A cada ano um número maior de estudantes estrangeiros chegam a Cracóvia em busca de estudos e do prestígio que um diploma na mais antiga universidade polaca oferece. Em outubro de 2008 começaram a estudar na UJ - Uniwersytet Jagiellonski cerca de 2 mil estudantes estrangeiros. Quase 500 somente no Collegium Medicum. Mas também os cursos de direito (o mais antigo da universidade), administração, estudos europeus e ciências da cultura são bastante procurados.
Mas não é somente a Jagiellonski que atrai estudantes estrangeiros. Com 11 universidades, a cidade de Cracóvia, possui outras prestiagiadas escolas de ensino superior como a AGH - De Minas e Metalurgia, a Politecnica, a de Economia e a Academia de Belas Artes.
A AGH possui 140 acordos de convênio com universidades espalhadas ao redor do mundo. Enquanto a Jagiellonski, que possui um antigo convênio com a Universidade Federal do Paraná, só recebeu até hoje brasileiros descendentes de polacos do Sul do Brasil com bolsas do Ministério da Educação da Polônia e não fruto deste acordo renovado há cerca de dois anos, a AGH tem recebido muitos estudantes do Vietnan através destes convênios .
Ano passado, conclui o mestrado em Ciências da Cultura e estou para defender tese de doutorado também em Ciências da Cultura ainda este ano. No mestrado em administração da Jagiellonski se formaram este ano, os gaúchos Rodrigo Kurek e Gicele Rakowski. Além deles, até o final deste ano devem obter os título de mestre em economia, a gaúcha Josiane F. Lazarotto, na Universidade de Economia e o curitibano Rafael Heeren em arquitetura pela Universidade Politécnica. Todos estes estudantes brasileiros estudaram em Cracóvia com bolsa do governo da Polônia e não do governo brasileiro e muito menos de acordos com universidades brasileiras.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Estudantes estrangeiros em Cracóvia
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Cabeças raspadas de Białymstok
quinta-feira, 23 de julho de 2009
Ossadas de polacos na Bielorrussia
terça-feira, 21 de julho de 2009
Ambulantes expulsos em Varsóvia
A negociação entre a prefeitura e os vendedores é antiga. Mas Gronkiewicz-Waltz não viu outra maneira de desocupar a área, senão com a força policial. No terreno, onde fica o pavilhão KDT, será construída estação de interligação entre a primeira e a segunda linha do metrô. Para tanto o pavilhão tem que ser removido de qualquer maniera. Segundo a prefeita, o investimento de aproximadamente 3 milhões de euros já esta garantido pela União Europeia. Se as obras não começarem imediatamente a municipalidade perde o montante do investimento.
Há tempos, a prefeitura, disponibilizou uma outra localização para os ambulantes, mas estes acreditam que perderão muito de seus clientes, pois o pavilhão KDT está localizado entre a Estação Central de estradas de ferro de Varsóvia, estações de metrô e ônibus. Além de estar quase aos pés do Palácio da Cultura.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Embaixada Brasileira: eleições
ALISTAMENTO ELEITORAL
Para nacionais brasileiros ainda não incluídos no Cadastro Nacional de Eleitores.
Comparecer ao Setor Consular para preencher o Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE) e trazer o original e uma cópia dos seguintes documentos:
- Um documento brasileiro de identificação com foto (carteira de identidade, passaporte);
- Certificado de alistamento militar ou de reservista (obrigatório para maiores de 18 anos);
- Comprovante de residência na Polônia por um período mínimo de um ano. Servem como comprovante: matrícula no Setor Consular, atestado de residência, Carteira de Identidade polonesa ou Declaração de Residência, a qual o eleitor assinará perante funcionário do Setor Consular.
TRANFERÊNCIA DE DOMICÍLIO ELEITORAL
Para eleitores já cadastrados na Justiça Eleitoral, no Brasil ou no exterior, que desejam transferir seu domicílio eleitoral.
Comparecer ao Setor Consular para preencher o Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE) com original e uma cópia dos seguintes documentos:
- Título Eleitoral;
- Um documento brasileiro de identificação com foto (carteira de identidade, passaporte);
- Comprovante de residência na Polônia por um período mínimo de um ano. Servem como comprovante: matrícula no Setor Consular, atestado de residência, Carteira de Identidade polonesa ou Declaração de Residência, a qual o eleitor assinará perante funcionário do Setor Consular.
