sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Nobel de economia 2007 é polaco

Foto: Dong Oh
Leonid Hurwicz, um dos três cientistas ganhadores do Prêmio Nobel de Economia 2007 é polaco, tendo se graduado na Universidade de Varsóvia em 1938. Junto com ele foram vencedores os Norte-americanos Eric S. Maskin e Roger B. Myerson. Eles receberam a premiação pela teoria “Mecanism Design Theory”, que com a aplicação de equações matemáticas e algoritmos permite valorar a regularidade de funcionamento dos mercados, assim como definir seus efectivos mecanismos. A teoria foi iniciada por Hurwicz e desenvolvida pelos outros dois Norte-americanos. As investigações de Hurwicz têm caráter universal e influenciou o desenvolvimento da teoria de programação matemática e da teoria dos jogos de azar e econometria. Leonid Hurwicz é professor aposentado da "University of Minnesota" de Minneapolis, e apesar de ter nascido em Moscou é filho de pais varsovianos, os quais passavam alguns meses, na Rússia, quando explodiu a revolução de 1917. Em função disso, a imprensa mundial informou erroneamente que Hurwicz é russo, por ele ter nascido lá 21 de agosto de 1917. Contudo, toda sua infância e juventude, ele passou em Varsóvia, onde em 1938 se graduou em licenciatura de Direito, pela Uniwersytet Warszawski. Entre os anos 1938 e 1939, ele estudou, em Londres, na "School of Economics" e entre 1939 e 1940 no "Institut des Hautes Études Internationales" de Genebra. Em 1940, forçado pela sua condição de judeu, imigrou para os Estados Unidos, onde continuou seus estudos de economia na "University of Chicago" e em "Harvard". Em 1994, a universidade de Varsóvia já o havia homenageado com o título de "Doctor honoris causa". Hurwicz ainda domina perfeitamente o idioma polaco e acabou nos anos 90 viajando várias vezes a sua Varsóvia, onde lecionou sobre "transformação do sistema" e "transição de uma economia centralizada para uma economia de mercado", na Faculdade de Economia. Tanto procurou, que acabou encontrando nos arquivos da cidade, um jornal com uma foto sua. Nela, ele participa de um espetáculo teatral de crianças.

Vôos diretos de Cracóvia

Durante o próximo inverno serão 46 as conexões do aeroporto internacional Papa João Paulo II. Balice-Cracóvia. Seis delas são conexões regulares com 35 cidades e serão operadas durante a noite e nos fins de semana do inverno 2007/2008. Nos últimos dias começaram a operar duas novas empresas aéreas de baixo custo no aeroporto de Cracóvia, a francesa Transavia e a italiana Meridiana. Por outro lado, a SkyEurope decidiu fechar suas base cracoviana. Quem mais sofreu com a medida foi a empresa eslovaca, que assim perde suas conexões com as cidades servidas pela SkyEurope, que além de Cracóvia também fechou a sua base em Budapeste, na Hungria. Em função disto, as partidas aéreas de 14 vôos durante o inverno serão feitas em conexões através de Viena, na Áustria. Assim, durante o inverno voarão desde Cracóvia 20 linhas tradicionais e 10 de baixo preço. Porém, com as duas novas empresas, Transavia (consórcio Air France - KLM), haverá voos de baixo custo para Paris; e com a Meridiana para Turim. Já a polaca Centralwings passará a oferecer 4 novos destinos, Dublin, Manchester, Barcelona e Atenas. Para Milão - Bergamo quem fará será a irlandesa Ryanair. A partir da fevereiro também a britânica EasyJet fará vôos para Paris. Segundo a assessoria de imprensa do aeroporto de Cracóvia, as linhas mais populares são ára a Grã-Bretanha e Irlanda, com 14 conexões. Durante o inverno também continuarão 4 linhas para capitais da Escandinávia. A empresa polaca LOT fará mudanças em suas linhas transatlânticas no período de inverno. Para Chicago serão cincos vôos na semana, com exceção das sextas e sábados. O aeroporto de Cracóvia é o segundo maior da Polônia, com um movimento anual de 3 milhões de passageiros.O maior acionista do aeroporto é o governo nacional com 85% de participação. Os demais são a Voivodia (Estado) da Małopolska com 14%, a prefeitura de Cracóvia com pouco mais de 1% e o município de Zabierzów com 0,05% das ações.
Um deste levará com certeza meu título de doutor para o Brasil

Alarme de bomba no metro de Varsóvia

O metro de Varsóvia teve sua estação Centrum evacuada e bloqueada pela Polícia nesta sexta-feira. Os trens, contudo continuaram a circular, com as paradas sendo feitas nas estações seguintes. O porta-voz da polícia, comandante Marcin Szyndler informou, que foi recebida uma mensagem anônima dizendo que na estação Centrum seria detonada uma bomba. Enquanto durem as buscas ao artefato, estação permanecerá fechada, bem como o centro comercial ali localizado. "Não temos qualquer indicio da motivação deste possível atentado, mas em todo caso precisamos fazer um rastreamento total", declarou Szyndler. Não é a primeira vez que estas ações acontecem. Nas últimas semanas, a Polícia da capital polaca tem recebido este tipo de mensagem anônima. A última evacuação doi no Supermercado de Bielański. Na maioria das vezes, afirmou o comandante da polícia se trata de um trote, que contudo, faz com que o grupo especial da polícia se mobilize. E claro, segundo ele, isto demanda um custo financeiro, que poderia ser evitado. A verdade é que a população polaca convive com a idéia de um atentado terrorista, desde que o ex-presidente Aleksander Kwaśniewski enviou tropas para o Iraque. O partido vencedor das recentes eleições, o Platforma Obywatelska promteu trazer de volta os cerca de 900 soldados polacos que permanecem em solo iraquiano.
Foto: Jacek Turczyk/PAP

A busca difícil da origem

Um dos leitores do blog enviou mensagem com uma série de questionamentos. Separei o trecho a seguir para comentar:

Meus avós, pelo que sei, vieram no período da primeira guerra. Desembarcaram em Santa Catarina e depois seguiram para o Paraná. Estabeleceram-se próximo a Irati e Rebouças (localidades chamadas de Riozinho , Monjolo) A questão é a seguinte: Nesta época, fazia-se o registro dos imigrantes ou refugiados ao entrarem no país? Se vieram como refugiados poderiam mudar os nomes originais em suas documentações? Se existem os registros de entrada no país onde poderia procurá-los? Não tenho nenhum documento deles, pois deve ter ficado com algum dos dez filhos que tiveram provavelmente perderam. Os documentos que tenho, os sobrenomes diferem devido a erros no ato dos registros nos cartórios desta época.

