quinta-feira, 5 de abril de 2012

As páscoas dos católicos eslavos


A Polônia é uma ilha da Igreja Católica Apostólica Romana na Europa Central. Rodeada por protestantes a Norte, Oeste, Sul e ortodoxos a Sudeste, Leste e Nordeste, a Polônia tem nas comemorações da Páscoa, o ponto alto de sua religiosidade.
Seus vizinhos, em sua maioria católicos ortodoxos comemoram a Páscoa de acordo com o calendário juliano. Assim, a páscoa dos ortodoxos acontece em média 13 dias após a dos católicos romanos.
Na Rússia, Ucrânia e Belarus, a maioria das pessoas é ortodoxa e uma minoria romana. Portanto, podemos dizer que comemoramos Páscoa duas vezes – com o calendário da Igreja Católica e da Igreja Ortodoxa. Às vezes os dias da Páscoa coincidem, então todos comemoram junto os feriado, embora de formas diferentes.

A Grande quaresma dos ortodoxos é mais longa e mais severa. É proibido comer carne dura quaresma inteira. Durante quaresma ortodoxa não comem, não só carne, mas também peixe e lacticínios. Para os católicos é permitido comer todos os alimentos, exceto a carne. A Igreja Católica é necessário fazer o jejum na Quarta Feira de Cinzas, Sexta Feira Santa e o Sábado Santo. Nestes dias não se pode comer carne e lacticínios. Nos outros dias de quaresma não pode se comer carne, mas os lacticínios e ovos são permitidos. Este “alívio” do jejum dos católicos entrou em vigor após o Concílio Vaticano II (1962-65 GG.).
Mas a quaresma não é apenas a abstinência de alimentos. É o remorso da tristeza. Negação de todos os prazeres. E é muito mais do que apenas não comer a vontade. Assim dizem qualquer sacerdote, sejam católicas ou ortodoxas.

A diferença nas datas.
No alvorecer do cristianismo, a Páscoa dos cristãos e a Páscoa dos judeus foram celebradas no mesmo dia. Mas a partir do século 2 dC, os cristãos começaram a comemorar o feriado em outro dia. A razão para isto foi que “os judeus rejeitaram Jesus como seu Salvador” (assim o bispo de Roma Sisto foi citado por historiadores). Por sua iniciativa, a data da Páscoa cristã foi adiada para outro dia, que não coincide com a Páscoa dos judeus. Mas dentro da igreja cristã houve desacordo quanto a uma data única.
A questão do dia da comemoração foi estabelecida no ano 325. Neste dia o Primeiro Concílio Ecumênico aconteceu. E foi decidido a celebração da Páscoa Cristã no primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre depois do equinócio vernal. No ano 325 o equinócio de primavera caiu no dia 21 de março do Calendário Juliano. Até ao final do século 16 o equinócio vernal tinha mudado há 10 dias para trás. Isso aconteceu devido ao fato de que o Calendário Juliano baseia-se na energia solar e sistema de referência lunar, por isso o ano de calendário fica mais comprido do que o ano astronômico em 11 minutos e 14 segundos. A Igreja Ortodoxa até hoje usa o Calendário Juliano.
A Igreja Católica em 1582 introduziu o Calendário Gregoriano, de acordo com qual a data da Páscoa pode ser calculada apenas sobre o calculo do sistema solar. E como resultado da reforma em ano 1582 o equinócio caiu novamente no dia 21 de março. A partir deste momento a data da Páscoa ortodoxa ficou diferente da católica.
Por que a Igreja Ortodoxa não se mudou também para o Calendário Gregoriano? De acordo com os cânones da Igreja Ortodoxa a Páscoa deve ser comemorada sem falhar após a Páscoa judaica. Porque o Senhor ressuscitou no primeiro domingo depois da Páscoa. E se nós seguimos o Calendário Gregoriano, a Páscoa cristã, por vezes, coincide com a Páscoa dos judeus, mas às vezes acontece antes. Por exemplo, das 1851 as 1951 a data da Páscoa católica caiu antes da judaica 15 vezes!
A Páscoa católica normalmente acontece em uma ou duas semanas antes da ortodoxa. Três vezes em 19 anos a Páscoa dos dois coincide.

