quinta-feira, 5 de março de 2009

Avião polaco na luta contra imigração

O líder na campanha do BNP, Nick Griffin em frente ao cartaz.

Campanha antiimigração de nacionalistas britãnicos usa um cartaz com um avião polaco da divisão 303. O Partido Nacional Britânico (BNP) lançou uma campanha no Parlamento Europeu com o intuito de parar o fluxo de imigrantes, que - segundo sua crença - ameaça a economia britânica. Isto deve incluir os polacos, que desde 2004 foram chegando em centenas de milhares nas Ilhas, ano em que as autoridades britânicas abriram o mercado de trabalho para os novos estados membros da UE.
"Pergunto-me se os polacos ficariam felizes se o seu governo de repente aceitasse milhões de vietnamitas no país prontos para trabalhar por xícaras de arroz", afirmou o porta-voz do BNP, Simon Darby ao jornal "Daily Telegraph".
A campanha, que tem o apoio dos britânicos nacionalistas, ostenta um cartaz com a inscrição: "A Batalha da Grã-Bretanha". E sublinha que a horda de estrangeiros pode ser combatida eficazmente. A foto colocada no cartaz é de um avião "Spitfire" que provou ser extremamente eficaz na contraofensiva aos ataques alemães durante a Segunda Guerra Mundial. A aeronave, no cartaz, pertencia à "Dywizjonu 303 im. Tadeusz Kościuszko" polaca. Os pilotos polacos desempenharam um papel importantíssimo na vitória sobre a Alemanha, derrubando 203 aviões da Luftwaffe, ou seja, 12% das máquinas alemãs destruídas na Batalha da Grã-Bretanha.
Foi o melhor resultado de todas 66 divisões aliadas que defendiam as Ilhas Britânicas. Comentando sobre a atitude heróica dos polacos, Winston Churchill disse a famosa frase "nunca tantos deveram tanto a tão poucos."
O BNP parece perfeitamente consciente do que as aeronaves incluídas no cartaz são polacas, pois "Não interessa se foi uma divisão polaca. A intenção de colocar este avião foi apenas para servir de símbolo da nossa luta", enfatiza Simon Darby. Se o que os nacionalistas queriam era provocar, conseguiram apenas tornar seu partido no escárnio das Ilhas.
"O símbolo utilizado indica um avião pertencente a um esquadrão polaco. Não creio, porém, que o BNP seja capaz de o descodificar. Assim como a maioria dos ingleses que pensa que eles se autodefenderam da Alemanha, sem ajuda de ninguém", afirmou que Ian Dickie, especialista militar da organização Battelfields Trust.
A "Dywizjon" era formada por apenas 303 pilotos polacos, que foram convidados em 1946, para assistir o desfile da vitória em Londres. Recusaram, no entanto, num gesto de solidariedade para com os outros polacos, que as autoridades britânicas "esqueceram", de modo a não enfurecer Stalin.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Doda: tenho só você


Doda - Dorota Rabczewska - continua aprontando das suas. Depois de um pouco sumida das telinhas de TV ela apareceu em grande estilo no programa „Pytanie na śniadanie” (pergunta no café da manhã) da TVP2,  às 8:30 da manhã e fez caras e bocas. Um de seus clipes mostrados foi justamente este: "Mam Tylko Ciebie".

Kiedy noc odchodzi
Kiedy noc odchodzi
Budzę się
By z Tobą być
Kiedy noc nadchodzi
Kiedy noc nadchodzi
Modlę się
By z Tobą być

W snach Ciebie nie ma
Już nie myślisz o mnie tak
W snach Ciebie nie ma
To znak

Ref.
Mam tylko Ciebie
Powiedz , że słyszysz
Że to nie koniec
Już Ciebie nie ma
Mam tylko Ciebie
Powiedz , że słyszysz
Nie ma Cię

2. Kiedy noc odchodzi
Kiedy noc odchodzi
Budzę się
By z Tobą być
Kiedy noc nadchodzi
Kiedy noc nadchodzi
Modlę się
By z Tobą być

W snach Ciebie nie ma
Już nie myślisz o mnie tak
W snach Ciebie nie ma
To znak

Ref.
Mam tylko Ciebie
Powiedz, że słyszysz mnie
Powiedz, że słyszysz mnie
Że to nie koniec
Już Ciebie nie ma w śnie

Mam tylko Ciebie
Powiedz, że słyszysz
Że to nie koniec
Już Ciebie nie ma
Mam tylko Ciebie
Powiedz, że słyszysz
Że to nie koniec.

Tradução livre:

"Tenho só você." 
Quando a noite vai 
Quando a noite vai 
Acordo-me 
Para ficar com você 
Quando a noite vem 
Quando a noite vem 
Rezo 
Para ficar com você 

Nos sonhos você não está 
Você já não pensa em mim, sim 
Nos sonhos você não está 
Este é um sinal 

Ref 
Tenho só você 
Diga que escutas 
que isto não é o fim 
Você já não está 
Tenho só você 
Diga que escutas 
Você já não está 

2. Quando a noite vai 
Quando a noite vai 
Acordo-me 
Para ficar com você 
Quando a noite vem 
Quando a noite vem 
Rezo 
Para ficar com você 

Nos sonhos você não está 
Você já não pensa em mim, sim 
Nos sonhos você não está 
Isto é um sinal 

Ref 
Tenho só você 
Diga que você me ouve 
Diga que você me ouve 
que isto não é o fim 
Você já não está no sonho 

Só tenho você 
Diga que você me ouve 
que isto não é o fim 
Você já não está 
Só tenho você 
Diga que você me ouve 
que isto não é o fim.