Navio a vapor de 1898 com imigrantes europeus para o Brasil

Inicialmente é preciso dizer, que a grande maioria dos imigrantes do Brasil, chegaram ao porto do Rio de Janeiro. Ainda na época do Império foi organizada uma estrutura que tinha a incumbência, não só de recepcionar o imigrante em terras brasileiras, como também, a de buscá-los em solo europeu. Dessa forma existiram escritórios de agências de imigração brasileira em várias cidades da Itália, Portugal, Espanha, Prússia, Alemanha, Austria e etc., custeadas pelo Império e depois pela República. A Polônia, justamente neste periódo, estava invadida pelos três vizinhos e, portanto, estas agências estavam localizadas nas cidades dos territórios ocupados. Uma delas, bastante famosa era Lwów, que hoje por obra e graça de Stalin e os Aliados, deixou de ser uma cidade polaca para estar no território do Estado Ucraniano com o nome de Lviv.
Ilha das Flores, Baía da Guanabara, local de quarentena de imigrantes.
Quando os navios chegavam abarrotados de imigrantes (tal qual os navios negreiros, pois os brancos europeus também vinham confinados nos porões dos navios) aportavam, os imigrantes eram encaminhados para uma das ilhas da Baía da Guanabara. Na Ilha das Flores, eles eram registrados, colocados em quarentena (para tratamento de possíveis doenças que trouxessem) e obrigados a esperar pela designação da colônia onde seriam encaminhados. Uma vez sabido o destino, eles voltavam a embarcar em navios menores com destino aos Portos de Santos, Paranaguá, São Francisco do Sul, Itajaí, Rio Grande e Vitória. O único navio que não atracou no Rio de Janeiro, indo direto para Santos, foi o primeiro da imigração japonesa. Todos os demais vindos da Europa aportavam no Rio de Janeiro.
Assim, o mais provável é que, se os ancestrais deste leitor foram assentados nas colônias de Irati, eles desembarcaram em Paranaguá e não em Itajaí. O Arquivo Público do Paraná, em Curitiba, tem um belo acervo sobre imigração. Contudo, devido a um incêndio nos anos 70, o Arquivo só possui fichas cadastrais de imigrantes até o ano de 1897. Depois deste data, tudo foi destruído.
Evidentemente, que entre os imigrantes haviam alguns refugiados políticos, mas na sua grande maioria, os imigrantes chegados ao Brasil entre 1824 a 1914, não eram refugiados. Simplesmente eram pobres trabalhadores dos campos ocupados pelas potências estrangeiras na Polônia. E no caso dos alemães e italianos, camponeses sem terra, devido ao processo de unificação realizado pelo prusso Von Bismark para a criação da Alemanha, em 1870, e por Vitório Emanuelle, rei de Savóia, para unificação dos reinos da "Bota" e criação do Estado italiano, também em 1870. Antes desse ano, não existia Alemanha e Itália, portanto. E a província e depois Estado do Paraná fazia fronteira com o Rio Grande do Sul, no rio Uruguai. Santa Catarina até 1917, era apenas o litoral. Dessa forma, muitos dos descendentes de imigrantes que atualmente estão no Oeste Catarinense, devem procurar registros de seu antecedentes em Curitiba e não em Florianópolis.
Os diferentes mapas da Polônia, nas linhas coloridas as demarcações de seus vários territórios

Em relação à imigração polaca, seu período culminante, foi entre 1890 e 1896. Período que ficou conhecido nos livros como "Gorącka Brazylijzka", ou "Febre Brasileira". Até 1900, a maioria dos imigrantes polacos iam da região Polaca da Silésia (Sudoeste) e da atual região Podkarpackie, então chamada de Galicia Austriaca. Depois da virada do século passaram a ocorrer com mais freqüência imigrações da região Leste da Polônia. Provavelmente, então, no caso dos ancestrais deste leitor, eles eram da região compreendida entre as atuais cidades de Siedlce, Lublin, Zamość.
Para aqueles que procuram os rastros de seus ancestrais é importante saber que para qualquer busca de documentos aqui na Polônia, é imprescindível ter em mãos, o nome e sobrenome do ancestral com a grafia correta em idioma polaco, o nome de seus pais, o ano de nascimento, a localidade e a paróquia onde nasceu.
O Arquivo Nacional brasileiro, talvez seja o único lugar no mundo, em que se possa encontrar informações sobre os imigrantes que chegaram no Brasil. O Arquivo fica no Rio de Janeiro e as pesquisas têm que ser feitas pessoalmente, pois não existem funcionários para ficar pesquisando sobre ancestrais de brasileiros que chegaram como imigrantes. Assim, o único jeito é ir até lá. No segundo andar é possível pesquisar o nome do navio, a lista dos passageiros do navio, a lista dos hospedes da Ilha das Flores. Há também nesta sala, uma série de armários de aço dos arquivos da Polícia Federal dos Estados do Paraná e Rio Grande do Sul. Estes arquivos contém pastas de todos os imigrantes que viviam no Brasil, no início dos anos 40. A Lei de Nacionalização do Presidente Getúlio Vargas, obrigava todos a comparecerem numa delegacia de polícia para se registrarem. Nestes registros, pode-se saber a cidade e localidade onde nasceu este imigrante na Polônia. Por outro lado é interessante começar o processo de buscas, pelos cemitérios onde estão enterradas estas pessoas. Nas lápides está escrito o ano de nascimento, coisa que não está na certidão de óbito, pois nesta só tem a data de morte. O ano de nascimento é muito importante para as buscas aqui na Polônia.
Assentamento sobre o nascimento do irmão do meu bisavô, na Paróquia de Dobre, em idioma russo.

Concluindo: sem ter o ano de nascimento, a paróquia, a localidade, o nome e sobrenome do ancestral, os nomes e sobrenomes dos pais deste ancenstral (grafados corretamente em idioma polaco - por exemplo: Pedro é Piotr) é praticamente impossível fazer qualquer busca nas igrejas, cartórios e arquivos na Polônia. Uma vez que se tenha todos estes dados e depois de encontrado o assentamento sobre o nascimento, é necessário fazer a tradução disto para o idioma polaco, pois muitas vezes os assentamentos estão em russo, alemão ou latim. Somente com a tradução feita por um tradutor juramentado, os cartórios polacos podem expedir a segunda via oficial, selada, carimbada da República da Polônia.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Três meses de blog

JAROSINSKI do Brasil comemora mais um mês de existência. No primeiro mês houve 1000 acessos. Ao completar dois meses em setembro, o número de acessos tinha chegado a 2000. E agora neste 25 de outubro, o número já ultrapassou os 6.600 acessos. Grato a todos aqueles que acompanham esta caminhada polaca e aos que distraidamente chegam até aqui. Ulisses Iarochinski.

No início do mês de outubro, pude me encontrar com alguns de meus leitores, entre o grupo de brasileiros que esteve excusionando pela Polônia, guiado por Leonardo Tyska, de Curitiba. Na foto, entre outros Maristela Fronczak de União da Vitória, quando do almoço com o prefeito da cidade de Oświecin (onde está localizado o campo de concentração de Auschwitz, há 65 km de Cracóvia). Da esquerda para direita Wilson Toledo, delegado de polícia de Curitiba, Maristela, eu, Cristina (esposa de Wilson) e Luiza Dembinski, de União da Vitória.