REVISÃO ELEITORAL
- Para o eleitor que já transferiu seu título para o exterior e deseja apenas atualizar os dados cadastrais: mudança de endereço na mesma cidade, mudança de nome após casamento, mudança de profissão, alteração de nível de escolaridade, etc. Usa-se para corrigir erros cadastrais no próprio nome, no nome do pai, da mãe ou data de nascimento.
A pessoa que casou e alterou o nome deve apresentar certidão de casamento traduzida para o português e reconhecida no Brasil para poder alterar os dados.
Comparecer ao consulado para preencher o Requerimento de Alistamento Eleitoral (RAE) com o original e uma cópia dos seguintes documentos:
- Título Eleitoral;
- Um documento brasileiro de identificação com foto (carteira de identidade, passaporte);
- Comprovante de residência na Polônia por um período mínimo de um ano. Servem como comprovante: matrícula no Setor Consular, atestado de residência, Carteira de Identidade polonesa ou Declaração de Residência, a qual o eleitor assinará perante funcionário do Setor Consular.
Quaisquer dúvidas, favor contatar com o Setor Consular desta Embaixada através dos telefones: 0-22 617-32-60 ou 617-48-00, ou ainda por e-mail konsulat@brasil.org.pl , das 9:30 às 12:30 horas, das segunda às sextas-feiras.
Varsóvia busca polacos em Londres
Varsóvia é a sexta cidade polaca envolvida no projeto "12 Cidades - Voltar? Mas para onde? - Conversemos concretamente." O objetivo da ação organizada pela Associação de Jovens da Comunidade polaca na Grã-Bretanha - Poland Street ", é a de informar o imigrante para as possibilidades de encontrar um emprego, uma habitação ou um estabelecimento comercial nas diversas cidades polacas envolvidas no programa.
Já foram até Londres, os prefeitos de Szczecin, Poznań, Katowice, Bydgoszcz e Lublin. Hanna Gronkiewicz-Waltz certamente será questionada sobre a possibilidade de se encontrar trabalho na capital polaca. Ela responderá que nos últimos os anos, Varsóvia tem uma das taxas mais baixas de desemprego na Polónia, ou seja, 2,3% em maio, enquanto a média nacional é de quase 11%. O salário médio, em maio, foi de 4.245 zlotych, enquanto a média nacional registrou 2.300 zł (bruto).
A única questão complicada para Hanna Gronkiewicz-Waltz será responder sobre habitação. Embora ainda se construa muitas novas casas e os preços tenham diminuido ligeiramente, a verdade é que ainda é muito caro comprar ou alugar em Varsóvia. O aluguel de uma kitinete de 40 m² pode custar até 2 mil zlotych por mês.
Os incentivos para o regresso dos imigrantes se baseia numa única atitude: simplesmente ousar. Talvez não se ganhe tanto como em Londres, mas viver na Polônia para um polaco é muito melhor. Não só por se estar na comodidade do lar, mas porque as condições de sobrevivência em Londres para um imigrante, embora legalizado como o polaco, não é tarefa fácil. Pelo menos é isso o que pensam as autoridades polacas envolvidas neste programa do retorno.
Diferenças entre Varsóvia e Londres
-4 mil zlotch de salário médio mensal - 500 libras por semana
- salário mínimo por mês de 1276 zl - 5,72 libras por hora
- aluguel de apartamento entre 1300-2000 zl - 1000 libras por mês
* taxa cambial de 16 de julho - 1 libra:5,04 zł
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Cavalo vermelho no Vístula
Ainda no mês de julho, um cavalo vermelho cavalgara cavalgar sobre as águas do rio Vístula, em sua travessia por Cracóvia.
