quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Lepper se suicidou em Varsóvia


Embora com duas semanas de atraso, registro a morte do polêmico parlamentar polaco Andrzej Lepper.
Andrzej Lepper, co-fundador e presidente do Partido Samoobrona (autodefesa), ex-ice-Primeiro-Ministro, ex-Vice-Presidente do Parlamento, e ex-ministro da Agricultura, foi um político conhecido, principalmente, por suas ações, discursos polêmicos e escândalos morreu na sexta-feira, 5 de agosto, em Varsóvia, na sede do seu partido. Lepper estava com 57 anos. De acordo com o porta-voz e chefe de polícia Mariusz Sokołowski, tudo indica que, Andrzej Lepper cometeu suicídio.
Lepper foi durante anos uma das figuras mais conhecidas, mas mais controversas na vida pública polaca. Ele começou a sua presença na vida pública, em grande estilo, comandando protestos dos camponeses polacos. Fechou estradas e invadiu a praça diante do parlamento montado num trator.
Por muitos anos, usou como slogan político, "Eles já eram", em referência a própria classe política que o levou de "um baderneiro do campo" às cadeira de Vice-Primeiro-Ministro de Estado e Ministro da Agricultura. Este último cargo foi durante muitos anos motivo de seus protestos.
Um dos maiores escândalos em sua carreira foi o que ficou conhecido como "Praca za seks" (ou sexo depois do trabalho". Foi acusado de assédio sexual e perversão)
Lepper no início da sua carreira visitou várias cidades do Sul do Brasil. Esteve em Curitiba, Araucária, São Mateus do Sul, Guarani das Missões-RS e Porto Alegre, entre outras.



quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Estádios de Cracóvia prontos




Enquanto as 4 cidades (Varsóvia, Wrocław, Poznań e Gdańsk), que sediarão a EuroCopa 2012, na Polônia, ainda estão às voltas com as construções de seus estádios. A cidade de Cracóvia, que foi alijada da competição está com dois estádios prontos. O do Cracóvia do lado esquerdo do Parque Błonia (pron.: búonia)e o do Wisła Kraków (pron.: wíssua crácuf)- Im. Henryka Reymana - do lado direito do mesmo parque.
Modernos e adequados em termos de capacidade, em função da população da cidade de 750 mil habitantes, o estádio do Wisła é para 33.208 torcedores sentados e o do Cracóvia - Marszałek Piłsudski Stadium - para 15.500 espectadores.




terça-feira, 23 de agosto de 2011

Podolski em baixa


Depois de oscilar com a camisa do Bayern de Munique, que pagou 10 milhões de euros por sua contratação, o atacante Łukas Podolski voltou ao modesto Colonia, onde foi revelado.
Pelo visto, o craque polaco, corre o risco de disputar a segunda divisão no país germânico, já que sua equipe está na lanterna do Campeonato Alemão.
Durante as duas últimas copas do mundo, parlamentares polacos de extrema-direita chegaram a pedir a cassação e banimento de Podolski, por ter adquirido a cidadania alemã e aceitar a convocação para integrar seleção germânica. Podolski e outros 3 jogadores que participaram das duas copas do Mundo nasceram em solo polaco e têm dupla cidadania.

domingo, 21 de agosto de 2011

Fórum para os feios da Polônia

Ilustração: Hanna Pyrzyńska 
O Jornal Gazeta Wyborcza abriu um Fórum em seu site destinados a comentários das pessoas que se consideram feias. Até este domingo 29.885 pessoas já haviam colocados seus comentários.
Forum dla brzydkich ludzi

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Alunos do curso de polaco da UFPR




