que o próprio genovês Colon foi uma segunda farsa. Livros recentemente publicados em Portugal confirmam que Colombo era português, da cidade da vila de Cuba, na cidade de Beja. Seu nome era Salvador Fernandes Zarco. Ele era membro da Ordem de Cristo, fundada pelo antigo rei português, estudou na escola de Sagres e era aparentado do Rei de Portugal. Zarco deveria cumprir uma importante missão secreta da Ordem de Cristo (com a anuência de D. João II), que era a de convencer os reis da Espanha para a exploração de uma nova rota marítima rumo às Índias, percurso impossível, porquanto acima da linha equatorial e na direção noroeste. Com este empreendimento, os espanhóis não saberiam da existência de terras, de há muito do conhecimento dos lusitanos. De fato, foram os portugueses que chegaram a Calicute, no continente indiano, enquanto os espanhóis, "iludidos", chegaram às Antilhas (Colombo "afirmava" que aportara nas ilhas Cipango, no Japão...) Assim, o "falso genovês" teria cumprido, airosamente, a missão que lhe foi confiada e que redundou na emissão pelo Papa Alexandre VI, da "Bula Intercoetera", de 1493 - contestada por Portugal - e posterior assinatura do Tratado de Tordesilhas (1494). Zarco, ou Colombo, contratado pelos reis espanhóis, de volta à Europa, seguiu inicialmente para Lisboa, onde manteve um longo encontro com o rei D. João II, antes de partir para a Espanha.
Há alguns anos, cidade de Beja, no Alentejo, mantém um museu e monumentos a Salvador Fernandes Zarco, apelidado Cristóvão Colombo. Outra evidência de que o espião Colombo era português é a farsa montada sobre sua certidão de nascimento. Como se sabe, as certidões de nascimento só passaram a existir nos anos 1700 e mesmo assim nos assentamentos dos livros da igreja católica.
Assim como é possível que a Itália corrobore com a farsa guardando um documento falso onde se afirma que Christóforo Colombo tenha nascido em Gênova?
Portanto, Cristóvão Colombo era o codinome do espião português Salvador Fernandes Zarco. Outro forte indício de que Colombo era português é o fato de ter dado o nome da localidade natal de Zarco para a ilha descoberta no Caribe, de Cuba. Não bastasse tudo isso, Christóforo, Colon ou Colombo nunca escreveu em outra língua que não fosse o português. Mesmo estando a serviço da rainha católica, não se encontrou até hoje, nenhum documento, relatório ou carta de Colon em espanhol, italiano ou latim. Sempre foram escritos  em idioma português.
Finalmente o terceiro nome citado no início: Kacper, ou como é conhecido nos livros didáticos, Gaspar da Gama.
Aceitando-se a mentira histórica do descobrimento em 1500, ou não, a verdade é que Krzysztof Arciszewski, Zygmunt Szkop e Władysław Konstanty Witulski não foram os primeiro polacos a visitarem o Brasil. Os próprios “doutos” que elegeram Arciszewski não mencionam que Szkop e Witulski estão juntos com o almirante da esquadra invasora holandesa. 
O padre polaco Jan Pitoń, que viveu no Brasil de 1927 a 1985 e que exerceu entre outros cargos o de Chefe da Missão Católica Polaca no Brasil afirmava em seus estudos que a primazia de colocar os pés na areia branca de Porto Seguro coube ao polaco nascido na cidade de Poznań, Kacper.
Este polaco de origem judaica foi registrado nos documentos da expedição de Cabral como Gaspar “da Gama”, não confundir com Gaspar Lemos.
Eduardo Bueno, em seu livro “A viagem do descobrimento - verdadeira história da expedição de Cabral”, na página 42 escreveu: “Além de mestre João, outro personagem intrigante a bordo era Gaspar da Gama, ou Gaspar da Índia, que Vasco da Gama julgara ser um espião árabe e capturara em Goa, na Índia. Gaspar, na verdade, era um judeu polaco, de caráter errante, que vivera na Índia 30 anos antes. Aprisionado por Gama, terminou por conquistá-lo. Converteu-se ao cristianismo, adotou o nome de batismo do poderoso padrinho e foi levado para Lisboa. Passou a circular pela corte com desenvoltura, tornou-se íntimo de D. Manoel e embarcou como intérprete na viagem de Cabral”.
O mais significativo é a informação do padre Zdzisław Malczewski, em sua tese de doutoramento em história, „A presença dos poloneses e da comunidade polônica no Rio de Janeiro”, de que Gaspar da Gama foi um dos três homens europeus a pisar pela primeira vez em solo brasileiro naquela expedição de Pedro Álvares Cabral: “Cabral decidiu enviar a terra o experiente Nicolau Coelho, que estivera na Índia com Vasco da Gama. Junto com ele, seguiram Gaspar da Gama, o judeu da Índia, - que além do árabe, falava dialetos hindus da costa do Malabar -, mais um grumete da Guiné e um escravo de Angola. Os portugueses conseguiram reunir, assim, a bordo de um escaler, homens dos três continentes conhecidos até então, e capazes de falar seis ou sete línguas diferentes.”
Malczewski, contudo, faz questão de assinalar, que Gaspar da Gama não teria grandes afinidades com a terra pátria. Talvez, na sua condição de padre católico, Malczewski não queira ter assumido a primazia do polaco-judeu Gaspar e tampouco contrariar os demais autores que elegeram o militar Arciszewski como o primeiro.
Com estas considerações fica claro que a presença polaca em território brasileiro recua quatro séculos no tempo, através dos pés pioneiros de Kacper "da Gama" nas areias da Bahia; que o capitão Sancho Brandão descobriu a América e o Brasil, em 1342, tendo o Brasil 667 anos; e que Cristóvão Colombo era Salvador Fernandes Zarco e que este era português de Vila Cuba, na cidade de Beja e não genovês.

