segunda-feira, 17 de maio de 2010

Szymanowski e Chopin em Curitiba

A Capela Santa Maria abre suas portas, nesta segunda-feira, para um concerto em comemoração ao Dia Nacional da República da Polônia (0 3 de maio), com a presença do Embaixador Jacek Junosza Kisielewski, a partir das 20:00 horas.
Além do concerto da pianista polaca Anna Kijanowska, o embaixador deverá condecorar pessoas da comunidade dos três Estados do Brasil, área de abrangência do Consulado Geral da Polônia em Curitiba.
No concerto, músicas de dois dos maiores compositores polacos de todos os tempos: Fryderyk F. Chopin e Karol Szymanowski.
No programa do concerto serem intrepretadas por Kijanowska várias Mazurkas (música e ritmo tradicional polaco):

Fryderyc F. Chopin – Mazurka op. 17 nº 4
Karol Szymanowski – Mazurka op. 50 nº 2
Fryderyc F. Chopin – Mazurka op. 24 nº 1
Karol Szymanowski – Mazurka op. 50 nº 15
Fryderyc F. Chopin – Mazurka op. 50 nº 3
Karol Szymanowski – Mazurka op. 50 nº 3
Fryderyc F. Chopin – Mazurka op. 50 nº 1
Karol Szymanowski – Mazurka op. 50 nº 16
Fryderyc F. Chopin – Polonaise-Fantasy op. 61
Ballade Fá Maior op. 38 nº 2
Estudo Dó Menor op.10 nº 12 (“Revolucionário”).

Anna Kijanowska
A pianista é bastante conhecida do público da Polônia, Estados Unidos e Ásia. Sua gravação de Mazurkas de Szymanowski (DUX417) foi muito bem aceita pelos críticos, inclusive pelo The New York Times e The Music Magazine BBC de Londres. Recentemente o disco foi descrito pela Fanfare Magazine (EUA), como a “melhor interpretação” dessas composições no mundo.
Anna Kijanowska iniciou sua educação musical aos sete anos de idade em Bielsko-Biała e aos oito anos deu seu primeiro recital. Entre os anos 1992-1997 realizou estudos superiores em música (interpretação pianística e pedagogia) na Academia de Música de Katowice, e depois em Wrocław, com os excelentes professores Józef Stompel, Paweł Skrzypek e Włodzimierz Obidowicz. Continuou seus estudos de pós-graduação no exterior, com o famoso pianista, Byron Janis (aluno de Horowitz), e em 1999 recebeu o titulo de Doutor pela Manhattan School of Music de Nova Iorque.
A pianista recebeu vários prêmios em concursos internacionais, como, MTNA Collegiate Artist Competition, EUA (1º prêmio), ITNA Artist Competition, EUA (1º prêmio), Troféu no 6th International Competition, Itália (2º prêmio), Frinna Awerbuch International Competition, Nova Iorque (prêmio especial). Apresentou-se no Carnegie Hall, Consulado Geral da Polônia e Fundação “Kosciuszko” em Nova Iorque; no Kennedy Center e National Gallery em Washington, além do Japão, Índia, China, Tailândia, Grã Bretanha, Alemanha, África do Sul, Indonésia e Ucrânia.
Anna Kijanowska participou de gravações de rádio e TV, para a TVP-Telewizja Polska, para a WNYC-FM de Nova Iorque, para a TV Chernigov da Ucrânia e para TV Jakarta da Indonésia.
Anna Kijanowska é bolsista da Fundação “Kosciuszko”, da Fundação “Batory”, da Fundação “Madeleine Forte” de Bielsko-Biała e da Manhattan School of Music de Nova Iorque.
Atualmente, Anna Kijanowska é professora de piano na Universidade de Nevada, em Las Vegas, e no William and Mary College, em Virginia, EUA.
Para maiores informações sobre a pianista acesse: www.annakijanowska.com

sábado, 15 de maio de 2010

Antiocho: O caso que virou causo



O "Casos e Causos" de Guto Pasko, que a a RPCTV, Canal 12 de Curitiba, apresenta neste domingo após o "Fantástico" da Rede Globo, aproxima-se historicamente da figura de Antiocho Pereira como heroi, muito em função dos causos que os descendentes dos primeiros imigrantes da então Colônia de Cruz Machado (hoje município paranaense) contam sobre o passado. Um tempo que no imaginário daquela gente há muito deixou de ser história para ser lenda.
E foi justamente por este fator "causo", que me aventurei a pesquisar sobre o difícil início daqueles imigrantes do Leste da Polônia (região de Lublin) no sul do Paraná em 1911.
Em minhas pesquisas para a tese de doutoramento na Universidade Iaguielônia de Cracóvia fui além do causo, da lenda para me fixar no caso, no fato, na documentação histórica.
Assim que o heroi de Cruz Machado, Antiocho Pereira é mais caso do que causo. Sua estatura humanitária levou-o a ser condecorado pelo governo da Polônia, em retribuição a imensa ajuda que prestou aos imigrantes de Cruz Machado.
O caráter ilibado o transformou na pessoa que encarnou o papel do salvador, do “Bom Samaritano” e por isso, o farmacêutico Antiocho Pereira pelos seus atributos de honradez e moral foi elevado à categoria de mito.
Durante toda a fase das pesquisas para minha tese, seu nome esteve sempre presente, seja nos depoimentos, nos artigos de jornais, ou na bibliografia. Contudo, quando os depoentes são comparados com o acervo da família do farmacêutico e com bibliografia do Instituto Histórico e Geográfico do Paraná, a maioria das informações não se coaduna. A começar pela atuação do farmacêutico na colônia de Cruz Machado em 1911. Irene Fryder Rockenbach em “Dados Históricos e Memórias de Cruz Machado”, publicado em 1996 pela Prefeitura de Cruz Machado diz na página 120 de seu livro que:

Depois que o médico retornou a Curitiba, veio o farmacêutico formado, Antiocho Pereira, o qual mereceu o nome de “bom samaritano”. Dedicou-se inteiramente em prol dos doentes a qualquer hora do dia ou da noite, se tivesse dinheiro, ou não para pagar os medicamentos. Este nobre homem desfez-se dos bens materiais para ajudar os necessitados. Quando os colonos melhoraram de vida, construíram uma casa em União da Vitória, na Avenida Manoel Ribas, entregaram a chave a Antiocho Pereira e convidaram o casal a morar nela.