Xenofobia e ignorância

Dia desses, o cartunista Solda,em seu blog (http://cartunistasolda.blogspot.com ), publicou uma nota sobre um xenófobo brasileiro que vive em Londres. No reino dos Windsor, o oriundi tem trabalhado ilegalmente como pedreiro. Confesso, que demorei a absorver a historinha do Brazuca. Mas antes de qualquer comentário vamos ao que "Solda Cáustico" colocou:

"Olha aí, Iarochinski!
Há dois anos e meio eu vivo na cidade de Londres. Pois bem, conse­gui colocar as mãos na PLAYBOY de julho e me deparei com o texto "Mi­grações de Inverno", do Lessa. Foi uma piada atrás da outra! No texto ele diz que os poloneses são pedreiros admiráveis. Meu amigo! Talvez não esteja se referindo aos poloneses! Eu trabalho em obras desde que cheguei aqui, e certifico que os poloneses são a raça mais preguiçosa que já vi! Muitas agências de empre­go te perguntam por telefone se você é polonês - se for, "no chance".Eles são arruaceiros, urinam em qualquer lugar, fumam e bebem feito loucos e vivem brigando com a polícia! Deixo bem claro que não tenho nada con­tra eles,pois minha namorada é, ve­jam só, Atenciosamente, Agnaldo Bafoni, Londres. Inglaterra Revista Playboy/Outubro/2007".

A Frase do Bufão de Londres: "os poloneses são a raça mais preguiçosa que já vi!", já traz em si uma carga de ignorância das próprias palavras que o ilegal usa para se comunicar. Primeiro que "poloneses" não são raça. "Polonesa" é uma etnia. Ou melhor: polaca é uma etnia. "Raça " é a amarela, a negra e a branca. Os caucasianos, ameríndios, por exemplo, é que são uma raça. Mas como é que ele pode saber, com tanto xenofobismo na cabeça? Em segundo, não deixa de ser engraçada a frase "Eles são arruaceiros, urinam em qualquer lugar, fumam e bebem feito loucos e vivem brigando com a polícia!", pois a mesma já foi usada há muitas décadas atrás, justamente nos idos de 1871, por famílias de origem alemã, na colônia do Pilarzinho, em Curitiba. Os colonos Wolf, Schaffer, preocupados com a instalação das primeiras 32 famílias de Polacos, que haviam sido transmigradas por Edmund Wos Saporski, desde Brusque para o rocio de Curitiba, começaram a insultar os recém-chegados com o mesmo tipo de comentário do carcamano Bufão. Temiam os alemães, que os laboriosos polacos iriam concorrer no mercado curitibano com suas hortaliças. Com medo de perder o monopólio reagiram com uma campanha sistematica de depreciação dos eslavos que se instalavam nas vizinhanças, justamente para fazer parte do "cinturão verde" proposto pelo presidente de província Lamenha Lins. Ou seja, toda a discussão, estudos, conhecimento de mais de um século passam ao largo da inteligência do Bufão. A mais cômica é a frase final: "Deixo bem claro que não tenho nada con­tra eles, pois minha namorada é, ve­jam só, polonesa!"Então Bufão! Você ama uma mijona que urina em qualquer lugar? Uma bêbada que vive brigando com a polícia? Será que ela não faz tudo isso, justamente, porque está namorando contigo? Na verdade, creio, o que o carcamano está querendo é casar com a bêbada para ver se legaliza sua situação precária no reino da Ilha. Mas já adianto, passaporte de mijão você não vai ganhar. Quando muito, o governo da Polônia, vai te dar um visto de residência para morar junto com a mijona na Polônia, não para a Inglaterra, ou União Européia. Melhor então é você casar com uma inglesa!!! Mas será que a súdita de Elizabeth II vai querer se envolver com alguém tão ignorante?
Bem, deixando as provocações de lado, já que não vale a pena discutir com alguém, que espero seja apenas um provocador anônimo, pois o sobrenome tem tudo para ser bufão, ou seja, pseudônimo de algum extrema-direita. O que importa é que tanto o governo do Reino Unido como o da Irlanda estão extremamente satisfeitos com o aumento da mão-de-obra polaca em suas econômias. Em dois anos de abertura do mercado de trabalho para os polacos, foram incorporados à economia do país quase 300 mil deles na Irlanda. Recentemente, a primeira-ministra irlandesa veio a público manifestar seu agradecimento aos polacos pelo crescimento econômico do país - o maior entre os membros da União Européia. E como medida de incremento a este percentual de crescimento, tratou de instalar uma agência de emprego irlandesa em Varsóvia. "É para facilitar a contratação da mão-de-obra polaca para as empresas do meu país.", disse ela. No caso da Inglaterra, onde o namorado da mijona está, o número referente a imigração já chega a 1 milhão e cem mil polacos. Ou seja, fossem desordeiros, beberrões e mijões será mesmo que o governo inglês iria preferí-los aos ordeiros, pacatos e "ativos" brasileiros? O que se lê na imprensa britânica sobre brasileiros, na maioria das vezes, é que vendem passaportes falsos, frequententemente são presos por pequenos furtos e etc. "No chance" parece se adequar mais aos "sudacas" do que aos "polacos". Mas é claro que nem só de ignorantes e xenófobos vive a ilha da rainha. O Brasil figura nos primeiros postos na relação de países com o maior número de pessoas admitidas na Grã-Bretanha. Em 2005, o país foi o quarto com a maior quantidade de cidadãos autorizados a entrar no país europeu - 160 mil, ficando atrás apenas de Estados Unidos, Canadá e Rússia.O número de brasileiros admitidos no país também aumentou em 19 mil em relação a 2004. O Agnaldo deve estar escapando dos controles, pois também, em 2005, os brasileiros lideraram a lista de pessoas impedidas de entrar na Grã-Bretanha, de acordo com dados do Ministério do Interior britânico. Naquele ano, 5.195 brasileiros que chegaram a portos e aeroportos da Grã-Bretanha tiveram sua entrada barrada e foram obrigados a embarcar de volta para o Brasil.O número é levemente superior ao registrado em 2004, quando o Brasil chegou ao topo da lista de imigrantes proibidos de pisar em solo britânico, com 5.180 brasileiros barrados.Dados mais recentes, ainda não divulgados, mas já estimados pelas autoridades britânicas indicam que a situação mudou bastante desde a entrada dos 10 novos países na União Européia. E o Brasil já não ocupa mais a quarta posição... foram facilmente ultrapassados pelos polacos.

