quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Cidade alemã discrimina polacos

Foto: DPolski
Pequena cidade alemã, na fronteira com a Polônia discrimina moradores polacos é a manchete dos jornais polacos de hoje. Löknitz a 11km da fronteira e a 18km da cidade polaca de Szczecin tem preconizado diversas ações contra os mais de 200 moradores polacos que ali passaram a residir desde 2005. A causa da imigração destes trabalhadores de Szczecin é que o aluguel de uma casa na cidadezinha alemã é muito mais barato. Enquanto uma casa de mesmas dimensões não sai por menos de 6 mil złotych em Löknitz, custa 3 mil złotych, em Szczecin, ou seja, a metade. Convertendo para real, significa dizer que os preços são 2.100,00 na cidadezinha alemã e 4.200,00 reais na capital da voivodia Zachodniopomorskie.
Porém, a vida não tem sido fácil para os polacos no lado alemão. Neste fim de semana, escolhidos a dedo, seis automóveis com placas da Polônia foram destruídos, em Löknitz, e seriam mais se alguém não tivesse acordado e avisado a polícia. Os carros com vidros quebrados e portas chutadas deram um prejuízo de mais de 8 mil euros a seus proprietários polacos. O jornal alemão "Nordkurier" entrevistou o policial Joachim Rosenfeld, que informou terem sido detidos dois jovens alemães vestidos de jeans e capuzes como suspeitos, mas que foram liberados por não portarem carteira de identidade. Os moradores polacos estão convictos de se tratar de uma ação antipolaca neonazista liderada pelo partido neofascista NPD. O prefeito de Löknitz, Lothar Meistring, reconhece a grave situação e culpa os 20% de desempregados da cidade. O prefeito não soube explicar porque até agora não apagou a frase, "Polen raus aus Löknitz" (polacos fora de Löknitz") que está pichada nas paredes de lojas e casas de polacos. Por sua vez, Tino Mueller, representante do partido NPD, na localidade vizinha de Pasewalk, ao ser procurado pela reportagem da TV polaca TVN respondeu não saber o que havia ocorrido em Löknitz. Com tudo a situação é tensa, o polaco Krzysztof Potocki, dono de uma pequena mercearia, diz que a atmosfera é cada vez pior. Os alemães não compram nada em seu mercadinho e o que parecia a principio um bom negócio será fechado e ele voltará a morar do outro lado da fronteira, ou seja, na sua Polônia. "E até na escola, nossas crianças estão sendo discriminadas pelos coleguinhas alemães. Fomos conversar com a direção, mas disseram que estamos fantasiando e que é normal as crianças terem tal comportamento. Nos disse uma professora: somos impelidos desde criança a rejeitar o que é estranho. Ou seja, nossas crianças são estranhos para os alemães e eles acham isso normal. Eu chamo isso de discriminação e de pensamento antipolaco." declarou uma mãe polaca que pediu para não ser identificada temendo maiores represálias.


Monumento antifascista em Löknitz construido durante o período comunista e ainda de pé na cidade.

2 comentários:

Anônimo disse...

Meu Deus!
Ainda não foi suficiente o massacre na guerra!
Que horror!

Unknown disse...

Acho que nao.
Por que teriam de suportar tais desafetos, ainda existe muitos naionalistas que acabam revelando-se verdadeiros pratiotas.
Sempre a razao pra tal repreensao.