Nestas afirmações há pelo menos duas questões motivadoras de discussão. Declarar que Antiocho vendeu suas propriedades para comprar remédios é o primeiro desencontro com a verdade, e a segunda, de que os colonos lhe deram uma casa em retribuição também está, pelo menos, parcialmente equivocada. Fryder Rockenbach faz declarações que simplesmente não coincidem com a biografia preparada pelo neto do “heroi”, Fábio Furtado Pereira. Fryder Rockenbach comete outro equívoco, desta vez, em relação ao período de funcionamento da farmácia:

Nasceu em Paranaguá. Estudos feitos em Curitiba. Diplomado em Farmácia no Rio de Janeiro. Veio residir em Porto União da Vitória e depois em Cruz Machado, onde tinha uma farmácia de 1912 a 1925. Nunca pensou em fazer deste nobre mister um meio de ganhar dinheiro. A sua profissão servia a uma finalidade precípua: "sedare dolorem”, segundo o preceito de Hipócrates. Em 1925 mudou-se para União da Vitória. Em 1928 assumiu a Prefeitura de Porto União. Agia em função do povo, com o povo e para o povo. Modernizou a “Praça Hercílio Luz”. Destacou-se profundamente na imprensa local enfocando assuntos agrícolas com grande conhecimento. Era honesto, justo e inteligente. Ajudou muito os colonos poloneses e outros. Atribuiram-lhe o nome de “Bom Samaritano”. Perdeu a farmácia para ajudar os imigrantes.

Os familiares do “heroi” negam muitas dessas informações. As diferenças se relacionam, principalmente, com os períodos e datas mencionados pelas outras fontes. Em relação aos bens que, Antiocho teria vendido para comprar remédios para os infectados imigrantes de Cruz Machado, reside a maior controvérsia. Segundo Fryder Rockenbach, Antiocho possuía uma farmácia, em União da Vitória, no período de 1912 a 1925, que seria o período em que ele teria residido na colônia. Ela afirma que a casa foi uma retribuição aos esforços do farmacêutico em prol dos imigrantes infectados.
Porém Lindolfo Fernandes em sua obra “União da Vitória (Memória) Saúde Pública”, editada pela Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, Curitiba na página 16 afirma que,

“o pioneiro Antiocho Pereira, fundou em 1924 a - Pharmacia União - originalmente num casarão de madeira na rua XV de Novembro e, posteriormente, na rua Prudente de Morais, em Porto União”.

Portanto, essa parte dos fatos repetidos pelos depoimentos colhidos junto aos descendentes do imigrantes de polacos, em Cruz Machado, não é verdadeira. Antiocho não vendeu a farmácia nem sua casa, por que a farmácia não existia ainda, já que viria a ser inaugurada somente em 1924. E a casa, na verdade, o que os polacos fizeram foi ajudar numa reforma da casa, já que esta estava ficando muito acanhada para acomodar o número crescente de afilhados e compadres do farmaceutico. E isto é comprovado pelos estudos do bisneto de Antiocho,

“Meu bisavô não vendeu nada para ir salvar os imigrantes de Cruz Machado. A casa já existia e nunca foi vendida. O que ocorreu na verdade foi uma ampliação da casa. A planta da reforma comprova isto. Nisso sim, na reforma da casas os compadres polacos ajudaram meu bisavô”.

O projeto da reforma da casa, portanto, desmente os compadres imigrantes, que dizem que,

“os colonos, agora já em melhores condições financeiras, construíram uma casa em União da Vitória entregando as chaves para Antiocho Pereira morar com sua família”.

Eles tampouco compraram o terreno, pois este já era de propriedade de Antiocho. No próprio projeto está assinalado que era um aumento da casa de madeira de propriedade de Antiocho Pereira.


O texto acima é uma versão parcial, traduzida do idioma polaco, de minha tese de doutoramento na Polônia, "Cruz Machado - A história que virou lenda", que estarei publicando em 2011. (ulisses iarochinski).


Mas o curta-metragem de Pasko não tem nada com a realidade, pois trata-se de uma ficção, embora baseada em depoimentos históricos, aceitos por todos, até a publicação de minha tese ano que vem, em forma de livro. Pois então todos poderão conhecer o caso, o fato, a história e não só a lenda que se formou em Cruz Machado.


Vale a pena ver a Revista RPC neste domingo, na Globo do Paraná.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Poster polaco, mais um...


Poster de Leszek Zebrowski para o "The 2009 Austin Polish Film Festival" ocorrido na cidade texana entre 5 e 8 de Novembro de 2009.

No lugar do Tupolev, o Embraer 175

Foto: Marcin Jagodziński/ GNU FD

O acordo para a aquisição de dois aviões Embraer-175, que será utilizado para transportar as pessoas mais importantes da Polônia, logo será finalizada, segundo informou o representante do ministério da defesa.
O chefe da Defesa Bogdan Klich disse que "espera que dentro de poucos dias o vice-ministro Idzik assine o contrato e que, no mês de junho a empresa LOT já possa transportar nossos VIPs".
O conceito de desenvolvimento dos aviões brasileiros Embraer 175 interessou a LOT Polish Airlines já no verão passado. Inicialmente, pensou-se em leasing, depois arrendamento e em seguida, decidiu-se pelo fretamento.
O vice-ministro Idzik, por sua vez, informou que um acordo será assinado por um período de uso de no mínimo de dois anos. "Os Aviões estarão constantemente disponíveis para a maioria das autoridades do país e serão pilotados por uma tripulação de LOT. O avião será redesenhado e adaptado às necessidades das autoridades."
Depois do acidente do avião Tu-154M, em Smoleński, ainda restam há oito aviões: um Tupolev, quatro Jaki-40, três M-28 Bryza, e também 12 Helicópteros, sendo seis Mi-8, cinco W-3 Sokół e um Bell 412 hp. Nem todos podem voar com autoridades, uma parte foi temporariamente deixada em "terra", entre outros motivos devido a reparos ou defeitos.