Novo amor de Doda

A cantora sensação do momento na Polônia, Doda - Dorota Rabczewska - tem um novo amor. Não, não se trata de um novo marido. Ela segue firme com Radosław Majdan. O novo amor atende pelo nome de Porsche carrera 4, que custou nada menos do que 100 mil Euros.
Além da inveja que tem despertado no meio artístico polaco ela tem enfrentado maus bocados com sua saúde. Andou cancelando shows por causa de gripe fortíssima e uma cirúrgia na coluna vertebral, em função de fortes dores que vinha sentindo. Mas está bem no momento e com a ajuda das páginas da revista Playboy (Edição Polônia) de outubro, seu CD de estréia, "Diamond Bitch" está conquistando o Disco de Ouro da Radio WAWA 2007.

Repercussões da "Banda Polaca"

A "Banda Polaca" de Dante Mendonça anda seguindo os passos de"Saga dos Polacos". Enquanto lancei meu livro em 27 cidades brasileiras durante dois anos, Dante já fez alguns em menos de um mês. E já tem agendado o próximo: será na Festa do Pierogi, em Araucária-PR nos próximos dias. No último lançamento, no Beto Batata Café, em Curitiba, quem levou pra casa um exemplar foi o filho de polaco, Jaime Lerner, aliás um dos inpiradores do livro de Dante. Sobre lançamentos de livros, descobri que o melhor método de venda e promoção de um livro é aquele em que o próprio autor vende e autografa. Não fosse isso, o "Saga dos Polacos" estaria empoeirando em algum depósito de livraria. Assim, faz 7 anos que ele vem vendendo regularmente (Graças aos Polacos e simpatizantes!!!!). Ele serviu também de apoio para esta excelente obra de Dante Mendonça, pois foi através do meu livro, que Dante tomou conhecimento da minha existência. Com certeza, a "Banda Polaca - Humor do imigrante no Brasil Meridional" a continuar com essa repercussão venderá ainda durante muitos anos. Dia desses, a "Banda Polaca" recebeu dois elogios bastante significativos e por conta de meu prefácio acabei até sendo citado. Foi o que fez o professor de direito e advogado Rogério Distefano. Em seu Maxblog, ele disse que o "...décimo-oitavo lançamento da Banda Polaca, desse Silvio Caldas de Nova Trento. Livro bom de capa a capa, edição bonita, texto excelente, e um prefácio de professor de Direito – quase do tamanho daquele do autor. Mas pode, o Ulisses Iarochinski, polaco assumido, é um cobra. O CD da Bunda Polaca compro quando Izidório Duppa incluir o professor José Luiz da Veiga Mercer, catedrático em lingüística e polaquística, imitando a queixa de assédio sexual de Iaroslava contra Stacho." http://www.maxblog.adv.br/default/
Já Deonisio da Silva, escritor, professor universitário e crítico de literatura, em sua coluna "De Dalton Trevisan à banda polaca", distribuida para jornais e sites da Internet, comentou inclusive sobre "polaco/polonês", tema de minha tese de mestrado em Cultura Internacional, pela Universidade Jagielloński, de Cracóvia: "E, por coincidência, na mesma semana em que tão pouco os leitores encontraram sobre a reiterada presença do Paraná no Prêmio Portugal Telecom, o jornalista e cartunista Dante Mendonça lançava A Banda Polaca (Novo Século, 148 páginas, R$ 33). Ilustrado por Márcia Széliga, o livro é uma primorosa coletânea de causos marcados com um tipo de humor quase privativo deste imigrante europeu do Brasil meridional. O sociólogo Octávio Ianni resumiu em triste síntese a vida sofrida que os polacos levaram por muito tempo, quase escravizados por imigrantes já estabelecidos, como os alemães e os italianos. A frase cunhada por Ianni é de uma clarividência rara na sociologia tropical: "o polaco é o negro do Paraná". Também o cineasta Sylvio Back dedicou ao tema um belo documentário: Vida e Sangue de Polaco. O livro levanta, entre tantas questões, uma pequenina e muito curiosa. Por que dizemos "polonês" e não "polaco"? Eis algumas pistas simples de duas línguas neolatinas, como o português: em espanhol é "polaco", em italiano é "polacco". "Polaco" chegou antes à língua portuguesa. O primeiro registro escrito é de 1562. "Polonês" chegou quase um século depois, em 1656. Provavelmente foi a carga pejorativa sobre "polaco", especialmente sobre "polaca", que fez com que o português trocasse "polaco" por "polonês". Com efeito, "polaca" não denominou com preconceito étnico evidente apenas as prostitutas de várias nacionalidades, mas também a Constituição do Brasil promulgada no dia 10 de novembro de 1937. Como se vê, são detalhes que revelam, por vias sutis e transversas, que há mistérios medonhos em tantas ocultações, sejam de vivos, sejam de cadáveres de autores de quem crítica e historiografia literária exigiram como condição sine qua non para os reconhecerem nada menos do que o atestado de óbito!"
P.S. Na foto: a jornalista Mai Nascimento (responsável pela revisão metódica do texto) o autor Dante Mendonça (cartunista, jornalista e escritor) e o arquiteto Jaime Lerner (ex-prefeito, ex-governador e presidente da Associação Mundial de Arquitetos) com o "Banda Polaca" na mão. Foto de Lina Faria.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Orgulho polaco em Dublin

Pela primeira vez, Dublin recebe uma grande exposição de artistas polacos. São 74 obras da pintura polaca dos séculos 19 e 20. Os quadros reunidos fazem parte dos acervos dos museus nacionais Varsóvia, Cracóvia, Tatrzański e de colecionadores privados. Divididos em três seções, fazem parte as obras "Stańczyk" de Jan Matejko, "Szał" de Władysław Podkowiński, "Opętanie" de Wojciech Weiss, "Śmierć" de Jacek Malczewski, "Kuropatwy" de Józef Chełmoński, "Korowód dziecięcy" de Witold Wojtkiewicz e "Dziwny ogród" de Józef Mehoffer. Na segunda seção: "Spotkania pokoleń" de Witkiewicz (pai e filho) e também de Jacek i Rafał Malczewski (pai e filho), de Tadeusz i Karol Stryjeński (pai e filho). E do período entre guerras, pode-se ver: Eugeniusz Zak, Tytus Czyżewski, Zbigniew Pronaszki, Henryka Stażewski e Henryk Berlewi. A obra que está servindo de propaganda e anúncio da exposição é o quadro art déco, "Znużenie" de Tamara Łempicka, vendido em 1927. Tamara fez muito sucesso em Paris e Estados Unidos. A exposição "Paintings from Poland. Symbolizm to Modern Art (1880-1939)", está aberta ao público na Galeria Nacional da Irlanda, em Ireland, Dublin, até 27 de janeiro de 2008. Os organizadores são o "Muzeum Narodowe w Warszawie" e o Instituto Adam Mickiewicz. Entrada franca. Esta aí uma boa idéia para a nova Cônsul da Polônia em Curitiba!!!!

