
Stańczyk será acompanhado do restaurado "Potop" de Karl Schorn (592 x 827 cm) e de „Aleksander Wielki na łożu śmierci” de Carl von Piloty.
A família Tarnowski teve início com Spytek, senhor feudal de Melsztyn e dono do castelo de Biecz. Filho de Jan de Melsztyn e Elizabeth Lackovic nasceu em 1398 e faleceu em 1439. Casado com Beatricza Szamotulska, foi quem deu a seus filhos Jan, Dorota e Spytek, o sobrenome de Tarnowski. Pois Spytek tinha fundado a cidade de Tarnów, em 1330, e construiu dois grandes castelos, um ali e outro em Melsztyn. Dois dos maiores atos de Spytek foi interromper a coroação do rei Władysław III e trabalhar pela coroação de Jadwiga, sobrinha do Rei Casimiro - o Grande (o último da dinastia Piast), a então princesa do Reino da Hungria e o conseqüente casamento desta com o duque Jagiello da Lituânia. Jadwiga (em português Edwirges) foi coroada Rei e não rainha (este título era privativo da esposa de um rei). Jadwiga foi a fundadora da Universidade Jagielloński de Cracóvia e proclamada Santa Edwirges da Polônia pelo Papa João Paulo II, em 1997. Ela é padroeira da Polônia e da União Européia, pois com seu casamento deu origem a união pessoal da maior nação da idade média, o Grande Reino Polônia-Lituânia e a segunda dinastia da história do reino da Polônia, a Jagiellońska
Spytek também deu suporte financeiro para a expedição militar do rei Segismund Korybut contra o Reino da Boêmia nos anos de
P.S. Este "post" foi uma homenagem pessoal aos meus amigos, os irmãos Júlio e Rogério Tarnowski de Curitiba.
Uma lenda semelhante, com os mesmos personagens existe na Croácia, porém com uma pequena mudança em relação aos nomes.
- Sul - Sérvios, Croatas, Eslovenos, e Búlgaros
- Leste - Russos, Bielorussos, Rutenos (atuais Ucranianos)
- Oeste - Tchecos, Eslovacos, Polacos
Na região de Guarapuava, o município de Virmond comemorou neste 17 de maio mais um aniversário de fundação com a inauguração a Casa da Memória, uma réplica de residência pioneira que preserva a história das 70 famílias de descendentes de polacos que formaram a Colônia Amola Faca, cepa do município emancipado em 1990.
Há quem diga que a denominação Amola Faca seria mais pitoresca para uma região agrícola, apesar da origem francesa do nome Virmond. Por certo, registrou no “Diccionário Histórico e Geográfico do Paraná” (1926) o historiador Ermelino de Leão: “A família Virmond, provem do casal de Frederico Guilherme Virmond, natural de Colonia, Allemanha, f. do Dr. João Maurício Virmond, médico, que immigrou para o Brasil em 1818, casando-se com Isabel Maria de Andrade, f. de Manoel Ferreira de Andrade e de sua mulher Edeltrudes de Andrade. A família Virmond é de origem francesa, mas, em virtude das perseguições religiosas devido ao Edito de Nantes, teve que imigrar para a Allemanha. Frederico Guilherme Virmond estabeleceu-se na Lapa, depois de sua permanência no Rio de Janeiro, onde teve uma casa de ferragem”.
Um dos ilustres descendentes dos Virmond é o advogado Eduardo Rocha Virmond, ex-secretário de Cultura no governo de Jaime Lerner, que por certo tem muito a contar sobre o pintor que estudou medicina em Berlim e que comprou a fazenda Amola Faca em 1852, embora residindo na Lapa.
Os 24 mil hectares adquiridos por Frederico Guilherme Virmond (1791 / 1876), foram mais tarde vendidos ao guarapuavano Ernesto Queiroz.
Em 1921, o primeiro cônsul da Polônia no Sul do Brasil formou uma sociedade de colonização para formar uma colônia com famílias de imigrantes polacos espalhados pelo Brasil.
Em
Foi então que entrou na história o generoso homem de Guarapuava: Władysław Kamiński emprestou 10 mil réis à colonizadora e a semente do futuro município de Virmond foi assim lançada nos caminhos dos tropeiros.
Władysław Kamiński nasceu 1868
É o mesmo homem que em 1922 contribuiu com a restauração do Castelo de Wawel, na Cracóvia, e hoje tem o nome gravado na pedra.
Kamiński (segundo o jornalista e historiador
Guarapuava não é apenas uma terra de guapos machos que faz fronteiras com o Pólo Sul e o Pólo Norte. É também o chão de bravos imigrantes alemães e polacos, gente generosa que ainda hoje é lembrada na terra de origem, com o nome gravado na pedra.
Quem visita Cracóvia, na Polônia, encontra gravado num muro histórico à prova de generosidade dos bravos imigrantes, nos revela o jornalista Ulisses Iarochinski, que também fez as fotos acima. Atualmente encerrando o doutorado de História na Universidade de Cracóvia, Ulisses traz uma contribuição para a história dos Campos de Guarapuava que está ao alcance de qualquer turista em visita ao Castelo de Wawel, que foi sede do grande Reino Polônia-Lituânia dos séculos 14 e 15 (e que é nome de um dos primeiros edifícios da Praça Osório, em Curitiba). Com a volta da Polônia ao mapa da Europa em 1918 (escreveu Ulisses), depois de 127 anos de ocupação estrangeira muita coisa teve que ser reconstruída. Uma delas foi o Castelo de Wawel, em Cracóvia, que tinha sido desfigurado pela ocupação austro-húngara. Como o recém - Estado não tinha dinheiro suficiente, foi realizada uma campanha internacional para angariar fundos para a restauração do Castelo e da Catedral de Wawel. Muitos que haviam emigrado e viviam no exterior contribuíram. Do Brasil, apenas um polaco de Guarapuava colaborou e entrou para o muro da história polaca.
Em retribuição à generosidade, os restauradores fixaram na muralha várias placas com os nomes dos contribuintes e (pergunta o jornalista) “adivinha quem tem o seu nome gravado em granito branco, logo no início da rampa que leva o turista ao castelo?”
Wladzyslaw Kaminski Guarapuava Paraná Brazylia -1922
Precursor dos Kaminski nos Campos de Guarapuava, o guarapuavano “Ladislau” abriu mão de suas suadas economias, naqueles tempos miseráveis, e mandou dinheiro para reconstruir o Panteão Nacional da Polônia.
Ulisses Iarochinski acredita que talvez nem os Kaminski de Guarapuava saibam disto.
A respeito da crônica “Guarapuava é assim!” (domingo), João Alberto Twardowski, médico em Guaíra, conta que certa feita um gaúcho rodou os bares de Guarapuava à procura de briga, tal a fama da cidade. Aprontou muitas e saiu desanimado, depois de cruzar com um velhinho sentado no meio-fio, pitando o palheiro:
- Cadê os macho de Guarapuava, os home brabo que tinha por aqui, tchê?
O velhinho só levantou os olhos, deu uma tragada, tirou o cigarrinho da boca e respondeu:
- Os brabo, os macho mesmo, nóis já matemo tudo!
Repercussão familiar: