segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024
Nova Embaixadora da Polônia em Curitiba
terça-feira, 16 de janeiro de 2024
Os restos mortais do príncipe polaco em Jacarezinho foram para a Polônia
O príncipe faleceu em Jacarezinho, no dia 22 de novembro de 1953, e foi sepultado no cemitério da cidade.
Além de ser um importante membro da nobreza polaca e administrador de Przeworsk (cidade que fica no sudeste da Polônia), também ficou conhecido pelos polacos como “promotor da indústria nacional”.
Lubomirski usou parte do patrimônio da família para construir estradas, usinas e fábricas que fizeram da região uma das mais desenvolvidas da Polônia, entre o final do século XIX e início do século XX. Ele também foi curador literário, ativista social, político, e lutou pela recuperação da independência do país logo após a Primeira Guerra Mundial.
“O príncipe Lubomirski era um homem que todas as instituições queriam ter nas suas fileiras – fosse associação, fundação ou pequena instituição, porque se sabia que isso era uma garantia de apoio. Onde ele estivesse, todos poderiam ter certeza de que ele seria um verdadeiro defensor das questões levantadas. É a ele que devemos a fábrica de açúcar construída em 1895, bem como a ferrovia que liga Przeworsk a Dynów, concluída em 1904, que hoje torna nossa região famosa como um grande atrativo turístico”, enfatiza Małgorzata Wołoszyn, historiadora e curadora do museu Przeworsk.
O museu está localizado no Palácio Lubomirski, onde o príncipe viveu até o final da Segunda Guerra Mundial.
No ano passado uma comissão foi criada na cidade Przeworsk com a intenção de oferecer ao príncipe um funeral com honras de Estado. Desde então, a equipe deu início aos preparativos para a cerimônia.
Sem alardes os restos mortais do príncipe foram retirados do cemitério de Jacarezinho no final do ano passado e enviados ao país natal dele, numa operação que contou com o suporte do Consulado Geral da Polônia, em Curitiba.
A cerimônia terá início no dia 19, em Przeworsk, com a exposição da urna com os restos mortais do príncipe e uma missa celebrada pelo arcebispo local. A cerimônia continua no dia seguinte, quando a urna será depositada na cripta da família Lubomirski, na Capela do Santo Sepulcro em Przeworsk.
O Governo Polaco fará Homenagem ao Príncipe, em Jacarezinho. Além das solenidades realizadas na Polônia no próximo fim de semana, também haverá uma celebração em homenagem ao príncipe em Jacarezinho.
Segundo o prefeito Marcelo Palhares, o Consulado pretende colocar uma placa no túmulo onde Andrzej Lubomirski foi sepultado. “Estamos conversando com o Consulado para definirmos a melhor data para a cerimônia. A senhora cônsul geral da Polônia já nos comunicou da intenção de vir a Jacarezinho para participar das homenagens”, explicou.
“É um privilégio. Ele era um homem a frente de seu tempo, um empreendedor muito respeitado em seu país, e que ajudou no desenvolvimento de seu povo. Ficamos honrados em saber que Jacarezinho fez parte da vida desse homem tão importante para o povo polonês, e vamos trabalhar para difundir sua história e preservar sua memória”, destaca o prefeito.
Nascido em Cracóvia no ano de 1862, Andrzej Lubomirski, fugiu da Polônia em 1945, no final da Segunda Guerra Mundial. Depois de passar pela Bélgica e pela França, chegou ao Brasil em setembro de 1952, em companhia do filho Jerzy Lubomirski.
Pouco depois de desembarcar no Brasil, o príncipe veio para Jacarezinho, onde ficou sob os cuidados de Cecylia de Bourbon Duas Sicilias, que era casada com Dom Gabriel de Bourbon, ligado à família Imperial Brasileira.
Cecylia era polaca e sobrinha do príncipe Lubomirski. Andrzej viveu menos de um ano em Jacarezinho. Ele morreu de causas naturais, aos 91 anos de idade.