Aeroporto sem visibilidade em Varsóvia


Foto:Dariusz Kulesza

Por causa do intenso nevoeiro (a popular cerração) voos internacionais não têm conseguido aterrisar no Aeroporto Internacional Frederyk Chopin, em Okęcie, arredores de Varsóvia. Por causa da visibilidade zero, os aviões procedentes do exterior têm sido desviados para os aeroportos de Katowice, Poznań, Gdańsk e Łódź (pronuncia-se úudji).
O aeroporto de Gdańsk recebeu voos de Paris, Roma e Nice. Em Poznań os voos procedentes de Barcelona, Istambul e Madryt; enquanto em Katowice, os voos de Bergamo, Szarm el-Szejk e Düsseldorfu. 
No aeroporto Władysław Reymont de Łódź desceram quatro Boeing, vindos do Egito. Entretanto este aeroporto apresenta o mesmo problema como se pode observar na foto acima. Assim nesta manhã, os voos que destinados a Łódź foram desviados para Varsóvia, o que acabou por desorientar os pilotos, pois são necessários 300 metros para poder aterrissar com segurança.

P.S. Parece que não é só Curitiba que padece do problema. Mas na capital paranaense a situação melhorou bastante desde que instalaram equipamentos sofisticados para orientar os pilotos. Equipamento que não existe no principal aeroporto da Polônia.

Policia alerta contra "hoolingas"

A faixa diz: torcemos com "fair play" - Foto: Dawid Chalimoniuk 

A polícia está em alerta com o reinício do campeonato de futebol após a parada de inverno. Os campos de futebol da Polônia (pois não se pode chamar de estádio um local para cinco mil pessoas, com apenas duas arquibancadas, às vezes apenas uma) não oferecem segurança para ninguém. Nem para os jogadores nem para os torcedores. E são sempre estes que começam a confusão. A mais recente ocorreu na primeira rodada na fase da primavera, no último fim de semana, na Silésia, entre as equipes da região, Ruch Chorzów X Górnik. Onze pessoas, denominadas pela polícia de pseudo-torcedores foram detidas durante o andamento da partida.
Nos últimos dois anos pelo menos cinco incidentes entre torcedores e polícia ocorreram nos campos de futebol da Polônia. Num deles, em 14 de outubro de 2006, quinhentos "pseudokibiców" (pseudoquibitssuf - pseudo-torcedores) da equipe do GKS-Belchatów iniciaram uma pequena guerra entre si, no Estádio de Katowice (álias, até o momento, é único estádio da Polônia, local onde a seleção nacional costuma fazer seus jogos pelas eliminatórias europeias e mundiais), após o encerramento do jogo. A polícia conseguiu prender apenas 7 dos torcedores.
A Polônia e seus torcedores não ficam nada a dever aos "hooligans" ingleses, embora, segundo as autoridades do país, sejam menos violentos do que aqueles.  Seja como for muitas câmeras já foram instaladas nos campos e algumas vezes a polícia se valeu delas para detenções posteriores ao jogo e mesmo ao dia da partida.

terça-feira, 3 de março de 2009

O caos do transporte público de Cracóvia

Os novos edíficios do campus UJ - Foto: Adam Golec

Neste segunda-feira, com o início do segundo semestre acadêmico, cinco mil estudantes passaram a assistir aulas nos novos edifícios do campus da Universidade Iaguielônia, do outro lado do rio Vístula, no bairro de Ruczaj.
As novas instalações substituem os edifícios de mais de 500 anos do centro histórico da cidade.
Porém, em que pese o grande investimento da universidade, os estudantes não têm ônibus para chegar até o local. A municipalidade que organiza o transporte público junto com a empresa MKP-Kraków simplesmente não consegue "pensar e executar" o sistema.
O campus, que vem sendo construído há vários anos, já recebe dois mil estudantes servidos apenas por três linhas de ônibus, a 114, 178 e a 194. A maioria destes estão na Faculdade de Administração e Comunicação Social. 
"Queremos que a Uniwersytet Jagielloński esteja sempre no mais alto nível de ensino e por isto devemos dispor de uma base local, didática e científica com padrão europeu. A construção do Campus III é nesse sentido necessário para dar aos estudantes da universidade as melhores condições de aprendizado." explica a porta-voz da universidade Katarzyna Pilitowska.
Depois de algum tempo de construção ficou pronto o Parque da Vida Científica e a Incubadora Empresarial em parceria com as firmas Motorola e Onet. Estão em andamento as construções de outross edifícios, que quando prontos deverão receber mais 15 mil estudantes.
A Prefeitura se defende do problema da falta de ônibus. Jacek Bartlewicz, porta-voz de impresa do Departamento de Administração, Infraestrutura Comunitária e Transportes - ZIKiT da prefeitura da cidade afirma que "Uniwersytet Jagielloński não fez nenhum contato com nosso departamento para avisar que o número de estudantes iria mais que dobrar nesta segunda feira." Mas Katarzyna Pilitowski nega, "Estamos em contato permanente com o Departamento da Prefeitura. Já tinhamos conversado sobre o assunto do transporte e alertado para a chegada de mais 5 mil estudantes no campus".
Piotr Dera, técnico do ZIKiT, afirma não existir problema algum com os novos cinco mil usuários do transporte naquele região. Segundo ele, a empresa MKP contabiliza 50 mil usuários naquelas linhas e a capacidade oferecida é de 129 mil. Portanto, não estão faltando ônibus. 
Talvez o técnico da prefeitura até esteja dizendo a verdade, pois em determinados horários as avenidas principais que fazem a ligação do campus com o centro da cidade, como a Grota-Roweckiego e a Kobierzyńska estão completamente engarrafadas com verdadeiros comboios de ônibus sendo formados nos dois sentidos.
Grzegorz Stawowy do Partido do primeiro-ministro Donald Tusk, o PO (Partido da Cidadania) e portanto adversário do prefeito (sem partido) discorda dos especialistas da prefeitura e também parece estar com a razão. Ele diz que, "as pesquisas realizadas pela prefeitura estão completamente fora da realidade. Basta ser usuário para sofrer as consequências da má administração do transporte público da cidade". Para o político o problema começou quando a prefeitura decidiu construir linhas mais rápidas do Tramwaj (Bondes elétricos) nas vias que dão acesso àquela região da cidade, onde está sendo construído o campus da universidade. O projeto sofreu protesto de quase todos os habitantes da cidade, que preferiam que o dinheiro fosse empregado para reconstruir e alargar a rua Nowoobozowa.
Para o ex-reitor da universidade prof. Franciszek Ziejka (e o maior incentivador da construção do campus), entretanto, "a rua Nowoobozowa não resolve o problema do engarrafamento na rua Ruchaj. Há alguns anos a prefeitura se comprometeu a construir um bonde elétrico rápido, mas este ainda não está operando."


