domingo, 24 de maio de 2009

A janela do Papa

Foto: Ulisses Iarochinski

As aparições dos Papa na janela da Praça São Pedro, no Vaticano, nas quartas-feiras e domingos, tem origem nesta janela da Cúria de Cracóvia. O então cardeal Karol Wojtyła já conversava com os cracovianos aí. Desde a morte em às 21:37 horas, 2 de abril de 2005, do Papa João Paulo II, a janela é local de peregrinação de fiéis. Hoje esta imensa foto decora o local. Com as comemorações neste 20 de maio do nascimento do menino Karol, a frente da Cúria ficou coberta de castiçais de vidros coloridos com velas em intenção de graças. Todas as vezes que o Papa voltou a Cracóvia ele conversou, cantou e orou com os cracovianos nesta janela. Hoje os fiéis cantam e oram em sua homenagem, esperando a comunicação de que ele foi consagrado Santo Papa João Paulo II.

sábado, 23 de maio de 2009

Querem derrubar a escola de mestres

Foto: MPW

Os cineastas se desentendem com as autoridades municipais de Varsóvia. A razão da discórdia é o projeto para uma nova utilização do terreno, onde atualmente funciona o Laboratório de Filmes Documentais e de Ficção.
Os planos da prefeitura varsoviana envolve a construção de nova avenida, que vai demolir 20 edifícios, incluindo a "Escola de Mestres da Direção Andrzej Wajda"
"É hora de comemorar, não de lutar pela sobrevivência, porque este ano Varsóvia celebra os 60 anos da existência do Estúdio de Filme Documentário de de Ficção. Os nomes do povo deste lugar fala por si. Jerzy Hoffman, Krzysztof Kieślowski, Jerzy Bosak, Maria Kwiatkowska, Jan Łomnicki", protestou Wodzimierz Niderhaus, diretor de produção. A cidade rotulou o cenário como o aniversário do horror. 
Para Agnieszka Odorowicz, diretora do Instituto de Cinema Polaco, "o projeto da prefeitura a ser desenvolvido incluiu a demolição de mais de 20 edifícios utilizados atualmente pela Escola de Mestres da Direção Andrzej Wajda, como as novas salas de fotografia, arquivo sonoro, montagem, e sets de filmagem. E isto é inaceitável!".
Os cineastas e os amantes da sétima-arte, reunidos em congresso no Palácio da Cultura, não concordam que se destrua um dos ícones de uma das escolas mais importantes do cinema mundial. E estão certos.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Weiss critica Spiegel

Szewach Weiss - Foto: Rafał Guz

Shevach Weiss, polaco de nascimento é um político israelense. Membro do partido trabalhista no Knesetu, já foi embaixador de Israel na Polônia. Em artigo assinado, no jornal Rzeczpospolita, comenta notícia publicada na "Spiegel" alemã, onde a revista condena os camponeses polacos católicos, que assistiram os assassinato de polacos judeus.
Weiss defende os camponeses polacos católicos dizendo que "Eu conheço estas pessoas pessoalmente. Eles me salvaram em Borysław. A nação polaca pode se orgulhar de seus camponeses". 
Segundo ele, "o final da II Guerra Mundial, já fez 64 anos. A grande maioria dos alemães atuais, nasceram após a guerra. Quase todo o povo alemão, não tem mais qualquer ligação direta com o Nacional Socialismo - nazismo - e seus crimes. No entanto, existe ainda alguma coisa como responsabilidade histórica. Ou seja, responsabilidade pele maior crime na história da humanidade - o Holocausto - que foi trabalho dos alemães." 
Weiss reconhece que uma parte da elite alemã não consegue lidar com o enorme fardo deste de carregar na testa o sinal de Caim. "Assim, buscam partilhar a culpa dos crimes cometidos pela sua nação no passado com outras nações." Para ele, o exemplo mais recente é justamente o artigo da revista "Spiegel", intitulado "Parceiros. Europeus ajudaram Hitler a matar os judeus". "Mas isso não tem nada de novo. A primeira tentativa alemã, ocorreu pouco depois do fim da guerra e aumentou na década de 80. Em seguida, um grupo de conhecidos historiadores alemães começou a escrever uma nova história, como Ernst Nolte, Andreas Hillgruber, Michael Stürmer Hitler e famoso biógrafo Joachim Fest. Weimar justificada. Hillgruber alegou que civis foram expostas a atos de vingança, que o massacre e as múltiplas violações de mulheres por soldados do Exército Vermelho. Tópicos relacionados como estes foram visto nos últimos livros de Günter Grass, que mais freqüentemente escreve sobre o sofrimento alemão."
Weiss não tem dúvidas que tudo isso afeta a identidade atual do alemão, sua mentalidade, sua memória e tem isto tem consequências políticas inquietantes. "Evidentemente, não quero culpar todos os alemães. Existem ainda muitos liberais, tais como Joschka Fischer, que está desenvolvendo uma posição muito boa em relação ao problema da culpa. Espero que outras pessoas possam pensar como ele, ainda que não sejam a maioria na Alemanha."
O semanário "Spiegel" escreveu que a Alemanha não estava sozinha naquela tragédia. E Weiss concorda que não estavam. Os colaboradores do nazismo estavam por toda a Europa e foram muito numerosos. Mas responsabilidade ainda continuava com os alemães. "Recordo que a maioria dos alemães votaram a favor do NSDAP, e 600 mil alemães e austríacos tomaram parte direta no Holocausto! Além disso, o povo alemão tirou grande proveito de pilhagem feita por Adolf Hitler nos países ocupados. Na Alemanha, desembararam móveis, pinturas e jóias fruto de roubo."
O ex-embaixador israelense na Polônia critica a "Spiegel", dizendo que infelizmente vê a questão defendida pela revista ao condenar os polacos católicos do campo, "pelo sentido tradicional da superioridade dos alemães e do desprezo que nutrem pelos polacos. No entanto, o polaco pode estar orgulhoso de seus camponeses! Eles eram bons, diligentes e pessoas cautelosas. Muitos deles estão entre os "Justos entre as Nações", museu em Israel. E não apenas Irena Sendlerowa e Władysław Bartoszewski, mas também muitos moradores de pequenas aldeias polacas. Eu conheço estas pessoas pessoalmente. Eu mesmo fui salvo por três famílias de Borysław. Estas pessoas têm uma justiça humana natural. A Alemanha, lembrar que, enquanto nós, os judeus fomos nada para eles, para os polacos nós eram parte do seu povo".

Eleições parlamentares europeias

O Presidente do PiS, Jarosław Kaczyński - Foto: Paweł Kula

A Polônia está em plena campanha para as eleições parlamentares europeias. No próximo dia 6 de junho deverão ser eleitos os representantes da Polônia no Parlamento Europeu. As maiores disputas devem ser entre o PiS do presidente da república Lech Kaczyński e seu irmão Jarosław, do PO do primeiro-ministro Donald Tusk e o SDL do ex-presidente Aleksander Kwaśniewski. Concorrem candidatos de 12 partidos políticos, inclusive a versão polaca do partido irlandês Libertas.
No sitio onet.pl wiadomości eurowybory é possível conhecer todos os partidos e seus candidatos...acesso no http://eurowybory.onet.pl/komitety.html
No exterior os consulados são responsáveis por organizar urnas para votação. Podem votar polacos em trânsito no exterior e estrangeiros que possuem também a cidadania polaca.
No Brasil, os consulados Brasília, São Paulo e Curitiba funcionarão das 8 as 20 horas (horário brasileiro - em função do fuso horário de 5 horas de diferença).
Em Curitiba, que atende os três Estados do Sul do Brasil, a movimentação deve ser maior. Para tanto, os votantes devem comparecer na Rua Agostinho Leão Junior, 234 bairro Alto da Glória, Curitiba – Paraná.
O Consulado Geral da Polônia de Curitiba informa que aqueles que desejarem votar terão que fazer seu registro com 5 dias de antecedência por email (cidadaniacuritiba@polonia.org.br) ou pelo fone (41) 3019-4662, fornecendo as seguintes informações:
Nome e sobrenome/ imię i nazwisko
Nome do pai/ imię ojca
Número PESEL
Data de nascimento/ data urodzenia
Número do passaporte válido/ numer WAŻNEGO paszportu
Endereço residencial/ adres zamieszkania
Mais informações no site: www.kurytybakg.polemb.net

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Nie żyje Zbigniew Hołda

Zbigniew Hołda

Morreu o professor Zbigniew Hołda, na noite desta quarta-feira, em Lublin aos 59 anos de idade. Advogado, professor da Universidade Jagielloński de Cracóvia foi vice-presidente da "Helsińskiej Fundacji Praw Człowieka" (Fundação Helsinqui dos Direitos Humanos) e membro da "Komisja Prawniczej Polskiej Akademii Umiejętności" (Comissão de Direito da Academia Polaca de Ciências). Foi membro do Sindicato Solidariedade em 1980 e 1981 e foi detido durante a Lei Marcial de 1981. Ganhou o Prêmio Internacional ProBono e o Tolerância da organização europeia LGBT.
Como advogado, defendeu Alicja Tysiąc, polaca que lutou pelo seu direito pessoal de abortar. Representava também a Fundacja Równości (Fundação Igualdade), organização dos gays e lésbicas polacas.

Morreu Fani Lerner

Embora a diferença religiosa, a descendente de polacos judeus, Fani e seu esposo Jaime Lerner saudou o Papa João Paulo II, em 1980, em Curitiba, numa mesma língua comum: a polaca.

