terça-feira, 5 de maio de 2009

O trabalhador famoso no estaleiro

O prefeito de Gdańsk, Paweł Adamowicz se opõe ao plano, de levar para o Museu Nobel de Estocolmo a exposição da antiga oficina onde Lech Wałęsa trabalhou nos Estaleiros históricos da cidade.
O conflito foi resolvido amigavelmente. Adamowicz escreveu em uma carta dirigida à administração dos Estaleiros de Gdańsk: "Não posso concordar que qualquer de direita ou de esquerda entreguem nosso patrimônio nacional". 
Ao longo dos anos, nenhuma das autoridades municipais se interessaram pela antiga exposição da oficina de trabalho de Wałęsa nos estaleiros. Com cinco metros de comprimento, armários metálicos, ferramentas e outros utensílhos ainda está no edifício, onde funcionou a seção dos eletricistas.
"O quadro original de Wałęsa poderá ir para Estocolmo", afirmou Emilia-Pezowicz, do departamento de imprensa da prefeitura. Em contrapartida, o edifício onde ele trabalhava será protegido.

Mali na Willa Deciusz

A dança típica de Mali com os corpos tatuados

A Willa Decius de Cracóvia promove no próximo dia 10 de maio, o Encontro "Mali. Tam, gdzie gwiazdy śpiewają" (Mali. Lá onde as estrelas cantam). No programa que se inicia às 12.30 e se estende até às 20.00 horas, consta uma palestra sobre a história da nação afriacana, incluindo a economia do país e a tradição cultural das tribos que sempre habitaram a região, além dos Tuareg - o povo do deserto.
Na sequência os participantes assistem a uma apresentação de fotos da viagem da diretora da Instituição, Danuta Glondys e do falecido cônsul honorário do Brasil Paweł Świderski àquele país, além das fotos dos consagrados fotógrafos Seydou Keity Malicka Sidibe. Haverá também degustação de chás e frutos africanos ao som de grupos artísticos com muita música, dança e pintura corporal típica do Mali.

Programação
12:30 - prof. Michał Tymowski (UW), Mali Contemporâneio
13:10 - dr Adam Rybiński (UW), Tuaregs – economia, vida tribal contemporânea, poesia e música. Abertura da exposição de fotografias de Adam e Władysława Rybiński
16:20 - Samba Ifrah Ndiaye, Cores do Sahara.
17:40 - dr Łucjan Buchalik, Arquitetura de Mali
18:20 - Ewa Prądzyńska, Marionetes Bamana (Bambara)
19.00 - Saydou Keita i Malicka Sidibe – fotografia contemporânea de Mali
19:30 - TAMTAMITUTU - apresentação de dança típica

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Estádio de Varsóvia pronto em dois anos


O Estádio Nacional que está sendo construído no antigo Dziesięciolecie de Varsóvia deverá ficar pronto em 24 meses.
"Assinamos os últimos contratos com o consórcio que constrói nossa praça de esportes, para que possamos inaugurá-la em dois anos, a tempo da Euro2012", afirmou o ministro de esportes e turismo, Mirosław Drzewiecki.
O Consórcio Alpine Bau Deutschland AG - Alpine Bau Gmbh -Alpine Construction Polska sp z o.o. - Hydrobudowa Polska SA -PBG SA confirmou o prazo de entrega a um custo de 1,252 bilhões de złotych.
O Ministro Drzewiecki informou que nas 250 páginas do contrato está escrito também a pena se o prazo não for cumprido, o que segundo ele pressiona o consórcio e dá tranquilidade de que o estádio será inaugurado em 2011. Para cumprir com o assinado e não pagar uma multa elevadíssima, o consórcio anunciou que vão trabalhar na obra 1200 trabalhadores.