Na Universidade Federal do Paraná funciona há três anos o primeiro curso de Letras-Polaco da América Latina. Dois dos professores são procedentes da Polônia. São eles: Piotr Kalinowski e Aleksandra Piasecka-Till. Conta ainda com o carioca Marcelo Paiva de Souza, que passou 6 anos na Polônia e voltou com o título de doutor em Literatura, pela Universidade Iaguielônica, de Cracóvia. Eduardo Nadalin é o segundo brasileiro especialista em idioma polaco.
Este vídeo foi produzido pela polaca Barbara Kubisa em viagem de estudos no Brasil, agora em 2011.
Barbara Kubisa, nasceu 24 anos atrás, em Wrocław. Estuda filologia espanhola na universidade de Wrocław e realizou missões de estudo em Granada, na Espanha e Porto, em Portugal. A missão ao Brasil teve o objetivo de querer olhar o que ocorre com a cultura polaca (tradição, música, linguagem, e acima de tudo, a identidade dos imigrantes polacos e seus descendentes no Brasil).

O curso
No caso do polaco existe apenas habilitação simples do bacharelado (segundo o site do curso no portal da UFPR). O curso é ministrado somente no período noturno. O curso de Letras em si é formado por algumas disciplinas comuns a todas as habilitações. Por isso, independentemente da escolha pelo idioma polaco, o aluno irá cursar disciplinas como Língua Portuguesa, Literatura Grega e Literatura Latina, Linguística, Teoria da Literatura, Literatura Brasileira e Literatura Portuguesa.
Além dessas, cada uma das 54 opções, tem suas matérias específicas. O Curso de Letras, em convênio com o programa de Pós-graduação em Letras, possui modernos equipamentos adequados à pesquisa em fonética e demais campos da linguística. Mas não será apenas nos laboratórios que o aluno poderá ter um contato maior com o estudo de línguas e literaturas.
O curso de Letras oferece ainda Bolsa de Iniciação Científica, Bolsa Licenciar e Bolsa Monitoria. A participação em programa de bolsa contará como atividade formativa para o currículo do aluno.
A universidade paranaense oferece em todo vestibular (anual) 10 vagas para os estudantes interessados no bacharelado em letras-polaco.

Correio eletrônicos dos 4 professores:

Aleksandra Marcela Piasecka -Till
e­mail: piasecka@yahoo.com

Mestre Eduardo Nadalin
e­mail: nadalinedek@yahoo.com.br

Dr. Marcelo Paiva de Souza
e­mail: mrclpvdsz@hotmail.com

Mestre Piotr Kilanowski
e­mail: piotrkilanowski@hotmail.com

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Protestos na Ucrânia antes da chegada dos paranaenses



Os cerca de 180 paranaenses descendentes de imigrantes ucranianos e que compõem "Missão volta à Pátria" vão encontrar a Ucrânia em meio a protestos.
Policiais prendem duas ativistas do movimento feminista Femen que protestavam de topless em cima de um caminhão da polícia contra a prisão da líder oposicionista e ex-premiê do país Yulia Tymoshenko, em Kiev, no dia de ontem.
Os 180 vão participar dos 20 anos de criação da República da Ucrânia, ao mesmo tempo que estão comemorando os 120 anos de imigração ucraniana no Brasil.
À frente do grupo Vitório Sorotiuk e Guto Pasko vão estar também acompanhando o governador do Paraná Beto Richa, que chegará em Kiev, capital da Ucrânia neste fim de semana. Depois da Ucrânia, Beto Richa vai conhecer a Polônia. Na terra dos polacos, Richa deverá estar nas cidades de Poznan e Varsóvia.
A seguir um dos três programentes que produzi em homenagem aos 120 anos da imigração ucraniana no Brasil e que está sendo apresentado pela TV e-Paraná, canal 9 de Curitiba.



domingo, 14 de agosto de 2011

No dia dos pais - o pai de muitos de nós




José Maria Santos entrevistado pela jornalista Auta Resende. No fundo montando o cenário, Ulisses Iarochinski e Cley André Scholz.
Zé foi mais do que nosso diretor, foi um pai e um condutor de vidas adolescentes. Zé Maria deixou muitos órfãos, além de suas 5 filhas (Jozeth, Simone, Vivian e Dani) e filho (José Mauro). Um desses sou eu.

