segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Versos contra atrocidades

Os acontecimentos na Faixa de Gaza têm indignado os quatro cantos do mundo. Muitos se perguntam: como um povo que sofreu os horrores maiores da humanidade, passados sessenta anos da última catástrofe podem repetir as ações de seus algoses contra outro povo. Os descendentes daqueles que sofreram com os alemães e Hitler, estão fazendo o mesmo agora com os palestinos.
Há tempos venho tentando colocar no blog arquivos de som, com entrevistas, narrações, músicas, mas o serviço ainda não permite colocar diretamente som neste espaço para que seja ouvido. Mas existem outras formas e foi esta a que descobri, (clique no link do título da poesia para ouvir) . Como experiência desta primeira tentativa de apresentar áudio no blog aqui está meu protesto contra a matança de crianças e inocentes palestinos, com a declamação do poema "Versos Íntimos" do poeta Augusto dos Anjos,





Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!
Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.

Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!

Um comentário:

Anônimo disse...

apesar da crise...

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augusto