Tupolev
O segundo avião Tupolev TU-154 deverá em julho, seguir para reparos na fábrica de Samara, na Rússia. É a revisão obrigatória geral, que deve ser feita de cinco em cinco anos.
O chefe da Defesa disse, na quarta-feira, que o plano de modernização das aeronaves foi atualizado em dezembro e imediatamente posto em marcha depois da tragédia de abril.
Perguntado sobre relatos de falta de oxigênio no Tu-154 e as possíveis consequências, Bogdan Klich sugeriu que as perguntas sobre o grau de detalhe, bem como o número de máscaras de oxigênio, deva ser dirigida aos especialistas.
O ex-comandante do 36ª Regimento de Aviação de Transporte Especial, coronel Tomasz Pietrzak entrevistado na rádio RMF FM, disse que o governo deve ser "interromper o uso do Tupolev restante, ou vendê-lo". Na sua opinião, o avião para transportar VIPs, teria de estar equipado com um sistema de oxigênio, o que atualmente não existe. A bordo, desta unidade, como relatado, existem apenas oito conjuntos de oxigênio portátil.
O porta-voz da Força Aérea, tenente-coronel Robert Kupracz salienta que o limite de velocidade em uma descida de emergência para o Tupolev é de aproximadamente 70 metros por segundo, o que torna o funcionamento do sistema de oxigênio possível, a partir do teto de cerca de 10 mil metros, e que levaria cerca de dois minutos para ser acionado.
Já no caso dos aviões brasileiros, poucos programas de aviação comercial atingiram níveis tão altos de produção na história do transporte aéreo em um período de tempo equivalente como é do EMBRAER 175 que a LOT está contratando. Ele possui uma configuração interna, com 82 assentos Elite. O novo jato complementará a frota atual de jatos Embraer da empresa aérea, composta por dez EMBRAER 170 e sete EMBRAER 175. Juntamente com seis ERJ 145, a LOT será capaz de expandir ainda mais a sua malha aérea européia, onde compete, na maioria dos casos, com jatos narrowbody convencionais.
A LOT foi o primeiro operador da família dos E-Jets na Europa. A companhia aérea iniciou as operações comerciais com o EMBRAER 170 a partir do seu centro de operações em Varsóvia, em março de 2004. A frota de 16 E-Jets registrou uma taxa de confiabilidade consistente e respeitável de 99,4%, bem como uma taxa de conclusão de vôos de 99,9%, mostrando a excelência do moderno projeto dos E-Jets, o alto nível de maturidade da aeronave e a eficiente organização de manutenção da LOT.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

O Heroi de Cruz Machado

Lá pelos idos de 1999, quando escrevia meu livro "Saga dos Polacos", o então cônsul geral da Polônia, em Curitiba, Marek Makowski, perguntou-me se eu sabia algo sobre a maior tragédia ocorrida na imigração polaca para o Brasil. - Que tragédia é essa? Perguntei ao que ele respondeu: "Parece que na zona rural do município de Cruz Machado, no ano de 1911, morreram quase dois mil imigrantes polacos. Não sobreviveram a uma epidemia de tifo".
Munido de um câmera de vídeo viajei até Cruz Machado, município há mais de 250 km de Curitiba. Chegando a prefeitura perguntei sobre o cemitério abandonado dos polacos. Ninguém sabia dizer onde era. O cônsul deve ter recebido uma informação falsa, pensei. Já desistindo, saí do prédio com intenção de voltar a Curitiba. Fui alcançado abrindo a porta do carro por um senhor que se dizia tratorista da prefeitura. Dizia que sabia onde era o cemitério e se eu quisesse ele me levava lá. Depois de 40 km de estrada de chão pela Serra da Esperança, chegamos depois de mais de uma hora, a uma colina cercada de árvores. Da estradinha tivemos que subir a pé aquela encosta. Foi então que deparei em meio ao matagal algumas tábuas antigas fincadas no chão. Eram as lápides improvisadas das primeiras vítimas da maior colônia polaca, em área territorial, do Brasil. Diante de mim estava o cemitério dos polacos do Rio do Banho, do antigo Pátio Velho.
Depois disso a história do cemitério ganhou duas páginas no meu livro. Transformou-se num documentário, que apresentei durante uma missa dominical na igreja do Distrito de Santana. O documentário "Cruz Machado - Os Polacos e o Tifo" produzido por mim foi lançado também na Cinemateca de Curitiba e passou a servir de parte integrante do processo metodológico de minha tese de doutoramento na Universidade Iaguielônia de Cracóvia, na Polônia.
Mas as repercuções não se restringiram apenas às minhas iniciativas. Logo em seguida, com apoio da comunidade de Santana, do Consulado e do Ministério da Cultura da Polônia, o cemitério foi restaurado. A jornalista e documentarista Ana Johann, oriunda de Cruz Machado, fez um outro documentário sobre os polacos de Cruz Machado. Documentarista formada na escola de cinema de Barcelona, ela voltou para casa com uma idéia na cabeça: fazer um documentário sobre a localidade onde nasceu. E fez o filme "de tempos em tempos".

Cena do "casos e causos" de Guto Pasko

Agora o cineasta Guto Pasko, descendente de ucranianos de Prudentópolis, que dirigiu o filme longa metragem "Made in Ucrânia", entre outros, também se volta para Cruz Machado e nos apresenta neste domingo, na RPCTV Canal 12 de Curitiba (Rede Globo de Televisão), "O herói de Cruz Machado", no quadro "Casos e Causos", do programa Revista RPC.
O herói faz parte destas minhas pesquisas para o livro "Saga dos Polacos", do filme "Cruz Machado - Os polacos e o tifo", do trabalho dos alunos e professores do Colégio Estadual em Santana - Cruz Machado e da minha tese de doutoramento.
O herói é o farmacêutico Antiocho Pereira, natural de Paranaguá, e formado na faculdade de medicina do Rio de Janeiro, e morador de União da Vitória, que ao contrário das lendas da região ajudou os imigrantes polacos de Cruz Machado, em 1918 e não em 1911.
Já o episódio de Guto Pasko, que tive a oportunidade de colaborar e que assisti em primeira mão é de uma singeleza e beleza de imagens impressionantes. Obrigatória a audiência neste domingo, portanto!
No texto de divulgação a RPC informa que Antiocho Pereira, sabendo da epidemia de tifo que atingia o interior do Paraná, resolveu atender os doentes. Na região viviam diversas famílias de origem polaca que viviam em condições precárias, sem comida suficiente, vivendo em cabanas, passando frio e convivendo com muitos doentes. Comovido com a situação o revolucionário Antiocho decide mudar o rumo desta história.
O Herói de Cruz Machado tem participação de Lício Ferreira como Antiocho e Nice Novak como Ruzia. “Usei as pessoas da própria comunidade polaca de Cruz Machado e União da Vitória que são os descendentes daqueles imigrantes que foram salvos pelo Antiocho Pereira, ou seja, se não fosse o ato heroico dele, aquelas pessoas simplesmente não estariam ali. Creio que, com isso, consegui imprimir uma maior veracidade e autenticidade na história”, diz o diretor Pasko. Está é mais uma produção GP7 Cinema e RPCTV.
Sobre a Revista RPC – Revista eletrônica semanal exibida ao vivo nas noites de domingo, aborda esporte, o bom humor dos comediantes paranaenses, dramaturgia e entretenimento. Com conteúdo atraente, variado, formato dinâmico e totalmente diferenciado da atual grade de programação local, a Revista RPC apresenta os principais acontecimentos do Paraná.
Sobre a RPCTV – Com suas oito emissoras de televisão afiliadas à Rede Globo, a RPCTV faz parte da Rede Paranaense de Comunicação (RPC), maior grupo de comunicação do Paraná. Líder absoluta de audiência em todas suas áreas de cobertura, a RPCTV tem na confiança e na credibilidade de sua audiência o seu maior patrimônio.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Empresários polacos em Curitiba