Foto: Tomasz Wiech

Mas o grande problema é que o transporte público de Cracóvia, que se utiliza de bondes elétricos e ônibus de todos os tamanhos, é muito mal administrado.
Além desta questão com o campus da universidade, um trajeto que expressa a completa desorientação dos técnicos da prefeitura é a rua Księdza Józefa, que liga os bairros do Salwator e Bielany. A rua é a saída natural da cidade para municípios da região leste, como por exemplo, os munícípios de Balice, onde está o aeroporto internacional de Cracóvia, e Oswięcin, onde está o campo de concentração e exterminação alemão de Auschwitz-Birkenau. Transitam pela rua 12 linhas de ônibus da MKP, além de uma dezena de outros de empresas particulares.
Mas em determinados horários, como entre 11:50 e 13:10 não passa nenhum. è como se fosse intervalo de almoço para os motoristas. Em outros horários, no entanto, formam-se filas nos pontos de ônibus porque 5 transitam no mesmo horário e vazios. Ou seja, este deve ser o mesmo problema dos comboios de ônibus para os lados do Campus da Universidade, não há regularidade nos horários. Uma hora tem muitos, outras hora não tem nenhum.
E é tão simples resolver o problema. Bastaria organizar as partidas e chegadas dos ônibus, por exemplo, um a cada 5 minutos. Mas parece que os técnicos da prefeitura de Cracóvia, que em 2003 não se interessaram em ouvir o que técnicos do IPPUC- Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba estiveram apresentando ao prefeito (que era o mesmo, pois foi reeleito) naquela oportunidade, não entendem nada de planilha de horários. Pior para os moradores e estudantes da cidade.
O IPPUC é autoridade mundial em sistemas de transporte público. Cidades como Bogotá (Colômbia), Brisbane (Austrália), Dubai (Dubai) saíram completamente do caos em que se encontravam quando assinaram contratos com a prefeitura de Curitiba e hoje, tal qual a cidade brasileira são consideradas modelos em transporte público.
Mas Cracóvia, cidade-gêmea de honra de Curitiba, ao que parece, pensa que nesta "irmandade" não tem nada a aprender com a cidade brasileira, já que a capital dos pinheirais foi formada em grande parte por descendente de imigrantes polacos analfabetos do século 19. Deve ser pura presunção elitista cracoviana.