A comunidade polaca-judia de Curitiba amanheceu de luto está manhã e por extensão o Estado do Paraná e sua capital. Fani Lerner, de 63 anos, morreu às 02:00 horas desta madrugada, vítima de câncer. Casada com o arquiteto Jaime Lerner, deixa as filhas Andrea (casada com Sebastiaan Bremer), e Ilana (casada com Cláudio Hoffmann), e os netos Ben (09 anos), Liana (07 anos), Tobias (07 anos) e Sophie (05anos).
Nos três mandatos do marido como prefeito (71 a 75, 79 a 83, 89 a 93) e nos dois como governador (95 a 99 e 99 a 2003), Fani Lerner dirigiu a área de assistência à criança. Como secretária criou o voluntariado paranaense através do Provopar.
Ganhadora do Prêmio Kellogg’s de 2003, entregue em Columbus, Ohio, Estados Unidos (reconhecido como o prêmio Nobel dos que trabalham em pról da infância do mundo inteiro). Fani implantou 500 creches, em oito anos, como secretária Estadual da Criança, nos dois governos Lerner.
No município de Curitiba, nos três mandatos do marido, foram 120, as creches que ela podia exibir como obras resultantes de seu empenho sem tréguas.
Fani Woller Proveller Lerner, nascida em 1945, em Curitiba, era filha de polacos judeus emigrados da Polônia, em 1937. Quando Fani tinha quatro anos, o pai Manoel Proveller morreu de diverticulite. A mãe de Fani, Ana Proveller, também polaca, de Varsóvia, ficou viúva aos 34 anos, mas não desmoronou. Fluente em polaco iídiche, ucraniano e alemão, com o apoio dos irmãos, Samuel e Bernardo Woller montou sua Loja "A Moderna", especializada em roupas femininas, na Praça Zacarias, e a transformou num dos endereços mais famosos de Curitiba.
Fani teve uma infância e mocidade junto a uma comunidade multiétnica e multirreligiosa. Estudou no Instituto de Educação do Paraná, onde entrou aos cinco, no jardim de infância, e do qual saiu normalista.
Abraçou o magistério, tendo iniciado sua carreira na Vila Lindóia, onde lecionou por cinco anos. Fani era professora concursada no Grupo Escolar Itacina Bittencourt. Lá ficou trabalhando até que Jaime e ela conseguissem construir a casa no bairro do Cabral, hoje, sede do Instituto Jaime Lerner, e onde eles viveram por 37 anos. Na universidade, formou-se em psicologia.
Fani, na qualidade de ex-primeira dama do município está sendo velada no Salão Nobre da Prefeitura de Curitiba, de onde o corpo sai às 16:30h para o Cemitério Israelita do bairro de Santa Cândida. 

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Jelen - o polaco sensação

Foto: PAP

"Jogador de outro mundo!", escreveu sobre Ireneusz Jelen, o jornal francês "L´Equipe', após o jogo, Auxerre e Paris Saint Germain.
Embora o elogio tenha partido de um veículo de comunicação esportivo bastante prestigiado internacionalmente, o atacante polaco é praticamente desconhecido entre os melhores da Europa. Isto, segundo o treinador Tadeusz Fogiel se deve ao fato de que o polaco Jelen não joga no milionário futebol inglês. Jelen, da seleção polaca de futebol e do clube francês Auxerre se converteu na sensação do campeonato francês 2008-2009 que se encerra.
Jelen, a bem da verdade, fez alguns dos mais belos gols da atual temporada em todo o mundo. Mas como, diz o treinador Fogiel, é polaco, joga no Auxerre e não tem os olhos e câmeras viciados do mundo esportivo voltados para o futebol inglês de Teves, Cristiano Ronaldo, Reyes, Lampard e outros menos cotados, mas inchados de libras esterlinas russas.

Consomê polaco de beterraba

Dois pratos a base de beterraba. Abaixo o consomê e mais acima o Barszcz da receita a seguir.

Barszcz czerwony - consomê vermelho

Ingredientes 

- 5 gramas de cogumelos secos
- 200 gramas de osso 
- 300 gramas de carne com osso
- 1 litro e meio de água
- pitadas de sal
- 200 gramas de molho italiano 
- 50 gramas de cebola 
- 1 folha de louro
- pitadas de pimenta do reino 
- 400 gramas de beterraba vermelha 
- 1 dente de alho
- pitadas de Açúcar
- um quarto a meio litro suco de beterraba azeda

Preparo
Misturar os cogumelos secos, a carne ossada e os ossos com água e sal. Cozinhá-los em fogo brando, lentamente. Acrescentar o molho italiano, cebolas picadas, alho e pimenta. Depois de cozido, coar num pano limpo e separar. Numa outra panela, ferver as beterrabas previamente lavadas. Quando estas estiverem macias, escorrer e macerá-las e em seguida misturar com o caldo do cozido de cogumelos, carne e ossos. Deixar ferver. Depois acrescentar o suco de beterraba azeda e pitadas de açúcar. 
O consomê de beterrabas - Barszcz burakowy - também é pode ser preparado com presunto, bacon  e salsichas.
Na hora de servir, pode-se ainda acrescentar ao barszcz (o caldo preparado acima) feijão verde, feijão jaulo, trigo sarraceno e/ou ovos cozidos.
Querendo, pode-se também misturar o caldo com nata líquida, tortelini, torradas, restos de massa de macarrão cozida, pierogi.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Wadowice comemora nascimento do Papa


"Aqui tudo começou", a lembrança das palavras do Papa João Paulo II, em 1999, quando recordava as diversões entre seus colegas na escola secundária de Wadowice e da torta "kremówka", ainda ecoam em sua cidade natal.
Ontem, segunda-feira, a cidade comemorou o aniversário de nascimento Karol Wojtyła. Junto com os moradores, estudantes de escolas de toda a Polônia, acudiram a manifestações de júbilo. Esta é a nova vez que acontece esta peregrinação de estudantes â terra onde nasceu o Papa. Muita cantoria, orações e degustação das famosas "kremówka" de Wadowice. No final da tarde, todos participaram na santa missa celebrada pelo cardeal metropolitano de Cracóvia, Stanisław Dziwisz. O cardeal que durante quase todas sua vida de sacerdote, foi secretário particular do bispo, depois cardeal e finalmente papa estava exultante com a celebração do aniversário de nascimento.
Karol Wojtyła nasceu, em 18 de Maio de 1920, em Wadowice. Hoje, na casa em que ele viveu, é um museu. A Cúria de Cracóvia tem planos para a renovação do edifício. Barbara e Jaroslaw Kłaputowicz desenvolveu um novo conceito de museu para o Papa, dentro da idéia de criação do Museu do Levante de Varsóvia. Neste novo museu, os Kłoputowicz preveem algo fora do convencional. Não haverá espaço para a "kremówka" do Papa, mas sim para uma antiga gravação de Wojtyła, encontrada pelo padre Paweł Danka, na "Fundacja Anima Media", de Bielsko Biała, onde ele está aprendendo a falar Inglês, e se ouve: "Já não posso! O que é esta língua."