Com cinco metros de altura a instalação artística denominada "Wielopleksikoń" do arquiteto de Gdańsk Konrad Zientara será a principal atração do Festival Przemiana.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Carta a Obama
O jornal Gazeta Wyborcza publicou carta endereçada a Barack Obama em que os políticos da Europa Central escrevem que a América não pode se esquecer da Europa, que deve-se refletir sobre numa política forte e clara em relação à Rússia, no que diz respeito ao escudo antimíssil. Isto serviria para testar a confiabilidade de Washington na questão. A carta foi assinada entre outros pelos polacos Lech Wałęsa e Aleksander Kwaśniewski e pelo tcheco Vaclav Havel. Entre os que assinaram, apenas um era um presidente, justamente o polaco Lech Kaczyński, conhecido pela sua atitude pró-americana.
O último paragráfo da carta, assinala que, "Gostaria que problemas europeus, especialmente os problemas de países mais fracos e mais suscetíveis às influências externas, pressões, e até mesmo agressões, que tornaram-se problemas para o conjunto dos país, começassem a buscar soluções conuntas. Em relação à problemas do passado, estes custaram a Europa e ao mundo muito caro - a morte e o sofrimento de milhões de pessoas, destruição e escravização de nações inteiras. Durante muitos anos, antes de um tal cenário, protegia-nos a aliança com os Estados Unidos da América. Gostaria de ir mais longe, porque o nosso povo está apegado igualmente à ideia de liberdade. Por isso, dou o meu apoio e penso que é importante para todas as iniciativas que estão em questão".
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Morreu Zapasiewicz
Wawel iluminado
Desde esta noite, as muralhas, as casamata (Baszta) as torres da catedral, pode ser vista desde as margens do rio Vístula. Apesar do investimento ainda falta iluminar as construções históricas pelo lado da ulica (rua) Stradomskiej, ou seja pelos fundo do castelo real.
Os trabalhos de iluminação foram realizados pela firma B.T.H Technlight de Częstochowa (firma polaca parceira da italiana Disano Illuminazione).
Buzek, conservador?
Num mundo, onde o jornalismo não consegue mais identificar quem é de esquerda, quem é de direita e ainda mais divulgando informações através de traduções passadas via outros idiomas intermediários e sem conhecimento das realidade locais, fica difícil rotular este ou aquele disto ou daquilo. Seja como for o PO- Partido da Plataforma da Cidadania, no espectro político polaco, está a verdade no centro, vestindo as cores do neo-liberalismo. Assim colocar Buzek ao lado do conservador Lech Kaczynski não faz o menor sentido. Mas seja como for esta é notícia divulgada por aquele canal de notícias europeu.
Jerzy Buzek bateu largamente Eva-Britt Svensson, a sua adversária sueca, da Esquerda Unidária Europeia. O conservador polaco foi eleito com 555 dos 644 votos expressos.
“Em tempos, sonhei ser deputado ao parlamento polaco numa Polónia livre. Hoje, tornei-me presidente do Parlamento Europeu. Algo com que não teria podido sonhar, no meu país. E esta é a medida das mudanças que a Europa pode provocar. Vejo a minha eleição como um sinal para os nossos países: Estónia, Letónia, Lituânia. Polónia, República Checa, Eslováquia, Hungria, Eslovénia, Roménia e Bulgária. Vejo-a como um tributo aos milhões de cidadãos dos nossos países que não se vergaram perante o sistema hostil”, disse.
Para quem conheceu esse sistema, como Jerzy Buzek, o Parlamento Europeu é sinónimo de democracia e de liberdade.
Jerzy Buzek assinou o livro de honra de Hans-Gert Poettering. O alemão passou os últimos dois anos e meio à frente do Parlamento Europeu.
O primeiro-ministro polaco congratulou-se com a eleição. “É o verdadeiro fim da nunca mencionada divisão entre os novos e os velhos membros da União. Estou muito contente que um polaco tenha sido reconhecido e promovido. Congratulo-me que a sua vitória seja um símbolo da verdadeira integração entre a nova e a velha Europa”, disse Donald Tusk.
Tal como o Governo, os cidadãos polacos também se mostraram satisfeitos com a eleição de Buzek. “Eu acho que ele fez um bom trabalho como deputado europeu. Foi muito apreciado durante o mandato. Enquanto presidente vai conseguir mais, especialmente quando o Parlamento Europeu se tornar mais poderoso”, afirmou o funcionário público Marcin Kulinicz.