Missa

O Fogo Pascal durante celebração ascendem nas Igrejas tanto Católicas quanto Ortodoxa. Na Grécia e em algumas cidades russas, as pessoas estão esperando pelo Fogo Sagrado da Igreja do Santo Sepulcro. Quando o fogo vem, os sacerdotes dispersam-na sobre todos os templos da cidade. Os fiéis acendem suas velas com este fogo, durante missa mantêm este fogo e depois levam para casa, tentando mante lo durante todo o ano até Páscoa seguinte.
Na Igreja Católica antes da missa acendem uma vela especial de Páscoa – Pascal. As suas chamas serão entregues a todos os paroquianos. Durante toda a semana da Páscoa nas igrejas católicas acendem os Pascais.
Procissão religiosa na Páscoa é feito tanta por católicos quanto por ortodoxos. Apenas a procissão ortodoxa começa antes da liturgia. Todos os fiéis se reúnem na igreja e de lá começam a procissão. Após a procissão acontece a Missa da Manhã. Os católicos também fazem a procissão. Mas não antes da missa, sempre após.
Ceia de Páscoa no dia da Páscoa começa com Pão Abençoado antes de qualquer outra comida. A quebra do jejum com ovos pintados, alimentos à base de carne e laticínios, começa após a festiva Divina Liturgia na véspera da Páscoa. Para aqueles que por alguma razão não puderem vir à igreja, o horário da quebra de jejum é após a meia noite. Na mesa de festa da Páscoa contém todos os itens necessários para a celebração – Pães Abençoados, Panetones e ovos pintados. Os ovos pintados são servidos num prato de volta os brotos verdes de trigo. Doze ovos pintados representam o número de apóstolos de Cristo, e no centro está um ovo sem pintura, dedicado a Cristo.
Após da liturgia e nos próximos dias os ortodoxos e católicos cumprimentam um a outro “Cristo Ressuscitou!” e a resposta é “Ressuscitou de Verdade!” Claro, isto não são todas as diferenças entre a Páscoa ortodoxa e católica. Você pode encontrar muito mais. Mas, então, seria necessário um estudo científico.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Museu histórico dos judeus polacos ficará pronto em 2013

Foto: Adam Stępień
O Museu da História dos Judeus Polacos deve ser inaugurado em 2013, mas no outono, e não primavera, como anunciado anteriormente. A data será determinada depois de verificar os calendários dos líderes mundiais que serão convidados para a abertura.
Foi o que informou o ministro da cultura Bogdan Zdrojewski, em entrevista ao jornal Gazeta Wyborcza nesta segunda-feira.
O Museu está sendo construído pela prefeitura de Varsóvia sob coordenação do ex-ministro da Cultura Waldemar Dąbrowski. Uma vez construído, o museu será tranferido para Ministério da Cultura, responsável por 50% do investimento. Para produzir e realizar as exposições (permanentes e transitórias), um fundo da Stowarzyszenie Żydowski Instytut Historyczny (associação judaica do instituto histórico) cobrirá as despesas e investimentos.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Rydzyk conclama polacos a defenderem sua TV

Fiéis ao padre protestam em Częstochowa - Foto: Piotr Ziental / AG


"Se o católico não defense a igreja, a cruz, a fé, a nossa santidade, ele incentiva os inimigos da Igreja. Da mesma forma, se eu sou polaco e eu não estou defendendo a pátria, ele trabalha com os inimigos da Polônia.", afirmou o polêmico padre redentorista Tadeusz Rydzyk nos microfones de sua rede de Rádio Maria.
O padre está tentando mobilizar um exército de estudantes para protestar contra a perda de concessão para sua TV Trwam.
"A Polônia está condenada, e isto está muito claro, a desaparecer. Você olha para a economia, a educação, na abordagem à cultura, etc, e vê que tudo isso está sendo destruído", completou o padre Rydzyk.

terça-feira, 27 de março de 2012

Presidente alemão visita Varsóvia

Foto: Associated Press
Varsóvia é a primeira capital europeia a receber a visita do novo presidente da República da Alemanha, Joachim Gauck. No encontro com seu colega polaco disse que o faz com um sentimento "desde o coração necessitado".
O presidente alemão sublinhou que a abertura e cordialidade que ele encontrou em Varsóvia "não é algo adquirido" e lembrou que "a história entre os dois países foi sempre muito instável."
Durante a visita, os presidentes discutiram o calendário de reuniões e uma visão para a cooperação conjunta.
O Presidente Bronisław Komorowski revelou que os dois mandatários se conheceram em um show de rock. O polaco fez a entrega de um poster lendário do Sindicato "Solidariedade", onde se vê o ator norte-americano Gary Cooper como o "cawboy". O poster ganhou as ruas da Polônia naquelas primeiras eleições presidenciais pós-comunismo de 4 de junho de 1989.


segunda-feira, 26 de março de 2012

A colônia Murici em azulejos


O artista plástico de São José dos Pinhais, Marcelo Weber Macedo, criou este Mural de azulejos com Grupo folclórico Wawel da Colônia Murici, daquele município da região metropolitana de Curitiba.
"Representei casas do Bosque do Papa, a Serra do Mar na visão magnífica que temos daquela colônia. Não poderia faltar a árvore-símbolo que dá o nome ao Município de São José dos Pinhais - o Pinheiro.", explica Weber Macedo.
O mural foi presenteado pelo Prefeito Ivan Rodrigues ao prefeito metropolitano da cidade polaca de Poznan, Jan Grabkowski, quando da visita da comitiva à São José dos Pinhais.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Secretário argentino ofende polacos

 Secretário de Comercio Guillermo Moreno 
Empresários do setor ervateiro da província de Misiones, na Argentina, foram pedir ao Secretário de Comércio para autorizar aumento no preço da erva-mate, já que a situação dos produtores daquela região no nordeste do país é crítica. Mas o funcionário negou o pedido com insultos e gritos.
Por sua vez, o Ministro da Agricultura, Norbert Yauhar começou a reunião criticando os bloqueios de estradas anunciadas em Misiones. “Ya lo hablamos mil veces, el precio no se toca; creí que les había quedado claro” ("Nós conversamos sobre isso mil vezes, o preço não é tocado, eu pensei que tinha ficado claro"). Com estas declarações a reunião entre produtores e as autoridades argentinas, realizada na semana passada com o secretário de Comércio Guillermo Moreno começou bastante acalorada.
Os comerciantes tentaram convencer o secretário a autorizar um aumento no preço de varejo devido às constantes pressões que sofrem por produtores de Misiones. Moreno recusou e começou uma série de xingamentos muito fortes. Isto depois que um proprietário de uma empresa conhecida tentou explicar a situação crítica do mercado pelo congelamento de preços.
“Estoy cansado de los polacos pelotudos del interior que vienen a Buenos Aires a hacer reclamos. El precio lo defino yo y al que no le gusta que se ponga en cuatro” ("Eu estou cansado dos polacos idiotas do interior que vem a Buenos Aires fazer reivindicações. O preço quem define sou eu e se alguém não gosta que se coloque de quatro ", foi a resposta conclusiva do Secretário de Comércio.
Em seguida, o ervateiro disse a Moreno, que há apoio explícito do governador de Misiones, Maurice Closs, para autorizar o aumento, de modo a garantir um aumento no preço do produtor de folha verde.
Ao que o secretário Moreno retrucou “Decile al gordo puto ese que el que define esto soy yo y nadie más” ("Diga a este gordo puto que quem define isso do que eu e mais ninguém").

Fonte: lapoliticaonline.com.

quarta-feira, 21 de março de 2012

Prefeito Metropolitano de Poznań visita o Paraná

Valdir Rossoni recebe o prefeito metropolitano de Poznań
O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni (PSDB), recepcionou a comitiva polaca, da região metropolitana da cidade de Poznań, que visitou a Casa nesta segunda-feira (19), durante a sessão plenária.
O prefeito metropolitano da capital da voivodia de Poznań, Jan Grabkowski, que lidera o grupo, estava acompanhado de assessores, empresários, além de representante da Universidade Tecnológica da Poznań, para tratar de assuntos comerciais com o Paraná. 
“As relações com outros países apenas engrandecem o nosso Estado e são sempre honrosas para o Poder Legislativo”, afirmou Rossoni.
Os deputados Francisco Bührer (PSDB) e Marla Tureck (PSD) foram designados para acompanhar os visitantes polacos no Poder Legislativo.

