Curitiba
Seleção de brasileiros descendentes de polacos aplicou sonora goleada de 18 X 0 nos descendentes de ucranianos de Curitiba |
A Eurocopa é o foco das atenções de quase todo mundo desde sexta-feira e até o dia 1° de julho. O evento, sediado na Ucrânia e na Polônia, reúne as 16 principais seleções europeias e craques como o Cristiano Ronaldo, Robben, Schweinsteiger e muitos outros. A cerca de 10 mil quilômetros dos países que recebem o torneio, descendentes fazem uma - improvável e genérica - final em Curitiba.
Abertura das Festividades com as bandeiras do Brasil, Ucrânia e Polônia |
O evento teve comida e roupa típicas, hinos dos países e até futebol - muito longe do apresentado nos gramados europeus, claro.
Antes da partida, a cônsul da Ucrânia em Curitiba, Larissa Mironenko, e o cônsul da Polônia, Marek Makowski, fizeram breve discurso e exaltaram a reunião.
Coral Polaco João Paulo II |
Coral Ucraniano Haidamak |
Quando a bola rolou, a Polônia massacrou a Ucrânia. Antes do intervalo, o placar já marcava 9 a 0 para os polacos.
E depois do quinto gol, um torcedor mais animado não se conteve:
- Tem que levar este time para jogar a Eurocopa lá - pediu, aos risos.
No intervalo, as arquibancadas do Estádio do Trieste ficaram vazias. Os torcedores foram para a praça de alimentação, na parte interna.
Os polacos tinham à disposição o tradicional pierogi, além de recheio de ricota com batata e de carnes defumadas com repolho, bigos (semelhante à feijoada, mas só que com repolho no lugar do feijão) e sonho.
Já os ucranianos puderam provar o perohê (o mesmo pierogi dos polacos) e o perohê com holubsti, o medivnêk (mel com nozes), o napoleon (folhada com creme), o muraveinyk (bolacha com nozes e papoula) e a zapicanka (requeijão com amêndoas).
No sistema de som, porém, nada de músicas típicas. Durante os 15 minutos, canções brasileiras tocaram mais alto, como os sambas de Arlindo Cruz e de Jorge Aragão.
Depois do intervalo, os descendentes de polacos não diminuíram o ritmo e marcaram mais nove gols: 18 a 0. Antes do apito final, alguns torcedores da Ucrânia protestaram. "Vergonha". Outros mostraram uma (falsa) confiança. "Vamos virar, time".
Animada, a torcida vermelha e branca até gritou o nome do goleiro adversário e tirou sarro. "Um, dois, três... Genillson é polonês". E, preocupado com a goleada, um jogador da Polônia brincou: - Pô, a gente vai causar uma guerra lá.
O atacante Carlos Henze Júnior, de 29 anos - que tem o experiente Schevchenko, artilheiro da Ucrânia, como referência - não balançou as redes, mas falou da importância da confraternização na capital paranaense: - O lema da Eurocopa é "fazendo história juntos". Este é um lema perfeito para a história de Polônia e Ucrânia. Esta amizade que está se formando entre os povos é um novo tempo. No Brasil, especialmente, em que a gente já tem o costume de ser um país multi-cultural, é importante mostrar esta integração pacífica e de muita amizade.
Depois do jogo, o time azul, apesar da goleada sofrida, fez a festa, dançou e recebeu medalhas. O torcedor Meroslau Vodiani, descendente de ucraniano por parte de pai e mãe, comentou sobre o evento em Curitiba:
- Foi uma oportunidade única de os países se cruzarem, se confraternizarem em um local que nos acolheu com muito carinho - afirmou.
Os descendentes de polacos também comemoraram a conquista.
Eles, porém, preferiram uma canção brasileira e fizeram a coreografia do "Eu quero tchu, eu quero tcha", música da dupla João Lucas e Marcelo e que se tornou famosa pelas comemorações do craque Neymar, atacante do Santos.
O organizador do evento e secretário do Consulado da Polônia, Paulo César Kochanny, de 51 anos, comentou sobre a "Eurocopa em Curitiba". - A realização deste evento partiu por parte do Consulado Geral da Polônia, como idealizador disto. Imediatamente, nós convidamos o pessoal do Consulado da Ucrânia, para poder juntar grupo folclórico, coral e times de descendentes de polacos e de ucranianos. O objetivo principal era justamente a confraternização e a comemoração pela abertura da Eurocopa. Aqui no Brasil e principalmente no Paraná, a imigração é extremamente forte. Além do encontro esportivo, é também para colocar em foco as duas culturas.
Na Eurocopa tradicional, a Polônia tem um ponto no Grupo A. Ela empatou com a Grécia em 1 a 1 na sexta-feira, no Estádio Nacional de Varsóvia. Já a Ucrânia estreia hoje, segunda-feira, pelo Grupo D. Ela encara a Suécia, no Estádio Olímpico de Kiev.
Animada, a torcida vermelha e branca até gritou o nome do goleiro adversário e tirou sarro. "Um, dois, três... Genillson é polonês". E, preocupado com a goleada, um jogador da Polônia brincou: - Pô, a gente vai causar uma guerra lá.
O atacante Carlos Henze Júnior, de 29 anos - que tem o experiente Schevchenko, artilheiro da Ucrânia, como referência - não balançou as redes, mas falou da importância da confraternização na capital paranaense: - O lema da Eurocopa é "fazendo história juntos". Este é um lema perfeito para a história de Polônia e Ucrânia. Esta amizade que está se formando entre os povos é um novo tempo. No Brasil, especialmente, em que a gente já tem o costume de ser um país multi-cultural, é importante mostrar esta integração pacífica e de muita amizade.
As torcidas de brasileiros descendentes de polacos e ucranianos no Estádio do Triste E.C. de Curitiba |
Eles, porém, preferiram uma canção brasileira e fizeram a coreografia do "Eu quero tchu, eu quero tcha", música da dupla João Lucas e Marcelo e que se tornou famosa pelas comemorações do craque Neymar, atacante do Santos.
O organizador do evento e secretário do Consulado da Polônia, Paulo César Kochanny, de 51 anos, comentou sobre a "Eurocopa em Curitiba". - A realização deste evento partiu por parte do Consulado Geral da Polônia, como idealizador disto. Imediatamente, nós convidamos o pessoal do Consulado da Ucrânia, para poder juntar grupo folclórico, coral e times de descendentes de polacos e de ucranianos. O objetivo principal era justamente a confraternização e a comemoração pela abertura da Eurocopa. Aqui no Brasil e principalmente no Paraná, a imigração é extremamente forte. Além do encontro esportivo, é também para colocar em foco as duas culturas.
Ao final do amistoso, as duas equipes desfilaram com as bandeiras da Ucrânia e da Polônia |