segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Varsóvia estaria mais conservadora?

Estátua em homenagem a Varsóvia, próximo ao Rynek da cidade velha
Pela primeira vez Varsóvia registra diminuição no nascimento de crianças nascidas fora do casamento. Segundo um estudo publicado pela publicação "Życie Warszawy" (jitchie varchavi - vida em Varsóvia) nasceram 18,5% de crianças filhas de pais solteiros, enquanto a média nacional é de 18,9%. Comparando com outras cidades, os varsovianos estão tendo filhos dentro do casamento. A cidade onde nascem mais crianças fora do casamento é Gorzów Wielkopolski (gojuf vielcopolsqui) com 36% em relação a todos os nascimentos da cidade. Em seguida estão: Szczecin (chtchetchin) com 33,2%; Łódź (uudji) com 27,6%; Gdańsk (gdanhsk) com 25,1%; e Katowice (catovitsse) com 25%. Há quase 100 anos, os varsovianos sempre estiveram entre aqueles que romperam tabus e regras morais na Polônia. Ter filhos fora do casamento, num país fervorosamente católico, sempre foi visto com sinal de desajuste social. Desde 1970, os índices de nascimentos fora do casamento foram aumentando ano a ano. Naquele ano, de todos os nascimentos ocorridos na Polônia, 5% tinham ocorrido fora do casamento. Trinta anos após o índice chegou a 12%. Seis anos depois o índice já beira os 19%. Para a Prof. Hanna Świda-Ziemba, socióloga e pedagoga da Universidade Varsóvia, sublinha que o concubinato é cada vez mais normal na Polônia. Os jovens por sua vez, dizem que ter filhos sem casar, depende do parceiro e do grau de confiança e não de papéis e documentos sociais.

domingo, 9 de dezembro de 2007

"Rafting" no Dunajec

Foto: Ulisses Iarochinski
As fotos são uma recordação do verão nestes dias de frio e neve. Quando o tempo está bonito e as árvores cheias de folhas verdes, um belo passeio a fazer nestas bandas é descer o rio Dunajec nestas canoas de montanheses na fronteira com a Eslováquia. De tão bom que é, já fiz este "rafting" cinco vezes. Apesar de que rafting é entendido como a prática de descida em corredeiras de rios, sempre em equipe e utilizando botes infláveis e equipamentos de segurança, aqui no Parque Pieniński é feito em canoas de madeira. Nesta foto acima, do lado esquerdo é Polônia, do lado direito, a poucos metros, o país vizinho. A descida em águas muito calmas e rasas dura duas horas em média. No fim da linha está Krościenko nad Dunajcem - cidade onde se pode saborear as melhores trutas da Polônia.
As canoas (na verdade são cinco delas juntas) são conduzidas pelos canoeiros montanheses em trajes típicos da região dos Tatras. O preço do passeio varia conforme a duração e atracadouro final. O ponto de embarque fica no Parque Pieniński, em Sromowce Wyżne, que por sua vez fica a duas horas de ônibus de Cracóvia.
Preços para a temporada 2008 -
Atracando em Szczawnica - percurso de 18 km e 2:15 horas de duração: 39 zl (27,30 reais)
Atracando em Krościenko - percurso de 23 km e 2:45 horas: 48 zl (33,60 reais).

Foto: Associação dos Canoeiros

Nome de carro da Fiat

Por esta eu não esperava... não é que a fábrica de Turim tem um carro com meu nome? Pois estava circulando pela ulica Szpitalna (rua hospital) quando de repente um furgão azul com Ulysse.

Karambol perto de Lublin

Foto: PAP
Karambol pod Lublinem - colisão violenta próximo a Lublin - a causa? Pista fria, ou melhor uma escorregadinha devido aos graus negativos na estrada. Felizmente nenhuma vítima.

sábado, 8 de dezembro de 2007

A feirinha de natal de Cracóvia

Foto: Ulisses Iarochinski
As barracas da quermesse de Natal no Rynek Główny (Praça do Mercado Central) em Cracóvia vende de tudo, desde presentes até enfeites para presépios, árvores de natal e decoração para a vígilia de 24 de dezembro.

Foto: Ulisses Iarochinski

A feirinha de Natal este ano abriu dia 28 de novembro e vai até 26 de dezembro. Nela se pode encontrar o delicioso Grzaniec Galicyjski (gjaniétss galitssisqui))- o vinho galiciano - ou popular quentăo brasileiro.Năo é igual, mas é parecido. Também com o frio que faz nesta época só mesmo um grzaniec para ajudar nas compras. Para acompanhar lingüiças de todos os tipos e o famoso queijo Oscypek - queijo defumado de leite de ovelha dos montanheses da região dos Tatras.
Entre as barraquinhas é possível encontrar todo o tipo de pantuflas - chinelo típico de Wadowice (cidade natal de Karol Wojtyła) e jóias com o ambar do mar Báltico. Outra tradição cracoviana encontrada aqui é o famoso Szopki, ou presépios de Natal. São feitos com cartolina colorida e lembram castelos de contos de fada eslavos.