domingo, 3 de maio de 2009

A constituição que mudou o mundo


Hoje é feriado nacional na Polônia, o famoso "Trzeciego Maja", o terceiro de maio, ou dia da Constituição. A data é significativa, pois comemora a Lei Magna mais antiga entre os Estados europeus.
A "Konstytucja Trzeciego Maja" de 3 de maio de 1791 é também a segunda mais antiga do mundo, se considerada a dos Estados Unidos da América como a primeira. Ela foi instituída pela República das Duas Nações, ou a Grande União Polônia Lituânia, esta sim a primeira democracia do mundo moderno, pois foi criada muito antes da Independência das 13 colônias britânicas da América do Norte. Já em 1453, a Polônia dava exemplo ao mundo aristocrático e de reinos hereditários ao instituir o Congresso da duas Repúblicas.
A constituição de 3 de maio veio para corrigir muitas das ações políticas da democracia polaca lituana de quase 400 anos de existência.
A constituição introduziu a igualdade política entre as "pessoas comuns" e os magnatas (a nobreza, ou szlachta polaca), colocando os camponeses sob a proteção do governo na tentativa de atenuar os abusos do feudalismo. A Constituição aboliu o "liberum veto", que permitia a qualquer deputado de forma individual vetar com seu único voto as votações  do Congresso. A constituição de 3 de maio tentou dar à monarquia constitucional polaca um sentido mais igualitário e democrático. 
A implantação desta constituição provocou grande hostilidade por parte dos vizinhos da República. Na guerra em defesa de sua constituição, a Polônia foi traída pela sua aliada, a Prússia de Frederico Guilherme II (mais tarde em 1870: Alemanha) e derrotada pela Rússia Imperial de Catarina a Grande, aliada com a Confederação Targowica, uma conspiração de magnatas polacos que se opunham às reformas que enfraqueciam seus poderes e falcatruas.
Apesar da derrota e das invasões e ocupações que se seguiram na Polônia, a constituição de 3 de maio influenciou os movimentos democráticos ocorridos em todas as partes do mundo, a partir de então. 
É preciso que fique claro, que não foram apenas a Independência dos Estados Unidos da América do Norte e a Revoluçao Francesa as responsáveis pela onda republicana que assolou o mundo no século 19, mas principalmente a experiência de quase quatro séculos da República Polônia-Lituânia e esta constituição polaca de 1791. A Polônia foi a força espiritual que moveu corações em busca da liberdade, igualdade, fraternidade (equivocadamente colorizadas apenas com o branco, azul e vermelho de Norteamericanos e franceses), mas também o branco-vermelho da bandeira polaca ultrajada por russos, austriacos e prussos-alemães durante 123 anos na Europa dos séculos 18,19 e 20.
Após o desaparecimento da República em 1795,  os 123 anos de ocupação das terras da Polônia buscaram sempre nesta constituição, o ideal a ser atingido na luta para se conseguir o restabelecimento da soberania polaca.

Voo Brasil-Israel histórico

Foto: divulgação El Al

Com passagens a partir de US$ 999, nova rota será “uma ponte para a Terra Santa”. O próximo domingo, 3 de maio, será um dia histórico para milhões de cristãos e judeus do Brasil e da América Latina. Às 19h15 um Boeing 777-200 da empresa aérea israelense EL AL partirá do aeroporto de Guarulhos (SP) para o primeiro vôo direto entre Brasil e Israel. “Com esta rota, estamos inaugurando uma ponte entre o Brasil e a Terra Santa”, acredita o presidente da EL AL, Haim Romano.

Lavado com água do rio Jordão

O avião da EL AL chega ao Brasil neste domingo pela manhã, trazendo turistas e autoridades israelenses, entre elas um dos dois rabinos-chefes de Israel. Após o desembarque dos passageiros, a aeronave será lavada com água do Rio Jordão trazida especialmente para comemorar o evento. A partir de domingo, EL AL oferecerá três voos semanais partindo de São Paulo para Tel Aviv, em Israel, com tarifas a partir de US$ 999,00 (incluindo taxas). Por meio de acordos com empresas áreas latino-americanas, a EL AL fará conexões rápidas e convenientes para Israel a partir de várias cidades do continente, entre elas Buenos Aires, Santiago, Lima, La Paz, Quito e Montevidéu, além de outras cidades brasileiras como Rio de Janeiro e Salvador. Os voos direitos partirão aos domingos, terças e quintas-feiras, às 19h15, e chegarão a Israel no início da tarde do dia seguinte. A duração do voo São Paulo-Tel Aviv será de aproximadamente 14,5 horas.