P.S. Texto baseado em parte na minha tese de doutorado pela Uniwersytet Jagielloński de Cracóvia a ser defendida ainda este ano e no artigo "Descobrimento do Brasil" de Manoel Soriano Neto, além das referências bibliográficas abaixo:

- Pombo, Rocha - "História do Brasil - Edições Melhoramentos, SP, 1964.
- Galanti, Pe. Raphael M.S.J. - "História do Brasil" - Duprat e Cia, SP, 1913.
- Vianna, Hélio - "História do Brasil" - Edições Melhoramentos, SP, 1982.
- Serrano, Jonathas - "História do Brasil", F. Briguet e Cia Editores, RJ, 1931.
- Calmon, Pedro - "História do Brasil", Editora Nacional, SP, 1947.
- Varnhagen, Francisco Adolfo de - "História Geral do Brasil", Edições
Melhoramentos, SP, 1978.
- Vasconcelos, Genserico - "História Militar do Brasil", Imprensa Militar, RJ, 1922.
- Carvalho, Luiz Paulo Macedo - "Repensando Tordesilhas", revista "A Defesa
Nacional", 1º trimestre de 1995.
- Cabral, Francisco Pinto - "O Português Salvador Fernandes Zarco, vulgo Cristóvão
Colombo, o Redescobridor da América", Editora Thesaurus, Brasília, 1993.
- Souza, José Helder de - "Como Dom João II enganou os Reis Católicos da
Espanha", revista do IHGDF, Brasília, 1998.
- Menezes, Vladir - "O Descobrimento do Brasil", revista do Instituto do Ceará, 1990.
- Henriques, Elber de Melo - "O Descobrimento do Brasil - Comentários", revista nº
79/93, do IGHMB, RJ, 1993.
- Cozza, Dino Willy - "A Marinha Portuguesa no Brasil", revista "A Defesa
Nacional", RJ, 2º trimestre de 1997.
- Negalha, Jonas - "Quarto Centenário de Raposo Tavares", "Ombro a Ombro", Dez
de 1998.
- Almeida, Edson Plats - "Quem Descobriu o Brasil?" - revista "Ano Zero", Editora
"Ano Zero", SP, 1992.
- Soriano Aderaldo, Mozart - "Revisionismo Histórico", revista do Instituto do Ceará,
1990.
- Soriano Neto, Manoel - "As Comemorações do V Centenário do Descobrimento do
Brasil" - "Revista do Exército Brasileiro", 2º trimestre de 1997.
- Documentos diversos (existentes no C Doc Ex).
- Bueno, Eduardo. “Brasil, Uma História”. 2ª. Edição. São Paulo. Ed. Ática. 2003.
- Głuchowski, Kazimierz. „Materjały do problemu Osadnictwa Polskiego W Brazylii”. Wydawnictwo Instytutu Naukowego Do Badań Emigracji I Kolonizacji. Warszawa.1924. 
- Groniowski, Krzysztof – Polska Emigracja Zarobkowa W Brazylii 1871-1914. Zakład Narodowy Im. Ossolińskich - Wydawnictwo. Wrocław - Polska.1972.
- Iarochinski, Ulisses. Saga Dos Polacos - A Historia Da Polônia E Seus Emigrantes No Brasil. Edição Do Autor. Curitiba. 2001
- Janotti, Maria De Lourdes; ROSA, Zita De Paula.” História Oral: Uma Utopia?” In: “Memória, História, Historiografia”. Revista Brasileira De História. São Paulo. ANPUH, V.13 N. 25/26, P.13, Set/92 – Ago/93.
- Klarner, Izabela. „Emigracja Z Królestwa Polkiego Do Brazylii 1890-1914. „Książka I Wiedza”.Warszawa, Polska. 1975.
- Konopnicka, M. 1910. “Pan Balcer w Brazylii”. Warszawa.
- Kula, Marcin. “Polonia Brazylijska”, Warszawa, 1981.
- Miodunka, Władysław T. „Cześć, Jak Się Masz?”. UNB. 2001
- Mocyk, Agnieszka. 2005. “Piekło czy raj? Obraz Brazylii w piśmiennictwie Polskim w latach 1864-1939”. Universitas. Kraków.
- Rogulski, Bronislau Ostoja. “Um Século De Colonização Polonesa No Paraná”. Comitê Executivo Das Comemorações Do Centenário Da Imigração Polonesa Par O Paraná. Curitiba. 1971.
- SekuŁa, Michał. „Pamiętniki Emigrantów, Ameryka Południowa”, Warszawa, 1939, Nr 7, 9, 17, 18,24-26.
- Smolana, Krzysztof – Rozmieszczenie Polaków W Ameryce Łacińskiej W Latach 1869-1939 – Liczba I, CZ I, Wrocław, 1981.
- Szawleski, M. “Kwestja Emigracji W Polsce”. Nakładem Polskiego Towarzystwa Emigracyjnego. Warszawa. 1927
- Trindade, Etelvina Maria De Castro. 1996. “Clotildes Ou Marias – Mulheres De Curitiba Na Primeira República”. Farol Do Saber. Fundação Cultural. Curitiba.
- Turczyński, Juliusz. 1894. “Nasza Odyseja. Obraz z wychodźstws brazylijskiego, Kurier Lwowski nr.246-315 (z przerwami)”.
- Wachowicz, Ruy C. „Aspectos Da Imigração Polonesa No Brasil”. Artigo, Curitiba, Brasil.
- Wachowicz, Ruy C. „Um Pouco Da Saga Do Polaco Que Virou Polonês No Caldo Cultural Do Sul”. Depoimento-Entrevista Jornal Indústria & Comércio, 10 De Maio De 1988. Curitiba, Brasil.
- Wachowicz, Ruy C. “O Camponês Polonês No Brasil”. Fundação Cultural De Curitiba. Casa Romário Martins. Curitiba. 1981.
- Wachowicz, Ruy C. “História Do Paraná”. Editora Dos Professores. Curitiba. 1968.
- Wlodzk. Ludovico, Polskie Kolonie Rolnicze W Paranie, Edição Da Sociedade Central Agrícola Do Reino Polonês, Nº 5, 116p. Varsóvia C.T.R., 1910
- Wojmar, K. I W. Komecki. „Kolonie Polskie W Paranie”, 28p, Cracóvia.
- Zając, Ks. Józef. „Liczba Polaków W Brazylii”. Kalendarz „Ludu”, Kurytyba, 1971 R.