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Resultado oficial das eleições

A comissão governamental das eleições apresentou, nesta terça-feira, os resultados finais e oficiais das eleições parlamentares realizadas no domingo, 21 de outubro. Compareceram 53,88% dos eleitores, ou quase 16,5 milhões de polacos. Segundo a Comissão, este foi o maior comparecimento deste 1989, quando das primeiras eleições depois da queda do comunismo. O partido vencedor foi o PO - Platforma Obywatelska (plataforma da cidadania) com 41,51%. Na seqüência, os partidos mais votados foram: PiS - Prawo i Sprawiedliwości (Lei e Justiça) com 32,11%, LiD - Lewicy i Democratów (Esquerdistas e Democratas) 13,15%, PSL - Polskie Stronnictwo Ludowe (Partido do Povo Polaco) 9,91%, Samoobrona (Autodefesa) 1,53%, LPR - Liga Polskie Rodzina (Liga da Família Polaca) 1,3% e Mniejszość Niemiecka (Minoria Alemã) 1%. Em relação aos assentos na Câmara (Sejm), o PO terá 209 deputados, o PiS 166, o LíD 53, o PSL 31 e a Minoria Alemã 1 deputado. No Senado o PO conquistou 60 cadeiras, o PiS 39 e uma, Włodzimierz Cimoszewicz, ministro das relações exteriores do ex-presidente Aleksander Kwaśniewski, com sua candidatura independente. O PO conseguiu mais de 50% dos votos em cinco grandes cidades: Poznań, Gdańsk, Warszawa, Wrocław e Gdynia e mais de 40% em outras 19 localidades. Seu pior resultado foi em Chełm, onde atingiu apenas 24,09%. O PO foi o mais votado na região Oeste do país e nas grandes cidades. Ja o PiS teve seu melhor desempenho em Nowy Sącz com 51,35% e cidades do Leste da Polônia. Os dois partidos de extrema-direita Samoobrona e LPR perderam seus mandatos no novo parlamento. Desta forma, os controvertidos Andrzej Lepper e Roman Giertych (LPR e ex-ministro da educação) voltam para casa mais cedo. Lepper, que teve apenas 8459 votos (dois anos atrás teve mais de 33.500), deve também deixar a presidência do Samoobrona. Outro que perderá o posto é o gêmeo Jarosław Kaczyński, que deixará de ser o primeiro-ministro. Porém, não volta pra casa, pois continuará sendo deputado. Desde já, Donald Tusk do PO é candidato ao cargo de primeiro-ministro e terá como adversário na disputa Waldemar Pawlak do PSL, que conseguiu individualmente expressiva votação.

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Centro-direita virtual vencedor

Donald Tusk comemora vitória. Foto AFP

Jarosław Kaczyński (iarossuaf catchinhski) não esperou pelo resultado das eleições deste domingo para reconhecer que foi derrotado. Embora a comissão eleitoral só vá apresentar a lista dos vencedores nesta terça-feira, o primeiro-ministro admitiu a vitória do partido de Plataforma da Cidadania (PO - Platforma Obywateska).
O PiS (Prawo i Sprawiedliwości - Lei e Justiça) partido dos gêmeos Kaczyński, segundo as pesquisas de boca-de-urna conseguiu 31% dos votos, enquanto o PO fez 44%. O comparecimento de 55% dos eleitores foi um dos mais altos desde 1989. As eleições foram realizadas dois anos antes do previsto, forçadas pela ruptura da coalizão de direita comandada pelo gêmeo primeiro-ministro, depois de escândalos sexuais e de corrupção envolvendo membros dos partidos aliados. Os polacos elegeram 460 deputados para o Sejm e 100 senadores. O partido vencedor tem em seu plano de governo acabar com o Senado da República. Com eles no governo, o futuro dirá se realmente o PO vai acabar com o Senado. Se Kaczyński está mais à direita, Tusk não está muito distante: é centro direita. Ambos são conservadores, retrógrados e fervorosos católicos apostólicos romanos. Na questão econômica, talvez, eles tenham suas diferenças, pois enquanto Kaczyński é nacionalista, Tusk é liberal e acredita que um país deve ser ter um Estado mínimo para que os empresários possam especular sem rédeas. Até agora, o governo dos gêmeos fez uma caçada aos ex-dirigentes da época comunista e causou uma série de atritos na União Européia. Já o liberal PO promete não ser o "patinho feio" da Europa unida e mandar de volta pra casa os 900 soldados enviados para a invasão do Iraque pelo ex-presidente Aleksander Kwaśniewski, um dos líderes da esquerda que ainda restou na Polônia. Aliás, seria bom um estudo sobre o comunismo na Polônia, pois a cada dia que passa fica evidente que o sistema teve tudo, menos uma coloração esquerdista. Incoerência? Talvez, mas como a igreja católica sobreviveu num Estado ateu é a pergunta que os teóricos do Ocidente ainda não conseguiram responder.

domingo, 21 de outubro de 2007

Polacos vão às urnas

Desde as 6.00 horas da manhã deste domingo, 21 de outubro, os polacos estão indo às urnas para eleger os novos deputados e senadores do país. Os postos de votação funcionarão até às 20 horas. São 25 mil urnas em todo país. No exterior, o local de maior número de votantes foi Chicago, nos Estados Unidos, onde 10 mil compareceram ontem no consulado polaco da cidade. São esperados mais de 30 milhões de polacos em copndições de votar. Nos postos, na Polônia basta apresentar o documento um identidade com foto. Nos consulados espalhados pelos cinco continentes, aqueles que possuem dupla cidadania, devem apresentar o passaporte polaco. Estão aptos a votar todos aqueles que no dia de hoje já têm 18 anos completos. O voto não é obrigatório, assim a luta dos candidatos, além do voto é conseguir que os eleitores compareção para votar. A freqüência dos eleitores, nas eleições parlamentares vem caíndo significativamente. Na primeira eleição, em 1989, compareceu 63% das pessoas e em 2005, apenas 40,5% do eleitorado. Na Polônia, o comparecimento dos eleitores está 30% menor que os demais países da Europa Ocidental e países da região. Neste ano, na França, para as eleições presidenciais votou 86% dos eleitores, na Irlanda o percentual foi de 63% e na Alemanha quase 78%. Nas últimas eleições na Hungria e na Estonia compareceu mais de 70% dos eleitores. A comissão eleitoral está prevendo o anúncio dos resultados para a tarde da próxima terça-feira.
Por enquanto, é possível saber apenas como os polacos vão votar, através das pesquisas de opinião. Em três delas, o PO-Platforma Obywatelska (plataforma da Cidadania) do líder Donald Tusk está na frente. Na pesquisa da TVP -Televisão Polaca os índices apontam 47% para o PO e 30% para o PiS - Prawo i Sprawiedliwości (Direito e Justiça) dos gêmeos Kaczyński. Dos demais partidos o LiD Lewicy i Democratów (Esquerdas e Democratas)é o que aparece com melhor índice: 12%. Na pesquisa do jornal "Rzeczpospolita", PO tem 35% e o PiS outros 29%. E para o PGB - Grupo de Pesquisa Polaca, o PO tem 35% dos votos, contra 31% do PiS - 31%. O partido LiD tem 17%.