Aumento do turismo brasileiro em Israel

Segundo o Ministério do Turismo de Israel, 31.660 brasileiros visitaram o país em 2008, um aumento de 55% na comparação com o ano anterior. A expectativa é que os novos voos diretos ajudem a aumentar ainda mais o fluxo de turistas brasileiros e latino-americanos à Terra Santa, assim como o de israelenses para o Brasil e américa Latina. Através de acordos com operadoras de turismo, a EL AL oferecerá uma grande variedade de passeios turísticos, como peregrinações pelos caminhos percorridos por Jesus. “O lançamento do primeira rota direta regular entre a América Latina e Israel é um evento histórico para a EL AL, para o Estado de Israel e para os países do Oriente Médio e da América Latina”, celebra o presidente da empresa Haim Romano. A rota a ser operada entre Brasil e Israel utilizará os novos jatos Boeing 777-200, com 270 assentos. Na Primeira Classe serão oferecidas 12 poltronas conversíveis em camas totalmente horizontais; na Classe Executiva há 35 poltronas semiconversíveis e bastante amplas; e a Classe Econômica oferece 232 poltronas com espaços bem maiores do que a média de outras aeronaves. Os passageiros terão diversas opções de lazer, como sistema pessoal de entretenimento e um cardápio com pratos israelenses e mediterrâneos. Além de beneficiar os milhares de peregrinos e turistas interessados em visitar a Terra Santa, os novos voos também incrementarão as viagens de negócios entre a América Latina e Israel. Um acordo de livre comércio entre o país e o Mercosul está em vias de aprovação, o que elevará a um novo patamar estas relações comerciais.

A EL AL

A EL AL Linhas Aéreas Israelenses foi fundada há 60 anos e é considerada a empresa aérea mais segura do mundo, além de ser e uma das melhores em termos de precisão operacional e de prevenção à perda de bagagens. A EL AL foi privatizada há cinco anos e, hoje, voa para 35 destinos em todo o mundo. Em uma pesquisa publicada em 2008 na revista Executive Traveler, a EL AL ficou em 2º lugar no ranking das melhores empresas aéreas internacionais que voam dos Estados Unidos ao Oriente Médio.

Um "raffting" diferente na Polônia

Foto: Ulisses Iarochinski

Canoagem no rio Dunajcem, na fronteira da Polônia com a Eslováquia é uma das atrações turísticas mais promovidas da Voivodia Podkarpacki. Descer o rio em canoas (5 canoas juntas têm capacidade para 10 pessoas) entre as colinas e montanhas do parque Pienniny é um "raffting" dos mais belos e interessantes. São dois os percursos, dependendo do desembarque:

1. SZCZAWNICA - trajeto de 18 km, durante 2:15 horas
2. KROŚCIENKO - trajeto de 23 km, durante 2:45 horas.

sábado, 2 de maio de 2009

Cracóvia, sonho dos polacos

Foto: portal Magiczny Kraków

Cracóvia é a cidade que os polacos mais gostariam de moram. Ela é o mais atraente ponto turístico da Polônia. Também é a que apresenta as melhores perspectivas de desenvolvimento em termos de moradia e de carreira profissional. 
Pelo menos este foi o resultado de uma pesquisa de opinião pública organizada pelo Instytut PBS DGA e divulgada no portal Magiczny Kraków em, www.krakow.pl
Os polacos emitiram suas opiniões sobre três das maiores cidades do país em três categorias: instalações que asseguram as maiores perspectivas de crescimento na carreira profissional, o um local mais agradável para se viver, e a cidade mais interessantes para os turistas.
Quase metade dos participantes da pesquisa, ou seja, 47 por cento disse que Cracóvia é cidade em que gostariam de viver para sempre. Um número esmagador de inquiridos, ou 72 por cento, indicou a cidade como a mais interessante para um turista. Em contrapartida, na categoria de perspectivas de carreira profissional Cracóvia ficou em terceiro lugar, atrás de Varsóvia e Wrocław. 
A pesquisa revela ainda que, como Cracóvia é adorada pelos seus habitantes, bem como pelos habitantes da Voivodia da Małopolska. Estes também escolheram Cracóvia como a melhor nas em todas as três categorias.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Wałęsa é ofendido por polacos em Roma