Polaco de Contenda lança CD

Celso Dranka Taborda está lançando seu quarto CD com músicas tradicionais da Polônia. Neste seu "Tradição polonesa", ele aprofunda seu amor pelas músicas da época das emigrações, iniciado no CD anterior, "Na trilha dos Imigrantes".
Celso Taborda é paranaense de Contenda. Descendente de polaco buscou sempre continuar a arte musical, herdada de seu pai que durante a infância de Celso passava quase todos os fins de semana animando festas, bailes e casamentos típicos polacos. Como músico, Celso fez parte de vários conjuntos musicais. Em 1985, resolveu junto com seus irmãos fundar o conjunto “Irmãos Taborda”, (sobrenome da mãe), já que sua paixão eram as músicas gaúchas. Mas ao incluir duas canções típicas polacas descobriu um filão inexplorado: músicas polacas tradicionais. Em 1989, Celso decidiu fazer carreira solo, até pensou em adotar o sobrenome do pai Dranka, mas já era conhecido por Taborda. Depois de pesquisar as raízes culturais da etnia polaca em solo brasileiro e amparado nas duas músicas polacas que se destacaram no CD com seus irmãos, gravou o primeiro disco solo: “Polskie Wesele”, ou “Casamento Polaco”. O trabalho reuniu as músicas tocadas e cantadas durante a semana que dura o ritual de um casamento polaco. Dois anos depois lançou o “Polskie Wesele Vol II”, já que suas excursões pelo Sul do Brasil comprovaram o acerto na escolha da temática. O sucesso continuou e acabou fazendo shows até na Argentina, onde a colônia polaca está presente principalmente na província de Missiones. Veio em seguida o terceiro CD “Na Trilha dos Imigrantes”, onde contou com a participação de Bruno Neher do grupo "Os Três Xirus”, de Porto Alegre.O novo CD "Tradição Polonesa" promete músicas inéditas, inclusive para a comunidade polaca do interior do Sul do Brasil, já acostumada aos sucessos do paranaense. Os CDs de Celso podem ser pedidos através do seu sítio: http://www.musicapolonesa.com.br .P.S. Celso! uma vez te sugeri: -"Adote o sobrenome polaco... é mais forte e mais identificado com tuas raízes, pois Taborda, pode ser muito bom para músicas gaúchas, mas polacas...Dranka é mais forte e sonoro... um verdadeiro nome de artista...."

Sopas polacas II

Kapuśniaki, ou Sopa de repolho azedo

2 kg
de repolho azedo (chucrute)
2 joelhos de porco
2 kg de batatas
250 gr de margarina
4 colheres de sopa de farinha de trigo
500 gr de tomates
louro, sal, pimenta do reino e da Jamaica

Modo de fazer

Cozinhar o joelho de porco aproximadamente uma hora. Após, colocar o chucrute, tomate cortado (sem pele), sal, pimenta, louro e cozinhar até ficar mole. Neste meio tempo, cozinhar as batatas com sal em panela separada. Misturar tudo. Adicionar a farinha de trigo com a margarina e colocar na sopa, dando uma fervida. (porção para 10 pessoas)

sexta-feira, 7 de dezembro de 2007

E lá se foi minha tia para "Allures do Sul"

Peço licença aos leitores e amigos para comunicar o falecimento de minha tia Azélia Iarochinski Valentin, ocorrida ontem, quinta-feira, 6 de dezembro, às 21:00 horas, em hospital de Curitiba, onde estava internada desde a última segunda-feira, com problemas de diabetes e coração. Tia Azélia era única de meus tios paternos que ainda estava viva. Era viúva e deixa minhas primas Magda, Eunice e Leocádio, e netas. Tia Azélia tinha nascido em Matos Costa, Estado de Santa Catarina e passou a maior parte de sua vida entre Harmonia, Castro, Guarapuava, Telêmaco Borba e Curitiba. Aqui na distante Polônia tinha apenas esta imagem dela ainda menina ao lado de meu pai e irmão dela Cassemiro. Sinto um vazio, neste momento, e gostaria muito que um Continente e um Oceano não estivessem me separando de Curitiba para lhe dar o último adeus. Como vou contar agora todas as coisas e sensações que tenho vivido aqui na terra do pai dela? A sua benção Tia Azélia, que seus país e irmãos estejam agora lhe recebendo aonde vão todos aqueles que são bons entre os bons e maus aqui na terra. Beijos infinitos....

As crianças Cassemiro e Azélia Iarochinski

Kaczyński visita Ucrânia


O Presidente Lech Kaczyński está em visita oficial de dois dias na Ucrânia. Em Kiev, ele se encontra com o Presidente Victor Yushchenko e também com o primeiro-ministro Viktor Janukovych. Em seguida, ele se encontrará com Arsenij Jaceniuk, eleito o novo porta-voz do Parlamento ucraniano. Ao chegar ontem a Kiev, o Presidente Kaczyński disse que a Polônia está muito interessada em ver como se sairá o novo governo da Ucrânia. Hoje, o presidente polaco também tem encontro com Julia Tymoshenko, a candidata oficial ao cargo de Primeiro-Ministro do país vizinho. O retorno a Varsóvia está previsto para o fim da tarde.

Posters polacos II


Mais um cartaz de Rafał Olbiński. Desta vez para o filme o poster do filme "Człowiek z żelaza", criado em 1981. O filme ganhou o título no Brasil de "Homem de Ferro". Tinha direção de Andrzej Wajda e com os atores Jerzy Radziwilowicz, Krystyna Janda, Marian Opania. Já escrevemos sobre Olbiński aqui neste blog... Favor consultar nosso arquivo na coluna ao lado.