Durante todos esses anos, pouco se sabia a respeito do príncipe Lubomirski, em Jacarezinho.
Até que em 2019, o jornalista Fabiano Oliveira começou a pesquisar sobre ele e entrou em contato com o Museu de Przeworsk. “As autoridades polonesas sabiam que Andrzej havia morrido no Brasil. Porém, eles nunca tinham visto sequer uma foto do túmulo. Por isso, assim que enviei algumas fotos, vários jornais poloneses fizeram reportagens repercutindo o assunto e alguns familiares me procuraram para saber mais informações”, conta.
“Confesso que não imaginava uma repercussão tão grande. Mas penso que o príncipe ficaria feliz em saber que finalmente seus os restos mortais descansarão em sua amada Polônia”, conclui.
Fonte: Assessoria de imprensa Prefeitura Municipal de Jacarezinho
Também este blog publicou anos atrás sobre a presença e o falecimento do nobre Lubomirski em Jacarezinho.
Para saber mais leia, em:
https://iarochinski.blogspot.com/2020/06/um-szlachta-polaco-em-jacarezinho.htmlquinta-feira, 21 de dezembro de 2023
Tusk recupera o controle dos veículos de comunicação estatais
A polícia foi chamada para retirar os ocupantes e impedir que Jarosław Kaczyński invadissem a sede da TVP |
Separadamente, um tribunal, que não está sob controle político, condenou na quarta-feira dois proeminentes políticos do PiS a penas de prisão por crimes cometidos quando o partido de Jarosław Kaczyński governou brevemente, de 2005 a 2007, quando seu irmão gêmeo Lech era o Presidente da República.
A televisão estatal TVP, a Rádio Polaca e a Agência de Imprensa Polaca (PAP) ficaram sujeitas a uma forte censura política pouco depois do partido de extrema-direita PiS ter conquistado o poder em 2015.
A mídia estatal também apoiou fortemente o PiS na campanha para as eleições parlamentares deste ano.
O governo do Partido Direito e Justiça gastou mais de 2 mil milhões de złotys (2.471.486 milhões de euros) na TVP este ano e mais de 7 mil milhões (8.650.201 milhões) de 2017 a 2022.
Tais gastos desmedidos e situação política foram preponderantes para a tomada de decisão de recuperar o controle dessas instituições de Tusk e o seu governo de Coalizão de Centro-Esquerda antes das eleições locais da próxima primavera e das eleições europeias em junho.
Na manhã de quarta-feira, o Ministro da Cultura, Bartłomiej Sienkiewicz, demitiu os diretores, chefes e editores da TVP, da Rádio Polaca e da PAP. O Ministério indicou que “exerce direitos de propriedade em benefício do erário público do Estado, e detém 100% das ações” em empresas públicas de comunicação social.
O ministério afirmou ainda num comunicado: “O Ministro nomeou novos conselhos de supervisão para as empresas acima mencionadas, que por sua vez nomearam novos conselhos de administração”.
Os atuais funcionários ligados ao PiS foram proibidos de entrar nos edifícios dos meios de comunicação social e a polícia foi chamada.
O canal de notícias 24 horas da TVP, o TVP Info, saiu do ar, brevemente, após o anúncio da decisão, antes de retornar com uma antiga série de televisão sobre um padre que trabalha como detetive (versão polaca do seriado italiano com Terence Hill (nome artístico de Mario Giuseppe Girotti). A TVP1, principal canal de televisão pública do país, apenas transmitiu seu logotipo durante 10 minutos, em vez dos programas regulares do meio-dia.
Um dia antes, o Parlamento aprovou uma moção apelando ao Ministério da Cultura para que tome medidas decisivas para restaurar “o acesso dos cidadãos à informação fiável e ao funcionamento dos meios de comunicação públicos, bem como para garantir… [sua] Independência, objetividade e pluralismo.”
Antes desta votação, o Presidente Duda enviou mensagem ao Parlamento, pedindo aos deputados que “agissem dentro dos limites da Constituição”.
A medida de quarta-feira foi recebida com indignação pelos deputados do Partido Direito e Justiça, muitos dos quais ocuparam a sede da TVP, em Varsóvia, numa tentativa de evitar mudanças administrativas. A eles juntou-se Jarosław Kaczyński, líder do PiS e governante de fato da Polônia desde 2015.
Kaczyński, visivelmente irritado bradou: “Esta é uma defesa da democracia”. Raivoso, ele havia dito na terça-feira, à noite. “Em cada democracia deve haver uma forte mídia antigovernamental.”
Confrontado por manifestantes anti-PiS, na quarta-feira, Kaczyński ficou furioso. Aos gritos ele disse para um manifestante contrário à sua ideologia: “Cuidado, você acaba na cadeia, seu merdinha”.
Voz forte
Os meios de comunicação públicos polacos são financiados através de taxas de licença obrigatórias pagas pela população e, por lei, são considerados isentos de preconceitos. Nos governos anteriores, inclinaram-se para quem estava no poder, mas tentavam ser amplamente justos.
Perder o controle dos poderosos meios de comunicação, imediatamente, após perder o Poder é um golpe duplo para o partido conservador, que buscou levar o país às trevas da idade média.
“O governo Tusk está implementando seu plano de confiscar os meios de comunicação públicos, ignorando a lei”, disse Beata Szydło, antiga primeira-ministra do PiS e agora membro do Parlamento Europeu. Ele disse no site X. “A administração Tusk atropela os princípios básicos da democracia.”
Maciej Swirski, chefe do instituto regulador estatal de mídia apoiado pelo PiS, descreveu a medida como uma “violação flagrante da lei”.
Mas a Nova Coalizão governante celebrou. “Bom dia, mídia livre.” Disse Robert Biedroń, membro do Parlamento Europeu pelo Partido da Nova Esquerda, que faz parte da coligação liderada por Donald Tusk.
Faz parte de um esforço mais amplo do governo Tusk para isolar o PiS das fontes de poder político e dinheiro.
As empresas controladas pelo Estado, a maioria das quais dirigidas por partidários do PiS, estão se preparando para uma verdadeira e imensa purga. Nos últimos dias, o parlamento criou comissões especiais que investigarão irregularidades passadas, como contratos duvidosos da era do coronavírus e o gasto de 70 milhões de złotys para realizar as eleições de 2020 por voto postal, que não foi autorizado pelo parlamento. Na terça-feira, Tusk nomeou novos chefes dos principais serviços de inteligência e segurança, para os postos dos que foram acusados de apoiar o PiS e de espionar os adversários do partido.
Na quarta-feira, o tribunal também condenou dois proeminentes parlamentares do PiS à prisão por abuso de poder, em 2007, na sequência de uma decisão do Supremo Tribunal de que o perdão de Duda em 2015, era falho.
Os dois – Mariusz Kamiński, antigo ministro dos serviços de segurança, e o seu vice, Maciej Wasik – disseram que iriam ignorar a decisão e recusar-se a ceder os seus assentos parlamentares. “Esta decisão, que não reconhecemos, não dá razão para virarmos os nossos assentos. É desprezível”, disse Kamiński no parlamento.
O novo Ministro da Justiça Adam Bodnar disse: “Somos todos iguais perante a lei e obrigados a obedecê-la… Só um tribunal independente pode decidir a culpa. É disso que se trata o Estado de direito.”
O gabinete do presidente Duda insistiu que a decisão era falha. “Perdão, senhores, e o perdão é válido e tem força legal,” disse Małgorzata Babroka, Assessora do Presidente.
