terça-feira, 6 de maio de 2008

Brasileiros reféns em Varsóvia

Foto: Aleksander Prugar AG / Holiday Inn Warszawa Hotel
A Polícia de Varsóvia informou que um rapaz de origem árabe manteve reféns três brasileiros de origem judaica num quarto do Hotel Holiday Inn, nesta segunda-feira, durante aproximadamente uma hora. Mohammad A., de 23 anos, desarmado, teria se trancado no quarto com os brasileiros e ameaçado explodir uma bomba. O agressor estava bêbado quando policiais invadiram o quarto, no sexto andar do hotel para libertar os brasileiros que fazem parte de um grupo de 48 alunos da Escola Eliezer Steinbarg-Max Nordau, do Rio de Janeiro.
O embaixador israelense na Polônia, David Peleg, disse que o homem estava com comportamento estranho quando entrou no hotel. Os gritos dos brasileiros alertou os funcionários do hotel que chamaram a polícia.
Os brasileiros, que deveriam ter viajado para Israel, para acompanhar a "Marcha da Vida" (excursão mundial que passou pela Polônia na semana passada) continuaram em Varsóvia e só puderam embarcar ontem à noite com destino a Tel Aviv. Os três cariocas foram se juntar aos 400 estudantes brasileiros de origem judaica que participam desta marcha idealizada por Abraham Hirshson, (hoje de cidadania estadunidense) sobrevivente dos campos de concentração e extermínio da segunda guerra mundial.

Mohammad A. já na cadeia.
De acordo com o porta-voz da polícia, Marcin Szyndler, o rapaz bêbado, que atacou os jovens brasileiros de 16 anos de idade cada um, é do Kuwait. A polícia foi informada do incidente por volta das 9 horas da manhã. Segundo informações colhidas pelos policiais, o kuwaitiano entrou no hotel e foi logo ao sexto andar onde começou a conversar, no corredor, com os brasileiros. Logo em seguida, obrigou-os a entrar num dos quartos. Ele estava visivelmente bêbado, segundo os funcionários do hotel.
O telejornal ''Wydarzeń'' da Telewizja Polsat (canal privado de TV) , informou em reportagem, que ao que tudo indica o jovem é filho do embaixador do Kuwait, acreditado em Varsóvia e que o mesmo não sabia o motivo porque tinha cometido a agressão(em interrogatório realizado na delegacia para onde foi encaminhado). Nas entrevistas, além do embaixador de Israel, fala também dois brasileiros adultos não identificados e um policial que desmente a informação de que haveria uma bomba em poder do jovem, ou escondida no hotel. "Foi um falso alarma".


O repórter Grzegorz Kęmpka, da TV Polsat, informa ainda que o kuwaitiano, depois de algumas horas na delegacia foi liberado. Mas segundo policiais o ato pode custar 3 anos de cárcere ao kuwaitiano bêbado.

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