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Futebol polaco: Final será eletrizante

O artilheiro Paweł Brożek - Foto: Mateusz Skwarczek

E o Wisła Kraków segue em sua retomada da liderança com fôlego para levantar a taça de bicampeão da Polônia. Fez 4 a 0 no ŁKS 4:0 e manteve seu único ponto em relação aos rivais Legia e Lech. A próxima rodada é a última e tem tudo para ser eletrizante. Pois, embora a liderança da equipe de Cracóvia seja fato, a verdade que no próximo domingo qualquer um dos três rivais pode levantar o caneco da temporada 2008-2009.
Os alviverdes do Legia venceram de goleada também em Varsóvia por 3 a 1 Polonia Bytom. E segundo Marcin Komorowski, sua equipe ainda não perdeu a fé "temos de contar com ela, pois só assim podemos vencer. A luta vai ser renhida até o último minuto".
Já o Lech, venceu a equipe do Lechia pelo placar mínimo, em Poznań, mas segue confiante de que o título vai para a capital da Wielkopolska.
Enquanto o Wisła Kraków alcançou o 58 pontos na classificação, Legia e Lech chegaram aos 57 pontos.

Polônia nos próximos 20 anos

Michał Boni - Foto: Sławomir Kamiński / AG

"Somos líderes na região. Muito disso graças a nossa criatividade e espírito empreendedor. Mas nessas mudanças, especialmente, ainda precisamos trabalhar nossa mentalidade", afirmou Michał Boni, chefe de gabinete do primeiro-Ministro Donald Tusk e autor do "Relatório sobre capital intelectual da Polônia", com estratégias polacas para os próximos 20 anos.
Segundo Boni, vive-se em um país completamente diferente daquele de 20 anos atrás, sob o governo do Solidariedade. "Temos liberdade, viajamos além fronteiras, aprendemos a investir dinheiro. Desde 2005, foram criados 1,5 milhões de novos empregos. O valor dos salários dos polacos aumentou 16 vezes! Temos também quatro vezes mais graduados do ensino superior. Em 1989, nesse nível de ensino tinhamos apenas 7 por cento dos que concluiam estudos. Agora este índice está em 17 por cento. Estes dados são concretos e atestam o desenvolvimento da nossa sociedade. Este grande sucesso é fruto da nossa liberdade, criatividade e empreendedorismo."
Perguntado por que a vizinha República Tcheca nestes últimos anos foi capaz de construir autoestradas e a Polônia não. O conselheiro do primeiro-ministro foi categórico: "Um país que está em fase de desenvolvimento precisa de capital. Nos anos o orçamento do Estado pecava por falta de dinheiro. Tínhamos um dilema naquela época: diminuir a demanda pelas aposentadorias ou construir as autoestrada. Não tínhamos o plano pós-guerra Marshall, como foi feito na Alemanha Ocidental. Por isso fomos rígidos nas despesas sociais. Investimentos para construir estradas só apareceram quando entramos na União Europeia."
Sobre a corrupção no país que certamente tem causado estragos no desenvolvimento da Polônia, o especialista confirma que este é um dos problemas mais importantes a serem atacados. "Evidente que em outras países ela é muito maior, mas creio que aqui ela está caindo." E quando ele fala isso, não basta ir muito além das páginas de jornal nos últimos anos para saber que muitos corruptos foram presos. Muitos políticos e até senadores com mandato estão detidos há mais de dois anos na Polônia.
Mas se o país está bem melhor do que há vinte anos atrás, por que tantos jovens recém-formados com o diploma de mestres na mão, estão trabalhando aos milhares no exterior? Foi a única pergunta feita à Boni, onde este foi evasivo: "todos os jovens, num país que goza de liberdade como o nosso, fazem suas escolhas pessoais. Buscam as melhores condições para realizarem seus sonhos. Nesse momento de escolha, não pensam na Polônia de hoje, ou na Polônia do comunismo. Simplesmente querem ir para o estrangeiro. Mas muitos já estão voltando". Encerrando a entrevista para o jornal Metro, Michał Boni, respondeu as perguntas finais:


Metro - O senhor acredita que acha que os jovens polacos, que tanto reclamam do país, nos dias de hoje, podem vir a amar seu próprio país, poderão planejar suas vidas, trabalhar e criar seus filhos na Polõnia do futuro? Este país será camarada com seus cidadãos? Os polacos poderão sentir em breve o impacto das ações que o Estado está implementando em suas vidas?