Fonte: Agência Reuter
terça-feira, 19 de dezembro de 2023
O governo de Donald Tusk já se decidiu sobre o orçamento
Donald Tusk anunciou o projeto do orçamento aprimorado, em um dia politicamente quente, na manhã desta terça-feira 19/dez. A emenda foi necessária, porque durante os cálculos preparados pelo governo de Mateus Morawiecki, não haveria lugar para a implementação das promessas eleitorais feitas pela Coalizão de partidos que agora governam a Polônia.
sábado, 16 de dezembro de 2023
O idioma de 5 Prêmios Nobel de Literatura
segunda-feira, 11 de dezembro de 2023
Kaczyński desesperado ataca Tusk
Naquele momento, o presidente da Câmara dos Deputados pediu que Kaczyński deixasse a tribuna. "Esses insultos são estranhos, quando ditos neste momento e neste dia, Sr. Kaczyński", enfatizou Szymon Hołownia. "Desculpe pelo errado e pelo final deste dia sublime", acrescentou depois de um tempo.
Finalmente, depois das ações polêmicas do Presidente da República, Andrzej Duda, o deputado Donald Tusk foi eleito primeiro-ministro da Polônia. Ele foi eleito com votos de 248 deputados contra 201. Quatro deputados da oposição votou junto com o partido de Kaczyński.
"Dedico ao Sr. Presidente. Sou culpado por meus dois avós. Hoje, eu também ouvi "vá para Berlim", "Für Deutschland". Todos os dias eu ouvia este álbum gravado há muitos anos por Jacek Kurski. Quando ele gravou este álbum, seu irmão Lech Kaczyński, para mim, disse publicamente, que um bastardo, como Kurski, não viu o que ele fez," afirmou Tusk.
A história do "Avô Tusk de Wehrmacht" dominou a campanha, antes da segunda rodada das eleições presidenciais, em 2005, graças a Jacek Kurski. Como membro da equipe eleitoral de Lech Kaczyński, em uma entrevista ao semanário "Angora", Kurski disse: "Fontes sérias na Pomerania dizem que o avô de Tusk se ofereceu para a Wehrmacht".
A consequência dessas palavras, foi excluir Kurski do grupo de colaboradores do candidato do Partido Direito e Justiça. Kurski estava, então, temporariamente fora da campanha.
"Eu tenho que me desculpar com você por esse elemento da campanha negra", disse o ex-presidente da República falecido Lech Kaczyński para Donald Tusk durante aquele debate na televisão TVN, naquela eleição presidencial.
O avô Józef Tusk serviu na Wehrmacht, mas pelas informações fornecidas pela família, parece que ele foi incorporado a esta unidade pela força, em agosto de 1944, e não teve qualquer influência sobre ela. Ele serviu nas forças alemãs por vários meses, provavelmente, no deserto ou foi levado ao cativeiro britânico.
"Com isso, as forças armadas alemãs é um limão, mas vamos a elas porque as pessoas sombrias compram essas palavras que são atribuídas a Jacek Kurski como os jornalistas Tomasz Lis, Wiesław Władyka, Tomasz Wołek e Katarzyna Kolenda-Zaleska".
quarta-feira, 6 de dezembro de 2023
Rydzyk - o padre poderoso da Polônia
quinta-feira, 30 de novembro de 2023
O presidente da república atrasará o governo de Donald Tusk?
terça-feira, 21 de novembro de 2023
Deputado de oposição foi eleito presidente do parlamento polaco
O PiS alcançou o maior número dos lugares no parlamento, é verdade, mas sem conseguir formar uma maioria, e que poderá ser garantida pela coligada oposição pró-europeia. Foi esta vitória nas urnas que fez o presidente da República, Andrzej Duda, escolher o primeiro-ministro cessante Mateusz Morawiecki a formar um novo governo, mesmo sabendo que não terá como obter a confirmação do novo parlamento.