“Acho que vai ser bom, porque nos vai permitir promover um pouco o nosso país e mostrar que não estamos apenas envolvidos em guerras internas e com os outros”, diz a estudante Agnieszka Dadura.
O acordo entre as três grandes famílias políticas europeias prevê que Buzek seja substituído por um socialista na segunda parte da legislatura.
terça-feira, 14 de julho de 2009
Um Polaco na presidência do PE
"Este é um momento histórico!", cumplimentou Martin Schulz, representante dos socialistas do Parlamento Europeu. O Professor polaco Jerzy Buzek foi eleito o presidente da mais alta corte parlamental do bloco dos 27 países europeus. Buzek recebeu 555 dos 644 votos. Praticamente uma aclamação para o mais idoso eurodeputado já eleito presidente daquele Parlamento.
"Farei tudo, não trairei vossa confiança. Quero trabalhar convosco, sem reservas, na política correta", afirmou Jerzy Buzek, após o anúncio do resultado da eleição.
Em seguida o eurodeputado do PO - Partido da Plataforma da Cidadania, mesmo partido do primeiro-ministro Donald Tusk, ouviu de Joseph Daul, o chefe dos Democratas-Cristãos que "esta é a primeira vez que não temos divisão entre as Europa Oriental e Ocidental. O símbolo desta situação é o novo presidente."
E o português Durão Barroso, que presidiu pela última vez uma sessão do Parlamento fez questão de ressaltar que o polaco Buzek "é o primeiro presidente do Parlamento Europeu a partir da Europa Oriental. A soma de experiências e dos excepcionais valores, no qual o senhor acredita... depois de tudo o que o senhor já fez nestes 20 anos da queda do comunismo e de 5 anos da ampliação da UE, fará o êxito de uma Europa unida".
Mais informações sobre Jerzy Buzek neste blog em
http://iarochinski.blogspot.com/2009/06/polaco-na-presidencia-do-parlamento.html
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Controle contra corrupção
A manchete principal do jornal Gazeta Wyborcza, desta segunda-feira, 13 de junho de 2009 é:
Israel: "Todos somos judeus"
A significativa resolução judicial do Supremo Tribunal teve como raiz um recurso extraordinário interposto pelo movimento reformista em razão da negativa do Ministério de Absorção de subvencionar atividades realizadas pela corrente religiosa para a educação de pessoas interessadas em se converter ao judaísmo, quando esse mesmo tipo de atividades realizadas pelos setores religiosos ortodoxos tem pleno apoio econômico do Ministério citado.
A Suprema Corte estabeleceu que o apoio exclusivo do Estado ao Instituto de preparação para a conversão judaica, de orientação religiosa ortodoxa, viola o principio de igualdade perante a lei e a obrigação do Estado de permitir a existência de matizes diversos de idéias sobre a herança religiosa judaica, de acordo com os princípios fundamentais que devem orientar um Estado democrático.
A presidente do Tribunal, a juíza Dorit Beinish, estabeleceu assim mesmo que a obrigação do Estado para com o principio do pluralismo religioso não se reduz somente a uma obrigação passiva. Tal obrigação tem uma face ativa que estabelece a obrigação do Estado de apoiar todas as correntes religiosas dentro do judaísmo se por acaso o Estado decidir apoiar economicamente uma dessas correntes.
A recente resolução do Supremo Tribunal estabelece um importante precedente pelo fato de que até agora as correntes religiosas liberais, reformistas e conservadoras, recebiam subvenções estatais somente para atividades que não tinham caráter propriamente religioso, sendo elas ligadas ao campo educacional ou de ajuda social a novos imigrantes. Esta é a primeira vez que se estabelece a obrigação do Estado de apoiar economicamente um trabalho de caráter religioso realizado por esses movimentos não ortodoxos, como neste caso é a preparação de pessoas interessadas em se converter a fé judaica.
Os movimentos religiosos judaicos liberais, que aglutinam a maioria das comunidades judias da diáspora, começaram a atuar em Israel há várias décadas e sua presença se exterioriza atualmente numa ampla rede de congregações distribuídas nas principais cidades do país, vários kibutzim, dois importantes centros acadêmicos – o Hebrew Union College e o Instituto Schechter de Estudos Judaicos – com fortes sistemas administrativos com seus respectivos conselhos rabínicos. Apesar de que ambos os movimentos liberais constituem ainda numericamente uma modesta minoria no seio da população geral, eles possuem, contudo um efeito multiplicador na vida intelectual, educativa e social do país.
Anos atrás, os mais destacados escritores e acadêmicos, dentre os quais se encontravam A.B.Yehoshúa, Amos Oz, Shulamit Aloni, David Grosman, Sami Mijael e outros, fizeram uma chamada publica a população para se filiar a esses movimentos religiosos liberais como uma maneira de exteriorizar a solidariedade com a luta pelo pluralismo religioso em Israel, e ao mesmo tempo o repudio a coerção religiosa impulsionada pelos setores ortodoxos amparados em posições de poder político. Esses grupos religiosos fundamentalistas conscientes do crescente fortalecimento dos movimentos liberais em Israel, costumam aumentar as pressões sobre os aliados políticos do momento nos Governos de coalizão que se sucedem, para impedir qualquer reconhecimento ou apoio oficial das correntes reformista e conservadora. O enfrentamento da ortodoxia contra as correntes religiosas liberais reconhece diferenças teológicas, de rituais e ideológicas, mas também se baseia em interesses políticos e econômicos centrados na defesa de milhares de cargos públicos ocupados por membros da elite ortodoxa frente à qualificada “competência” de rabinos e educadores liberais, assim como também pela firme defesa de privilégios possuídos por esses grupos como resultado do “monopólio do judaísmo” que os grupos ortodoxos detém no moderno Estado de Israel. Essa situação, precisamente, é a que poderia começar a mudar como resultado da recente resolução judicial do Supremo Tribunal de Justiça, mencionado acima.
O estabelecimento por parte da Suprema Corte do precedente jurisprudencial que consagra a existência de uma obrigação “ativa” por parte do Estado para assegurar a igualdade das diversas correntes religiosas dentro do judaísmo, pode abrir a porta a outras demandas igualitárias.
Nesse sentido, os movimentos religiosos liberais poderiam demandar o reconhecimento pleno dos rabinos reformistas e conservadores para a celebração de casamentos religiosos, autorização de conversões ao judaísmo, integração de conselhos religiosos municipais, estabelecimento de partidas orçamentárias para cobrir salários de rabinos liberais e outras medidas que tendem a igualar a situação entre as três correntes religiosas.
O monopólio da religião judaica que o Estado de Israel tem concedido a vertente ortodoxa torna muitas vezes, paradoxalmente, menos judia a sociedade israelense atual, provocando o afastamento das novas gerações com respeito à tradição judaica. Daí que o fortalecimento do pluralismo religioso seja o único caminho possível para revitalizar a herança tradicional judia em Israel. Nesse sentido vale lembrar que no Talmud está escrito que quando um martelo bate na pedra saem muitas faíscas, daí que toda a tradição religiosa judia é suscetível a diversas interpretações, sendo cada uma delas legitimas por igual. Quando essas faíscas pretendem ser apagadas pela intolerância e descriminação, definitivamente tem menos luz, menos Torá, menos religião, menos judaísmo e por conseqüência, menos judeus.
Divulgado pelo IRAC - Israel Religious Action Center
sábado, 11 de julho de 2009
A Colônia Murici estaria morrendo?
Há uma semana, no último sábado, a jornalista Aline Peres, publicou uma interessante reportagem sobre a Colônia Murici, localizada no munícipio de São José dos Pinhais, nos arredores de Curitiba, no jornal Gazeta do Povo.
Com o título "Novos tempos na colônia Murici", a reportagem fala sobre o desencanto das novas gerações com suas raízes. Ela começa por contabilizar a população local. "No local moram 737 pessoas com idade entre 15 e 25 anos, que representam 19% da população do entorno, que chega a pouco mais de 3 mil pessoas. Os dados obtidos pelo pesquisador e etnógrafo da região Valdir Holtman são de 2008 e incluem os moradores de pequenas colônias vizinhas.", escreve Peres.