Marcos Domakoski, o governador Orlando Pessuti e o embaixador Jacek Junosza Jisielewski

Confirmado. A comitiva polaca deve chegar ainda hoje, às 14 horas, em Curitiba. A nuvem vulcânica da Islândia que voltou a atormentar os passageiros europeus, não impediu a vinda dos poznanianos ao Paraná.
Assim, Marcos Domakoski, confirma o evento que se realiza, logo mais as 18:00, na sede da Associação Comercial do Paraná, com a presença do governador do Paraná, Orlando Pessuti, empresários paranaenses e os 11 empresários polacos da Voivodia da Wielkoposlka. Representantes das autoridades daquela voivodia polaca e os empresários devem firmar mais um acordo comercial com o Paraná.
O tradicional coral curitibano, Curumin, formado por 45 vozes de crianças entre 7 e 13 anos, fará uma abertura singela do evento, cantado músicas em idioma polaco da escritora e compositora Maria Konopnicka, além de uma canção brasileira, sob a regência de Carlos Todeschinni.
Os empresários polacos já deveriam ter vindo ao Paraná, no mês de abril passado, mas a nuvem vulcânica naquele momento não permitiu. Eles representam as empresas:
Acrylmed
Indústria química com um moderno centro de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos entre eles insetcidas,produtos para piscinas entre outros.
Herbapol
Empresa produtora de ervas medicinais, venda de ervas aromáticas e produtora de aditivos animais.
SPARTA
Empresa distribuidora de metal para janelas,portas e cercas, bem como ferramentas em geral.
Elektroserv
Empresa especializada na automação e controle industrial, especialmente em geração de energia e calor.
Glinkowski
Empresa especialista em carroagens.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Lepper confirmado

Foto: Radosław Jóźwiak

A Comissão Nacional Eleitoral decidiu, ontem, revogar a decisão de recusar a candidatura de Andrzej Lepper. A resolução, portanto, significa que o polêmico Lepper foi registrado como candidato para a presidência da República.
De líder camponês (que fechava estradas com tratores em manifestações) a vice-primeiro ministro, Lepper acabou parando na cadeia, após condenado por assédio sexual.
Lepper, quando ainda era um desconhecido agricultor andou vizitando o Brasil junto com uma comitiva de prefeitos e empresários polacos. Esteve em Curitiba e Araucária. Alguns araucarianos ainda se lembram do estilo animado e brincalhão de Lepper. Ele foi também ao Rio Grande de Sul conhecer comunidades de descendentes de imigrantes polacos, e claro, esteve em Foz do Iguaçu e Rio de Janeiro. Seu partido Samoobrona (autodefesa) é de inclinação direitista, extremamente conservador e católico apostólico romano fervoroso.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Polacos desfilam na Praça Vermelha

Foto: Misha Japaridze AP

9 de maio, praça Vermelha, Moscou. Representantes de uma Cia. das Forças Armadas da Polônia desfilam neste local pela primeira vez desde 1945.
Também foi a primeira vez que a Polônia comemorou o 9 de maio russo como a data do final da segunda guerra mundial. O presidente em exercício Bronisław Komorowski esteve presente nas comemorações em Moscou ao lado do presidente Dmitrij Miedwiediew.
A presença das autoridades polacas em Moscou, tão criticada no passado, está sendo vista como um gesto em direção a reconciliação polaco-russa.

Previsões indicam 2ª turno

Bronisław Komorowski tem 45% dos votos e Jarosław Kaczyński, 34%. Estes são o resultados da mais recente pesquisa na corrida presidencial na Polônia, segundo sondagem do Instituto SMG/KRC para a televisão TVN24.
Portanto, se as eleições fossem hoje os candidatos do PO e do PiS estariam no segundo turno, marcado para 4 de julho. O primeiro turno acontece no próximo dia 20 de junho.

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domingo, 9 de maio de 2010

Razões para amar e odiar a Ucrânia

Um dos leitores mais assíduos deste blog é o "Jest nas Wielu", autor do blog "Ucrânia em África". Desconheço seu nome verdadeiro. Mas vivendo, em Moçambique, tem como objetivo fazer com que "as pessoas que falam português possam entender a realidade ucraniana." Os laços que unem os antigos rutenos aos polacos é mais do que milenar, parecem até eternos. Por essa razão me permito transcrever neste espaço polaco-brasileiro que é meu blog, o texto traduzido por Jest nas Wielu.

A revista ucraniana Korrespondent.net no seu último número apresentou a sua própria lista de 10 maiores feitios e 10 maiores problemas da sociedade ucraniana.
A Ucrânia pode orgulhar-se do alto nível de literacia dos seus concidadãos. Segundo os dados da ONU de 2009, 99,7% dos ucranianos adultos sabem ler e escrever. É uma taxa superior da Alemanha, França, Espanha e Grã – Bretanha.
Os cidadãos da Ucrânia podem compram no mercado os produtos cultivados sem o uso de pesticidas, suplementos hormonais ou da engenharia genética. Estes produtos às vezes são menos atraentes na aparência e não podem ser armazenados por longos períodos de tempo, mas esses alimentos tem o gosto melhor, e mais importante, são mais úteis para o organismo.
O aluno médio ucraniano sabe muito mais do que os seus pares europeus, enquanto os jovens ucranianos têm a oportunidade de iniciar a carreira profissional na especialidade antes da formatura. Aos 30 anos, os ucranianos tendem a ocupar posições mais elevadas do que, por exemplo, os seus jovens checos e alemães.
Entre os méritos da sociedade ucraniana pode ser mencionada a tranquilidade nos locais públicos: os ucranianos vivem em um dos países mais seguros da Europa. Os habitantes de países ricos da Europa Ocidental estão expostas à violência na rua com muito mais frequência do que os ucranianos. Além disso, a Ucrânia é um país com baixo risco de ataques terroristas.
Outro bónus da Ucrânia é a liberdade de expressão. Ucrânia tem a maior índice de acesso à informação sobre os acontecimentos no país e no mundo entre os países do espaço pós – soviético. Embora a organização Freedom House coloca o país no grupo de “parcialmente livres”, ocupando o 117 º lugar entre os 195 países, mas no espaço pós – soviético, em termos da liberdade a Ucrânia perde apenas para os Estados Bálticos.
A revista também chama a atenção para as atraentes oportunidades de fazer o lazer no país: no Verão é o mar e a praia e no Inverno as montanhas cobertas de neve e pistas de esqui, e entre eles as florestas protegidas e estepes, e tudo isso dentro do mesmo país. Além disso, ao contrário dos países da UE, os ucranianos têm o acesso mais livre aos lugares naturais para fins recreativos.
Outro ponto forte da Ucrânia é a atitude amigável dos cidadãos, não só em relação aos seus vizinhos, mas também para os representantes de todas as outras nacionalidades e raças que vivem aqui ou visitando o país. Além disso, apesar da crise política, uma grave situação económica e à necessidade diária para fazer face às despesas, os ucranianos continuam ser um povo aberto, confiante e hospitaleiro.
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Fonte: http://korrespondent.net/ukraine/events/1069937
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Dez maiores problemas da sociedade ucraniana
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1. Grande número de abortos (um dos líderes da Europa).
2. Os números de propagação da SIDA (2° lugar na Europa após a Rússia).
3. Tuberculose: Ucrânia abriga 11% de todos os atingidos por essa doença na Europa.
4. Falta de homens: o homem médio ucraniano vive 62 anos, que é 12 anos menos do que a mulher média ucraniana.
5. Cancro (câncer em português do Brasil): “graças” ao desastre de Chornobyl a Ucrânia divide na Europa o 2° lugar (com a Rússia), perdendo apenas para Hungria.
6. Alto nível de alcoolismo entre os jovens; problemas ecológicos; 2° lugar do mundo em número de cigarros fumados (após a Grécia); o país se tornou um exportador activo das pessoas raptadas para diversos tipos de exploração ilegal.
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Fonte: http://korrespondent.net/ukraine/events/1069918
Publicada por Jest nas Wielu

Comitiva polaca irá a Curitiba

A Firma "R. Barcikowski", que existiu entre 1907 a 1919 deu origem a Poznańskie Zakłady Zielarskie "Herbapol",empresa criada em 1961.

Marcos Domakoski informa que a comitiva de empresários polacos que estava programada para estar em Curitiba, no último mês de abril, confirma a realização do evento para esta quarta-feira, dia 12 de maio, às 18:30 horas, na sede da ACP - Associação Comercial do Paraná.
Com a presença do governador do Paraná, Orlando Pessuti, será prestada uma homenagem póstuma, aos que pereceram na tragédia que se abateu sobre o povo polaco. O coral Curumim, sob regência de Joyce Mirian Todeschinni, estará presente cantando em idioma polaco músicas da obra de Maria Konopnicka, numa homenagem singela.
Após assinatura de acordos com a Voivodia de Wielkoposka serão apresentadas as empresas que compõem a comitiva. São elas:
Acrylmed
Industria química com um moderno centro de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos entre eles insetcidas,produtos para piscinas entre outros.
Herbapol
Empresa produtora de ervas medicinais, venda de ervas aromáticas e produtora de aditivos animais.
SPARTA
Empresa distribuidora de metal para janelas,portas e cercas, bem como ferramentas em geral.
Elektroserv
Empresa especializada na automação e controle industrial, especialmente em geração de energia e calor.
Glinkowski
Empresa especialista em carroagens.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Doda acusada de ultraje à Bíblia


A cantora Doda assoprou para um jornalista que "acredita mais em dinossauros do que na Bíblia", pois segundo ela, "é difícil acreditar em algo escrito por alguém que bebeu vinho azedo e fumou alguma erva". O jornalista escreveu estas declarações e agora a cantora está envolvida num processo judicial.
O juiz repreendeu o promotor, que recusou a defesa do conhecido Robert Nowak, defensor de seitas de ocasião, de instaurar um processo contra a cantora Doda, por insultar objeto religioso de adoração (como a Bíblia). O tribunal ordenou iniciar-se o processo e se consultar especialistas.
Os estudiosos da Bíblia e linguistas - como se poderia esperar - descobriram que falar sobre o livro sagrado dos judeus e cristãos, como criação de "convidados" bêbados é insultar o objeto de culto. Se assim for - reconheceu o Ministério Público - não há outra maneira de julgar.

Doda, portanto, é acusada de insultar sentimentos religiosos (a pena para estes casos vai de multa, trabalho social a até dois anos de prisão.)
Doda assim se torna a glória dos mártires perante o tribunal. A estonteante artista se torna um símbolo de coragem e de inconformismo. À semelhança do caso dos Lautsi, casal italiano, que luta no Tribunal de Estrasburgo contra o ensino religioso nas escolas do Estado, a polaca Doda é a bandeira para os fãs do novo e do livre. Algo que a torna mais do que um símbolo da luta dos não-crentes.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Conspiração internacional contra a Polônia?


A jornalista Jane Burgermeister tem essa reportagem postada no YouTube com muitas suspeitas sobre o acidente que vitimou 96 autoridades polacas no bosque que circunda o aeroporto da cidade russa de Smolenski. Sobra suspeitas não só para os russos como para a própria União Europeia.
Segundo suas deduções, o fato do presidente do Banco Central da Polônia, estar entre os mortos tem a ver com o país ser o único que não está em recessão econômica entre os 27 países da UE e ter um crescimento anual de 2.7%. O presidente do banco era contra a entrada da Polônia na zona Euro e a desvalorização do Zloty. Num vídeo feito no local do acidente, logo após o desastre, com as chamas ainda consumindo arvoredo e partes da fuselagem do avião, ouvem-se tiros. Para Burgermeister agentes russos queriam certificar-se de que não haveriam sobreviventes. Estes corpos continuam desaparecidos. Diz ainda que muitas pessoas dadas como mortas entre os 96, não estavam no avião. Foram mortos na Polônia, antes do embarque e continuam desaparecidos. Seriam deputados que se opunham aos russos e queriam o escudo antimísseis dos EUA instalados no território da Polônia. Ainda segundo Burgermeister, a Polônia foi o único país europeu a rejeitar a vacinação da gripe H1N1 (gripe suína) e isto também contrariou pesados interesses internacionais.
A jornalista teria sido demitida de seu emprego por pressão da OMS- Organização Mundial da Saúde.
Desde que foi demitida, Jane mantém um site na Internet http://theflucase.com onde denuncia crimes internacionais. Jane Burgermeister nasceu na Suíça de mãe irlandesa e pai austríaco. Tem dupla cidadania, portanto. É formada pela Universidade de Edimburgo, na Escócia, e já escreveu para as publicações Natureza, British Medical Journal, The Scientist, Agência Reuters e jornal The Guardian, entre outras publicações.
Ela foi correspondente europeia do site da Renewable Energy World, do qual foi repentinamente demitida em julho de 2009, após a apresentação de uma série de acusações criminais contra a Baxter e a OMS, alegando bioterrorismo com a intenção de cometer assassinato em massa.

Confira estas acusações em:
http://wakenews.net/html/jane_burgermeister.html

O foco da reportagem de Jane é um episódio ocorrido em fevereiro de 2009, quando filial austríaca da Baxter distribuiu 72 quilos de material de vacina contaminada com vírus vivos da gripe das aves a 16 laboratórios. Caso que deveria ser investigado pela polícia austríaca depois de acusações criminais. Mas elas foram arquivadas em 08 de abril, em Viena.
Fantasiosa? Mentirosa? Equivocada? Sinceramente... tudo é possível, inclusive ser tudo verdade.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Wajda vai a Moscou

Foto: Kuba Atys

3 maio de 2010. Andrzej Wajda se ajoelha no Cemitério dos Soldados Soviéticos, em Varsóvia. O cineasta confirmou que dia 9 de maio próximo estará em Moscou para as comemorações dos 65 anos do término da II Guerra Mundial.
Como se sabe, os russos não comemoram o 8 de maio como final da segunda guerra como faz todo o mundo ocidental. Para os russos o dia é 9 de maio. Está será a primeira vez que o cineasta aceita a comemoração russa, após o fim do comunismo. O ex-presidente polaco Aleksander Kwasniewski foi bastante criticado na Polônia quando foi a Moscou, nesta data, anos atrás.
Parece que os "ventos" que derrubaram o avião de Kaczynski está provocando uma aproximação nunca antes imaginada entre Polônia e Rússia. Nem mesmo durante o período comunista isto ocorreu. Novos "ventos" devem aproximar finalmente as duas maiores nações eslavas, numa história repleta de guerras, conflitos e ódios.
Mas não é só Wajda que fará este gesto. Também o clero, intelectuais e artistas, estão apelando: 09 de maio, vamos ao cemitério dos soldados soviéticos e acendamos velas em seus túmulos. Isto é Reconciliar-se
Cemitérios espalhados por toda a Polônia guardam milhares de túmulos de soldados soviéticos. Eles morreram em 1944 e 1945, quando iam tomar de assalto Berlim. Eles lutaram contra os alemães, obedecendo ordens de seus comandos, mas também enfrentavam o inimigo com um sentimento de injustiça cravado em cada coração. Para vingar suas famílias assassinadas, eles queimaram aldeias e destruíram a cidade símbolo dos alemães. A maioria destes soldados foram enterrados em várias cidades polacas. Quase 32 mil foram enterrados em Braniewo. 22 mil nas ruas (ulica - pronuncia-se utitssa) Żwirki i Wigury de Varsóvia, 11 mil enterrados em Bielsko-Biala, 8000 em Wroclaw.
Para o jornal Gazeta Wyborcza, o cineasta Andrzej Wajda explicou e apelou para que todos os polacos se reconciliem com os russos:

"Eu vou ao cemitério e vou acender uma vela, porque os soldados soviéticos lutaram pelo justo, também pela nossa causa. Devemos fazer todo o possível para conciliar polacos e russos. Especialmente hoje, quando os russos demonstram-nos solidariedade nesta tragédia, por outro lado, ressoam vozes de pessoas que querem nos conflitar.
Péssimas relações atribuem-se polacos e russos disto, que durante décadas nos governou a União Soviética, e são muito difíceis de separar da URSS e do sistema russo.
Deve-se, finalmente, acabar os ressentimentos e suspeitas. Os oficiais polacos mortos, em Katyn, foram por ordens de Stalin. É um crime do regime stalinista, não dos russos comuns. Nós não gostaríamos que algumas décadas depois da guerra ainda estivéssemos sobrecarregados com a responsabilidade pelos crimes do comunismo. Katyn deve parar de nos arrastar, de lançar sombras sobre nossa relação.
Os russos comuns eram tão vítimas do comunismo, quanto os polacos. Eu vi como sofriam com os comunistas muitos dos meus amigos russos, como Andrei Tarkovsky e Volodya Vysotsky. Eles eram tão atormentados, como muitos polacos, e isto é difícil de imaginar. Naqueles dias terríveis, a minha amizade com Wysocki era a esperança de um futuro - que, se nós confiarmos uns nos outros, nós estaremos juntos nos momentos mais difíceis, que iremos fazer juntos no futuro."

terça-feira, 4 de maio de 2010

Wycinanki- arte do papel recortado

Wycinanki de Łowicz

Wycinanki é versão polaca para a arte do papel recortado. Sua origem se perde nos séculos passados, mas segundo alguns estudiosos da tradição, teria começado com com recortes em cascas de árvores e couro. Wycinanki desde há muito são feitos com papéis coloridos colados em mobiliário ou vigas do telhado como decoração, pendurados nas janelas, ou ainda como cartões lembrando datas festivas como natal, páscoa e aniversário.
Wycinanki variar de região para região. Por exemplo, wycinanki criados na região de Kurpie normalmente são todos de uma cor só, enquanto wycinanki da região de Łowicz são multi-coloridos.
As técnicas incluem o corte, a perfuração, sangramento e a escultura de papel, bem como poder ser postados em várias camadas e depois colados juntos.
Entre suas inspirações estão representações de pavões, galos e outras aves, medalhões circulares ou em forma de estrela, flores e cenas decorativas alusivos a eventos particulares. Em algumas cidades e vilas existem competições para se criar o wycinanki mais bonito. Tradicionalmente é realizado nas áreas rurais da Polônia. As técnicas foram sendo passadas de geração em geração, com novos temas e idéias que tornaram o ato de recortar cada vez mais detalhados e intrincados.

Altar com wycinanki de Kurpie

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Polônia na Expo 2010 de Shangai

Foto: Anna Rudawska

O autor do projeto artiquetônico do Pavilhão da Polônia, na Expo 2010 de Shangai (China) é o grupo formado pelos arquitetos Wojciech Kakowski, Marcin Mostafa e Natalia Paszkowska. A aparência exterior do pavilhão foi inspirada na tradição do artesanato polaco, a Wycinanki (papéis recortados). Possui 3 mil metros quadrados.