Boni - Mas estamos já vivemos num Estado normal. E polacos sempre amaram seu país. Houve muitos momentos difíceis na história da Polónia, mas nunca esta nação foi abandonada. Nem mesmo por aqueles que emigraram. Nos próximos 20 anos vamos mudar muito e buscar uma ocupação e uma profissão que garanta tudo isto é algo normal. Com certeza a Polônia será cada vez mais um país melhor, teremos a oportunidade de compartilhá-lo nos nossos tempos livres. Para que as mudanças no trabalho possam trazem melhorias, temos que mudar nossa mentalidade, até mesmo na administração de nossas vidas pessoais. Temos de restaurar a confiança do cidadão no Estado, mas não como está fazendo o PiS*, que muda as regras a todo momento."

PiS* - Partido do Direito e Justiça, dos gêmeos Kaczyński

domingo, 17 de maio de 2009

Wadowice, onde nasceu o Papa

Foto: Ulisses Iarochinski

Aqui neste lugar tudo começou...WADOWICE. Estes são os dizeres nas placas que estão nas entradas principais da cidade onde nasceu Karol Wojtyła (proncuncia-se cárol voitiúa), pequena cidade, ao Sul de Cracóvia, cerca de 40 km.
Na foto abaixo, a casa onde nasceu o Papa João Paulo II. Na casa estão fotos, objetos e até o hábito branco que ele usou na missa em Aparecida do Norte, no Brasil.


Foto: Ulisses Iarochinski

sábado, 16 de maio de 2009

Polaco discriminado no futebol inglês

Przemysław Kaźmierczak - Foto: Tomasz Wawer

"Nosso treinador não gosta de estrangeiros. Para mim tudo aqui já terminou. Deixarei este clube", comentou o meia do Derby County, Przemysław Kaźmierczak. O polaco nos anos anteriores jogou no Futebol Clube do Porto e desde o ano passado está no time britânico do Derby County.
No início quando chegou estava bem, jogou muitas vezes. Mas desde que o treinador inglês Nigel Clough chegou, ele jogou apenas uma vez. "Diziam que o novo treinador não gosta de estrangeiros e agora vejo que é verdade. Quero sair e voltar para o Porto. Não sei se Portugal é realmente um lugar para mim, mas nesse momento sonho com dias melhores para mim", disse Kaźmierczak.
Nigel Clough não confirma as palavras do jogador polaco, mas afirma não ter probelmas com estrangeiros. "Ele disse isso? Não tenho problema algum com jogadores sejam eles chineses, americanos ou espanhóis. A naturalidade do jogador não me importa, desde que jogue bem e nós façamos três pontos".
Kaźmierczak foi para Portugal em 2006. Jogou 29 partidas pelo Boa Vista, onde marcou cinco e em seguida foi contratado pelo Porto. Mas nunca conseguiu se firmar entre o onze titular.

P.S. Tive a oportunidade de conhecer Kaźmierczak jogando no time do Pogon Szczecin, quando fiz uma grande reportagem sobre aquela equipe para a TV Bandeirantes. O jogador era um dos poucos polacos naquele equipe de 17 jogadores brasileiros (de um elenco de 23 jogadores), que contava com Amaram (ex-Palmeiras e Seleção Brasileira). O Pogon mesmo jogando com 10 brasileiros e Kaźmierczak acabou caindo para a segunda divisão do campeonato polaco. Entrevistei Kaźmierczak, que já naquela época ensaiva algumas palavras em português e gostava do batuque que os brasileiros faziam no ônibus no trajeto da concentração para o estádio. Naquele fim de semana, mesmo jogando em casa, o Pogon não foi além de um empate em um gol com o Lech Poznan. Kaźmierczak fez o gol, de cabeça.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Cracóvia ainda chora a perda da Euro 2012