Polônia vai liberar vistos


A imprensa polaca informou, que um milhão ou mais polacos que vivem na Bielorrúsia, Lituânia, Ucrânia, Rússia, e outras repúblicas da antiga União soviética, estão esperando impacientemente pela Certidão Polaca.
De acordo com a lei aprovada pelo Parlamento polaco, durante o governo do ex primeiro-ministro Jarosław Kaczyński, a certidão entrará em vigor em 28 de março de 2008. Mas desde já milhares de pessoas tem buscado informações nos consulados da Polônia nestes países, sobrecarregando o trabalho dos poucos funcionários existentes. Com a certidão que ateste sua ascendência polaca, estas pessoas, não necessitaram pagar visto de entrada em suas viagens ao país de seus ancestrais, bem como terão permissão para trabalhar, morar e inclusive estabelecer empresas em território polaco, ganhando inclusive os mesmos direitos quanto ao serviço social e médico.
Ao mesmo tempo, a partir de primeiro de janeiro de 2008 passa a vigorar o Tratado de Schengen na União Européia. Se por um lado acabam os controles de passaporte internos, nas fronterias dos países membros da UE, aumentam drasticamente os controles nas fronterias da Polônia com os países do Leste, notadamente entre Bielorrússia e Ucrânia. Como o controle será apenas para aqueles que não possuem nenhum vínculo de origem com a Polônia, (estes estrangeiros terão que pagar bem caro pelos vistos de entrada e não terão as regalias oferecidas aos descendentes polacos), os governos daqueles países já começar a ver com desconfiança esta nova lei, pois criará uma situação de desigualdade entre seus cidadãos. Já se está esperando protestos dos governos de Minsk, Moscou, e principalmente de Kiev. O caso da Ucrânia é particularmente sensível. Por várias razões políticas a Polônia e Ucrânia tentam manter as relações tão amigáveis quanto possível. A história comum das duas nações, é marcada por acontecimentos trágicos e uma não confia na outra.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

É hoje o dia dos presentes

Święt Mikołaj, ou São Nicolau é cultuado como o Papai Noel nos países da Europa. E como dia 6 de dezembro é seu dia, é hoje que é feita a entrega dos presentes de Natal na Holanda, Noruega, Rússia e Polônia. Especialmente aqui, onde as cores nacionais combinam com a das vestes do Papai Noel, todos se vestem de vermelho e branco e presenteiam familiares e amigos. Na Holanda, por exemplo, são presentes barras de chocolate quadradas com letras dos nomes dos presenteados. É o dia também de fazer a tradicional festa do "amigo secreto". São Nicolau de Mira é o santo padroeiro da Rússia, Grécia e Noruega. É também o patrono dos guardas noturnos na Armênia e dos coroinhas da cidade de Bari, na Itália, onde o santo foi sepultado. Nicolau foi bispo de Mira e é de Petara (atualmente Demre, na Túrquia), onde nasceu no século III. Nicolau faleceu justamente no dia 6 de dezembro de 342. Daí o porque de seu dia ser comemorado hoje. Na Europa inteira, ele, depois de vários milagres foi considerado o amigo das crianças. O fato de ter se tornado popular e ícone do Natal se deve às suas constantes ajudas aos pobres e principalmente às crianças carentes. Foi o primeiro santo da igreja a se preocupar realmente com a educação e a moral das crianças e suas mães. A mais famosa das lendas envolvendo o nome de São Nicolau é aquela em que uma família muito pobre não tendo como custear o "dote" de casamento de suas filhas, ganhou de repente um saco cheio de moedas de ouro e prata. O saco foi presente do bispo Nicolau, que à noite sorrateiramente jogou o saco cheio de ouro e prata para ajudar no "dote". Outras lendas, dizem que ele ressussitou uma criança em Mira e que no Natal de 1583, na Espanha, ele apareceu para atender as orações de senhoras, que pediam para que nenhum pobre ficasse sem o pão bento. Os pobres, ao serem perguntados sobre quem as teria dado o alimento, respondiam que tinham sido socorridos por "um senhor de feições muito serenas, mãos firmes, barba e cabelos brancos bastante longos ".

A volta do grande ator

Foto: Kapif
Andrzej Łapicki ficou com muita saudade dos palcos e por isso está voltando. Quem garante é o diretor Jan Englert que tem um papel para Andrzej, que está atualmente com 83 anos de idade, na peça que estréia no próximo dia 5 de abril no Teatro Nacional, a „Iwanowie” de Tchecov.
Respondendo ao jornal "Rzeczpospolita", Englert disse que o grande ator dos palcos polacos volta após uma ausência de 13 anos, porque há pelo menos 4 razões para isso: "Decidi, primeiro, porque trabalhamos muitos anos juntos; segundo, porque acredito nele; terceiro, pelo texto da peça; e em quarto, mudei a crença e igualmente o lugar. Penso que o sr. Andrzej tinha saudade da cena e eu intuitivamente descobri isso."
A última atuação de Łapicki foi na auto-direção de „Ślubach panieńskich” de Aleksandr Fredra, em 6 de fevereiro de 1995, no Teatro Powszech em Varsóvia. Sua estréia tinha se dado meio século antes, na peça „Wesele” de Stanisław Wyspiański, no Teatro Juliusz Słowacki em Cracóvia.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Posters polacos 1

Autor do poster: Jerzy Czerniawski nasceu em 1947. Fez seus estudos na Escola de Artes Plásticas de Wrocław (vrotssuaf). Sua estréia artística ocorreu durante a onda de contracultura polaca dos anos 70. Czerniawski já trabalhopu com ilustração, artes gráficas, desingn e pintura. Já conquistou vários prêmios por seus trabalhos como: Bienal Internacional do Poster de 1974, em Varsóvia, Bienal do Poster em Lahti 1977; International Film Festiwal, Chicago 1981.

