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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Cracóvia preparada para o funeral

A colina de Wawel em Cracóvia

BBC, Skynews, ARD, RAI, TVF1, CNN e muitas outras televisões internacionais solicitaram credenciamento para cobrirem o funeral do casal presidencial no Castelo Real, em Cracóvia. Mais de 3 mil pedidos de credenciamento procedente de todo o mundo foram enviados a PAP - Agência Oficial de Noticias polaca, São jornalistas internacionais que começam a transmitir a partir de amanhã, os funerais que acontecerão em Cracóvia e Varsóvia.
A prefeitura de Cracóvia, os serviços de segurança do Estado, inclusive agentes Norte-americanos, estão quase prontos para receber o que se calcula, um milhão de pessoas, para o funeral de Kaczynski e esposa, no domingo. Não só a colina de Wawel será ocupada, mas também as margens do rio Vístula e o Rynek - praça central da cidade - as ruas ao redor da Basílica Mariacka e o Parque Błonia.
Aqueles que desejarem acompanhar a passagem das delegações estrangeiras pelo Rynek só terão permissão para alcançar a maior praça da Europa (em área territorial) a partir das 6 horas da manhã de domingo. A prefeitura já informou que o transporte público será gratuito no domingo.
O Padre Robert Nęcek, porta-voz da Cúria de Cracóvia, informou hoje, que o Cardeal Angelo Sodano celebrará a missa na Catedral de Wawel, no domingo. É esperada a chegada do ex-secretário de Estado do Vaticano e atualmente Bispo de Óstia para amanhã em Cracóvia.
A missa terá início às 14 horas e logo após, os caixões do casal presidencial descerão à cripta Pilsudski, abaixo alguns metros do altar-mór da Catedral Real.
O cardeal metropolitano de Cracóvia e ex-secretário particular do Papa João Paulo II, Stanislaw Dziwisz concedeu entrevista buscando esclarecer e acalmar os protestos contra o funeral no Wawel. Dziwisz disse que se dirige a todas as pessoas com respeito, mas "a prudência e a sabedoria deve sempre vencer." Em seguida afirmou que "em tais ocasiões, devemos conectar e nunca partilhar. A divisão não serve a ninguém", insistiu e pediu o Arcebispo de Cracóvia, que neste caso, devemos estar longe da política.
"Vamos combinar patriotismo e amor à Pátria", disse o cardeal Dziwisz. O cardeal assinalou que a cerimônia oficial será realizada no sábado, em Varsóvia, e que no domingo, na Colina Wawel, acontecerá a segunda parte da cerimônia, acompanhada do funeral no local do descanso eterno. Cardeal mencionou que muitas vezes se reuniu com Lech Kaczynski, já que o Presidente freqüentava o Palácio dos Arcebispos de Cracóvia. "Ele sempre me disse, estou Warszawiaki por nascimento, mas eu amo Cracóvia. Muitas vezes eu disse a ele que Cracóvia o amava, e agora acontece seu regresso a Cracóvia para descansar ", concluiu o cardeal. Dziwisz.

sábado, 29 de novembro de 2008

Esbek: "Não recrutei Lech Wałęsa"

Encontrado Edward Graczyk, funcionário do SB - Serviço secreto do governo comunista polaco, o qual em 1970, agrediu Lech Wałęsa. Os historiadores do Instituto da Memória Nacional - IPN haviam dito que Graczyk estava morto. Conforme pode-se ler nesta cópia de página dos historiadores que há um ano tentam denegrir a imagem do líder do Solidariedade afirmando que este teria sido agente secreto do regime comunista, que ele mais tarde derrubaria na Polônia.



Tradução da ficha publicada no livro "SB a Lech Wałęsa - przyczynek do biografii" de Sławomir Cenckiewicz e Piotr Gontarczyk: Capitão Edward Graczyk (nasceu em 1933, falecido - data de morte desconhecida) oficial de contra-espionagem em Olsztyn, o qual em dezembro de 1970 foi imcumbido para o Departamento SB III em Gdańsk. Em 19 de dezembro de 1970, realizou na detenção conversa com o detido Lech Wałęsa. Ele recrutou e foi o primeiro oficial a dirigir TW "Bolek". A foto é de 1956. Fonte: Departamento do IPN.

Atualmente Graczyk tem 75 anos e mora em Gdańsk. Trabalhou na contra-espionagem entre 1953 e 1973. Depois de sair da polícia secreta trabalhou entre outros lugares nos Estaleiros de Gdańsk. Algumas semanas atrás, promotor de justiça o encontrou na investigação que se faz sobre o IPN em Białymstok. Graczyk foi levado para a detenção por ter falsificado documento do Serviço Secreto Comunista Polaco, escrevendo que Wałęsa foi agente comunista. Sławomir Cenckiewicz em seu novo livro "Sprawa Lecha Wałęsy" repetiu a sua tese "SB a Lech Wałęsa", o qual meses atrás junto a Piotr Gontarczyki e publicado pelo IPN.

Os autores do livro que difama Wałęsa, Sławomir Cenckiewicz  e Piotr Gontarczyki . 
 Foto: Sławomir Kamiński / AG

Dias atrás Graczyk foi ouvido na promotoria de Gdańsk, em segredo de justiça, mas a imprensa polaca teve acesso ao depoimento e publicou neste sábado trechos do que disse o ex-agente secreto sobre o caso Wałesa.
"Buscamos informação de que o senhor Lech Wałęsa em colaboração com outras pessoas estavam na Delegacia de Policia por ter feito reféns. Isto foi em 15 de dezembro de 1970, durante protestos nos estaleiros que terminou com massacre de trabalhadores. Em anotações, que mantive, resultou que Wałęsa conclamou, que a multidão não destruiu patrimônio, quando o comandante prometeu a ele, que libertaria os reféns. Naquele tempo no estaleiro havia confusão, tinhamos informação que os russos poderiam intervir. Queria que o senhor Wałęsa se acalmasse. A conversa aconteceu na sede da SB na Okopowej. Na conversa o senhor Wałęsa me explicou, como tinha sido a tratativa da delegacia. Eu falei sobre a situação no estaleiro. falei sobre a confusão, pedi, que o senhor Wałęsa tentasse impedir a confusão. Ele não foi formalmente detido. Tempos depois encontrei-me com Lech Wałęsą e conversamos sobre o tema estaleiro. Era sobre a troca de reféns com Edward Gierki, que tinha sido nomeado novo secretário do Partido. Isto foi em Varsóvia. /.../ Categoricamente afirmo, que o resultado destas informações transmitidas através do senhor Wałęsa nenhuma pessoa ficou prejudicada. /.../Não sei, se na colocação destes documentos o senhor Wałęsa foi registrado como colcaborador. Não registrei nenhum recibo de Lech Wałęsa. Não sei explicar porque na copia se encontra recibo de dinheiro assinado por Bolek./.../ Categoricamente afirmo que nada sei se o senhor Wałęsa foi colaborador do departamento de segurança".

P.S. e como ficam agora os dois historiadores do IPN que se basearam em "pretensas" anotações deste senhor Edward Graczyk? E como fica aquele anônimo comentarista do meu blog, que afirma que em escrevo coisas "enganosas" a respeito da atualidade polaca? O anônimo já tinha condenado o ex-presidente Wałęsa e dado-lhe o perfil de traidor?
Mas esta história está longe de acabar aqui. Há muito ciúme na Polônia, por parte de inimigos políticos o ex-líder do Solidariedade, por ser ele um ícone da Polônia e um dos dois polacos mais conhecidos no mundo. O outro é o Papa João Paulo II.