Estádio do Wisła Kraków - Foto: Divulgação do Clube

E as autoridades municipais de Cracóvia ainda não se conformaram com a decisão da UEFA que acabou com o sonho da Euro2012 na cidade. Barbara Janik, chefe da Comissão da Euro 2012 em Cracóvua, chorou diante do telão que transmitiu o pronunciamento de Michel Platini desde Bucareste, enquanto o prefeito Jacek Majchrowski apenas repetia para os jornalistas que ele "não entendo essa decisão."
Como é possível que, Cracóvia, que há alguns anos parecia ser a favorita para a anfitriã do campeonato, acabou na lista de espera e, nesta quarta-feira, teve de deixar esta honrosa como posição (em teoria, Cracóvia ainda tem uma única chance de sediar a Euro, mas ninguém acredita que a Ucrânia não consiga preparar mais uma segunda cidade além da escolhida Kiev)?
A cidade perdeu devido aos méritos dos lobby concorrentes, lobby este que demonstrou ser importante que a capacidade real de sediar um evento deste porte. Se fosse levado em conta o mais recente relatório sobre o estado de preparação das cidades polacas, para sediar Euro 2012, Cracóvia foi a que melhor situação apresenta. E isto não apenas por ser o cartão turístico do país, a capital do futebol polaco com duas equipas disputando a primeira divisão, sendo uma delas a atual campeã e líder o campeonato em andamento, ter os melhores alojamentos em hoteís do país, aeroporto e estádio já construídos. O estádio, por exemplo, em que pese não ter um visão arquitetônica futuristica é confortável e totalmente dentro das normas exigidas não só pela UEFA como pela FIFA. Nenhuma das outras cidades candidatas têm muito mais a mostrar além planos virtuais. Nenhuma delas, nem mesmo Varsóvia possuem os requisitos que Cracóvia comprovou ter.
Ficou claro nesta decisão de Bucareste, que a UEFA só aprovou a proposta defendida há três anos pelo governo polaco de uma lista de quatro cidades, indicadas pelos políticos do PiS, partido atualmente no poder. Em 2006, o último lugar da lista era de Wroclaw, mas o lobby Adam Lipinski, membro do PiS e muito próximo dos gemeos Kaczyński derrubou Cracóvia.
A cidade do Castelo de Wawel nunca teve um forte apoio, principalmente devido à reeleição do esquerdista Jacek Majchrowski para a prefeitura de Cracóvia. Os dois principais políticos da extrema-direita do PiS de Cracóvia, Zbigniew Ziobro e Zbigniew Wassermann, pressionaram o tempo todo para que Cracóvia não fosse indicada, por não admitirem ter perdido as eleições para um esquerdista na cidade mais intelectualizada da nação. O ministro Wassermann alegou que, no caso do Euro 2012 nunca esteve envolvido, porque ele "sempre sou acusado de usar de minha autoridade local para fazer lobby contra."
Cracóvia merecia estar na Euro 2012 e não merecia ter políticos de extrema-direita influindo no Governo da República enciumados com a desenvoltura do prefeito em construir e atrair investimentos.
Finalmente só resta mesmo chorar como fez a senhora Barbara Janik por trabalhar para um governo municipal de esquerda em Cracóvia não por facistas no governo da República em Varsóvia.

P.S. O texto é um resumo de noticias, artigos de jornalistas e comentários de leitores publicados em sites de jornais de Cracóvia, desde a última quarta-feira. No caso do estádio do líder do campeonato e campeão da temporada passada Wisła Kraków, ele é o que está em mais adiantado processo de construção e se não tem uma visão futurista como o projetado Palácio de Ambar de Gdańsk, ou da Arena de Munique (onde o Brasil jogou com a Australia na copa da Alemanha) ele tem o mínimo de cadeiras exigido pela FIFA e certamente o mais confortável para um torcedor assistir uma partida de futebol num estádio. A derrota de Cracóvia parece ter sido mesmo pela questão política do exelente prefeito de esquerda e sem partido da cidade.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Polaco quer ser presidente da Lituânia

Foto: divulgação do candidato

A Polônia e a Lituânia já formaram nos séculos 15,16,17 e 18 uma das maiores repúblicas do mundo. Os dois povos, embora a diferença étnica e línguas bastante diferentes sempre estiveram unidos. Os territórios dos dois Estados também sofreram muitas alterações ao longo dos últimos séculos. Os dois mapas atuais são resultado dos acordos pós-segunda guerra mundial entre Stalin, Churchil e Enseinhower. Acordos que definiram o destino dos dois Estados, mas nos quais nem polacos, nem lituanos foram ouvidos. Assim que a importante cidade de Vilno, que sempre foi polaca, desde 1945 é atualmente a capital da Lituânia. Os poetas polacos Adam Mickiewicz e Czesław Miłoć nasceram em Vilno. Assim como os dois, muitos polacos permaneceram nos antigos territórios, ou voltaram para suas terras durante o período comunista.
Em função disso há uma importante comunidade polaca vive na Lituânia até hoje. Até recentemente as ruas e logradouros públicos da capital lituana e algumas outras, onde é forte a presença polaca possuiam denominação nos dois idiomas. Mas uma lei aprovada apagou as evidências polacas em placas destas cidades.
Agora um polaco, Waldemar Tomaszewski, acredita que poderá ser eleito presidente da Lituânia. Tomaszewski acredita ter chances, pois segundo ele, os lituanos há alguns anos estão envolvidos em escandalosas negociatas com a soberânia do país. Muitos dos lituanos já não suportam ver seus políticos tentando barganhar o país entre a União Europeia e a Rússia.
Tomaszewski de 44 anos, diplomou-se em engenharia em 1990 e nove anos depois já era presidente da Ação Eleitoral dos Polocos da Lituânia. Um ano depois, ele foi eleito para um mandato como deputado no Congresso Lituano.
Neste 17 de Maio começa o período de campanhas eleitorais que vão eleger o novo presidente do país. E segundo as pesquisas de opinião pública, o lituano Dalia Grybauskaite que é o atual comissário da UE para orçamento tem 60 por cento das intenções de voto. Em segundo lugar aparece o presidente do Partido Social Democrata Algirdas Butkeviczius com cerca de 7 por cento.
O polaco Waldemar Jacek Tomaszewski Różalski tem apenas 2 por cento, mas está confiante. Pois ele acredita que além da expressiva minoria polaca do país, vai contar com o apoio de outras minorias como os bielorrussos, russos e daqueles lituanos cansados dos escândalos políticos do país. A situação pode reverter no decorrer da campanha, pois sua Ação Eleitoral Polaca é considerada pelos próprios lituanos como uma organização honesta e de bons propósitos. E entre suas propostas está a de confiscar os bens dos políticos corruptos e devolver para o Estado tudo o que foi roubado e desviado. Já para a minoria polaca, ele promete dar uma solução imediata para o problema da ortografia dos nomes polacos que passaram a ter obrigatoriamente tradução para o lituano. "Polacos e pessoas de outras minorias devem escrever seus nomes como queserem.", diz ele, acrecentando que outro grande problema é devolver aos legítimos proprietários os terrenos e imóveis em Vilno e região. "A reprivatização aqui é extremamente lenta".
Para ser indicado a candidato, ele precisava de 20 mil assinaturas de eleitores. Conseguiu o número recorde de 37 mil assinaturas. Para se ter uma idéia da importância destas assinaturas, basta dizer que o candidato mais cotado nas pesquisas Dalia Grybauskaite conseguiu mil assinaturas a menos que o polaco.