O PiS garantiu 194 dos 460 deputados, face a uma maioria declarada de 248 deputados, membros das três formações pró-europeias aliadas: a Coligação Cívica do ex-presidente do Conselho Europeu Donald Tusk (centrista), a Terceira Via (democrata-cristã) e a Nova Esquerda.
A extrema-direita ultranacionalista Coalização, que tem manifestado distanciamento face aos dois campos políticos, garantiu 18 deputados.
No decurso desta primeira sessão, Morawiecki e o seu governo devem apresentar a demissão e tentar formar um novo gabinete.
Os deputados poderão ainda votar os primeiros textos legislativos, relacionados com o Estado de Direito e a interrupção voluntária da gravidez, ou seja, o aborto, que atualmente é totalmente proibido na Polônia e considerado crime. Esta criminalização manda para a prisão mulheres que foram estupradas, filhos com má-formação e que não desejam dar à luz.
Os dirigentes das três frentes de oposição assinaram, na sexta-feira, um acordo formal de coligação que dever servir de "roteiro" para a aliança, numa perspetiva de subida ao poder, e com Donald Tusk no cargo de primeiro-ministro.
O documento revela a posição dos partidos aliados sobre questões polêmicas, incluindo a gestão econômica e ambiental do país, a recuperação das boas relações com a União Europeia, a reformulação dos meios de comunicação públicos, a separação da Igreja do Estado e a flexibilização do aborto.
Caso Morawiecki não consiga formar um novo governo sob sua presidência, a oposição deverá provavelmente assumir o poder em meados de dezembro.
segunda-feira, 6 de novembro de 2023
Presidente da Polônia trai os eleitores que votaram na oposição
Presidente da República da Polônia - Andrzej Duda |
O presidente da República da Polônia sendo o presidente de honra do PiS - Partido do Direito e Justiça.
O Sr. Andrzej Duda resolveu desconsiderar os votos majoritários na coligação de partidos que venceu as últimas eleições parlamentares da Polônia de 15 de outubro último.
As coalizões e partidos de oposição conseguiram a maioria dos postos na Câmara dos Deputados, com 248 cadeiras contra o partido do presidente da República, que embora tenha eleito 194 deputados, não deveria formar o novo governo.
Mas Duda decidiu que Mateusz Morawiecki é o seu a receber a missão de formar o novo governo da Polônia. Morawiecki é o atual primeiro-ministro. Duda, na qualidade de presidente da República, tem a missão de indicar o candidato a primeiro-ministro, e segundo ele, está seguindo a tradição e a constituição: o partido que obtém o maior número de cadeiras no parlamento é que forma o novo governo.
"Após calmas análises e consultas, decidi confiar a missão de formar um governo ao primeiro-ministro Mateusz Morawiecki." disse Duda, em pronunciamento à nação.
Em sua mensagem especial, o Presidente Andrzej Duda comentou os resultados das eleições parlamentares. Agradeceu a todos os polacos pela elevada participação e lembrou que após o anúncio dos resultados eleitorais pela Comissão Nacional Eleitoral, realizou consultas com todas as comissões que terão os seus representantes no parlamento.
Em mensagem especial, o presidente Andrzej Duda indicou a quem confiaria a missão de formar o governo, "após calmas análises e consultas, decidi confiar a missão de formar um governo ao primeiro-ministro Mateusz Morawiecki."
A decisão de Andrzej Duda não surpreendeu os políticos da oposição que estão apenas a terminar as negociações para estabelecer um governo comum.
"É uma pena que o senhor presidente não tenha ficado do lado do Estado, do lado dos cidadãos e do lado da democracia. Em 15 de outubro, a democracia indicava claramente quem deveria formar o governo", afirmou Krzysztof Hetman, do partido PSL - Partido Popular.
O vice-presidente do Partido Popular Polaco, afirmou que o Presidente quis ficar do lado do seu partido, o PiS. "É apenas uma perda de tempo, da Polônia e de fundos públicos, que se têm espalhado excessivamente nos últimos dias", declarou Hetman.