O melhor está de fora

No último mundial da Alemanha ele foi um dos destaques da seleção. Pelo menos foi o que mais mostrou disposição, luta e vontade de vencer. Mas desde que o holandês assumiu o comando da seleção polaca, o atacante Ireneusz Jeleń praticamente não foi mais convocado. Está certo que Smolarek desencantou nos últimos jogos, mas o sempre presente Żurawski não fez para justificar tanto cartaz.
Não por outra razão, o atacante da equipe do Auxerre da França está muito triste. "Estou mal, quando ouço, que a representação polaca não tem atacante. Isto frustra minha ambição, isto porque eu nasci atacante e quero jogar nesta equipe", declarou Jeleń ao jornal "Przegląd Sportowy".
Nesta temporada jogando na divisão principal da França, Jeleń fez 15 partidas e 4 gols. Mas, apesar disto não há lugar para ele na seleção polaca. O treinador Leo Beenhakker abertamente diz que Jeleń não se enquadra em sua concepção de jogo para a seleção polaca. Ou seja, não importa que o único polaco a fazer gols em primeiras divisões européias faça gol.

Bancos do Planty

Foto: Ulisses Iarochinski
Estes bancos do Planty - parque ao redor do centro de Cracóvia - têm muita história para contar, mas nestes dias de inverno é praticamente impossível sentar-se neles. Nem bêbados sentam aqui agora, o que dirá dos eternos namorados....Quem um dia já não sentou aqui e ficou contando suas histórias? Se não sentou, não é Cracoviano, ou está aqui só de passagem.

Quermesse no Rynek

Foto: Ulisses Iarochinski
O Rynek Główny - praça central - de Cracóvia recebe neste mês de dezembro a tradicional quermesse. São presentes e obejtos para enfeite e decorações das festas de São Nicolau (O papai noel) Natal e Festa de Reis. Aliás, neste 6 de dezembro é dia de dar presentes por aqui - nesta quinta-feira é comemorado o dia de São Nicolau - verdadeiro Papai Noel - por isto é neste dia que acontece a troca de presentes - e não no dia 25 de dezembro. Natal é só dia de Jesus Cristo e não de dar e receber presentes materiais.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Incendiado carro de ministra

Foto: K. Zelazowski

O automóvel da secretária de Estado Julia Pitera, chefe do gabinete do primeiro-ministro, Donald Tusk, incendiou-se na noite do último domingo. Peritos da polícia, depois de analisarem o veículo, apontaram duas causas para o sinistro: tanque de gasolina, ou parte elétrica. O comandante da polícia Marcin Szyndler já ouviu várias testemunhas tentando saber se foi atentado, ou simples acidente. Já a ministra Pitera, apesar de não querer afirmar de que se trata de um atentado, não descartou a possibilidade de que o incidente possa ter sido causado por "Hoolligans" (grupo de neonazistas). Disse que deixa nas mãos da polícia desvendar o que possa ter causado o incêndio de seu carro de 2,5 anos de uso e que passou recentemente por uma revisão. Seja como for, Julia Pitera é a encarregada pela administração do gabinete do primeiro ministro e do Escritório Central Anticorrupção do Governo.

Euro 2012 sem Ucrânia

O treinador da seleção da Ucrânia Oleg Błochin alerta que seu país pode não organizar a Euro Copa 2012. O temor é causado pela situação em que se encontra o Estádio Olímpico em Kiew, que está programado para a final da Copa Européia de Seleções naquele ano, declarou Błochin, nesta segunda-feira, em Iwano-Frankowsku, no Lesta da Ucrânia. As chances de seus país realmente conseguir organizar, neste momento são de apenas 80%. "Se não for interrompida a construção do Centro Comercial Trojickyj, que se instala diante do estádio, é muito possível que a Euro 2012 não ocorra na Ucrânia". Błochin criticou o governo que até o momento, apesar dos alertas da UEFA sobre segurança no público, não tomou nenhuma medida para impedir a construção do centro comercial que coloca em risco a realização da Copa na Ucrânia. "Se o presidente Wiktor Juszczenko e o prefeito de Kiew, Leonid Czernowecki, não fizerem alguma coisa rápido, adeus Euro". A UEFA já comunicou ao governo ucraniano que interrompa a construção do Trojickyj, que respondeu apenas que a questão depende do proprietário do empreendimento. Mas segundo o técnico da seleção, Oleg o problema permanece sem atenção.
As declarações do técnico ucraniano preocupa a Polônia, pois sem a Ucrânia, os polacos também poderão ficar sem a Euro 2012, já que o campeonato deve ser realizado em conjunto entre os dois países, como será a Euro 2008 entre Áustria e Suíça. O novo ministro dos esportes da Polônia dias atrás apresentou a firma vencedora para construir o Estádio Nacional da Polônia, em Varsóvia, que será palco da abertura da Euro 2012. Apesar disto, os polacos já começam a correr contra o tempo, pois não é apenas o estádio de Varsóvia, que precisa ser construído, mas os outros previstos em Gdańsk, Pożnan, Wrocław e Cracóvia.