Grupo polaco de Tugiel, nas festas de Vilno.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Cracóvia fora da Euro 2012

O ministro dos esportes Mirosław Drzewiecki cruza as mãos com os prefeitos das cidades escolhidas, enquanto o prefeito de Cracóvia (primeiro a esquerda) olha desolado, o telão com a imagem de Platini.
Foto: Peter Andrews/ Reuters

E o presidente da UEFA, o ex-jogador francês Michel Platini anunciou hoje, em Bucareste, na Romênia, as cidades escolhidas para sediar a Copa de Futebol das Seleções da Europa em 2012, na Polônia e na Ucrânia.
Na Polônia, foram confirmadas as cidades já previamente indicadas como titulares, Varsóvia, Gdańsk, Poznań e Wrocław (pronuncia-se vrotssuaf). Na Ucrânia, apenas a capital Kiev foi confirmada, das seis inicialmente indicadas.
As duas cidades-reservas polacas, estranhamente desclassificadas, Cracóvia e Chorzów-Katowice são as únicas, no momento, em dia com os cadernos de obrigação da UEFA. Das cinco ucranianas restantes, três delas, Lviv, Kharkiv e Donetsk aguardam aprovação até 30 de Novembro. Mesmo a capital ucraniana, segundo Platini, ainda tem alguns problemas infraestruturais que podem comprometer a realização da Final. "Kiev está ok de acordo com nossos critérios, pelo menos para todos os jogos até às semi-finais. Se a final não for em Kiev, será em Varsóvia", admitiu o presidente da UEFA.
O caso de Cracóvia é mais emblemático, pois o atual prefeito da cidade (sem partido) Jacek Majchrowski não acreditava que Polônia e Ucrânia pudessem ser escolhidas como nações sede. Uma vez que o Congresso da UEFA, em Cardiff, confirmou os dois países, começou uma corrida contra o tempo. Os cracovianos formaram uma comissão e muita promoção e ações concretas de infraestrutura se puseram a caminho. Mas agora parece ser tarde. Tão logo soube do anúncio de Platini, em Bucareste, o prefeito de Cracóvia se manifestou dizendo: "Gostaria de ouvir a qualquer momento, as razões desta decisão, porque a UEFA tinha afirmado que Cracóvia é a cidade melhor preparada. No entanto, há dois anos muitas coisas aconteceram aqui que eu não compreendo".
Estaria havendo, na opinião do prefeito pressões políticas, a partir de Varsóvia para excluir a capital cultural e turística do país do circo do futebol europeu. Pelo menos duas das cidades já escolhidas, Gdańsk e Wrocław, estão há anos de poder competir em igualdade de condições com Cracóvia. E as autoridades cracovianas, não dizem isto por ciúme, mas é que todo o investimento e trabalho desenvolvido por Cracóvia foram supeiores e mais ágeis do que as duas outras cidades polacas.
P.S. Mas quem sabe, Cracóvia, não é esc olhidas em 30 de novembro no lugar de uma das três cidades ucranianas que ainda esperam pela confirmação. Abertura em Varsóvia, Final em Cracóvia, se Kiev não ficar pronta. Por que não Platini?

terça-feira, 12 de maio de 2009

Mestrado em Holocausto em Cracóvia

Campo de Auschwitz - Foto: Ulisses Iarochinski

Criado o primeiro mestrado na Polônia sobre o Holocausto. O curso começa já neste ano acadêmico na Universidade Pedagógica de Cracóvia, em colaboração com o Museu Estatal dos campos de Auschwitz e Birkenau.
O curso "Deportação - Totalitarismo - O Holocausto", que terá início em outubro próximo no campus de Cracóvia abordará principalmente a história do século 20, século marcado por uma tragédia do genocídio, em particular, e da Segunda Guerra Mundial. No âmbito do Holocausto será apresentado uma ampla perspectiva histórica. A questão principal é Auschwitz como um lugar de extermínio em massa de judeus e do martírio dos polacos católicos, polacos ciganos, prisioneiros de guerra soviéticos, e outras nacionalidades e grupos. Além de questões históricas serão discutidos os problemas de morais, sociológicos e pedagógicos relacionados com o Holocausto. 
"Os estudos estão sendo cuidadosamente preparados para que os alunos possam trabalhar diretamente nas instalações do museu e centros de ensino dedicados às pesquisas, visando promover a sensibilizar sobre os horrores da II Guerra Mundial e dos crimes contra a humanidade cometidos em Auschwitz", explica Bartosz Bartyzel, um dos intérpretes e guias do Centro Internacional de Educação sobre Auschwitz e do Holocausto, que opera no Museu Estatal de Auschwitz-Birkenau. 
São 60 vagas divididas em dois grupos. Segundo o prof. Marek Wilczynski, diretor do Instituto de História da Universidade Pedagógica, "a oferta de vagas é dirigida a todos aqueles que já completaram um curso de graduação na própria universidade. Não há exigência de estudos de prévios em história. Estamos também abertos a alunos de outras faculdades. Podem se inscrever alunos de letras, cultura germânica, economia e pedagogia. As aulas serão realizadas no Museu Estatal de Auschwitz-Birkenau, na cidade de Oświęcim. Serão colocados à disposição dos alunos todos os arquivos do museu." 
A inscrição e seleção para o curso será feira no Instituto de História da Universidade Pedagógica de Cracóvia, tel: 012 662 61 82, E-mail: ihap@ap.krakow.pl.