O pavilhão polaco representa o país, profundamente enraizado na tradição, mas também um país dinâmico e moderno. A Expo de Shangai bateu o record de países participantes. São 192 países e 50 organizações internacionais. O Brasil, inclusive.

Já estive em duas destas exposições, na Sevilha 1992 e na Lisboa 1998. Realmente marcantes! Monumentos conhecidos no mundo inteiro foram construídos especialmente para estas exposições e ficaram como patrimônio da humanidade, como a Torre Eiffell de Paris, o Atomium de Bruxelas, A torre Vasco da Gama de Lisboa, a Isla de la Cortuja de Sevilha.

3 de maio, Dia Nacional na Polônia

Dia 3 de maio é uma das datas nacionais da Polônia, a outra é 11 de novembro. Hoje se comemora a Constituição de 1791. A primeira Carta Magna da Europa e a segunda do mundo.
A Polônia vive dias de aquecimento de seu patriotismo, após a comemoração trágica dos 70 anos de Katyń, com a morte de 96 pessoas a bordo do avião presidencial. O poema abaixo do poeta Jarosław Marek Rymkiewicz, confronta o patriotismo que os polacos praticam nos tempos que correm.

Ojczyzna jest w potrzebie - to znaczy: łajdacy
Znów wzięli się do swojej odwiecznej tu pracy
Polska - mówią - i owszem to nawet rzecz miła
Ale wprzód niech przeprosi tych których skrzywdziła
Polska - mówią - wspaniale lecz trzeba po trochu
Ją ucywilizować - niech klęczy na grochu
Niech zmądrzeje niech zmieni swoje obyczaje
Bo z tymi moherami to się żyć nie daje
i dalej:
I znowu są dwie Polski - są jej dwa oblicza
(...) Dwie Polski - ta o której wiedzieli prorocy
I ta którą w objęcia bierze car północy
Dwie Polski - jedna chce się podobać na świecie
I ta druga - ta którą wiozą na lawecie
Ta w naszą krew jak w sztandar królewski ubrana
Naszych najświętszych przodków tajemnicza rana
Powiedzą że to patos - tu trzeba patosu
Ja tu mówię o sprawie odwiecznego losu
(...) To co nas podzieliło - to się już nie sklei
Nie można oddać Polski w ręce jej złodziei
Którzy chcą ją nam ukraść i odsprzedać światu
Jarosławie! Pan jeszcze coś jest winien Bratu!
(...)
To brzmi jak najnowszy wykwit wielkiego, drapowanego na romantyzm patriotyzmu. Ale też kapie fałszem.


tradução livre:
Pátria é na necessidade - ou seja, patifes
Novamente tomou a sua obra eterna aqui
Polônia - eles dizem - e isto até é coisa boa
Mas primeiro vamos pedir desculpas àqueles que foram prejudicados
Polônia - dizem - maravilhosa, mas você precisa um pouco de
Civilizá-los - deixá-los de joelhos sobre as ervilhas
A esperteza muda seus modos
Porque deseja estes pêlos que não se dá
e, além disso:
E, novamente, há duas Polônias - são duas as faces
(...) Duas Polônias - aquela sobre o que sabiam os profetas
E que o leva para os braços da meia-noite de carro
Duas Polônias - uma quer agradar ao mundo
E a outra - é esta que se leva no transporte
Esta no nosso sangue e vestida com roupas reais padronizadas
Nossas ancestrais sagradas feridas misteriosas
Dizem isto é patético - aqui é preciso patetas
Aqui eu estou falando sobre o que destino eterno
(...) O que temos compartilhado - que já não posso consertar
Os quais querem colocá-la nas mãos dos ladrões
Aqueles nos querem roubá-la e vender para o mundo
Jaroslaw! Você ainda deve algo irmão!
(...)
Isto parece como a mais nova grande erupção, planejada no romântico patriotismo. Mas também com falsidade.

domingo, 2 de maio de 2010

Os selecionados do Concurso Chopin 2010


Terminou a fase eliminatória do XVI Concurso Chopin 2010 e foi anunciada a lista dos 81 jovens pianistas que voltarão a Polônia, em outubro, para a fase final e decisiva. Ainda antes das eliminações, o prof. Andrzej Jasiński, presidente do júri nestas eliminatórias, anunciou que, três pessoas tinham chegado para o concurso, vencedores de competições importantes: como os russos Miroslav Kultysheva e Daniil Trifonov, e representando os Estados Unidos, Claire Huangci. Eles se juntaram aos 209 candidatos inscritos.
Infelizmente, uma nuvem de vulcão em abril, impediu a chegada de todo o grupo de pianistas inscritos. Então eles tiveram a oportunidade de chegar em data posterior, o que acabou acontecendo nestes últimos dois dias. Nem todos chegaram, pois o visto de alguns havia expirado. Mas seja como for, os jurados selecionaram 81 pianistas,um número muito maior do que era esperado.
Entre as delegações por países, da China foram selecionados 7, mais 5 de Taipei e 1 de Hong Kong, totalizando 13 concorrentes chineses. A equipe japonesa tem o maior grupo com 16 pessoas (contando com 1 pianista que representa os EUA).
Os polacos tiveram 7 concorrentes classificados. A Coréia do Norte classificou 4 e a Rússia 9, enquanto os americanos 4 (sendo um deles japonês). Não conseguiram classificação para a fase final nenhum dos candidatos da Bielorrússia, bem como representantes da Ilha de Páscoa, Finlândia, Indonésia, Colômbia, Coreia do Sul, Romênia, Sérvia, Síria, Tailândia, Hungria, Uzbequistão e Grã-Bretanha. O Brasil não teve nenhum concorrente.
Na lista dos selecionados alguns são nomes já bastante conhecidos, como a russa Yulianna Avdeev, Rachel Cheung (que foi uma criança-prodígio) de Hong Kong, bem como aqueles que estiveram no festival de Duszniki, como o lituano Lukas Geniusas, o ucraniano Denis Jdanov (ele e a russa Avdeev foram os vencedores do festival polaco Rubinstein e a a competição Paderewski da cidade de Bydgoszcz.
O concurso é realizado em Varsóvia desde 1927.
Os 81 selecionados para a final do mais importante concurso de pianistas em todo o mundo. Concurso que o brasileiro Artur Moreira Lima venceu na década de 60.