Aspecto atual do Estádio de Kiew

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Colombo era Salvador


Um pesquisador australiano, depois de anos de estudos, baseados em mapas dos séculos passados, causou profunda reviravolta nos meios históricos ao sustentar que a descoberta da Austrália não foi realizada pelo inglês James Cook, mas sim por portugueses. Além das provas constantes nos mapas da época, ele argumenta também que muitos dos acidentes geográficos da Austrália ainda hoje são de portugueses.
Ele é o historiador e jornalista australiano Peter Trickett, autor do livro “Beyong Capricon”. Sua tese atribui a paternidade da descoberta da Austrália e Nova Zelândia a descobridores portugueses. Em particular, a uma frota portuguesa, liderada pelo comandante Cristóvão Mendonça, em busca da mitológica Ilha do Ouro, referida por Marco Pólo, que na realidade existe duzentas léguas a sul de Samatra, e que descobriu a Austrália e a Nova Zelândia, 250 anos antes do inglês James Cook. A frota portuguesa teria partido de Malaca numa missão secreta, em 1522, em direção à costa Leste da Austrália, tocando em vários pontos do continente e regressando através da ilha Norte da Nova Zelândia.
No livro, Trickett sustenta que os portugueses mantiveram em segredo esta descoberta devido à rivalidade com os espanhóis. Se a teoria de Trickett estiver correta, isto significa que os europeus mapearam a Grande Terra do Sul e a Nova Zelândia, um século antes do que até era dado como certo. Há oito anos, o historiador australiano se deparou com um conjunto de mapas reproduzidos a partir do chamado Atlas de Vallard, do navegador Nicholas Vallard. Na verdade, uma coleção de mapas que representam o mundo como era conhecido na Europa no século XVI. O atlas que se encontra na Biblioteca Huntington, na Califórnia, foi desenhado por cartógrafos franceses em 1547, a partir de mapas portugueses roubados.
Estudiosos modernos repararam que um desses mapas continha traçados que faziam recordar a linha de costa de Queensland, ao lado de um ponto que assinala um ângulo com uma distância de 1500 km. Foi nesse momento que Trickett avançou com uma teoria – os franceses tinham separado, por erro, dois mapas portugueses que estavam copiando. Com a ajuda de um especialista em informática, o Trickett dividiu o mapa em dois e girou a parte inferior em cerca de noventa graus. Foi aí que verificou que carta coincidia quase na totalidade com a linha da costa Leste da Austrália e do Sul do continente até à localização das ilhas Kangaroo, onde hoje é o Sul da Austrália. Visível era também o norte da Nova Zelândia. Trickett se baseia também na descoberta de artefatos marítimos portugueses nas costas da Austrália, incluindo uma bala de canhão e um capacete “de origens portuguesas”, encontrado no porto de Wellington no início do século XX.
O historiador aponta ainda a descoberta, na década de setenta, de "chumbo" de linha de pescar, de origem portuguesa, na Ilha de Fraser, ao largo Queensland. Análises na "chumbada" indicaram que tinha sido forjada em Portugal, ao redor de 1500.


Agora, aparece um outro pesquisador, desta vez português mesmo, para causar um choque maior nos livros de história de todo o mundo e lançar cinzas sobre os historiadores italianos. O prof. Mascarenhas Barreto sustenta que Cristóvão Colombo não era genovês e tampouco se chamava assim. Na verdade, segundo Barreto, o descobridor da América era português do ducado de Beja e se chamava Salvador Fernandes Zarco. Transcrevo o artigo de Carlos Calado sobre o tema revolucionário.

QUEM DESCOBRIU AS AMÉRICAS?

Os acontecimentos históricos, tal como chegam ao nosso conhecimento, são o resultado das teses apresentadas pelos historiadores após pesquisas aturadas e investigação sobre vestígios ou documentos antigos a que possam ter acesso. Muitas vezes, é bastante escassa a documentação original sobre determinada época, tema ou personagem e algumas outras vezes os historiadores, inconsciente ou conscientemente deturpam ou adaptam os factos que investigam, de acordo com os seus preconceitos ou interesses.
Sobre o navegador e descobridor das Américas, perante a escassez de documentação original e fidedigna suficiente para determinar inequivocamente a sua nacionalidade, desenvolveram-se teorias diversas, tendo-se firmado a aceitação quase geral de que o descobridor das Américas, ao serviço dos Reis de Espanha foi um italiano – o genovês Cristóforo Colombo. As investigações e publicações de alguns historiadores portugueses, onde se destacam os contemporâneos Prof. Mascarenhas Barreto (“Colombo” Português – Provas Documentais, 2 volumes, ed. Nova Arrancada) e Prof. Manuel Luciano da Silva (Histórias da história, a odisseia dos judeus portugueses), vieram desmistificar a tese do Colombo genovês e contribuem para se poder afirmar, peremptoriamente, quem foi o verdadeiro descobridor das Américas. NASCIDO NA CUBA. O navegador Cristóvão “Colombo” será português, alentejano, nascido na Cuba? A tese, algo surpreendente para quem se habituou à versão oficial, tem alguns defensores, entre os quais se destaca o investigador Mascarenhas Barreto. A polémica promete alastrar, já que oficialmente aquele descobridor nasceu em Génova, Itália, de origem humilde. Estranho é que um homem do povo possa ter embarcado numa cruzada de magnitude inquestionável e que tivesse sido recebido pelos Reis Católicos de Espanha e pelo nosso Rei D. João II, como poucos nobres o eram. Mistérios que começam no próprio nome do descobridor das Américas: Cristóforo Colombo, Cristobal Colón ou Cristóvão Colom? A tese de Mascarenhas Barreto é o resultado de 15 anos de uma verdadeira epopeia em busca do verdadeiro “Colombo” – que nem italiano sabia falar ou escrever... O navegador, para ocultar a sua verdadeira origem, pelos motivos que adiante se compreenderão, utilizava nos seus documentos uma sigla cabalística cuja decifração em latim é:“Fernandus, ensifer copiae Pacis Juliae, illaqueatus cum Isabella Sciarra Camarae, mea soboles Cubae sunt”que significa:“Fernando, que detém a espada do poder em Pax Julia, ligado com Isabel Sciarra da Câmara, são a minha geração de Cuba”ou seja:“Fernando, duque de Beja e Isabel Sciarra da Câmara são os meus pais de Cuba”.