Lech Wałęsa - Foto: Jerzy Dudek

"Eu vejo um lugar para vocês na Europa", disse o ex-presidente Lech Wałęsa aos delegados do primeiro Congresso Internacional do Partido "Libertas", que se realiza em Roma, na Itália, com vistas as eleições para eurodeputados do Parlamento Europeu. "Estarei sempre lá com vocês buscando soluções para a Europa. Sejam econômicas e políticas, que procurem o melhor no lugar do pior. Hoje, vou participar na deste encontro que busca soluções para a Europa. Participo do chamado Grupo de Sábios. Que maravilha! O que fazer para enfrentar os desafios do nosso tempo?", acrescentou Lech Wałęsa. 
Quando o ex-líder do Sindicato Solidariedade começou a falar, mais de uma dúzia de polacos saiu da sala, gritando que ele está em decadência. Wałęsa foi interrompido diversas vezes pelos gritos de, "agente Bolek" e "traidor". Embora a manifestação dos inimigos do herói polaco tenha provocado desconforto na platéia europeia, o ex-presidente da Polônia disse no final de seu discurso: "Eu desejo-lhe sucesso, fiquem com o Senhor Deus".
Os polacos que ofenderam Wałęsa fazem parte do agrupamento político do irlandês Declan Ganley, "Libertas". O irlandês contudo, agradeceu a Wałęsa e o saudou como o "verdadeiro herói polaco de nossos dias". Participam do evento mais de 700 pessoas de vários países, entre estes 100 da Polônia.
O principal objetivo do Partido Libertas, associação política fundada pelo multimilionário irlandês Declan Ganley e adversário do "Tratado de Lisboa" é construir um partido político europeu, capaz de ter sucesso nas eleições para o Parlamento Europeu.
É atribuído ao multimilionário papel importante na rejeição do "Tratado de Lisboa", no referendo realizado na Irlanda no ano passado. O Libertas conta com simpatizantes e adeptos na Grã-Bretanha, França, Polônia e República Tcheca. Na Polônia, seus representantes pertencem ao PiS, partido dos gêmeos Kaczyński, que se revelaram os maiores inimigos de Lech Wałęsa, desde que eles assumiram o poder na Polônia.
Já o Grupo de Sábios é um órgão consultivo da União Europeia que busca refletir sobre o futuro da União. Foi fundado em 14 de dezembro de 2007, na reunião de Cúpula de Bruxelas como uma iniciativa do presidente francês Nicolas Sarkozy. Lech Wałęsa é um dos doze participantes do grupo. O que tem causado um ciúme enorme no atual presidente da Polônia, Lech Kaczyński. Este não suporta a idéia de que Wałęsa seja um herói nacional e o polaco mais conhecido no mundo inteiro.

Cinco bons anos?

O jornalista do jornal Gazeta Wyborcza, Jacek Pawlicki, fala para Maria Tomaszewska-Chyczewska e Tomasz Achtelik, que estes cinco anos de Polônia na União Européia, "teve muito acidente e luta, mas estes anos foram com certeza muitos bons para o país".

Confira neste vídeo da Wyborcza:

Emigrantes brasileiros têm Conselho

Rui Martins, jornalista brasileiro, radicado em Berna, na Suíça é um batalhador das causas dos brasileiros emigrados pelo mundo. Seu movimento "Brasileirinhos apátridas" foi reconhecido e os filhos de brasileiros já não precisam mais, entrar com processo junto ao Ministério da Justiça para ter reconhecida a cidadania brasileira. Hoje, depois de muita luta de Martins, o processo é automático quando se é registrado nos consulados brasileiros.
A nova luta de Martins é para criar uma instância de maior proteção a uma força de trabalho e que contribuiu com a emissão de milhares de dólares para o Brasil. Recentemente o Ministério da Relações Exteriores do Brasil promoveu uma reunião com quatro brasileiros emigrados no Rio de Janeiro para formalizar o Conselho. Rui foi um dos convocados. O texto abaixo, de autoria do próprio Martins foi publicado esta semana, na Revista Via Brasil, editada na Suíça:


"Não é sonho, é a pura realidade – já existe um Conselho de emigrantes representantes das comunidades brasileiras no exterior, criado pelo Itamaraty.
É uma vitória de todos nós que lutamos juntos pelos brasileirinhos apátridas, luta que chamou a atenção do governo para a existência de nós emigrantes.
Estamos vivendo um momento de importância histórica para a emigração brasileira e esse momento deve ser novamente de união, para que possamos chegar a uma etapa superior, a conquista de um órgão emigrante autônomo, independente e laico.
Outro dia, ouvi algumas pessoas que têm lutado pelos emigrantes dizerem – “fazemos tudo isso como voluntárias, mas será que, no futuro, outros darão prosseguimento ao nosso trabalho?”.
É verdade, para se assegurar o futuro é preciso haver uma estrutura institucional, garantida pelo governo brasileiro, integrada e dirigida por emigrantes.
Existem pessoas com medo de que a criação de um Estado do Emigrante acabe com os despachantes e tire o trabalho dos advogados brasileiros no exterior. Não devem ter receio disso. Há advogados competentes apoiando esse projeto que tornará os emigrantes brasileiros donos de sua própria existência e autores das normas, regulamentos e leis que lhes darão direitos e reconhecimento pleno como cidadãos iguais aos que ficaram na território pátrio.
Por que não seguir a experiência de Portugal, cuja emigração começou com Fernando de Magalhães, Vasco da Gama e o nosso Cabral ? Ou da Itália, cujos emigrantes marcaram presença nos Estados Unidos e no Brasil ? Ou da França, que tem dois milhões e meio de franceses no exterior ?
O conselho de emigrantes recém-criado é o primeiro passo para a emancipação da emigração brasileira, que até agora tem vivido sem apoio. Existem iniciativas locais mas elas são dispersas e sem força ou poder por não serem federalizadas. O abaixo-assinado majoritário, colhido em julho do Rio de Janeiro e determinante para a criação do atual conselho, pedia a eleição de representantes das comunidades brasileiras existentes em todos os continentes para assim se assegurar uma unidade na solução dos problemas e reivindicações da emigração brasileira.
Esse Conselho já existe, com sete membros eleitos e cinco nomeados. É esse Conselho, delegado pelos emigrantes, que irá traçar, pela primeira vez, junto com os experientes membros do Itamaraty, o primeiro esboço de uma política envolvendo os emigrantes brasileiros.
Nos dois dias de trabalhos, na II Conferência Brasileiros no Mundo nos fins de agosto, o objetivo principal será o de se lançar as fundações e as estruturas de um organismo emigrante autônomo. Os emigrantes estarão construindo ali as bases para um futuro responsável, no qual deverão se assumir e não mais poderão culpar consulados ou embaixadas.
O movimento emigrante brasileiro que cresceu com feições diversas nos EUA, na Europa e no Japão, está hoje maduro para assumir seu destino.
As associações existentes, sejam comerciais, de empreendimento, religiosas, culturais, educativas nada têm a temer, muito ao contrário, a estruturação do movimento emigrante num órgão institucional é uma garantia para seu melhor funcionamento. Ao mesmo tempo, todos os emigrantes se beneficiarão dos mesmos direitos e dos mesmos benefícios, que sejam fixados pelas normas, regulamentos, leis, acordos envolvendo a emigração brasileira.
Escolas, empresas, comércio, jornais, revistas, bancos, transferência de dinheiro, atividades culturais, espetáculos, clínicas, seguros de saúde, todas as atividades de pequenos, médios e mesmo grandes empresários emigrantes poderão se beneficiar do Estado do Emigrante.
Ao nível individual, se procurará facilitar ao máximo a vida administrativa dos emigrantes e uma das reivindicações feitas no Rio por diversas associações deverá ser concretizada – a função notarial dos Consulados deverá ser reconhecida pelos Cartórios brasileiros, sem necessidade de se revalidar seus documentos. Igualmente, os divórcios amigáveis poderão ser celebrados nos Consulados sem necessidade de homologação. Acordos bilaterais deverão permitir a contagem de tempo de trabalho no Brasil e no país do emigrante para efeitos de aposentadoria.
E muito mais, em matéria de direito de família, adoção, sucessão, bitributação, de incentivos fiscais para empresas emigrantes e daí para a frente.
Paralelamento, haverá as iniciativas para que os emigrantes tenham seus representantes parlamentares em Brasília e para que seja adotado pela Justiça Eleitoral o voto por correspondência e Internet do local da residência do emigrante até o Consulado mais próximos.
Isso dará importância política aos emigrantes e a recente decisão do Itamaraty de vincular o alistamento eleitoral à renovação do passaporte vai nessa mesma direção.
Esses meus objetivos principais ao integrar o Conselho de representantes, defendidos também por Carmen Lúcia Tsuhako, eleita pelas regiões África/Ásia/Oriente Médio/Oceania. Temos certeza de que outros representantes têm propostas parecidas para que este Conselho de representantes logo se transforme no órgão institucional autônomo, independente e laico que poderá se chamar Estado do(s) Emigrante (s)."
 

*Rui Martins, do conselho de representantes das comunidades brasileiras no exterior.

Estudantes universitários brasileiros em Cracóvia, Eliane, Josiane, Janderson, Rodrigo e Giceli

quinta-feira, 30 de abril de 2009

Cinco anos na União

A manchete principal do jornal Gazeta Wyborcza, desta quinta-feira, 30 de abril é: 
"Cinco anos na União - mas nós conseguimos".