PRINCIPAIS PARTIDOS


O partido do Presidente Lech Kaczyński nasceu em 2001 e reflete os ideais dos conservadores, católicos e ultra-nacionalistas. Sua proximidade a Lech Wałęsa, valeu-lhe a si e ao seu irmão gêmeo Jarosław lugares destacados no primeiro governo após a queda do regime comunista. As suas posições radicais e de erradicação dos símbolos do comunismo lhes valeu, contudo, o afastamento e a perda da confiança de Lech Wałęsa.

O partido de Donald Tusk também foi criado em 2001. O Plataforma da Cidadania defende a econômia liberal. Suas propostas econômicas são no sentido de baixar os impostos e introduzir o imposto linear (em polaco "podatek liniowy"). Quer extinguir o Senado e diminuir a burocracia. Postula a luta contra a corrupção e a delinqüência. O partido apoia a integração total com a UE. Mas está de acordo com o PiS quando se opõe a eutanásia, matrimônio homosexual e a legalização das drogas.

Já a aliança de esquerda LiD é liderado pelo jovem deputado Wojciech Olejniczak. Compõe a coalização, o Sojusz Lewicy Demokratycznej - SLD, principal partido da social democracia na Polônia. O SLD Foi fundado em 15 de abril de 1999. A maior parte de seus membros foram do SdRP (Socjaldemokracja Rzeczypospolitej Polskiej - Social democracia da República da Polônia). O SdRP e outros partidos socialistas e social democratas formaram uma coalizão de esquerdas chamado SLiD. Em 1999, a coalizão se converteu em partido. Formavam parte antigos membros do PZPR (Polska Zjednoczona Partia Robotnicza - Partido Unido dos Trabalhadores Polacos, que governou a Polônia antes de 1989. O PZPR foi um partido comunista, mas hoje o SLD é um partido social democrata. Uma coalizão entre SLD e o PSL governou a Polônia entre 1993 e 1997. Seu maior representante atualmente é o ex-presidente Aleksander Kwaśniewski (presidente reeleito entre 1995 - 2005) que foi dirigente e um dos fundadores do Partido Social Democrata (Socjaldemokracja Rzeczypospolitej Polskiej), sucessor do Sindicato dos Trabalhadores Polacos e posteriormente do Sojusz Lewicy Demokratycznej - SLD. É filiado a Internacional Socialista, da qual fez parte o brasileiro Leonel Brizola.

sábado, 20 de outubro de 2007

Mais de um milhão de polacos na Grã-Bretanha

Foto de Jonathan Player/The New York Times.
Banda de "post-punk" em apresentação no "Polish Cultural Institute" de Londres.
O jornal New York Times, em seu portal na Internet, apresenta uma seqüência de fotos sobre a comunidade polaca em Londres. A apresentação diz que desde 2004, quando a Polônia entrou na União Européia, a Grã-Bretanha foi a primeira nação a abrir as portas do mercado de trabalho aos polacos. Segundo o jornal já são mais de 1 milhão e 100 mil imigrantes, em sua maioria jovens, que se transformaram em trabalhadores e pequenos proprietários de merceárias, de tendas de feiras, de bares, a coreógrafos e grupos de música. Tudo o que de melhor a Polônia produz pode ser encontrado em Londres, como as famosas "kielbasa" (linguiça) de Cracóvia. No link abaixo é possível ver como os polacos se transformaram no terceiro maior grupo de imigrantes do reino inglês. Nesta semana, "The Home Office" estimou que a imigração aumentou em £6 bilhões de libras esterlinas (ou $12.3 bilhões de dólares) a economia do país no último ano. De acordo com David Blanchflower do "The Bank of England’s monetary policy committee", a imigração do Leste europeu também reduziu a pressão inglacionária pelo aumento dos serviços e mercadorias. Os que se opõem a esta imigração argumentam que em média os polacos recebem £7.30 libras esterlinas por hora, enquanto os britânicos recebem £11.10 libras esterlinas por hora, citando um relatório do "Institute for Public Policy Research". Mas os imigrantes polacos já estão reagindo a esta situação, são muito os que rejeitam o baixos salários e exigem, tal qual rezam os protocolos da União Européia, os mesmos benefícios sociais dos britânicos, que são bem melhores que os da Polônia.

A matéria completa pode ser acessada no site do próprio jornal Norte-americano em:
Talvez, por isso, em sentido inverso, os ingleses já são o maior grupo de turistas a visitar a Polônia. Cracóvia recebe a cada fim de semana, jovens ingleses ávidos para saber onde se pode encontrar as belas moças polacas. Eles chegam em vôos fretados e nas companhias aéreas de baixo custo e passam as noites de discoteca em discoteca, bebendo e bebendo. Quanto às belas polacas, elas preferem os latinos. Sonham com Equador, México, Colômbia, Caribe e claro com o Brasil.

Ataque do inverno na Polônia

Manhã de neve em Zakopane
Isto ainda não é o inverno. Foi a manchete dos principais jornais da Polônia neste sábado. Mesmo com os 15 cm de neve que caiu durante a noite na cadeia de montanhas Tatras ao Sul do país. Durante toda esta noite também na região Podhalu caiu neve. Em Kasprów Wierch caiu 25 cm de neve e a temperatura desceu a 7 negativos. Em Zakopane, a temperatura de zero grau e a neve deixaram a cidade completamente branca. Em Cracóvia, era 01.23 da madrugada, quando aquilo que parecia ser uma garoa fina foi engrossando e os pingos foram ficando brancos. Era a neve que estava caindo! O termômetro marcava zero graus. A medida que se deslocava para os bairros, os flocos de neve iam ficando maiores e sob os carros ia se formando uma camada branca de neve. A televisão, na manhã deste sábado, noticiava o primeiro ataque do inverno, mas ponderava que ainda é outono, e apesar do branco nos Tatras, a temperatura no restante do país ainda se manterá nos 6 a 8 graus positivos.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Nasce novo tratado na Europa