Gravuras de Babiński em Curitiba

Ilustração: Divulgação

A partir do próximo dia 12, Curitiba recebe parte da obra da rica arte da gravura do artista polaco Maciej Antoni Babiński, radicado no Brasil desde 1953. Em desenhos, gravuras, aquarelas e pinturas, sempre impulsionados por suas experiências de vida, o trabalho de criação de Babiński nada mais é do que sua forma pessoal de ver, sentir e expressar artisticamente o mundo que o rodeia. 
A exposição reúne 97 obras, sendo seis gravuras em metal e duas litografias criadas no Canadá; 41 gravuras em metal e 14 xilogravuras criadas no Brasil até 1986; 19 gravuras em metal criadas em 2006; e 15 gravuras em metal de 2008/2009, produzidas em Várzea Alegre - Ceará, onde vive atualmente. 
A curadora da mostra, Elizabeth Nasser, destaca que as obras mais recentes permitem um diálogo com as anteriores, criadas até 1986, e revelam o percurso de esforço e concentração empreendido pelo talento criador do artista. “Mas a sua gravura não é apenas cerebrina, resultado só de cálculo e razão”, diz Elizabeth, que acrescenta que “Babiński é altamente sensível e a atmosfera lírica que envolve sua criação torna-se visível para o observador”. 
Na obra de Babiński, “é o belo-horrível que se apresenta ao olhar do espectador, que o incomoda e o faz refletir e que, sobretudo, não o deixa acomodado”, explica a curadora.
A mostra vai de 12 de maio a 07 de junho, de terça a sábado, das 10h às 21h. Sendo que no domingo é das 10h às 19h. No dia 12 de maio, às 18:30 horas acontece palestra com o artista, Maciej Babiński, no Teatro da Caixa. Na Rua Cons. Laurindo, 280, maiores informações: 2118.5114, ou no sitio www.caixa.gov.br/caixacultural

segunda-feira, 11 de maio de 2009

"Carecas" atacam trem na Polônia.

Desconhecidos neonazistas atacaram um trem com pedras e rochas em Mysłowice, localidade próxima a Cracóvia, neste fim de semana. Os jovens "carecas" aproveitaram a baixa velocidade do trem Intercity que fazia o trajeto Cracóvia - Kołobrzeg para desferir contra as janelas dos vagões e locomotiva.
A polícia está no encalço dos baderneiros, mas ainda não tem pistas concretas. Como a locomotiva foi danificada foi necessário esperar pela troca da máquina para que a viagem pudesse prosseguir. Ainda assim numa segunda faixa de trilhos, já que o sistema é interligado e no momento da liberação, o trem não poderia seguir pela mesma linha, sob pena de causar um acidente entre composições. Nenhum passageiro ficou ferido.

P.S. Pode-se considerar que a Polônia é um país calmo, tranquilo demais até se comparado com o Brasil. Mas o surgimento de grupos de "extrema-direita" em várias cidades do país vem preocupando as autoridades. Se em Curitiba, os ignorantes "neonazistas" que mataram o casal de namorados, desafetos, da mesma facção, não têm consciência e noção de história, na Polônia, que foi praticamente destruída na segunda guerra mundial, é inconcebível que jovens rendam homenagens e pratiquem ações em homenagem ao monstro alemão-austríaco Adof Hilter.

Wisła Kraków finalmente lidera


O brasileiro Marcelo fez o gol da liderança - Foto: Krzysztof Karolczyk

E o time de Cracóvia finalmente lidera o campeonato da temporada 2008-2009 a poucas rodadas do final. Campeão da última temporada o Wisła Kraków venceu neste fim de semana seu maior rivak, o Legia Warszawa por um a zero, gol do brasileiro Marcelo.
Faltam três partidas para o término do campeonato e nenhuma surpresa acontecer, a equipe se sagra bicampeã da Polônia. 
O estádio em construção para a Euro2012 recebeu um público de 15 mil pessoas para ver o brasileiro Marcelo fazer o gol da liderança.
"Ganhamos um partida anormal, mas quanta força, quantos nervos e saúde nos custou", afirmou o treinador Maciej Skorża, do Wisła (pronuncia-se vissúa). Para Jan Urban, treinador do Legia, apesar da derrota, a luta ainda não acabou e ele acredita no título.
Mas será díficil para o paulista Roger, "polaco de passaporte", e seus colegas varsovianos parar o campeão polaco. Se o Wisła vence a difícil partida contra o ŁKS em Łódż (pronuncia-se uúdji) em, e os dois últimos jogos em Gdańsk e Cracóvia, dia 30 de maio será coroado bicampeão da Polônia.