Neste primeiro de maio, a Polônia está completando cinco anos de sua entrada na União Europeia e a edição de hoje da Wyborcza traz um especial sobre tudo o que se conseguiu nestes anos dentro da comunidade europeia. 
O jornal diz no sub-título da manchete, que antes era Moscou, hoje é Bruxelas. Mas que ninguém tem dúvidas de que a economia está mais forte; que as exportações aumentaram; que os trabalhadores polacos estão recebendo salários legalmente por toda a Europa; que os agricultores polacos não reclamam, pois cresceram 90 por cento, justo eles que eram os maiores inimigos da entrada na UE; que de Bruxelas já vieram mais de 120 bilhões de złotych e que isto é só o começo.
1 - Desde primeiro de maio de 2004, o Produto Interno Bruto cresceu em média 5,3%
2 - Dos fundos da União Europeia foram recebidos 12 bilhões de euros
3 - Em cada país da UE trabalham em média 1,3 milhão de trabalhadores polacos (440 mil na Grã-Bretanha, 438 mil na Alemanha, 102 mil na Irlanda, 41 mil na França)
4 - A UE financia 19% dos contratos de proteção ao meio-ambiente polaco
5 - Os agricultores polacos receberam 10,3 bilhões de euros do caixa da UE e do orçamento do governo da Polônia
6 - Com o dinheiro da UE foram construídos, modernizados e restaurados 425,6 km de autoestradas, estradas expressas e 700 km de estradas de ferro

Para a Polônia ele é herói

Adam Hodysz - Foto: Jacek Piotrowski / AG

Para o país como um todo, este homem da foto é um herói, mas para o IPN-Instituto da Memória Nacional ele é um apenas um espião da SB - Służby Bezpieczeństwa, a famosa polícia secreta do período comunista. Como oficial da SB corajosamente trabalhou para o sindicato independente "Solidarności". Por causa desta colaboração com a independência da Polônia pagou quatro anos de prisão. Foi o último preso política da Polônia comunista. Mas agora a Polônia livre lhZapłacił za to czteroletnim więzieniem. e nega a emissão de documentos arquivados no Instituto "da inquisição comunista".
Adam Hodysz, ex-capitão do departamento de segurança (SB) locado na cidade de Gdańsk é uma verdeira lenda viva.  Desde o final dos anos 70 por sua própria iniciativa colaborou com a oposição ao regime comunista. Regularmente informou ao Solidariedade os movimentos dos agentes da SB nas três cidades polacas do Báltico, Gdańsk, Gdynia e Sopot.
No outono de 1984  foi acusado de traição e foi condenado a seis anos de prisão. "O Solidariedade o admira e agradece ao senhor. - Disse em dezembro de 1988, Lech Wałęsa, a Hodysz quando este deixou a prisão após gestão do Episcopado polaco e o do Solidarność".
Hodysz, hoje é aposentado. Desde 2006 tenta no IPN reaver documentação sobre suas atividades em prol da libertação da Polônia do regime comunista soviético. Mas o IPN lhe nega qualquer possibilidade.
Para o já considerado fascista Instituto ele é apenas uma agente da SB, ignorando sua colaboração com o Solidariedade. Para os historiadores do IPN, o mais importante é que ele foi formalmente funcionário do Departamento de Segurança - SB.  Esta decisão do instituto foi dada primeiramente quando Hodysz solicitou tais documentos ao presidente do IPN, Janusz Kurtyka. Este respondeu que ele não tinha razão nenhuma em se passar por herói, visto que formalmente ele tinha sido um agente da polícia secreta do comunismo. E mais recentemente pelo vice presidente do órgão, Franciszek Gryciuk, em 8 de abril passado, ao lhe negar novamente a solicitação.

P.S. Avolumam-se as ações equívocadas dos funcionários deste instituto criado em 2000. Na maioria historiadores, eles querem reescrever a história da Polônia, apagando ou eliminando todos aqueles que fizeram parte do regime comunista. "Apagam" seus apaniguados dos arquivos, como o presidente do PiS e gêmeo do Presidente da República, Jarosław Kaczyński que trabalhou para os comunistas e "eliminam" da vida pública todos os funcionários públicos, que na época do comunismo trabalharam no governo. Assim, professores universitários, médicos, engenheiros, ou mesmo simples secretárias estão perdendo seus empregos por ação dos "historiadores" do "Instituto da Vergonha Nacional" como denominou ao IPN, o ex-presidente da República, Aleksander Kwaśniewski.