Em outro trecho da reportagem, a jornalista detecta a insatisfação dos jovens com as poucas oportunidades de um meio que favorece apenas a agricultura. "Muitos sonham em deixar o local e morar na “cidade grande” – na verdade, segundo o relato dos moradores, boa parte já saiu da Murici, embora não existam estatísticas que comprovem essa tendência. Os irmãos Fontes estão entre os que usam a Colônia apenas para dormir. O estudante de Sistemas de Informação Aloir Lucas Fontes Júnior, 19 anos, trabalha na prefeitura de São José dos Pinhais. Ele sonha em se mudar para o Canadá e se especializar em sua área. O caminho de saída já foi seguido por muitos colegas – ele calcula que 80% dos seus amigos já foram ou estão indo embora. E poucos voltam para aplicar o que aprenderam fora na Colônia, segundo o irmão Lucas, 24 anos, que trabalha em uma mineradora, também no município da região metropolitana de Curitiba. “A cultura polonesa, infelizmente, tende a acabar aqui”, fala. Para ele, o motivo é que os jovens não se sentem confortáveis para expressar suas tradições. “Os pais passam a cultura, mas falta a sensação de fazer parte do lugar.” Fontes é exceção entre os jovens da comunidade – ele integra o Grupo Folclórico, composto por 17 pessoas."
A jornalista da Gazeta do Povo recorre a uma historiadora para buscar explicações para esta crise de identidade com a colônia. "Frente a essas impressões da juventude da Colônia Murici, a historiadora e escritora Maria Angélica Marochi acredita que a falta do sentimento de pertencimento ao local é um dos fatores que propiciam ao jovem o desejo de buscar fora aquilo que não encontram lá."
Porém, em algumas informações históricas, Aline Peres comete alguns equívocos. Talvez por falta de uma compreensão e conhecimento da história da Polônia.
Ela erra quando diz, que "Em abril de 1878, a colônia foi fundada por família polonesas vindas da Galícia e da Prússia Oriental (região da Cracóvia)." O que ela chama de Prússia Oriental, não existiu e muito menos estava localizada na região de Cracóvia.
Isto porque o Reino da Prússia que daria lugar a atual Alemanha ficava na Pomerânia, ou seja, no Norte da Polônia e não no Oriente (Leste). Na outra região ocupada pelos saxônicos (prussos) estavam as Baixa Silésia (capital Wrocław) e Silésia (capital Katowice). E estas estavam no Sudoeste (Ocidente) e não no Sul, onde está localizada Cracóvia, que é a eterna capital da MałoPolska (ou Pequena Polônia.
Quanto à Galicia, esta era uma província do Império Austro-húngaro e ocupava as terras da Polônia, onde estão hoje a Voivodia Podkarpacie (cuja capital é Rzeszów) e que fica no Sudeste da Polônia e a Oblast de Lviv, na Ucrânia (a capital Lwów estava na Voivodia da Volinia e da Podolia pertencente há séculos ao Reino da Polônia e ocupada pelos austro-húngaros e só desde 1990, em território da Ucrânia).
Na parte Central e Oriental da Polônia estava a ocupação Russa e não Prussa. Russos são eslavos e prussos são saxônicos (germânicos, alemães). Aline erra também no intertítulo "Filhos da Cracóvia" e erra duas vezes, na localização dos imigrantes, pois não eram de Cracóvia, e na construção gramatical, pois não é "DA" mais sim "DE" , ou "EM" Cracóvia. Interessante, mas Aline não é a única brasileira a cometer este erro, "DA CRACÓVIA". Ninguém fala "Filhos DA São Paulo", mas sim filhos DE São Paulo.
Este absurdo não se repete nos outros sete países de língua portuguesa. Aquela senhora não tinha consciência de que estava sendo discricionária. Se ela pensava que poderia me processar pela Lei Afonso Arinos, eu também poderia, ainda porque, na série de 27 lançamentos do livro que fiz nos 4 Estados do Sul, fui agredido fisicamente pelo título do meu livro. Em Erechim e em São Paulo levei murros no ombro e fui taxado de burro por usar a palavra polaco. Santa Ignorância!!
sexta-feira, 10 de julho de 2009
Restauradas casas do Memorial Polaco
A restauração da Capela de Nossa Senhora de Czestochowa, no Bosque do Papa João Paulo II, realizada pela Secretaria do Meio Ambiente e Fundação Cultural de Curitiba foi entregue no último domingo com pompa e solenidade. Dom Pedro Fedalto, arcebispo emérito de Curitiba, abençoou e cortou as fitas juntamente com a a representante da Missão Católica Polaca no Brasil, Danuta Abreu Lisinski.