- Pitoń, Ks. Jan Cm Żródło Polonii. Kraków. Polska. 1984
- Pitoń, Ks. Jan Cm Emigracja 1851-1889. Kraków. Polska. 1985
- Pitoń, Ks. Jan Cm. Emigracja Republika 1890- 1914. Kraków. Polska. 1985
- Pitoń, Ks. Jan Cm. Genealogia Emigranta. Kraków. Polska. 1986
- Pitoń, Ks. Jan Cm. Czynniki Poloninujące. Kraków. Polska. 1986
- Pitoń, Ks. Jan Cm Rolników Polskie. Kraków. Polska. 1987.
- Pitoń, Ks. Jan Cm Indianie Botocudos. Kraków. Polska. 1987
- Pitoń, Ks. Jan Cm Asymilacji Polonii Brazyliskiej. Kraków. Polska. 1988.
- Pitoń, Ks. Jan Cm. “Chłop Polski w Brazylii Oraz Liczebność Polonii”. Kraków. 1983.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Programação de filmes em Curitiba

A mostra de filmes polacos prossegue na Cinemateca de Curitiba neste feriado de terça-feira com os filmes "Dług - A Dívida" às 16 horas e "Sztuczki - Truques" às 20 horas.

A DÍVIDA (Dług)

Direção: Krzysztof Krauze. Roteiro: Krzysztof Krauze e Jerzy Morawski. Direção de fotografia: Bartosz Prokopowicz. Direção de arte: Magdalena Dipont. Música: Michał Urbaniak. Direção sonora: Wiesław Znyk. Edição: Krzysztof Szpetmański. Direção de produção: Tadeusz Drewno.  Elenco: Robert Gonera (Adam Borecki), Jacek Borcuch (Stefan Kowalczyk), Andrzej Chyra (Gerard Nowak), Cezary Kosiński (Tadeusz Frei), Joanna Szurmiej (Basia, noiva de Adam), entre outros.

 Baseado em fatos verídicos, este filme retrata a trágica história de dois jovens, Adam e Stefan, sócios nos planos de abrir um negócio promissor. Depois de inúmeras tentativas sem sucesso para obter um financiamento, têm um encontro casual com Gerard, velho colega de Stefan, que se oferece para levantar tais fundos. Mas de um simpático colega, Gerard vira um frio agiota que mudará para sempre a vida destes dois rapazes, bem como a sua própria.  Polônia, 1999, colorido, 97 minutos. Projeção DVD, legendado em português

TRUQUES (Sztuczki)

 Direção: Andrzej Jakimowski. Roteiro: Andrzej Jakimowski. Direção de fotografia: Adam Bajerski. Direção de arte: Ewa Jakimowska. Música: Tomasz Gąssowski. Direção sonora: Maria Chilarecka e Aleksander Musiałowski. Edição: Cezary Grzesiuk. Direção de produção: Mariusz Mielczarek. Elenco: Damian Ul (Stefek), Ewelina Walendziak (Elka, irmã de Stefek), Tomasz Sapryk (pai de Stefek e Elka), Rafał Guźniczak (Jerzy), Iwona Fornalczyk (mãe de Stefek e Elka), entre outros.

Filme baseado em motivos autobiográficos. Stefek, o menino de 6 anos e sua irmã Elka de 17 anos, acreditam que o destino desafortunado pode ser conduzido através de truques. O pai do Stefek abandonou sua mãe por outra mulher. O menino desafia o destino. Acha que uma cadeia de acontecimentos provocados por ele vai aproximá-lo do pai. Elka lhe ensina como ”subornar” o destino com pequenas oferendas. Mas no momento decisivo as crianças não têm nada valioso para oferecer. Polônia, 2007, colorido, 95 minutos. Projeção DVD, legendado em português.