segunda-feira, 2 de março de 2009

Homenagem e protestos em Huta Pieniacka

Presidente Lech Kaczyński e Wiktor Juszczenko em Huta Pieniacka - Foto: Reuters

Os presidentes da Polônia e da Ucrânia, no sábado, participaram de homenagens ao aniversário dos 65 anos do massacre de polacos em Huta Pieniacka nos arredores de Lwów (Lviv em ucraniano - leões em português).
Muitos protestos de nacionalistas ucranianos foram feitos contra o presidente ucraniano Wiktor Juszczenko, para que ele não ficasse do lado dos "chauvinitas" polacos.  Este, contudo, afirmou que "foi um dos mais horríveis, mais cruéis acontecimentos na história da humanidade".  Ainda na quinta-feira passada, um grupo de protestantes fechou a estrada que leva ao local onde estão monumentos relembrando o massacre de 1944.
Juszczenko sublinhou que "desejaria que ficasse claro, que apesar da difícil história e da política, atualmente, os ucranianos deram as mãos aos polacos. A Ucrânia livre não pode existir sem uma Polônia livre e um polaco livre sem um ucraniano livre."
Já o presidente polaco Lech Kaczyński afirmou que "A verdade sobre este acontecimento nos liberta e permite construir um melhor futuro para a Polônia, a Ucrânia e toda a Europa. Temos coragem e misericórdia para orar - perdoar nossas ofensas como nós perdoamos os nossos devedores. Atualmente, aqui, damos o primeiro passo na estrada que iremos percorrer juntos os nossos nacionais".
A história conta que em 28 de fevereiro de 1944, como consequência da morte de alguns alemães nos arredores de Huta Pieniacka foram assassinados todos os moradores daquela vila rural, por soldados inimigos. Os números não são precisos, mas muitas pessoas foram mortas ali. O massacre de Huta Pieniacka foi na verdade uma punição militar contra os habitantes desta vila rural, que hoje se encontra em território da Ucrânia.
Os historiadores polacos e ucranianos continuam em desacordo sobre de quem seria a responsabilidade pelas mortes. Para os historiadores ucranianos, a responsabilidade pelos atrozes assassinatos é exclusiva dos batalhões da polícia alemã SS.
Mas para o IPN - Instituto da Memória Nacional Polaco, a ação foi encetada pela 14ª subunidade galiciana da Divisão Waffen-SS. Os historiadores polacos possuem farta documentação para sustentar suas posições, que incluem depoimentos de 80 testemunhas. Para o Instituto polaco não há a menor dúvida de que o massacre foi cometido pelos ucranianos e não pelos alemães nazistas.
Huta Pieniacka era uma vila de pelo menos mil pessoas da etnia polaca, moradoras de 200 casas, localizadas na Voivodia de Tarnopol (hoje Ternopil Oblast na Ucrânia) durante a segunda República Polaca. Em 1939, após os ataques conjuntos de alemães e soviéticos, as voivodias polacas foram anexadas pela União Soviética, tornando as terras polacas em território da Ucrânia. Guerrilheiros ucranianos então perpetraram uma série de ataques e assassinatos contra a população polaca que vivia nestas terras há séculos. A população polaca da antiga Galicia ocupada pela Áustria e destas voivodias sofreram ataques de três linhas de frente: alemã, russa e ucraniana.
Em janeiro e fevereiro de 1944, as tropas soviéticas eram visitantes frequentes nestas áreas e isto foi relatado tanto por ucranianos como alemães. Huta Pieniacka já tinha sofrido vários ataques em 1943 e naquele início de 1944. Em 23 de fevereiro de 1944, uma patrulha formada por soldados da SS Galizien Divisão se aproximou da vila. Os polacos, muitos dos quais eram membros da Armia Krajowa, mataram duas pessoas e feriram outra da tropa invasora. Este incidente foi descrito no Diário da Divisão Halchyna e documentos encontrados nas fardas dos soldados mortos declararam que eles eram membros da Divisão SS Galizien, estacionados em Brody.
Funerais foram organizadas para os mortos. Na madrugada de 28 de fevereiro de 1944, uma força mista de policiais e soldados ucranianos comandados pelos alemães sitiaram Pieniacka Huta. Apesar de terem sido alertados os polacos não tiveram tempo para preparar uma defesa ou para fugir. A localidade foi alvo de disparos da artilharia ucraniana comandada por um capitão alemão da SS. Depois dos disparos, lançaram granadas contra os civis, em sua maioria mulheres e crianças, que estavam reunidas na igreja. Ao tentarem escapar foram brutalmente assassinadas.
Segundo Bogusława Marcinkowska, historiadora de Cracóvia, os ucrainianos colocaram grávidas junto às paredes e abriram suas barrigas para retiram os fetos. Alguns moradores conseguiram fugir para Zloczów e outras cidades e nunca mais retornaram para suas casas. Depoimentos destes que fugiram, mas que presenciaram antes de escapar as atrocidades, contam que após cometerem os bárbaros crimes, os ucranianos se embebedaram, cantaram e dançaram a noite inteira. Para uma comissão, formada para investigar os crimes de guerra, estes sobreviventes contaram que os alemães não participaram da ação criminosa ucraniana.
Já o historiador ucraniano Vasyl Veryha afirma que baseado em documentos polacos alemães e soviéticos, Huta Pienacka foi um dos principais centros da "Armia Krajowa" e de guerilheiros soviéticos. O grupo de defensores da vila colaboravam com a Guarda do Povo Comunista. O 9º batalhão de guerrilheiros soviéticos denominado Chkalov e o grupo especial de Boris Krutikov estavam baseados na vila.  De acordo com Veryha, a população com mulheres e crianças incluídas era de aproximadamente 500 pessoas,  e o de guerrilheiros outros 500 moradores. 
Já o historiador russo Sergei Chuyev, diz que o polaco Kazimierz Wojciechowski trabalhou muito próximo a Armia Krajowa polaca e dos guerrilheiros soviéticos liderados por Boris Krutikov e Dmitri Medvedyev. Quando estes chegaram na vila, o assalto já tinha começado. A batalha teria continuado por algum tempo. Chuyev relatou que a ação dos policias ucranianos ao punir Wojciechowski desencadeadou uma luta feroz. 
Os ucranianos que atualmente protestam, alegam que os polacos erigiram este monumento aos mortos de Huta Pienacka sem a permissão do governo ucraniano e em total desrespeito a história e às leis do país. O parlamentar ucraniano Oleh Tyahnybok alega que o monumento é ilegal e que o cônsul polaco que foi considerado "persona non grata" desrespeitou a dignidade do povo ucraniano.
Em 28 de fevereiro de 2007, um novo monumento foi levantado em Huta Peniacka para homenagear os polacos massacrados em 1944. A delegação vinda da Polônia foi acompanhada pelo cônsul da Polônia, em Lwów, Marcin Zieniewicz, que naquela ocasião deixou bem claro que o monumento era para "marcar uma das páginas mais trágicas da história, mas não só do povo polaco, mas também dos ucranianos". Mas foi mal interpretado pelos políticos ucranianos.

 
A vila de Huta Pieniacka não existe mais. A maioria das casas foi queimada, tendo restado apenas uma escola e a igreja católica apostólica romana. Ambos edifícios foram demolidos após a guerra. Agora o local é apenas um campo de pastagem com este monumento da foto acima. 

Reiniciado o campeonato polaco

Polícia intervem no clássico silesiano entre
Ruch Chorzów X Górnik Zabrze
Foto: Dawid Chalimoniuk / AG


A melhor equipe da temporada, o Lech Poznań, que participa da Copa UEFA, mesmo após sua derrota contra a Udinese pelo torneio europeu, recomeçou o segundo do campeonato do campeonato polaco vencendo de forma emocionante o GKS Belchatów por 3X2.
O campeonato que reiniciou após intervalo de mais de dois meses, por causa do inverno, neste fim de semana, manteve nos primeiros postos as mesmas equipes do ano passado. O Lech, que depois de estar perdendo por 2X0 virou para 3X2, chegou aos 39 pontos. As duas equipes da capital continuam nos mesmos postos, segundo e terceiro lugares na tabela. Legia Warszawa (2º lugar) empatou com o Polonia Warszawa (3º lugar) em um gol e está com 37 pontos, enquanto o Polonia chegou a 36 pontos.
O campeão do ano passado, o Wisła Kraków, de Cracóvia, foi a Silésia e só conseguiu empatar em um gol com o Bytom. Com isso ocupa apenas a quarta posição na tabela com 35 pontos. O Belchatów que perdeu para o líder está em quinto lugar junto com o Śląsk Wrocław com 31 pontos.
Mas o ponto negativo do campeonato não está na tabela, mas nos estádios da Polônia. Com exceção de sete estádios todos os demais estão fechados para os torcedores visitantes. Simplesmente não são vendidos os bilhetes que seriam reservados para os torcedores da equipes visitantes. Os motivos e alegações variam de reformas nos estádios a evitar brigas entre os "kibiców" (quibitssuf- torcedores) dos times em confronto. Em comparação com a fase passada apenas um clube, o Belchatów, reformou as arquibacandas e pode receber 400 torcedores da equipe adversária nesta fase de primavera do campeonato.

O sorriso da vitória polaca

Foto: David e Cerny - Reuters

A esquiadora Justyna Kowalczyk é a nova musa da Polônia. Seus feitos nas pistas geladas da República Tcheca no fim de semana, além das duas medalhas de ouro, da uma de bronze, do título de bicampeã mundial deu-lhe também o amor patriótico de todos os polacos. A imprensa, a televisão, o rádio, as conversas de bar e até as igrejas só falam de Justyna.

domingo, 1 de março de 2009

Polaca bicampeã do mundo

Foto: Petr David Josek - AP

A polaca Justyna Kowalczyk é bicampeã mundial de esqui nórdico após sua medalha de ouro conquista neste sábado na prova de Liberec, na República Tcheca. Ela competia por três medalhas, na prova cross-country 10 km feminino, cross-country perseguição feminina 15 km feminino e cross-country largada em massa feminino 30 km. Venceu nos 30 e 15 km a medalha de ouro e a nos 10 km a medalha de bronze. Ela fez os 30 km em em 1:16:10,6.
"Estou muito feliz por esta vitória. Sonhei com as duas medalhas de ouro, mas pensei que isto não pudesse ser real. Mas conquistei isto!" declarou a polaca campeã mundial de esqui nórdico.
Em segundo lugar nos 30 km chegou a russa Jewgienia Miedwiediewa e em terceiro a ucraniana Walentyna Szewczenko.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Sikorski em Washington

"A Situação econômica da Polônia não é assim de tão sombria, como muitas vezes apresentam", declarou o ministro das relações exteriores da Polônia, Radosław Sikorski, no Senado dos Estados Unidos, ontem, sexta-feira, em Washington.
A declaração do ministro polaco foi em resposta ao comentário do senador John Kerry, chefe da comissão de assuntos exteriores do Senado e candidato do Partido Democrata nas eleições presidenciais de 2004, de que a há uma grande possibilidade de queda da economia na Europa Central. 
Agregou ainda que a Europa Central não é homogênea e se a Polônia representa quase a metade da economia da região, o banco central polaco tem tomado precauções para que a crise mundial não seja tão nefasta no país.
Antes havia se encontrado com a secretária Hillary Clinton, quando Sikorski conversou sobre a presença de tropas no Afeganistão e base antimísseis Norte-americana na Polônia. A base, apesar da pressão contrária da Rússia continua nos planos.
Mais tarde, um inglês superfluente foi entrevistado na televisão MSNBC junto com Mika Brzeziński.  Esta é a entrevista em inglês:


Caridade bate recorde histórico na Polônia


O maior movimento anual para angariação de fundos da Polônia, a Wielka Orkiestra Świątecznej Pomocy, ou Grande Orquestra da Caridade de Natal anunciou essa semana, que o montante arrecadado através de seus voluntários no mês de janeiro é recorde histórico. Pois superou o recorde anterior do ano passado em 9 milhões de złotych. 
Segundo o diretor da promoção Jurek Owsiak, (na foto durante a realização do programa na TV) entre as coletas, leilões e outras promoções, a Orquestra arrecadou 40,4 milhões de złotych.
Este ano, em sua 17ª. Edição, a Orquestra pediu dinheiro para a compra de equipamentos especializados para a detecção precoce do câncer em bebés e crianças. O dinheiro foi recolhido por cerca de 120 mil voluntários na Polônia e em todo o mundo.
A Grande Orchestra é semelhante ao "Criança Esperança" de Renato Aragão e Rede Globo, com a diferença de que o batalhão de 120 mil voluntários saem às ruas e não esperam que telespectadores depositem suas contribuições via telefone.
Todo aquele que é abordado na rua, por um voluntário, após colocar sua contribuição na caixinha é etiquetado no peito com o "coração" da Grande Orquestra

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Segunda Iarochinski na Polônia

Gislaine e Ulisses na ulica Floriańska, diante da porta Norte da cidade de Cracóvia

Recebi nesta quinta-feira, por exatas 3 horas e 45 minutos, minha prima Gislaine em Cracóvia. Bisneta de Józef, irmão de meu avô Bolesław, ela é, depois de mim, o segundo descendente de Piotr Jarosiński a conhecer a Polônia.
Gislaine (Iarochinski) Kuk, assim como meu pai Cassemiro é de Castro, no Estado do Paraná. Atualmente morando e trabalhando em São Paulo como modelo, ela se prepara para ainda este ano retornar a Polônia e cursar veterinária em alguma universidade do país.
Pena que tenha sido tão rápida sua passagem por Cracóvia, só tivemos tempo de passar pela Brama Florianska, Museu Czartoryski, Igreja de São Casimiro, Stare Teatr, Rynek, Sukiennice, Igreja Mariacka, restaurante Chopskie Jadło, ulica Bracka, Café Prowincja, Curia Metropolitana, Igreja de São Francisco de Assis e passar diante da catedral e castelo de Wawel. Não deu tempo nem para subir a colina. Ela tinha que voltar a estação e embarcar para Varsóvia.  De onde amanhã, sábado, volta para o Brasil.
Antes de vir a Polônia por uma semana ela participou da Campanha de Lançamento da vodka polaca "Sobielski", em São Paulo. 
Ah, sim! Nós nunca tinhamos nos encontrado pessoalmente, antes, mas foi como se sempre nos conhecêssemos. Deve ser o sangue, o mesmo que corria nas veias de Piotr.

100 mil ucranianos se preparam para invadir a Polônia

Palácio da família polaca Potocki na cidade de Lwów, na atual Ucrânia

A catástrofe econômica na Ucrânia está incentivando as pessoas a procurarem nos cartórios, arquivos e memórias familiares suas raízes polacas. Assim como muitos brasileiros descendentes de polacos querem um documento polaco, que os permitirá entrar e trabalhar livremente na Polônia. Para assediar o mercado de trabalho polaco se preparam cerca de 100 mil cidadãos ucranianos.
"O documento polaco representa uma chance de receber um salário duas vezes maior do que recebo aqui na Ucrânia. Eu sou mecânico de automóvel. Já acertei com uma oficina de Wrocław. Estão esperando por mim lá," declarou Jarosław Kalinowski da cidade de Drohobycz para o jornal Gazeta Wyborcza.
Os "polacos" da Ucrânia estão prontos para receber de 20 a 30% menos que os salários pagos atualmente na Polônia. E isto porque, o mercado de trabalho na Ucrânia pode pagar no máximo 200 dólares mensais. Muito pouco quando comparado aos 900 dólares em média pagos pelas empresas polacas.
O cônsul Grzegorz Opaliński do Consulado geral da Polônia em Lwów (Lviv em ucraniano) afirmou que já recebeu "10 mil" pedidos de carteria de residência e trabalho. "E a cada dia este número aumenta espantosamente. Não temos, inclusive, pessoal suficiente para despachar estes casos. Muitos destes estão passando a fronteira para pedir ajuda de polacos de pequenas vilas que preencham os formulários". Também o consulado de Łucki na região da Volínia não consegue atender as pessoas, tal a quantidade.
Segundo Artur Kozłowski, do Conselho de Assuntos Polacos no Oriente, somente em Lwów mais de 20.600 pessoas preencheram os formulários. destas 13 mil já receberam suas carteiras de identidade polaca.
Este movimento começou um anos atrás, quando o governo da Polônia, estendeu aos polacos e seus descendentes que permaneceram no território que passou para as mãos da Ucrânia após a Segunda Guerra Mundial. Por isto, para estes "cidadãos" ucranianos, na verdade polacos basta comprovar sua origem para receber a carteira de identidade polaca. É um processo bem mais simples que o da cidadania. Esta carteira permite que morem, trabalhem e estudem na Polônia com os mesmos direitos dos que nasceram no atual território da Polônia, ou simplesmente cidadãos polacos.
Mas o que permite um ministério não parece não encantar outro. O Ministério do Trabalho, já anunciou que em vista de tal situação não pretende liberar o mercado para estes estrangeiros. No momento a permissão para o trabalho legal é de apenas seis meses.

Comentando
Nesta notícia algumas coisas chamam a atenção. Não só pela crise econômica na Ucrânia e pela nvasão iminente de ucranianos no mercado de trabalho da Polônia. Mas principalmente pelos aspectos legais e discussão sobre a verdadeira identidade polaca destas pessoas e de outras que se acreditam também descendentes de polacos no resto do mundo.
A instituição desta "carteira" não só para ucranianos e mas também e principalmente para bielorrussos de origem polaca foi uma decisão do governo da Polônia há cerca de um ano. Foi uma proposta originada no Congresso Nacional e causada pelas perseguições aos cidadãos bielorussos de origem polaca pelo ditador do país vizinho. Naquela oportunidade, o ditador reclamou que a Polônia estava criando dois tipos de bielorussos: aqueles que podiam atravessar a fronteira e aqueles que não podiam. Era como se a Polônia estivesse criando duas classes de cidadãos na Bielorrússia, e isto ele não podia concordar.
Na prática estas pessoas são ucranianas e bielorussas, pois nasceram e foram registrados pelas instituições ucranianas e bielorussas como cidadãos de seus Estados Nacionais, após a segunda guerra mundial. Lembrar que este Estado Ucrânia foi instituído em 1922 como República Socialista Soviética da Ucrânia, em terras da Polônia e da Rússia e formada pelo povo ruteno. Ucrânia sempre foi a Rutênia e ucranianos sempre foram rutenos. Somente em 1990 passou a existir de forma independente e única a República da Ucrânia. Este povo ruteno tem mais de 2 mil anos e o denominado "ucraniano" apenas 87 anos de existência. Portanto, os atuais cidadãos ucranianos tanto podem ser rutenos, cossacos, bem como polacos. Pois o que define uma etnia, o pertencimento a uma nação, não é uma carteira de identidade, um passaporte ou um diploma de cidadão.
Portanto, fica difícil entender como é que meu avô, que nasceu em Wojcieszków, uma localidade próxima a Lublin, seja entendido como cidadão russo e não polaco. Wojcieszków hoje, antes de 1990, antes de 1945, antes de 1918 sempre esteve no território da Polônia. Nunca esteve no território da Ucrânia, nem no território da Rússia, em que pese na época estivesse ocupada pelos invasores russos. Pois meu avô e todos os seus ancestrais sempre assinaram Jarosiński, sempre viveram na Polônia e sempre foram da etnia polaca. Definitivamente os critérios de nação, território e estado não se completam, muito pelo contrário são desagregadores. Por isto que cada dia mais fica evidente a lucidez de John Lennon em sua canção "Imagine" quando diz "Imagine que não exista nenhum país, Não é difícil de fazer. Nada porque matar ou porque morrer, Nenhuma religião também. Imagine todas as pessoas vivendo a vida em paz..."

Imagine - John Lennon

Imagine there's no heaven,
It's easy if you try,
No hell below us,
Above us only sky,
Imagine all the people
living for today...

Imagine there's no countries,
It isnt hard to do,
Nothing to kill or die for,
No religion too,
Imagine all the people
living life in peace...

Imagine no possessions,
I wonder if you can,
No need for greed or hunger,
A brotherhood of men,
imagine all the people
Sharing all the world...

You may say I'm a dreamer,
but Im not the only one,
I hope some day you'll join us,
And the world will live as one

"Você talvez diga que sou um sonhador, Mas eu não sou o único. Eu espero que algum dia você se junte a nós, E viverá como um mundo único."

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Mariola de Kazik

O novo "Teledysk" do roqueiro Kazik Staszewski, "Silny Kazik pod Wezwaniem" com direção de Sławek Pietrzak, fotografia e montagem de Jacek Kościuszko é um dos mais acessados na Internet na Polônia.
O cantor que já se apresentou em Curitiba, Campo Largo, Ponta Grossa e São José dos Pinhais no início da década de 90, com o grupo Kult é um dos artistas mais respeitados do país e com uma legião de fãs das maiores do país.