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Kwaśniewska: não sou candidata
O principal jornal do país revelou que a mulher do ex-presidente Aleksander Kwaśniewski, venceria o atual primeiro-ministro Donald Tusk num segundo segundo turno nas próximas eleições presidenciais.
Kwaśniewska não só derrrotaria Tusk com 57% contra 43% dos votos, como também daria uma surra no atual Presidente Lech Kaczynski com 75% a 25%.
Apesar da excelente reputação junto ao eleitorado Kwaśniewska, diz ter decidido há muito tempo não concorrer as eleições. "Não sou um membro de qualquer partido político. Isto não é a minha história", disse ela, hoje, para a televisão TVN24.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Eu sou polaco!!!
Marek tem 16 anos de idade. É campeão junior polaco. Mas há vários anos, ele tem vivido ilegalmente na Polônia. Os funcionários da imigração não permitem que ele seja um cidadão nacional polaco.
"Se eu tivesse que sair do país, sentiria como estivesse indo para o exílio", diz a mãe de Marek. Lilia Karkocka chegou na Polônia nas grandes enchetes de 1997. Era para ser apenas férias. Mas o destino não foi dos mais felizes. Seu passaporte foi roubado. Seus avôs, exilados políticos polacos que haviam sido expatriados para o Azerbaijão, onde ela, seu pai e seus filhos nasceram. Em todos os documentos que a família possuía neste desterro estava escrito, "nacionalidade: Polaca". No exterior,
a família tentou mudar a nacionalidade para azeri sem sucesso. Mas não foi possível, pois eram considerados polacos, segundo o governo do Azerbaijão. A vinda para a Polônia era além de férias uma busca das origens. Vieram apenas Lilia e seu filho Marek.
Após 12 anos de Polônia, o campeão Marek, filho de Lilia, diz não lembrar do Azerbaijão, "Saímos de lá quando eu tinha três anos. Eu não sabia falar nem russo, nem azeri. Conheço apenas um idioma: polaco".
Sem passaporte, começou o pesadelo da mãe e do filho. Na Polônia, não havia Embaixada do Azerbaijão. Lilia, uma mulher com uma criança de quatro anos foi parar num campo de refugiados na Polônia. Mas nem o status de refugiados conseguiram ali.
Foram para em Otwock e Marek começou a frequentar a escola. "Quando eu tinha 10 anos de idade, começei a treinar levantamento de peso".
E assim a vida do pequeno Marek foi mudando. Logo foi observado atentamente por um treinador. "Ele se tornou um talento", admite o treinador Krzysztof Suchocki. Após muitos treinos, Marek começou a viajar para participar de torneios. Não demorou muito e ganhou todos os campeonatos polacos de juniores. Com o sucesso alcançado em competições internacionais, o treinador pensou em inscrevê-lo em competições internacionais. O calvário voltou e uma coleção de respostas negativas foram obtidas.
Marek e sua mãe Lilia não poderiam estar na Polônia diziamm as autoridades. Embora suas raízes polacas e tempo de permanência na Polônia (mais de cinco anos), mãe e filho ainda não conseguiram receber a cidadania. O que é pior, as autoridades polacas exigem visto deles para que possam permanecer na Polônia. Mas como obter o visto se eles não possuem cidadania? Nem polaca, nem azeri.
"Eu sou polaco. Se eu fosse para o Azerbaijão, o que faria lá? Aqui é o meu lugar. E assim, após 12 anos, sou forçado a aprender na marra que não sou polaco", afirma Marek.
E o treinador diz, "se ele a for embora para o esporte da Polônia será uma perda lamentável. Um talento como ele não aparece de graça todos os dias. Hoje nem representar o Azerbaijão ele pode. Estamos lutando para que ele possa defender as cores de vermelho e branco",diz Suchocki.