A Curie que era polaca


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A Polônia de 2015... agora!


Desde segunda-feira, 8/8/11, o jornal "Gazeta Wyborcza" está com uma campanha, chamada "Polônia 2015".
Em conjunto com especialistas do mercado de trabalho, assistência social, pensões, habitação e infra-estrutura, o jornal pretende, nas próximas semanas, preparar uma lista pré-eleitoral das mudanças mais urgentes que podem ser feitas aqui e agora no país.
A intenção do diário polaco é sinalizar muito antes das próximas eleições aos principais partidos políticos o que deseja a sociedade polaca. Serve também para os políticos se comprometeram no curto prazo com uma votação consistente para tornar realidade as petições da sociedade.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Kunce: é hoje no MON

Cartazes Piotr Kunce – Polônia (confira o serviço completo da exposição). Museu Oscar Niemeyer (R. Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico), (41) 3350 4400. Terça a domingo, das 10 às 18 horas. R$ 4 e R$ 2 (meia). Até 11 de setembro. Palestra com o artista hoje, às 19 horas, seguido de bate-papo e abertura da exposição.

Kunce, que fica em Curitiba para uma Oficina com estudantes entre os dias 11 e 16 de agosto, é hoje um dos principais nomes da arte em cartazes na Polônia – país que se destaca na criação gráfica desde o fim do século 19.

Poema: A irmã da Nobel polaca

Wisława Szymborska
Pochwała siostry
Wisława Szymborska

Moja siostra nie pisze wierszy

i chyba już nie zacznie nagle pisać wierszy.

Ma to po matce, która nie pisała wierszy,

oraz po ojcu, który też nie pisał wierszy.

Pod dachem mojej siostry czuję się bezpieczna:

mąż siostry za nic w świecie nie pisałby wierszy.

I choć to brzmi jak utwór Adama Macedońskiego,
nikt z krewnych nie zajmuje się pisaniem wierszy.



W szufladach mojej siostry nie ma dawnych wierszy
ani w torebce napisanych świeżo.

A kiedy siostra zaprasza na obiad,

to wiem, że nie w zamiarze czytania mi wierszy.

Jej zupy są wyborne bez premedytacji,

a kawa nie rozlewa się na rękopisy.



W wielu rodzinach nikt nie pisze wierszy,

ale jak już - to rzadko jedna tylko osoba.

Czasem poezja spływa kaskadami pokoleń,

co stwarza groźne wiry w uczuciach wzajemnych.



Moja siostra uprawia niezłą prozę mówioną,

a całe jej pisarstwo to widokówki z urlopu,

z tekstem obiecującym to samo każdego roku:

że jak wróci,

to wszystko
wszystko
wszystko opowie.

TRADUÇÃO do Prof. Dr. Henryk Siewierski



ELOGIO DA IRMÃ
Wisława Szymborska

Minha irmã não escreve poemas
e é improvável que vá começar de repente a escrever poemas.
Puxou isso à mãe, que não escrevia poemas,
ou ao pai, o qual também não escrevia poemas.
Sob o teto de minha irmã me sinto segura:
por nada neste mundo, o marido dela escreveria poemas.
E apesar de isso soar como uma obra de Adam Macedoński,
nenhum dos parentes se ocupa de escrever poemas.

Nas gavetas de minha irmã não há antigos poemas
nem na bolsa os escritos recentemente.
E quando minha irmã me convida para almoçar,
sei que não pretende ler para mim seus poemas.
Suas sopas são excelentes sem premeditação,
e o café não se derrama nos manuscritos.

Em muitas famílias ninguém escreve poemas,
mas nas que isso se faz — raro é só uma pessoa.
Às vezes a poesia flui em cascatas de gerações,
nos sentimentos mútuos criando redemoinhos sérios.

