A cantora Doda assoprou para um jornalista que "acredita mais em dinossauros do que na Bíblia", pois segundo ela, "é difícil acreditar em algo escrito por alguém que bebeu vinho azedo e fumou alguma erva". O jornalista escreveu estas declarações e agora a cantora está envolvida num processo judicial.
O juiz repreendeu o promotor, que recusou a defesa do conhecido Robert Nowak, defensor de seitas de ocasião, de instaurar um processo contra a cantora Doda, por insultar objeto religioso de adoração (como a Bíblia). O tribunal ordenou iniciar-se o processo e se consultar especialistas.
Os estudiosos da Bíblia e linguistas - como se poderia esperar - descobriram que falar sobre o livro sagrado dos judeus e cristãos, como criação de "convidados" bêbados é insultar o objeto de culto. Se assim for - reconheceu o Ministério Público - não há outra maneira de julgar.
Doda, portanto, é acusada de insultar sentimentos religiosos (a pena para estes casos vai de multa, trabalho social a até dois anos de prisão.)
Doda, portanto, é acusada de insultar sentimentos religiosos (a pena para estes casos vai de multa, trabalho social a até dois anos de prisão.)
Doda assim se torna a glória dos mártires perante o tribunal. A estonteante artista se torna um símbolo de coragem e de inconformismo. À semelhança do caso dos Lautsi, casal italiano, que luta no Tribunal de Estrasburgo contra o ensino religioso nas escolas do Estado, a polaca Doda é a bandeira para os fãs do novo e do livre. Algo que a torna mais do que um símbolo da luta dos não-crentes.
Um comentário:
O obscurantismo religioso é uma praga difícil de combater. Li o livro "l808" de Laurentino Gomes, e você apreende porquê Portugal, com todo o respeito aos portugueses, são ainda hoje um país um pouco atrasado.
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