Cracóvia: promoção turística equivocada

Igreja Mariacka no Rynek de Cracóvia

A crise econômica Norte-americana e a queda dos turistas tem preocupado as autoridades de Cracóvia. E isto foi sentido antes do estouro da crise, mais precisamente um mês antes, quando terminava o verão europeu. Restaurantes, hotéis, hostels (albergues), aeroporto e museus da cidade viram que os ganhos não tinham sido os mesmos do verão anterior.
A prefeitura então contratou uma empresa, a "Agencja Eskadra" para buscar novas estratégias de atração turística. Pagou pelo trabalho 35 mil złotych. Entre outras sugestões apresentadas estava a de impedir as condições propicias de bares com cerveja barata para turistas ingleses de fim de semana. Excursões de bêbados ingleses através de empresas áereas de baixo custo. A explicação para isto é a de que estes turistas provocaram muitos incidentes e não deixaram os moradores do centro dormirem em paz. Em uma frase, a nova estratégia é impedir turista pobre de visitar Cracóvia. Aqui serão bem vindos apenas os ricos, interessados em Cultura.
Teoricamente tudo está nos conformes, pois o prefeito assinou memorando para se colocar em prática as estratégias formuladas pela Eskrada. Para para que elas sejam efetivamente colocadas em prática era preciso que o Conselho da Cidade (espécie de Câmara de Vereadores) aprovasse. Isto foi feito de forma tão rápida, que muitos conselheiros nem se lembram do memorando do prefeito, nem do trabalho técnico da Eskadra. E agora estão reclamando: "muitos nem sabem o que aprovaram", afirma Bolesław Kosior, um dos conselheiros da cidade.
Entre as ordens do prefeito ficou decidido que Filip Berkowicz é o diretor do departamento de cultura e Grażyna Leja diretora do departamento de turismo, encarregados de organizar o Festival "6 zmysłów" e o "Misteria Paschalia", entre outros para atrair turistas ricos e interessados em cultura.
Mas nesse meio tempo a moeda polaca está indo pro fundo do poço, da cotação de 1 euro 3,20 złotych em setembro, agora está 4,70 złotych. Assim ninguém mais, entre funcionários da prefeitura, conselheiros da cidade, consultores da Eskadra, sabe se as estratégias formuladas e pagas são atuais. Ainda no final do ano passado como parte das novas estratégias a prefeitura gastou milhares de złotych em anúncios e programetes das redes de TV Mundiais CNN e BBC. O resultado parece ter sido pífio, pois veio o inverno e naturalmente o fluxo de turistas estrangeiros parou.
Mas o que parece estar errado em tudo isso é análise que estes "entendidos" fazem de pessoas e fluxo.
Cracóvia, que segundo relatórios oficiais chegou a receber no verão de 2007, cerca de 7 milhões de turistas (estimativas não oficiais garantem que este número chegou próximo dos 10 milhões de turistas) viu estes números caírem drasticamente no último verão. A causa, ao contrário do que sugere esta elitização dos turistas, é que um copo de cerveja de 500ml que custava 4  złotych passou a custar 12 até 15  złotych. Nem mesmo os bêbados ingleses são estúpidos suficiente para não se sentirem lesados.
Enquanto isso algumas perguntas ficam sem resposta. O que fazer com restaurantes, hotéis, albergues, bares que foram abertos para atender 10 milhões de turistas de todos os bolsos e agora segundo as novas estratégias da prefeitura vão atender apenas 2 milhões? E o que fazer os com o mercado de trabalho? Mandar de volta os emigrantes retornados de Londres?
Parece claro que administrar turismo não é o forte das autoridades da turística Cracóvia. 

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Sikorski pede ajuda para Auschwitz

O ministro das relações exteriores da Polônia, Radosław Sikorski fez um chamamento à ajuda internacional para manter o museu existente na cidade de Oswięcien, na Polônia. O museu é o conhecido maior cemitério sem tumbas de todo o mundo, o campo de concentração e exterminação alemão nazista de Auschwitz-Birkenau.
Falando após um encontro de ministros do exterior da União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica, Sikorski, disse que a Fundação para a conservação do nefasto campo, criada no mês passado, recebe 120 milhões de euros, dos quais só pode utilizar seis ou sete milhões de euros por ano para a conservação do local.
Sikorski afirmou que a manutenção do campo da morte é particularmente importante para as futuras gerações, justo num momento em que líderes em alguns países e alguns religiosos colocam em dúvida a existência do Holocausto.
O Museu de Auschwitz recebeu recentemente 4.2 milhões de euros da UE para projetos de manutenção. Ano passado Auschwitz, localizado a 65 km de Cracóvia, foi visitado por mais de 1.1 milhão de pessoas de todo o mundo.

Foto: Ulisses Iarochinski

Schumacher colobora na compra de Podolski

O alemão Michael Schumacher, o maior campeão da história da Fórmula 1 sempre foi um apaixonado por futebol. Não foram poucas vezes em que ele atuou como atacante em jogos amistosos de estrelas mundiais.
Sua paixão por futebol só não é maior que o amor que tem pelo Football Club Koeln da cidade de Colônia. O Clube anunciou em seu sitio oficial que o ex-piloto contribuiu com 875 euros, ou R$ 2,7 mil para que o FC Koeln possa fechar a contratação do atacante polaco Łukasz Podolski, que joga atualmente no milionáro Bayern de Munique. A contração do "menino" de Gliwice  (cidade polaca onde nasceu Podolski) teria sido fechado em 10 milhões de euros e foi fruto de uma campanha junto aos torcedores para arrecadar a quantia.
O clube de Colônia dividiu uma foto de Podolski, em sua página na Internet, em 37.500 pedaços. Cada pedacinho da foto de Podolski foi colocado a à venda por 25 euros. Foi aí que Schumacher comprou exatos 35 pedaços. A promoção uma vez encerrada dará 1 milhão de euros para os cofres da equipe. O astro dos autódromos deixou uma mensagem escrita no portal pedindo aos fãs que colaborem com a campanha. "Acompanhe seu coração e ajuda a nossa torcida a comemorar novamente". Schumacher não foi o único famoso a contribuir com a campanha, também o jogador da seleção alemã de handebol Heiner Brand e o boxeador Felix Sturm, campeão mundial meio-médio pela WBA foi outro.
Podolski que há tempos não está feliz com reserva no Bayern, disse que desejaria sair. Parece que seu desejo foi atendido.
 