Minha irmã cultiva boa prosa,
e toda a sua obra escrita são cartões postais de férias,
com um texto prometendo a mesma coisa, todo ano:
que ao retornar
tudo
tudo
tudo vai contar.

Morreu Nicolau Witkowsky do Itajaí Mirim

Por Celso Deucher
Neste último dia do mês de julho o Vale do Itajaí Mirim ficou de luto. Faleceu no interior de Botuverá um dos mais importantes filhos de imigrantes polacos da nossa história, Nicolau Witkowsky.
Ele se despediu de nós aos 90 anos, mas qualquer um que conversasse com ele não lhe dava esta idade, pela sua versatilidade e sua memória simplesmente extraordinária. Tive a oportunidade de entrevista-lo por duas vezes e sei de mais uma dúzia de jornalistas que também se encantaram com esta verdadeira lenda da saga polaca em nossa região.
Nas vezes que estivemos juntos ele me chamava pelo nome e perguntava se eu queria mais detalhes sobre determinados assuntos. Ria de si mesmo pela capacidade de lembrar dias e até horas dos fatos que narrava de 70 e até 80 anos atrás. “Uma missidade” como dizia meu pai. Um homem verdadeiramente extraordinário que deixa uma multidão de pessoas que lhe queriam bem.
Nunca me esqueço do primeiro dia que eu e Sérgio Witkowsky fomos até a sua casa entrevista-lo. Nos recebeu como se já tivesse me abraçado um milhão de vezes. Mesmo sofrendo com uma gripe malina que não lhe deixava falar muito tempo sem tossir, ele fazia caso da moléstia e desancava a relembrar coisas que aqui na cidade a gente diz que são “lá do arco da véia”.
Foram quase quatro horas de gravação que com muito orgulho guardo aqui comigo e que muita coisa já publiquei no livro "Brusque Polonesa" em 2009. Em 2010 numa outra entrevista, desta vez aqui em Brusque na casa da sua filha Cristina, ele me falava sobre os afrodescendentes daquela região, pedindo reserva para algumas coisas que acreditava pudesse ferir suscetibilidade dos seus compadres e amigos lá do Ourinho, sua “pátria” desde a mais tenra idade.
De acordo com um e-mail que recebi de Sérgio Witkowsky, pesquisador da história da família, o “Tio Nicolau” era um dos mais idosos e um dos últimos filhos da primeira geração de polacos natos ainda nascidos na Polônia. Ficou entre nós, dos “Witkowsky da primeira geração nascida no Brasil, a dona Alice Witkowsky Mariani, residente em Blumenau e a dona Tereza Witkowsky, residente em Brusque”, diz Sérgio.
Seu sepultamento aconteceu ontem, dia 1º em Botuverá às 15 horas. Deixou viúva uma outra pessoa extraodinária, Dona Aldemoa Muller Witkowsky, a quem também nutro especial carinho. Infelizmente não consegui ir lá me despedir do meu amigo pois as segundas feiras é fechamento editorial deste jornal e realmente não tem como sair daqui de Brusque.
Mas não quero terminar este pequeno artigo sobre o “Tio Nicolau” sem dizer que fiquei por demais sentido com a falta que este homem vai me fazer. Não era parente, não era nada meu... Simplesmente um amigo que parece que já conheci na minha infância. Eu sou apenas um jornalista que simplesmente se apaixonou pela pessoa humana que ele foi e com a fonte de conhecimento histórico que ele era.
Por culpa minha fiquei lhe devendo uma visita e uma entrevista. Dois dias antes ainda falava com sua sobrinha e nossa Colunista aqui no EM FOCO, Ivania Witkowsky, e lhe pedia para que quando falasse com ele, lhe comunicasse que quando ele menos esperasse eu estaria lá na sua casa para comer uma polenta e preparar nosso próximo livro, o "Brusque Polaca II", que já tinha tratado com ele que iria fazer se possível ainda em 2011.
Infelizmente ontem a noite fiquei sabendo do seu passamento e a polenta e a entrevista vou ter que esperar mais uns tempos para fazer com ele... Seja onde ele estiver…
Vai com Deus indio véio... Sei que tu estais num lugar que o patrão velho lá de cima reservou só para aqueles que são os melhores aqui na terra. Um dia nos encontraremos na Estância do Céu e vamos com toda certeza tomar um chimarrão bem cevado e enfrenar aqueles potros xucros que tu domou por aqui. E num trote largo e com tempo vou te contar por que não consegui ir lá na tua casa bater aquele papo demorado, botar a conversa em dia e fazer a nossa última entrevista.