A semana prossegue com os seguintes filmes:
dia 22 - quarta
às 16:00 horas - "Truques- Sztuczki"
às 20:00 horas - "Praça do Salvador - Plac Zbawiciela
dia 23 - quinta
às 16:00 horas - "Praça do Salvador - Plac Zbawiciela
às 20:00 horas - "Sexmissão - Seksmisja"
dia 24 - sexta
às 16:00 horas - "Sexmissão - Seksmisja"
às 20:00 horas - "Interrogatório - Przesłuchanie"
dia 25 - sábado
às 16:00 horas - "Interrogatório - Przesłuchanie"
às 20:00 horas - "Mimetismo - Barwy ochronne"
dia 26- domingo
às 16:00 horas - "Mimetismo - Barwy ochronne"
às 20:00 horas - "Hotel Pacífico - Zaklęte rewizy"
dia 27 - segunda
às 16:00 horas - "Hotel Pacífico - Zaklęte rewizy"
às 20:00 horas -  "Terra prometida - Ziemia Obiecana", diretor Andrzej Wajda
dia 28 - terça
às 16:00 horas - "Terra prometida - Ziemia Obiecana", diretor Andrzej Wajda
às 20:00 horas - "O Faraó - Faron"
dia 29 - quarta
às 16:00 horas - "O Faraó - Faron"
às 20:00 horas - "Tchau, até amanhã - Do widzenia, do jutra"
dia 30 - quinta
às 16:00 horas - "Tchau, até amanhã - Do widzenia, do jutra"
às 20:00 horas - "O homem obstinado - Mocny człowiek"

Editors virá ao Festival de Jarocin


Foto: Koncert Editors

O Woodstok se repete todo ano na Polônia. Na pequena localidade de Jarocin há muitos anos os grupos de rock-in-roll polaco se encontram no festival que leva o nome do local. Neste verão, o festival volta a ser realizado entre os dias 17 e 19 de julho. E a grande novidade deste ano será a presença do grupo britânico The Editors. A informação foi divulgada esta semana pela empresa organizadora Agencja Go Ahead.
Outro grupo estrangeiro que deverá dar as caras em Jarocin 2009 é o legendário Joy Division e Interpol, além dos já confirmados Noise Conspiracy, Maria Peszek, Kumka Olik, Reverox e Rockaway. O The Noise Conspiracy é atualmente um dos mais importantes grupos de rock do mundo. Fundado em 1998 pelo vocalista Dennis Lyxzéna, líder do Refused, legendária formação da cena hardcore. O segundo a fazer parte do grupo foi Lars Strömberg do punk capela Separation. O primeiro álbum T(I)NC saiu em 1999. O astro polaco Kazyk é outro que já confirmou presença. Líder do Kult, grupo que se apresentou em Curitiba, Ponta Grossa e Campo Largo na década de 90 é considerado o maior roqueiro da Polônia.
O Festival de Jarocin começou como uma grande festa da juventude em 1970, organizada pela discoteca klub „Olimp” com o nome de Wielkopolskie Rytmy Młodych. Embora esta festa tenha ocorrido durante dez anos com esta denominação, somente a primeira edição aconteceu fora da região da Wielkopolska.

Maiores informações, em idioma polaco, sobre o festival em www.jarocinfestiwal.pl

P.S. Jarocin fica na Wielkopolski e seria as terras do senhor feudal Jarocinski.... a origem do meu sobrenome.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Filmes polacos em Curitiba