CRISTÓVÃO COLOM, ORIUNDO DA NOBREZA
A sigla cabalística fala das origens reais de Colom, cujo verdadeiro nome era Salvador Fernandes Zarco, e designa Cuba como sua terra natal, sendo de sublinhar que na altura do seu nascimento, não existia, nem em Itália nem em Espanha, nenhum outro lugar com esta denominação. Mascarenhas Barreto refere que basta ler, com cuidado, os documentos verdadeiros escritos por Colom para vermos que a história não pode ser como a conhecemos, já que ele nos dá as pistas todas para percebermos que as suas origens eram portuguesas. Uma das confusões instaladas nos livros de História prende-se com o falso nome do navegador que, no entender de Mascarenhas Barreto jamais se poderia chamar Colombo, mas sim Colom, pseudónimo utilizado pelo navegador, que por vezes também aparece referido como Guiarra ou Guerra. A palavra Colon resultou de uma castelhanização do apelido Colom, e após a morte do navegador o segundo “o” foi acentuado, dando “Colón” que persistiu até aos nossos dias, estando oculta a artificialidade daquele nome que foi “fabricado”.Olhando os antepassados de Salvador Fernandes Zarco também encontramos algumas pistas para o pseudónimo de Cristóvão Colom: sua avó materna era Constança Roiz de Sá (Almeida), filha de Rodrigo Anes de Sá e Cecília Colonna, a qual era filha de Giacomo Sciarra. Certamente o apelido Colom, por vezes referido como Guiarra, não foi inventado ao acaso.Mascarenhas Barreto atribui ao Infante D. Fernando, duque de Beja, segundo duque de Viseu e mestre da ordem de Cristo, irmão do Rei D. Afonso V e filho do rei D. Duarte, a paternidade de Colom. Provavelmente antes do seu casamento já agendado com D. Beatriz, D. Fernando teve uma ligação com Isabel Sciarra da Câmara, filha do navegador João Gonçalves Zarco – descobridor do arquipélago da Madeira. Fruto desta relação não oficial, o filho de ambos nasceu em Cuba, para onde Isabel da Câmara se tinha afastado de forma a ficar longe de murmúrios indesejáveis. O seu nome de baptismo foi Salvador Fernandes Zarco, explicitando claramente os seus ascendentes: Zarco por parte da família da mãe, como último apelido tal como se usava então e Fernandes a designar “filho de Fernando” como era habitual. Aos seis anos o jovem Salvador viajou com a mãe para o arquipélago da Madeira, a quem fora, convenientemente, arranjado casamento. Crescendo numa família de navegadores não é estranho que Salvador se tivesse interessado pelas coisas do mar e revelado natural conhecimento, tendo iniciado, aos 14 anos, a vida marítima nas caravelas portuguesas em viagens para a costa de África. Este facto junta-se a tantos outros que justificam a origem portuguesa do navegador, pois por decreto real, os estrangeiros estavam proibidos de navegar nas caravelas e naus portuguesas dos descobrimentos.

CÓPIAS E FALSIFICAÇÕES
Como data para o nascimento do navegador, Mascarenhas Barreto aponta o ano de 1448 e não 1451 como falsamente documentado pelos italianos para o seu Colombo, sendo essa data sustentada por escritos do próprio Colom, constantes do seu Diário de bordo, com data de 21 de Dezembro de 1492: “tenho andado 23 anos no mar sem sair tempo que tenha de contar”. Sabendo que começou a navegar aos 14 anos e que esteve 7 anos em Castela até conseguir uma resposta positiva dos Reis Católicos, tal perfaz 44 anos à data do escrito (1492). Outro facto intrigante prende-se com as origens humildes do Colombo italiano pois nem um genovês consegue convencer que alguém nasce duas vezes, pelo que se conclui irrefutavelmente que o cardador de lãs, tecelão ou taberneiro de Génova (tal como apresentado pelos italianos) jamais poderia encontrar-se na pele de explorador dos mares. Alega Mascarenhas Barreto que toda a documentação apresentada pelos supostos historiadores italianos, e não só, padece de uma enfermidade de origem, já que, não raras vezes, eram verificadas alterações ou deturpações nas sucessivas edições copiadas desses documentos, que pareciam tentar ampliar cada vez mais a justificação do Colombo italiano. Os italianos conseguiram o prodígio de arranjar documentos para Cristóforo Colombo, para o seu pai e sua mãe, mas esta família parece que está completamente isolada e suspensa na geneologia: não há ascendentes, nem descendentes, nem parentes. Absolutamente nada. Naquele tempo nem a nobreza tinha atestados de nascimento, e mesmo dos próprios reis, só sabemos quando nasceram porque se registava a data da sua morte e a idade que tinham. Como é então possível que um simples cardador de lãs tivesse registos civis, e que, pior do que isso, estes só tenham “aparecido” em meados do século XIX? E, mais grave ainda, apareceram documentos contraditórios entre si e outros com factos impossíveis. Além dessas incoerências existe um outro aspecto inconcebível, que é o facto de os italianos não apresentarem quaisquer documentos originais, mas apenas cópias para confirmação de factos históricos credíveis. Tal só se justifica porque nunca existiram documentos originais que demonstrem a nacionalidade italiana do navegador.