(publicado originalmente no JORNAL EM FOCO – Brusque 2 de agosto de 2011. Página 31)

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Curitiba recebe bem



Video produzido para atrair turistas de todos os cantos a Curitiba. Produção da Prefeitura de Curitiba, dirigida por Carlos Deiró, Elói Zanetti, João Marcon e voz do ator global curitibano Luiz Mello.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Kunce em Curitiba

Terça-feira, 9 de agosto, 19 horas, palestra com o artista-designer Piotr Kunce no auditório do MON - Museu Oscar Niemayer.


Atrás do monitor do meu computador, na prateleira, tem cabeças, corpos e mãos das velhas bonecas, com cópias falsas de horríveis Barbies e Kens, com fotografias nuas dos anos 20, e tradicionais figuras feitas a mão no México. Porque onde for que eu vou compro vários objetos que algum tempo depois se refletem nos meus cartazes. Não quero seguir a tendência dos que se estremecem pelo aspecto antiestético deles, inclusive se valorizo e gosto da audácia da fórmula.
Para analisar as condições que envolvem os cartazes vou mencionar que, na maioria dos casos, pelas limitações do formato, o cartaz é geralmente encontrado fechado nos prédios apesar de que ele poderia ser um meio maravilhoso da educação gráfica da sociedade se exposto nas ruas, mas, seria ainda possível voltar ás ruas?
Não conheço a realidade local de vários países, mas na França, por exemplo, vejo projetos grandiosos que funcionam muito bem no espaço urbano. E no mesmo senso, atrai-me o caso de Ásia. Fora do cartaz tradicional japonês, tem uns trabalhos excelentes na China, Correia e Irã.
Penso no cartaz como num bonito instrumento musical. Um amigo meu, musicista, brincou, falando uma vez, depois do concerto fantástico de jazz na Polônia: “Cantar pode cada um, mas para tocar um instrumento é preciso estudar”. Sim, desenhar cartazes é como um curso belíssimo de música que as vezes sussurra aos nossos ouvidos, outras vezes grita, de acordo com as seus objetivos. Podemos viver sem arte, sem música e sem cartazes. Mas, não seria isso uma vida miserável?!

KUNCE
Este artista gráfico nasceu no dia 6 de Ferreiro 1947, em Cracóvia. Graduou-se em 1973, pela Faculdade de Gráfica da Academia de Belas Artes de Cracóvia, Polônia, onde agora trabalha como professor nomeado, chefe da Poster Design Studio. Entre 1990 e 1991 trabalhou na Escola de Belas Artes da Universidade de Connecticut, USA, como professor visitante. Está envolvido profissionalmente em desenho de cartazes, criação da identificação visual e desenho corporativo.
Expôs seu trabalhos no mundo inteiro, nas mais importantes Bienais e exposições internacionais de Arte de Cartaz (Polônia, República Tcheca, México, China, Rússia, Japão, Corrêa e Irã, entre outros). Também dirigiu vários workshops sobre cartaz no mundo inteiro: Brasil, Canadá, Republica Tcheca, Chile, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, México, Eslováquia.
Foi o organizador do Festival do Cartas, em sua cidade natal e de várias exposições dos estudantes em seu estúdio na ABA de Cracóvia. Em 2002 foi Presidente do Júri na Bienal Internacional de Cartaz da Cidade de México. Em 2005, recebeu o prêmio de ‘Amizade Universal de Todas as Nações’ outorgado na Universidade Anahuac del Sur na Cidade do México. Em 2009, recebeu o título de doutor honoris causa por uma universidade da Eslováquia, pelas conquistas e esforços no ensino do design gráfico.
Ama a poesia absurda Inglesa. O livro que ele sempre recomenda aos seus estudantes é “Alice no País das Maravilhas”. Até hoje, ama blues e rock and roll, mas também as canções do Nino Rota e Paolo Conte.



Ao entrar para estudar na Academia de Belas Artes em Cracóvia, tinha curso de desenho de cartaz. Achei esta linguagem melhor para expressar uma ideia legível junto com a forma artística. Eram tempos muito bons para a arte do cartaz na Polônia. Queria lutar por um lugar na rua com outros desenhadores de cartaz. Mas desde o começo não queria duplicar as conquistas da escola polaca do cartaz. Os meus ídolos eram Seymour Chwast e Milton Glaser. Ate hoje o “Designer canhoto” de é uma das minhas bíblias. Em geral, o desenho gráfico é para mim um dos mais importantes problemas da arte visual pela sua capacidade intelectual. No entanto, nos anos recentes, com o crescimento enorme do poder da publicidade e demandas dos clientes, destruíram o nosso mercado. O cartaz que está sentado simultaneamente nas duas selas: a da informação visual e a da arte é o príncipe do design gráfico. Os designers de cartaz são os aristocratas deste muito deste democrático país, chamado Cartazelândia.
Encontrar ideias novas e provocativas que encaixariam no conceito proposto, parece-me ser o maior desafio do desenhador gráfico.
A influência das regras do desenho do cartaz é indiscutível. Capas dos livros, outras “primeiras páginas” e até manchetes da TV são com freqüência uns pequenos cartazes. E é também isso que estou tentando ensinar aos meus estudantes. O design de cartaz é a escola do pensamento. A existência do cartaz em vários países depende do nível da compreensão da sociedade. Mas também depende da nossa fé e convicção de manter O CARTAZ vivo. Estou ainda aguardando a possibilidade de fazer melhor e o melhor cartaz. Esta esperança me mantém vivo. Na minha vida estou tentando seguir o lema de Roland Topor: “Solenidade é um inimigo da imaginação”.

www.piotrkunce.eurotone.eu

Exposição “O cartaz de Piotr Kunce”
Local: Museu Oscar Niemeyer – R. Marechal Hermes, 999 – Centro Cívico
Data: até 11 de setembro, de terça a domingo, das 10h às 18h
Dia 10 de agosto, às 18h, palestra de Piotr Kunce
Ingressos: R$ 4 e R$ 2 (meia). Gratuito para crianças até 12 anos e maiores de 60.
Informações: (41) 3350-4400

Como fazer Zapiekanki


O famoso sanduíche polaco é o de cogumelo. Seu preparo é ensinado aqui neste vídeo. O melhor e mais delicioso é aquele da praça central do bairro judeu do Kazimierz, em Cracóvia. Principalmente aqueles vendidos à meia-noite.

O mestre-cuca neste vídeo é o Piotr Ogiński.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Wyborcza: Brasil desiste do conceito racial

Foto: Fábio Motta 

O jornal Gazeta Wyborcza, em sua publicação desta quarta-feira, traz um artigo assinado por Maciej Stasiński sobre os dados divulgados pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. Com o título "Brasileiros desistem de raça", o articulista descreve os dados dizendo que "Cada vez mais brasileiros tratam com indiferença sua identidade racial. Eles rejeitam as classificações raciais, e escolhem um critério neutro para a cor da pele".
Na sua edição Online, o jornal faz um enquete sobre o que acham os leitores sobre a posição dos brasileiros. Das três opções oferecidas na enquete, vai vencendo aquela que pergunta: "Eu gosto. Por que as divisões se multiplicam" com 72%. Em seguida vem: "Não gosto. Este é um outro nome para o mesmo problema", com 21% e apenas 7% dizem não se interessar pelo tema. Esta é tradução do artigo de Stasiński:

"Foi detectado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão que realiza censos e pesquisas sociológicas, em pesquisa recente, o que sentem os brasileiros a respeito do pertencimento à uma raça. No questionário foram apresentadas cinco categorias clássicas: branca, preta, mestiça (por exemplo, mulato ou pardo), preto, índio.
Pela primeira vez, um grande grupo de brasileiros deliberadamente negou os conceitos sugeridos de raça pura ou mista, e escolheu um termo neutro, descrevendo a cor da pele como sendo "Moreno". Este grupo de pessoas espontaneamente disseram sentir-se morenos, somando 21% dos respondentes. O conceito de branco foi considerado por 49%, enquanto 10% como sendo negros. Outros 13% como sendo mestiços, 1,5% como sendo Amarelo e 0,4% como índios.
Assim, quase metade dos brasileiros admitem não ter origem branca, sendo determinados não pelo tipo de raças, ou mistura, mas sim de acordo com tom de pele.
É surpreendente que um dos maiores jornais do país "Folha de São Paulo", tenha anunciado que: os brasileiros finalmente rompem as barreiras tradicionais de tempo, mesmo a colonização e a escravidão portuguesa. "Esta é uma grande notícia, porque o termo" pele escura "é neutra e afirmativa, não carrega conotações ideologicamente comprometidas".
O eminente sociólogo Fernando Henrique Cardoso, que foi o primeiro presidente deste país (1995-2002) a admitir que o racismo existe no Brasil, disse: "- No Brasil, somos todos de pele escura. Basta olhar para mim."
O resultado do teste do IBGE não significa, é claro, que o racismo tenha desaparecido no Brasil. Ao mesmo tempo, porque quase 64%, acredita que a cor da pele e afiliação racial afetam suas vidas. Mais: as questões de oportunidades e condições de trabalho  são consideradas por 71% como reflexo a condição da cor da pele para terem sucesso; as relações com o judiciário e da polícia afetam a 68%, relacionamentos conjugais e a escola (59%) .
Estas respostas confirmam a crença comum de que o pior no Brasil é carregado por pessoas determinadas pelos três "P" - Putas, pretos e pobres (.., negros e pobres) - porque muitas vezes os desempregados são considerados como tal, e acabam na prisão.
Para o ex-relator especial da ONU, o senegalês, Doudou Diene, a discriminação, - No Brasil, co-existe em um mesmo país, dois mundos diferentes. O primeiro é a rua - multicultural, vibrante, quente. O segundo é um mundo de estruturas de poder e mídia, o que absolutamente não reflete essa diversidade. Mais: esconde a existência de comunidades de ascendência africano e indígena. E isto em um país que adotou 40% de todos os escravos negros. Quando eu olho nas ruas, e depois vejo a televisão, parece-me que é mostrado o espaço e não nas ruas.
Diane, no relatório sobre o Brasil, disse que, com exceção da comunidade japonesa em São Paulo, os negros, índios, mulatos e mestiços ainda se queixam de preconceito e discriminação racial. Mas chama a atenção para o fato de que nos últimos anos o Brasil luta com o racismo. - Até hoje, muitos políticos em tentativas estaduais e federal para minimizar o significado do racismo ou mesmo negá-lo, usam o argumento de "democracia racial" - diz Diane. O argumento é de tal ordem que o Brasil é o símbolo nacional da mulata erótica com formas exuberantes.
De fato, muitos brasileiros se orgulham do fato de que os colonizadores portugueses, ao contrário dos espanhóis ingleses, holandeses, com muito mais probabilidade se misturaram racialmente aos negros ou índios. Já um historiador proeminente como Gilberto Freyre descreveu - para o constrangimento dos racistas do século XX no Brasil - que no mundo da comunidade senhorial e patriarcal nos dias de escravidão (foi abolida apenas em 1888) os produtores de cana-de-branca não se envergonhavam de seus filhos com escravas negras.
Estudiosos modernos não são tão ingênuos a ponto de afirmar que a mistura de colonos com os escravos estão livres do racismo, e provam que sua paixão pelo negro e pela Mulatinha signifique que a falta de preconceitos sexuais possam esconder a violência racial e de classe  existente.
Hoje, aparentemente de forma independente, os brasileiros estão começando a reconhecer que a raça é uma relíquia antiga. E os economistas acrescentam que para superar o racismo e  estabelecer a igualdade real o Brasil depende disto para seu crescente poder no século XXI, tornar-se de verdade uma potência.