Foto: Reuters

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Starowieyski morreu

Foto: Anna Bedyńska

Morreu ontem em Varsóvia aos 79 anos Franciszek Starowieyski, um dos mais importantes criadores de posters da mundo. Franciszek Andrzej Bobola Biberstein-Starowieyski nasceu em 8 de julho de 1930 em Bratkówka, localidade próxima a Krosno, na região Podkarpacki, no Sudeste da Polônia. O artista polaco era pintor, desenhista, criador de posters e cartazes de filme, teatro, dança e espetáculos, cenógrafo teatral e televisivo.
Entre 1949 e 1955 estudou na Academia de Belas Artes de Cracóvia e Varsóvia. Starowieyski foi premiado por seus cartazes de filmes em Cannes, tendo recebido em 1975, o Grande Prêmio do Festival Internacional de Paris. Starowieyski acreditava que o homem vive em uma "época de destruição", idéia que o inspirou para uma obra que retrata a catástrofe.

Segundo o diretor do Centro de Arte Contemporânea de Varsóvia, Wojciech Krukowski "é muito difícil entender esta morte, pois ele era uma pessoa de uma força vital enorme, cheio de saúde. Um ser humano inesquecível."
Autor de mais de 250 posters que correm o mundo em exposições sobre a arte da qual foi mestre e criador, a arte do cartaz, além de muitas outras obras em forma de quadros, ilustrações, cenografia e figurino.
Fez exposições em galerias e museus da Polônia, Áustria, Bélgica, França, Holanda, Canadá, Suíça, Estados Unidos, Itália e Brasil, onde conquistou o Grande Prêmio da Bienal de Arte de São Paulo em 1973.



Premiações
1973 - Grande Prêmio da Bienal Internacional de Artes, São Paulo (Brasil)
1974 - Grande Prêmio do Poster de Filme, no Cannes Film Festival, Cannes (França)
1974 - 2º lugar, International Biennial of Posters, Varsóvia (Polônia)
1978 - 2º lugar, International Biennial of Posters, Varsóvia (Polônia)
1979 - Gold Plaque, International Film Festival, Chicago (Estados Unidos)
1982 - Silver Hugo, Film poster competition
2000 - 3º lugar, International Biennial of Posters, Varsóvia (Polônia)

Wisła latinoamericano

Os brasileiros Cleber, Marcelo e Beto.

O Clube Wisła Kraków reinicia o campeonato polaco após a pausa de inverno com três jogadores brasileiros, um costariquenho e um argentino filho de brasileiro. Pela ordem, Cleber que cumpre seu terceiro ano de contrato, Marcelo que chegou em setembro passado e o mais recente Beto fazem companhia a Diaz, o lateral esquerdo que se casou no início do ano em sua terra natal e Cantoro que está há mais de cinco anos no clube e na cidade. 

O costariquenho Dias e o argentino (filho de brasileiro) Cantoro.

O centenário clube de Cracóvia é o campeão da temporada passada e talvez o mais rico do país. Está terminando seu estádio para 40 mil expectadores para colocar a cidade na Eurocopa 2012. Mas no campeonato que se reinicia está apenas na quarta colocação. À sua frente está o líder Lech Poznań (que no momento representa a Polônia na Copa UEFA), seu maior rival Legia Warszawa em segundo e o Polonia Warszawa, que veio da segunda divisão, em terceiro.
Beto, a mais recente contratação brasileira veio do Palmeiras e já esteve na Ponte Preta. Nasceu em 31 de maio de 1987. Beto andou fazendo gol nos treinos e em jogos amistosos na preparação da equipe na Espanha.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Mata a mulher fora da detenção

Centro de Detenção para Investigação de Lublin - Foto: Ulisses Iarochinski

Acusado de abuso na família e liberado da detenção pelo Tribunal de Justiça, Marek W, de 32 anos, morador de Chodla na Voivodia de Lublin, após três dias livre, assassinou a esposa. A mulher de 30 anos foi morta com facadas no pescoço depois de uma violenta briga doméstica. Os cortes provocaram bastante sangramento o que acabou por vitimar a mulher. Os dois filhos do casal no meio da briga fugiram do apartamento indo para casa dos avós. 
O homem foi preso perto de sua própria casa, por ato de homicídio. Ele estava bêbado, com mais de 3,0 ml de álcool no sangue. Marek W.  havia sido detido preventivamente por três meses, em janeiro, denunciado por abuso da mulher e dos filhos.
A denúncia foi retirada e coube ao Tribunal de Lublin, na última quinta-feira, levantar a ordem detenção.

P.S. Na Polônia, a lei prevê para qualquer denúncia a detenção preventiva. Assim uma pessoa falsamente denunciada pode ficar detida injustamente por um período de até três meses. Nesse tempo, a polícia e um promotor designado fazem as investigações para comprovar a veracidade da denúncia. Embora inocente, uma pessoa pode ter este período de detenção prorrogado, enquanto o promotor não encontra provas suficientes para que o caso seja enviado ao tribunal. Dois dos casos mais famosos de pessoas inocentes detidas que mais tempo ficaram reclusas é de o um senador da república que ficou três anos e meio na detenção e o recorde dado a outra pessoa que ficou sete anos e três meses detida. Ficou comprovado que eram inocentes, mas mesmo assim cumpriram pena. Para que sejam ressarcidos é necessário entrar com uma ação na justiça. Os que não têm como pagar as custas acabam pagando por crimes que não cometeram. Este procedimento penal da Polônia está em desacordo com as normas da União Europeia. Há promessas de se adequar a UE... Mas só rumores.