ESPIÃO AO SERVIÇO DO REI PORTUGUÊS
Mascarenhas Barreto defende que, apesar do aparente servilismo aos Reis Católicos com o fito de encontrar uma nova rota para chegar à Índia navegando para Ocidente em volta da Terra, Colom estaria verdadeiramente ao serviço de D. João II, Rei de Portugal desde 1481, e primo do navegador. (D. João II era filho do Rei D. Afonso V, de quem D. Fernando, duque de Beja, era irmão) O Rei português pretendia forçar a alteração do tratado de Toledo (1480) com os espanhóis, que concedia a Espanha o domínio sobre as terras e águas atlânticas para além de 100 léguas de Cabo Verde acima de um paralelo localizado a sul das Canárias e a Portugal o domínio abaixo desse paralelo.Para conseguir concretizar os seus intentos, D. João II, enviou a Espanha o navegador Salvador Fernandes Zarco, que se apresentou sob o pseudónimo de Cristóvão Colom, com a missão de convencer os Reis Católicos a financiar e investir na procura da rota das Índias pelo Ocidente, devendo manter sempre oculta a sua origem.Os Reis Católicos sabiam certamente que era português, mas julgaram tratar-se de um navegador a quem D. João II tinha recusado financiar essa mesma expedição, e que, como tal, se virava para Espanha. Só após 7 anos de infrutíferas tentativas Colom conseguiu convencer os Reis, apesar dos seus vastos conhecimentos e experiência de navegação atlântica. Como poderia um cardador de lãs genovês, sem qualquer experiência de navegação, ter sido recebido e convencido os Reis de Espanha a financiar tal aventura? Como se explica, com as limitações impostas pelo tratado de Toledo vigente, que Colom navegasse até às Canárias e depois virasse para sul, sabendo que tudo o que descobrisse não seria para Espanha mas sim para Portugal? O objectivo de D. João II era que Colom, ao serviço dos Reis de Espanha, descobrisse terras na zona atribuída a Portugal, para justificar um protesto legítimo e fazer alterar o Tratado por um mais favorável. No regresso da sua viagem, Colom não se dirigiu directamente a Espanha, mas “inventou” uma tempestade que o obrigou a permanecer em solo português durante vários dias, tendo aproveitado para visitar a família na Madeira e ter falado com D. João II, dando-lhe conta das suas descobertas. Só depois foi para Espanha ter com os Reis que lhe financiaram a viagem.


BULAS E TRATADOS
Usufruindo da grande vantagem do Papa Alexandre VI ser ítalo-castelhano, os Reis Católicos conseguiram obter uma série de Bulas que lhes asseguravam o direito de propriedade sobre as terras recém descobertas e numa delas atribuía a Espanha o domínio exclusivo de todas as ilhas e terras firmes, já descobertas ou que viessem a sê-lo, situadas a ocidente de uma linha imaginária traçada de pólo a pólo que passasse 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde e dos Açores. Naturalmente que os portugueses, não satisfeitos com a decisão, já que sabiam da existência de terras para lá dos limites que lhes eram atribuídos, assumiram uma atitude belicista, colocando a península Ibérica na eminência de um conflito armado. Em Junho de 1494 foi assinado o tratado de Tordesilhas, definindo-se uma linha meridiana, de pólo a pólo, 370 léguas a ocidente de Cabo Verde e estabelecendo-se que as terras que ficassem a oeste do referido meridiano pertenceriam à coroa espanhola e as que ficassem a leste pertenceriam à coroa portuguesa. Dessa forma evitou-se o conflito, deixando os espanhóis acreditar que tinham deixado a Portugal somente a posse de 270 léguas a mais no Oceano e a Espanha garantia a posse das ilhas antilhanas descobertas por Colom. Na realidade, este novo Tratado imposto por Portugal contra Espanha foi previamente aceite pelo Papa sem perceber a insistência portuguesa, mas os portugueses já tinham descoberto o Brasil e a Terra Nova, só que não tinham divulgado essas descobertas por ficarem na zona que estava então atribuída a Espanha.Cristóvão Colom conseguiu dessa forma assegurar para Portugal tanto o controlo do Atlântico Sul como a parte de terra firme que fica a leste da linha imaginária – o Brasil. Significativamente, na sua primeira Bula “Inter caetera” de 3 de Maio de 1493, o Papa, legitimando o acordo para o tratado de Tordesilhas e mencionando o navegador, aceitou a ortografia de CHRISTOFOM COLON. CUBA, DESCOBERTA POR COLOM Muitos foram os lugares descobertos por Colom ao serviço dos Reis de Espanha que lhe concederam o título de Almirante: a primeira ilha que descobriu foi Guananahi, a que deu o nome de S. Salvador (no actual arquipélago das Bahamas). Ora, apesar de usar o pseudónimo de Cristóvão, e de assinar XpoFERENS (aquele que leva Cristo) na sigla cabalística, o verdadeiro nome do navegador era Salvador.À segunda ilha deu o nome de Santa Maria da Conceição. Procurando a origem de Santa Maria da Conceição, que Frei Fernando Colom, filho do navegador, indica estar relacionada com a devoção do Almirante, verificou-se que nem em Córdova, nem em Sevilha por onde Colom andou em Espanha, nem em Génova existia qualquer igreja devotada a Nª Sra. da Conceição, mas sim em Beja, o convento mandado edificar pelo Infante D. Fernando (pai de Colom) em 1467.À terceira ilha deu o nome de Fernandina, tendo Frei Fernando Colom referido que o foi em honra de D. Fernando, o Rei Católico de Espanha. Mas o topónimo Fernandina não deriva de Fernando, e sim de Fernandes (filho de Fernando) e Colom tinha Fernandes no seu nome verdadeiro, Salvador Fernandes Zarco. À quarta ilha chamou Isabela, que poderia ser em homenagem à Rainha Isabel a Católica mas também em homenagem a sua mãe, Isabel da Câmara. Mas se fosse em homenagem à Rainha Católica, que mais apoiou Colom enquanto o Rei não o aceitava, ter-lhe-ia dado primazia e atribuído o nome à terceira ilha. E à quinta ilha o nome de Juana, admite-se que em honra do Rei D. João II, mas depois, para manter o sigilo da sua missão, trocou-o por Cuba, nome da sua terra natal no Alentejo.Os nomes que Colom foi atribuindo aos lugares das Antilhas que descobriu correspondem, na sua maioria, a topónimos portugueses, quase sempre do Alentejo, nomeadamente S. Bartolomeu, S. Vicente, S. Luís, Sta. Luzia, Guadiana, Porto Santo, Mourão, Isabel, Sta. Clara, S. Nicolau, Vera Cruz, Espírito Santo, Guadalupe, Conceição, Cabo de S. João, Cabo Roxo, S. Miguel, Sto. António, Sto. Domingo, Sta. Catarina, S. Jorge, Trindade, Ponta Galera, S. Bernardo, Margarida, Ponta de Faro, Boca de Touro, Cabo Isabel, ilha dos Guinchos, Salvador, Santarém, Cuba, Curaçao e Belém, entre outras. Sendo certo que alguns destes nomes são comuns em português e castelhano, outros só existiam na língua portuguesa, como Brasil, Santarém, Curaçao, Faro, Belém, Touro, e Ponta. Ora, se o navegador Cristóvão Colom tivesse nascido em Génova, porque motivo nunca atribuiu a nenhuma das suas descobertas um nome em honra das cidades famosas de Itália. Cuba, em português antigo “coba” significava “torre” e não tinha qualquer significado noutro país. Cristóvão Colom deu, à maior ilha que encontrou o nome de Cuba, sua terra natal, tendo explorado toda a ilha excepto o limite oeste pois temia que tivesse ligação com o Oceano Pacífico e que a partir daí fosse possível alcançar a Índia, que ele não desejava entregar aos espanhóis.

UM EMBUSTE CHAMADO COLOMBO
Como justificação para o embuste chamado Colombo, Mascarenhas Barreto tem uma explicação que assenta fundamentalmente na necessidade sentida pelos italianos, após a reunificação das várias repúblicas em meados do séc. XIX, de encontrarem um símbolo nacional. Cristóforo Colombo vestia bem a pele de herói, já que de simples cardador de lãs se teria tornado no “descobridor da América” (com a ajuda da Banca italiana). Os italianos precisavam de um ídolo que os revalorizasse perante o resto da Europa após séculos de constantes derrotas militares, cedências políticas e dependências de coroas estrangeiras.


DESFAZER AS DÚVIDAS
A teoria do Colombo genovês conseguiu implantar-se nos livros de história, mas cada vez mais se levantam as dúvidas, e é bem possível que o que é tomado como verdade hoje, já não seja a verdade de amanhã quando se publicarem os estudos do ADN às ossadas que estão na catedral de Sevilha, atribuídas ao navegador (ou em Santo Domingo ou em Havana, pois nem isso é certeza) e se comparem com as de seus descendentes conhecidos, para confirmar se são ou não de Cristóvão Colom, e que depois disso se vá mais além, fazendo a exumação das ossadas de D. Fernando, Duque de Beja para verificar se este era ou não o pai de Colom. Pelo monograma que incluiu em alguns dos seus escritos, acima das suas siglas, e que foi decifrado como correspondendo às iniciais S F Z, e por aquilo que o navegador, de verdadeiro nome Salvador Fernandes Zarco escreveu, não há dúvidas: “Fernandus, ensifer copiae Pacis Juliae, illaqueatus cum Isabella Sciarra Camarae, mea soboles Cubae sunt”ou seja“Fernando, duque de Beja e Isabel Sciarra da Câmara são os meus pais de Cuba”
* Texto baseado nas obras do Prof. Mascarenhas Barreto e Dr. Luciano da Silva (retirado do sitio "Amigos de Cuba".