Iarochinski na Ó TV

Nesta terça-feira, o programa "Passado e Presente" da ÓTV, canal a cabo da RPC, "recontou a história dos Polacos, ou seria dos Poloneses?".
Eles são descendentes de poloneses mas costumeiramente, em casa, são chamados de polacos. Para uma conversa sobre a influência destes imigrantes na cultura curitibana e paranaese e também para discutir a polêmica: "Poloneses ou Polacos?", Fernando Parracho recebeu o padre Lourenço Mika, o escritor Ulisses Iarochinski e o jornalista Jorge Narozniak.  
Confira nos links abaixo o video do programa:
Bloco 1

Bloco 2

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Pequeno Versailles em Varsóvia

 Foto: Waldemar Kompała
Nos arredores de Varsóvia, uma das poucas edificações que não foram destruídas pela sanha alemã nazista na segunda guerra mundial, o Palácio de Wilanów (vilánuf) é uma das preciosidades polacas. Construído pelo rei Jan III Sobieski, no século XVII, ele guarda semelhança com o grande palácio francês dos arredores de Paris.

P.S. merece ser visitado... e como merece!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

!50 anos de Nossa Senhora em Wiktorówki

Foto: Marek Podmokły 
O Cardeal Stanisław Dziwisz esteve este domingo nas montanhas Tatras do Sul da Polônia, nas comemorações dos 150 anos de culto de Nossa Senhora em Wiktorówki, em Jaworzyński. O cardeal, que foi secretário particular de Karol Wojtyła, trouxe um relicário com gotas de sangue do Beato João Paulo II, que ficou exposto no altar durante a santa missa oficiada junto com monge dominicanos e padres da região. Muilhares de pessoas acorreram ao evento, inclusive de países vizinhos como Eslováquia e República Tcheca.
Em 1979, O Papa João Paulo II, em sua primeira visita a Polônia, como Bispo de Roma, deveria ir até o santuário. Chegou a embarcar em um helicóptero em Nowy Targ, mas como as condições atemosféricas eram péssimas, o Papa abençou o santuário do alto mesmo, retornando para o heliporto de partida, sem fazer a visita a igreja. O incidente foi relatado pelo Cardeal Dziwisz durante a homilia.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Grupo de Curitiba faz sucesso na Polônia


O Grupo Folclórico Wisła de Curitiba fazendo sucesso em sua temporada na Polônia. Aqui neste vídeo o grupo polaco curitibano se apresenta no Festival Mundial de Grupos Folclóricos de RZESZÓW - SPISZ. Além desta apresentação o Wisła curitibano está fazendo outras 25 apresentações em diversas cidades polacas.
Nesta dança se apresentam Carol Scapin Moeniki, Eduardo Rodrigues Maneira, Gustavo A. de Barros, Lourival Araujo Filho, Lucas Moura, Maria Helena Furman, Marina Furman, Paula Celli, Raisa Jakubiak, Stephanie Garbelotti, Victor Gs Gimbarski, Vinícius Negrello.
O diretor coreográfico é meu amigo Lourival Araújo Filho (polaco pelo lado materno).