1 Soo Jung Ann - República da Coreia
2 Leonora Armellini - Itália
3 Yulianna Avdeeva - Rússia
4 Fares Marek Basmadji - Síria/Polônia
5 Evgeni Bozhanov - Bulgária
6 Marek Bracha - Polônia
7 Wai-Ching Rachel Cheung - China/Hong Kong
8 Fei-Fei Dong - China
9 François Dumont - França
10 Denis Evstuhin - Rússia
11 Yury Favorin - Rússia
12 Anna Fedorova - Ucrânia
13 Madoka Fukami - Japão
14 Lukas Geniušas - Rússia/Lituânia
15 Leonard Gilbert - Canadá
16 Jayson Gillham - Austrália
17 Eri Goto - Japão
18 Giuseppe Greco - Itália
19 Antoine de Grolée - França
20 Peng Cheng He - China
21 Bo Hu - China
22 Ching-Yun Hu - China/Tajpei
23 Shih-Wei Huang - China/Tajpei
24 Claire Huangci - EUA
25 Junna Iwasaki - Japão
26 Julian ZhiChao Jia - China
27 Kaoru Jitsukawa - Japão
28 Aljoša Jurinić - Croácia
29 Airi Katada - Japão
30 Lusine Khachatryan - Armênia
31 Nikolay Khozyainov - Rússia
32 Da Sol Kim - República da Coreia
33 Sung Jae Kim - República da Coreia
34 Marie Kiyone - Japão
35 Yaron Kohlberg - Israel
36 Ilya Kondratiev - Rússia
37 Jacek Kortus - Polônia
38 Marcin Koziak - Polônia
39 Sheng-Yuan Kuan - China/Tajpei
40 Naomi Kudo - Japão/EUA
41 Miroslav Kultyshev - Rússia
42 Hanchien Lee - China/Tajpei
43 Eri Mantani - Japão
44 Guillaume Masson - França
45 Vladimir Matusevich - Rússia
46 Maiko Mine - Japão
47 Shota Miyazaki - Japão
48 Kotaro Nagano - Japão
49 Mamikon Nakhapetov - Geórgia
50 Mariko Nogami - Japão
51 Kana Okada - Japão
52 Yuma Osaki - Japão
53 Anke Pan - Alemanha
54 Esther Park - EUA
55 NiPanod David Pfeffer - Israel
56 Marianna Prjevalskaya - Espanha
57 Ilya Rashkovskiy - Rússia
58 Joanna Różewska - Polônia
59 Takaya Sano - Japão
60 Louis Schwizgebel-Wan - Suíça
61 Yury Shadrin - Rússia
62 Ishay Shaer - Israel
63 Meng-Sheng Shen - China/Tajpei
64 Natalia Sokolowskaya - Rússia
65 Rina Sudo - Japão
66 Pan Hyung-Min Suh - República da Coreia
67 Hannah Sun - Austrália
68 Jiayi Sun - China
69 Mei-Ting Sun - EUA
70 Gracjan Szymczak - Polônia
71 Xin Tong - China
72 Danil Trifonov - Rússia
73 Hélène Tysman - França
74 Andrew Tyson - EUA
75 Irene Veneziano - Itália
76 Paweł Wakarecy - Polônia
77 Yuri Watanabe - Japão
78 Mu Ye Wu - China
79 Ingolf Wunder - Áustria
80 Denis Zhdanov - Ucrânia
81 Eric Zuber - EUA

sábado, 1 de maio de 2010

Grodzieńska morreu

Foto: Albert Zawada

O mundo ficou um lugar mais triste. Na casa dos artistas, em Skolimów, morreu Stefania Grodzieńska, escritora, atriz, bailarina, uma pessoa cheia de charme e de humor extraordinário.
Dois anos atrás, já com pouco mais de 93 anos de idade, Stefania deu entrevista ao jornal "Gazeta Stołeczna" dizendo que ainda tinha planos profissionais. Dizia-se viciada em leitura de livros sobre a vida do prof. Bartoszewski e de Jurek Owsiak. Um dos planos de Stefania era bastante lúdico, queria nos próximos dois anos e meio, ler muito mais. Dizia para os médicos, que as pessoas com vícios de 96 anos de idade deviam ser respeitados. Infelizmente, o plano nunca será realizado.
Ela era uma pessoa cheia de graça e charme. Seu encanto era sentido em seus livros. Tinha uma ironia cortante, mas nunca um humor malicioso. Stefania tinha classe e talento.
Embora nascida em Łódź (pronuncia-se uudji), viveu em Moscou e Berlim, e ansiava por Paris, mas sempre foi mais ligada a Varsóvia. Ali, em 1933, encontrou um emprego como dançarina no Teatrinho Cyganeria. Quatro anos mais tarde, enquanto trabalhava no programa "Słońce", no Cyrulik Warszawski, conheceu Jerzy Jurandot. Eles ficaram juntos por 42 anos até a morte dele. Ela sobreviveu à ocupação alemã, mas após a libertação, foi parar em Lublin, onde Stefania se tornou a primeira locutora de rádio do pós-guerra. Depois se mudou para sua terra natal, onde começou a trabalhar no Teatro Syrena. Mais tarde, mudou-se para Varsóvia. Stefania enquanto tarbalhava no teatro, escrevia colunas para "Szpilki", e ainda trabalhava em rádio e editora de entretenimento da TVP - Telewizja Polska.
Contudo, Stepania Grodzieńska riu muito quanda foi chamada de a Primeira Dama do humor polaco. Um de seus livros publicados se intitulava "Wspomnienia chałturzystki" e nestas suas memórias dizia, "Nós não temos nada."

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Três já têm 100 mil assinaturas



Bronisław Komorowski do PO, Jarosław Kaczyński do PiS e Waldemar Pawlak do PSL já têm as cem mil assinaturas necessárias para pode registrar o seu candidato na comissão eleitoral.
A Comissão Nacional Eleitoral registrou 17 comitês para as eleições: Waldemar Pawlak, Kornel Morawiecki, Andrzej Lepper, Marek Jurki, Bogdan Szpryngiel, Bogusław Ziętki, Bronisław Komorowski, Janusz Korwin-Mikke, Roman Sklepowicz, Ludwik Wasiaki, Józef Wójcik, Andrzej Olechowski, Zdzisław Podkański, Grzegorz Napieralski, Jarosław Kaczyński, Krzysztof Mazurski e Gabriel Janowski.

Quantos deles realmente estarão aptos a concorrer na eleição será decidido até às 42 horas do dia 6 de maio. Até essa data, a Comissão Eleitoral vai estar aguardando a lista de assinaturas de apoio ao candidato. Saem, aqueles que não conseguirem apresentar os abaixo-assinados.

Para Adam Lipinski, vice-presidente do PiS, o partido vai entregar a lista apenas no dia 04 de maio, pois querem apresentar a lista com muito mais do que as cem assinaturas. ."É uma pena desperdiçar essas vozes que estão ainda para assinar".