Cena do filme "Jasminum", de Jan Jakub Kolski

Na última sexta-feira, com a presença da cônsul geral da Polônia para os três Estados do Sul do Brasil, Dorota Joanna Barys, foi aberta a "Mostra de filmes Polacos", em comemoração ao Centenário da Cinematografia Polaca, na Cinemateca de Curitiba, na rua Carlos Cavalcanti, 1174.
A Mostra composta por 14 filmes serão exibidos em Curitiba até o dia 30 de abril, sempre nos horários das 20:00 e 16:00 horas. O filme da noite é reprisado no dia seguinte à tarde. Na sexta e no sábado à tarde foi apresentado o filme "Jaśminum", de 2006, direção de Jan Jakub Kolski. Um conto mágico, cheio de aromas, tendo um mosteiro como palco. Nesta segunda feira, às 16 e as 20 horas a mostra prossegue com mais filmes.
Segundo uma das organizadoras da mostra, Agnieska Drewno, da produtora Mañana de Varsóvia, a mostra se compõe de verdadeiras jóias do cinema polaco.
O filme mais antigo, ainda mudo, é uma película de 1929, "O homem obstinado / Mocny człowiek" (direção de Henryk Szaro), modernizada por uma trilha sonora contemporânea. Na seleção dos filmes foi considerado seu o valor artístico, bem como os autores - os mais notáveis diretores do cinema polaco, de cuja constelação abre um dos representantes da Escola de Cinema Polaco - Janusz Morgenstern com o filme "Tchau, até amanhã / Do widzenia, do jutra" (1960). Na tela, ao lado de Zbigniew Cybulski, o mais popular ator da época, comparado a James Dean, está Roman Polański, que naqueles tempos dava seus primeiros passos como diretor de cinema, nem supondo que em quatro anos da sua estréia na direção, "Faca na água / Nóż w wodzie", lhe daria uma nomeação ao Oscar. Essa, aliás, não foi a primeira nomeação polaca a este prêmio tão prestigioso. Em 1967, um Oscar foi entregue para Jerzy Kawalerowicz pelo filme "O Faraó / Faraon" - a história de um imperador do Egito, baseado no romance de um dos mais apreciados escritores polacos, Bolesław Prus, com o excelente desempenho dos atores Jerzy Zelnik e Barbara Brylska.
Os anos 70 foram um dos melhores períodos do cinema da Polônia, por isso foi difícil escolher uma obra representativa daquela época. Mas aqui estão três filmes: "Terra prometida / Ziemia obiecana" (1974) de Andrzej Wajda com um elenco dos mais ilustres atores polacos: Daniel Olbrychski, Wojciech Pszoniak e Andrzej Seweryn; "Hotel Pacífico / Zaklęte rewiry" (1975) de Janusz Majewski - uma fotografia da psicologia humana através de um restaurante de hotel, sob as excelentes atuações de Roman Wilhelmi e Marek Kondrat e ainda o filme "Mimetismo/ Barwy ochronne" (1976) de Krzysztof Zanussi, considerado o mais celebre representante do Cinema da Inquietação Moral, uma onda interrompida em 1981 pela introdução da Lei Marcial na Polônia, tendo como conseqüência o impedimento da produção de quaisquer tipos de filmes.
Mesmo assim, arriscando repercussões ameaçadoras, a equipe do filme "O interrogatório / Przesłuchanie" (direção de Ryszard Bugajski) no inverno de 1981/ 1982 estava terminando as filmagens. Não foi permitida sua distribuição e assim sua estréia aconteceu somente em 13 de dezembro de 1989, no aniversário da imposição da lei marcial, agora em uma Polônia livre. No lado oposto, encontra-se "Sexmissão / Seksmisja" (1983) sob direção de Juliusz Machulski, reconhecido pelo público polaco como a melhor comédia do século.
"Estamos convictos de que os papeis criados por Jerzy Stuhr e Olgierd Łukasiewicz ficarão por muito tempo gravado em vossas memórias. Os demais filmes representam os últimos anos da cinematografia polaca", diz Drewno.
Realizado em 1999, o filme de Krzysztof Krauze "A Dívida/ Dług" é uma comovente história contemporânea baseada em acontecimentos autênticos. Um dos papeis principais é desempenhado por Andrzej Chyra, que está entre os mais talentosos atores da nova geração, atuando também no papel principal do filme "O Meirinho / Komornik" (2005) de Feliks Falk. A mesma forte expressão possui "Praça do Salvador / Plac Zbawiciela" de Joanna Kos-Krauze. O filme fala sobre a vida em família, mas com certeza não dessa que gostaríamos de experimentar. Este estudo cinematográfico merece grande atenção, concentração e profunda reflexão. A família tem um foco especial também em "Truques / Sztuczki" de Andrzej Jakimowski uma história simpática e suave sobre a esperança e o destino.


Cena do filme Ziemia Obiecana, do grande Andrzej Wajda (pronuncia-se andjei váida)

A próxima cidade a receber a mostra será Porto Alegre, em 5 de maio. Mas também Florianópolis, São Bento do Sul e Erexim deverão ser contempladas. Todos os filmes são legendados em português e a entrada é franca.