Os portugueses José Manuel Durão (presidente da Comissão Européia) e José Sócrates (presidente de turno da União Européia)
Os presidentes e primeiro-ministros dos 27 países da União Européia chegaram a um acordo sobre a reforma da União Europeia que substitui a fracassada "Constituição Européia", rechaçada há dois anos por holandeses e franceses. Depois de quase sete anos de intensas discussões, o documento, que vai se chamar "Tratado de Lisboa", só foi possível depois de ultrapassadas as questões levantadas pela Polônia e Itália. Entraves que a diplomacia portuguesa conseguiu transpor e contabiliza como vitória sua. O texto final vai ser assinado na capital portuguesa, no dia 13 de Dezembro, às 11h00. Depois se iniciará o processo de ratificação nos Estados membros. Na verdade, o acordo se pautou em três pontos principais. Foi concedido a Itália mais um eurodeputado e ela terá assim o mesmo número de parlamentares que a Inglaterra, mas ainda menos que França (o novo Parlamento terá 750 deputados, além do presidente); O atual responsável pelas relações exterior da UE , Javier Solana, assumirá dupla função, será vice-presidente da Comissão Européia e Alto-representante da União, além de secretário do Conselho; E a Polônia cedeu em suas pretensões originais, mas garantiu um lugar no Tribunal Europeu, além de um protocolo que permite poder de bloqueio aos assuntos que lhe afete. O jornal francês "Le Figaro", apesar da hora em que se chegou ao acordo, 2 horas da madrugada desta sexta-feira, teve tempo para sair às ruas, hoje de manhã, dizendo que o tratado foi redigido de forma a poder ser ratificado sem referendo e que mantém muitas das inovações que figuravam no tratado constitucional de 2005, rejeitado por franceses e holandeses. Contudo, escreve o "Le Fígaro", o acordo "evita a palavra Constituição e suprime tudo o que possa dar à União Europeia a aparência de um super-Estado". Com exceção dos jornais belgas, quase todos os outros conseguiram estampar a "Vitória da Europa". "Portugal está feliz que tenhamos conseguir chegar a um acordo sobre o futuro da Europa", concluiu o primeiro-ministro português e presidente de turno da União Européia, o socialista José Socrates.

Samba em Cracóvia

Neste sábado, o paranaense Edilson Ribeiro de Lima, acompanhado dos polacos Robert Jażdżewski e Jola Guzera voltam a agitar a noite de Cracóvia. Desta vez é no Klub Rotunda, na ulica Oleandry, nr 1. Com muito samba e ritmos latinos, Edilson e seus pares comanda uma apresentação-aula com muito karaoke e trajes de fantasia. Edilson estudou fisioterapia e reabilitação através do movimento, na AWF, de Cracóvia. Professor de aeróbica e fisioterapeuta, há cinco anos leciona e dança na "Scena Tańca Współczesnego" e há 3 anos é dançarino do grupo "Krasz". Também já fez preparação corporal de artistas no cinema e teatro. Na televisão, atuou no programa da TVN com Zbigniewa Wodecki - "Twoja Droga do gwiazd". Ensina em várias cidades da Polônia Funk, Samba, Bossa Nova e Yoga. Já o polaco, Robert Jażdżewski éprofessor de dança de salão e clássica há 10 anos. No início de sua carreira fez parte do grupo „United Breakers”, que se apresentava com hip hop e funk. atualmente é coreógrafo também dos programas de TV, "Video Clip Dance", "Latino" e "MTV Dance". Em 2006, conquistou o título de o mais „popular Instrutor do ano”.
Enquanto ao clube o "Rotunda", pode-se afimar categoricamente que é o maior espaço para se dançar de Cracóvia. A cidade já é a maior concentração de discotecas e bares dançantes da Europa Central. Com dois ambientes bastante grandes, o Rotunda se transforma de sala de cinema, teatro a um grande espaço para espetáculos e concertos de música. Nos próximos meses, a comunidade brasileira (bastante pequena em Cracóvia) já acertou com a direção do Clube, promover a "Noite do Samba", uma vez por mês. A primeira será em novembro e depois na passagem do Ano Novo, "Noite de Iemanjá". E como não poderia deixar de ser, em fevereiro quando rufarem os tambores nas ruas do Brasil, no Rotunda acontecerá o primeiro carnaval brasileiro da cidade. No Salão, muito samba, carnaval e nos telões espalhados do Rotunda, transmissão ao vivo dos carnavais da Marques de Sapucaí, Salvador e Recife.

Eleições para mudar?

O jornal "Metro" distribuido gratuitamente nas ruas, principalmente nos pontos de ônibus, bondes e estações, todas as manhãs traz na edição desta sexta-feira, em sua primeira capa, uma convocação para as eleições do próximo domingo dia 21 de outubro: Na grande foto, da via pública, a mensagem: "tens tempo das 06 às 20 horas, quase todo o domingo, 21 de outubro. Tens chance de mudar a Polônia para melhor. Não desista de seu direito de decidir sobre isto, como irá parecer sua vida. Vá nas eleições!". TUA ESCOLHA

As eleições deste domingo são parlamentares e ocorrem depois da dissolução do parlamento polaco, no último mês de agosto. O governo dos gêmeos Kaczyński não tinham mais como levar adiante sua administração depois do rompimento da coalização de direita que os sustentava. Apesar de ser uma eleição antecipada para renovar a câmara dos deputados e o Senado, o que tem se visto nas últimas semanas é uma verdadeira campanha presidencial, pois vários foram os debates na televisão com os nomes que normalmente estariam disputando a presidência da República e não uma cadeira no Congresso. De um lado, o primeiro-ministro Jarosłam Kaczyński (iarossuaf catchinhski) do partido da situação e do outro, o ex-presidente Aleksander Kwaśniewski (kwachniévsqui) e o candidato derrotado nas últimas eleições presidenciais, Donald Tusk. A dois dias das eleições, o oposicionista Tusk está levando seu partido PO- Partido da Cidadania a conquistar a maioria das cadeiras no Parlamento. Mas pesquisa de opinião na Polônia, parece não combinar com a área rural, pois quando Tusk perdeu a presidência para o outro gêmeo Lech Kaczyński (lerrhhh catchinhsqui) as pesquisas o davam como vencedor. Porém, abertas as urnas, os camponeses tinham decretado sua derrota.

P.S. Assistindo a RTPI -Televisão Portuguesa sobre estas eleições, deu para perceber como um enviado especial, que não domina a língua do país que está reportando, pode incorrer em erro. O repórter português colocou num mesmo saco conservador, Tusk e Kaczyński, separando-os de Kwaśniewski, que para ele seria de esquerda. Muito pelo contrário: o que o dia-a-dia da política e os debates demonstraram é que se Kaczyński é representante exaltado do conservadorismo, Tusk é progressista. Além do que ele escorregou feio na pronúncia dos nomes polacos. E era tão fácil, bastava ouvir a intérprete polaca que o auxiliou. Porque mesmo falando em inglês, os polacos pronunciam seus nomes e sobrenomes em polaco.