As repercussões não param. A Confederação, que teve 7,6 dos votos, por meio de um de seus deputados eleitos, Przemysław Wipler, declarou: "Nenhum dos deputados da Confederação apoiará Mateusz Morawiecki na obtenção de um voto de confiança". Na sua opinião, o fato do presidente confiar a tarefa de formar um governo ao atual primeiro-ministro é uma decisão que não surpreende.
Segundo o jornalista e comentarista político do sítio de notícias Onet.pl, Andrzej Stankiewicz, "O presidente que confia a Mateusz Morawiecki a missão de formar governo tem apenas um objetivo. Bem, Andrzej Duda quer mostrar ao eleitorado do seu partido PiS que não é responsável pela queda do governo da Extrema-Direita polaca. Outra coisa e a mais importante em seu discurso, é que ele anunciou entre meias-palavras que não bloquearia a mudança de poder e a nomeação de Donald Tusk como primeiro-ministro. E ele tomou decisões específicas que mostram isso. Foi praticamente uma conclusão precipitada desde o dia das eleições. O Presidente da República confiou ao atual primeiro-ministro e deputado do seu partido eleito, Mateusz Morawiecki, a missão de formar governo, usando como pretexto os resultados da votação. Segundo ele, o PiS venceu as eleições. Claro, Duda sabe perfeitamente que se trata de uma missão fictícia porque Morawiecki não tem maioria. Sua única chance seria chegar a um acordo com o Partido Popular e a Confederação. Embora os confederados estejam em desordem e aceitem qualquer oferta, o Partido Popular, oprimido pelo PiS durante anos, não quer ouvir falar de uma aliança com Kaczyński e Morawiecki."
E Stankiewicz se pergunta:
"Quanto tempo vai durar esse show? No máximo quatro semanas a partir da primeira sessão da Câmara, que será realizada no dia 13 de novembro. O presidente tem 14 dias, a partir da primeira sessão, para nomear o chefe do governo e prestar juramento aos ministros. Depois - o mais tardar 14 dias após a sua nomeação. Então, o Primeiro-Ministro fará uma exposição e apresentará uma moção de voto de confiança no governo. Assim, em meados de dezembro iremos despedir-nos do Primeiro-Ministro Mateusz Morawiecki.
"O presidente Andrzej Duda serviu consistentemente ao PiS”, comentou o prefeito da capital Varsóvia, Rafał Trzaskowski, sobre o discurso do chefe de Estado. Ele observou que a maioria parlamentar está do lado da coalizão democrática, e a decisão de Duda “não é apenas um jogo de paralisação e distorção da realidade”, mas também “um jogo deliberado com as emoções de todos os eleitores”.
Já o editor chefe do portal, Onet, comentou: "Ele escolheu a última solução porque Mateusz Morawiecki tem, exatamente, as mesmas possibilidades de formar um governo que eu ou a Sra. Basia da padaria. O presidente teve a opção de estabilizar rapidamente o governo ou prolongar a agonia do atual governo. Ele escolheu a última e nenhuma outra explicação relevante é possível".
"Não haverá cooperação entre Andrzej Duda e o novo governo. Serão dois anos de boxe, um período não construtivo para a recuperação da Polônia", afirmou a socióloga Dra. Helena Chmielewska-Szlajfer. Ela não crê que Morawiecki obterá o voto de confiança do Parlamento para tomar posse mais uma vez como primeiro-ministro. Segundo a socióloga, "sua própria carreira assumiu a decisão. Apostou no partido que lhe deu tudo. Ele não vinculou a sua decisão aos votos dos eleitores, mas foi guiado pelas suas próprias necessidades internas e pelo seu destino futuro." O de ser herdeiro do seu líder Jarosław Kaczyński.
Fontes: Veículos de comunicação da Polônia.