Toruń é mais uma das cidades polacas fundadas durante a invasão dos cruzados teutônicos. Em 28 de dezembro de 1233 o grã-mestre da Ordem Herman von Salza assinou a ata de fundação da cidade e esteve em poder dos cruzados até 1454, quando aquelas terras, onde foi fundada a cidade pelos germânicos foi reconquistada pelo Rei Kazimierz Jagiellończyk (cajimiéji iaguielonhtchik - casimiro iaguielônico). Os mais antigos restos arqueológicos encontrados na região datam de 1.100 aC, período conhecido como Luzaciano, antigo povo que deu origem aos eslavos polacos. Entre os séculos 7 e 13 a região era ocupada já por tribos polacas. Etimologicamente o nome da cidade deriva da palavra Toron, nome de um dos castelos dos cruzados no Líbano e que atualmente se chama Tebnine. Quando Toruń se tornou ciddade do Reino Polaco, documentos e moedas cunhadas em Latim usavam declinar o nome da cidade como Thorun, Thorunium, civitas Thorunensis, or civitas Torunensis, e finalmente depois do século 15, foi adotado o nome polaco Toruń (tórunh). No século 13, com a invasão dos germânicos cruzados da Ordem Teutônica e a completa dizimação da população polaca, foi fundada a cidade. A maioria da população germânica que permaneceu na cidade adotou o protestantismo, em 1557, como forma de se posicionarem contra a população e o reino polaco, desde então uma ilha católica apostólica romana na Europa Central. Em 1595, chegaram os padres jesuítas como parte dos planos de Contra-Reforma. Os protestantes da cidade tentaram limitar o fluxo de novos cidadãos católicos, mas além dos jesuítas, os monges dominicanos trataram de controlar a maioria das igrejas, permitindo apenas o uso da igreja de Santa Maria pelos protestantes. A tensão religiosa na cidade continuou nos séculos seguintes. Durante as celebrações de Corpus Christi, em 1682, os católicos ocuparam a igreja de Santa Maria dos Luteranos. Em 16 de julho de 1724 ocorreu o pior dos incidentes. Depois de uma procissão jesuita houve escaramuças de rua promovidas pelos estudantes do Ginásio Luterano, que devastaram o Colégio Jesuíta. Depos disso, tanto os jesuítas como os dominicados tentaram persuadir o prefeito Johann Gottfried Rößner, e outros cidadaõs protestantes a se converterem a igreja de Roma. Com a recusa, os jesuítas apelaram a Suprema Corte Real em Varsóvia. O Tribunal sentenciou Rößner e outros nove luteranos à morte. Estas execuções ficaram mancharam a reputação de tolerância do reino católico da Polônia. Décadas mais tarde, durante a ocupação tri-partite da Polônia, o escritor francês Voltaire, amigo da rainha Catarina - a Grande da Rússia, recordaria o incidente como exemplo da intolerância religiosa dos polacos. E foi em Toruń que nasceu o astronômo Mikołaj Kopernik (micouai copernik - nicolau copernico) em 19 de fevereiro de 1473 na casa da família na Ulica Świętej Anny (ulitssa schvient anna - rua Santa Ana). Atualmente Ulica Kopernika, 17, onde funciona o seu museu. Toruń foi considerada Patrimônia da Humanidade em pela Unesco, em 1997. A cidade ainda possui vários monumentos da idade média. Foram preservados muitas construções góticas, como igrejas, a prefeitura e muitas casas. O centro histórico conseguiu evitar a destruição durante a II Guerra Mundial. O mais recente censo populacional apontava em 2006, cerca de 208 mil habitantes. E junto com a vizinha Bydgoszcz (bidgochtch) forma uma área metropolitana de 800 mil pessoas. Atualmente a cidade é famosa também pela Universidade Nicolau Copérnico, fundada em 1945, e pelo planetário e observatório astronômico que possui o maior radiotelescópio da Europa do Leste com um diâmetro de 32 m. E Finalmente, a cidade é sede da controvertida Radio Maria, fundada em 1991 pelo padre redentorista Tadeusz Rydzyk (tadeuch ridjik). O poder do padre é grande entre os ouvintes, conseguindo com seus polêmicos conselhos mudar o resultado de muitas eleições políticas. Em 2002, o padre-diretor abriu um canal de televisão, um jornal e uma escola de comunização e jornalismo, uma escola de segundo grau e duas Fundações "Nosso futuro" e "Lux Veritatis", destinada a publicações editoriais. Foi a partir do movimento "Deus, Igreja, Patria", organizado pelo padre Rydzyk, como interlocutor político entre seus 4 milhões de militantes católicos e o partido PiS dos gêmeos Kaczyński (catchinhsqui), que as últimas eleições presidenciais na Polônia experimentaram uma reviravolta, quando todas as pesquisas de opinião davam a vitória para Donald Tusk do Partido da Plataforma da Cidadania.
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