Terra vermelha repercute nos EUA

O jornalista Lucius de Mello, que recentemente lançou em Curitiba e Florianópolis, o livro "Travessia da Terra Vermelha" está repercutindo além fronteiras. O jornal "Epoch Times", sediado em Nova Iorque e Los Angeles, está publicando em série, uma entrevista com o autor do livro sobre a colonização da cidade de Rolândia, por judeus, vindos da Alemanha. Na entrevista, Lucius conta, que nasceu em Bariri e não em Foz do Iguaçu, como muitos pensavam. Que seu desejo de ser escritor vem desde que começou a vasculhar a biblioteca de seu avô. e que escreveu um primeiro livro aos 12 anos de idade. Fazer o curso de jornalismo na Universidade Federal do Paraná e atuar em teatro de Curitiba, além dos 14 anos como repórter de TV, foram apenas fases para amadurecer a carreira de escritor. Antes da saga dos judeus de Rolândia, ela já havia escrito "Eny e o Grande Bordel Brasileiro" e "Um Violino para os Gatos". A entrevista (em inglês) pode ser acessada em:

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

100% POLACO

O cantor da banda Coração Nativo, Otacilio Drutchaiki incansável em sua defesa das tradições polacas no Sul do Brasil, lançou a marca 100% Polaco e a divulga em todas as festas e bailes onde se apresenta. Otacilio tenta assim concientizar aquelas pessoas que insistem em manter o pejorativo do termo Polaco. Sim! Porque estas pessoas ao criticarem, ao tentarem impedir aqueles que preferem o correto vocábulo em língua portuguesa - POLACO - e fazer de tudo para impor o termo Polonês, estão na verdade discriminando, da mesma forma que pretendem ao se proteger do mau uso da palavra Polaco, em décadas passadas.


Lisboa sedia encontro de presidentes

Pavilhão Atlântico, nas margens do Rio Tejo, em Lisboa
A imprensa européia destaca, hoje, em todos os seus jornais, rádios e telejornais a grande conferência de líderes dos 27 países membros da União Européia que está acontecendo em Lisboa. E todos são unânimes em voltar suas atenções para os gêmeos polacos. Segundo o jornal "Público" de Portugal, Os irmãos Kaczyński, Presidente e primeiro-ministro da Polónia, voltaram a admitir a possibilidade de bloquear um acordo sobre o tratado europeu na cimeira de Lisboa, insistindo na satisfação de todas as reivindicações do país. Apesar das reticências polacas, a maioria dos líderes europeus acredita que será possível um consenso na reunião que começa esta tarde.“Não queremos mais nada do que aquilo a que temos direito”, afirmou o Presidente Lech Kaczynski, numa entrevista à rádio pública polaca antes de partir para Lisboa. Questionado sobre a possibilidade de os parceiros europeus não aceitarem as exigências de Varsóvia, o chefe de Estado respondeu: “então, teremos de adiar a discussão”.A Polónia, um dos países que mais obstáculos tem levantado ao novo tratado, exige que o texto definitivo – que a presidência portuguesa espera aprovar em Lisboa – consagre o compromisso de Ioannina, uma cláusula que permite a um grupo de países minoritários suspender uma deliberação. Isto, porque no prazo de sete anos a maioria dos temas europeus passará a ser aprovada pelo sistema de dupla maioria (55 por cento dos Estados representando 65 por cento da população), o que dará maior poder de decisão aos países mais populosos. Lech Kaczynski espera que os países europeus respeitem o que foi acordado na última cimeira europeia, em Junho, sublinhando que a Polónia não tem “margem de manobra” nesta matéria. “E Porquê? Porque já concluímos um compromisso em Bruxelas e os acordos são vinculativos. Concluímos esse acordo e não queremos mais nada", declarou o chefe de Estado polaco.Na altura foi decidido incluir o compromisso numa declaração separada, mas Varsóvia insiste na sua inclusão no texto do novo tratado, garantindo-lhe o mesmo valor jurídico do que os restantes pressupostos. “Se isso não for resolvido como foi acordado em Bruxelas, seremos obrigados a esperar por um acordo definitivo, pois trata-se de uma situação inaceitável para nós”, afirmou, por seu lado, o primeiro-ministro, Jaroslaw Kaczynski. A Itália é a outra grande dificuldade porque se recusa a ter menos eurodeputados do que a França e o Reino Unido, de acordo com a última proposta do Parlamento Europeu para a repartição dos assentos na próxima legislatura (2009-2014). Roma afirma "não poder aceitar" uma tal perspectiva, segundo avisou quarta-feira o chefe do governo Romano Romano Prodi. Contudo, parece muito improvável que este antigo Presidente da Comissão Europeia assuma a responsabilidade pelo fracasso na aprovação do Tratado de Lisboa, admitindo-se que tente resolver a questão à posteriori, ao contrário do que pretende a presidência portuguesa da UE.Por seu lado, o Primeiro-Ministro luxemburguês, Jean-Claude Juncker disse que "haverá acordo em Lisboa porque é preciso que haja um acordo". Afirmou ainda: "É preciso acabar com o umbiguismo e as lamentações sobre o nosso próprio destino".No mesmo sentido pronunciou-se quarta-feira o chefe do Governo britânico, Gordon Brown, que declarou ter "chegado a altura de acabar com este período de prolongado debate institucional introspectivo".O novo tratado visa adaptar a União à sua extensão ao antigo bloco comunista da Europa do Leste, que a fez passar de 15 para 25 e, desde o início deste ano, para 27 países, com a adesão da Roménia e da Bulgária. Se o texto for aprovado restará apenas a sua ratificação pelos 27 países membros. O cenário da ratificação tem vindo a complicar-se com o cada vez maior número de opiniões públicas a exigirem que se faça por referendo. Qualquer rejeição reeditaria o drama da rejeição francesa e holandesa da Constituição europeia em 2005 que mergulhou a Europa nesta crise institucional. Em princípio o único país obrigado a proceder a uma consulta popular é a Irlanda que tem essa obrigação constitucional. Os restantes países correm menos riscos com a ratificação parlamentar, apesar das dificuldades sentidas nos últimos dias pelo executivo de Gordon Brown que vê aumentar diariamente o número dos que fazem campanha pelo referendo e o acusam de não cumprir a palavra dada. A Cimeira de Lisboa tem início às 18h00 de Lisboa no Pavilhão Atlântico.

P.S. são necessárias algumas observações ortográficas, de acentuação e de vocabulário neste texto do jornal português, para o idioma falado no Brasil. Não que seja tão difícil como o idioma da Polônia, mas algumas palavras os brasileiros não hão de entender. Então vamos lá: Cimeira - reunião de alta cúpula.
Polónia - os português falam o segundo O aberto, nada mais natural que acentuem com acento agudo e não circunflexo como no Brasil. Polacos - os portugueses não conhecem a discrimatória palavra poloneses, bem como os demais sete países de língua portuguesa (incluído Portugal).
Na altura - naquele momento.
repartição - no Brasil o mais usual seria usar a palavra divisão.
matéria publicada no site do jornal português em http://www.publico.pt
Na foto de Peter Andrews... o presidente Lech Kaczyński e o primeiro-ministro português e presidente de turno da União Européia José Sócrates.