MEMBROS DA DELEGAÇÃO
Jan Grabkowski – Starosta (prefeito regional) de Poznań (metropolitina)
Piotr Burdajewicz – Presidente do Câmara Metropolitana de Poznań
Tomasz Skupio – Assistente do Starosta
Czesław Fiedler – empresário
Stefan Kaczmarek – empresário
Janusz Napierała – chanceler da Universidade Tecnologia de Poznań
Janusz Gdowski - empresário
A comitiva polaca recebida pelo cônsul geral da Polônia em Curitiba, Marek Makowski
A visita desta comitiva foi ideia do empresário polaco Janusz Gdowski e do Centro de Geminações São José dos Pinhais-Poznań. Já há alguns anos as cidades gêmeas têm desenvolvido um intercâmbio bastante profícuo nas áreas educacionais, culturais e econômicas. Resultado dessa parceria foi a viagem em agosto passado do Governador Beto Richa a Poznań, retribuindo visitas anteriores de delegações daquela voivodia (Estado) polaca ao Paraná.
Desde sábado em São José dos Pinhais, Grabkowski cumpriu extensa programação, o que incluiu visitas ao prefeito da cidade, ao parque fabril, Colônia Mergulhão (de imigrantes polacos). A comitiva visita ainda Foz de Iguaçu e Guaratuba antes de retornarem a Polônia.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Casamento falso de polaca dá cadeia


Casal é preso no dia do "casamento" após forjar cerimônia no Reino Unido. Polaca ganharia 2.500 libras para se casar com paquistanês.
Dupla acabou presa após autoridades britânicas receberem denúncia.  Helena Puchalska, de 20 anos, foi presa no dia de seu “casamento” depois que agentes da imigração receberam uma denúncia de que a união entre Helena e o paquistanês Asif Ali, de 31 anos, tinha sido armada para que Ali conseguisse visto de permanência no Reino Unido, segundo o jornal “Northampton Chronicle”.
Asif Ali e Helena Puchalska foram detidos durante a cerimônia em Northampton no dia 22 de dezembro. De acordo com a reportagem de terça-feira do jornal, Ali havia oferecido dinheiro para sua noiva, com o objetivo de não ser expulso do país.
O paquistanês tentou forjar o casamento depois que seu visto de estudante expirou. Ele ofereceu 2.500 libras a sua noiva de origem polonesa.
Acusados de tentar violar a lei de imigração do Reino Unido, Helena se declarou culpada, mas Ali, que chegou ao país europeu há quatro anos para estudar administração de empresas, alegou que estava apaixonado.

terça-feira, 13 de março de 2012

Futebol: Brasil X Japão em outubro em Wrocław


As seleções de futebol do Brasil e do Japão jogarão dia 16 de outubro no Estádio Municipal de Wrocław, na Polônia.
A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo prefeito da cidade Rafał Dutkiewicz. Segundo ele, uma carta de intenções já foi assinada para que o amistoso internacional aconteça. A cidade da Baixa Silésoa demostrada assim que projetos tão interessantes de futebol podem ser realizados sem a mediação da Federação Polaca de Futebol.
O que causa estranheza no comunicado é que a seleção canarinho, que nunca jogou na Polônia, vai jogar contra o Japão e não contra a seleção polaca.
Bem humorado o prefeito disse que este será o hit da temporada e que "eu vou estar torcendo para o Brasil". Acrescentou que deve ser finalizado em breve contrato particular, que irá incluir detalhes do projeto. Ainda segundo o prefeito de uma das cidades polacas mais industrializadas do país, representantes de Wrocław fizeram contato com a agência de marketing que possui os direitos dos amistosos da seleção brasileira e houve acordo nos termos do contrato para o jogo no Estádio Municipal da cidade.
Recentemente inaugurado para os jogos da Eurocopa 2012, o estádio tem capacidade para 42.771 espectadores, o gramado tem 68 X 105 metros.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Inflação cai - ou caem também as taxas?


Em 2012, a inflação chegará a 4,1 por cento na Polônia. Para 2013 deverá ocorrer um desaceleramento para 2,9 por cento. E deve chegar, em 2014, a 2,0 por cento. Pelo menos é o que diz a projeção do banco NBP (Banco Nacional Polaco) contido no "Relatório de Inflação" deste mês março, publicado nesta segunda-feira.
A projeção do NBP mostra também que em 2012 a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) vai chegar de 3,0 por cento. Em 2013 diminuirá para 2,3 por cento e em 2014 anos volta a crescer e deve atingir 3,2 por cento. A projeção de março foi feita sobre a base de dados divulgados em 24 de Janeiro este ano.

sexta-feira, 9 de março de 2012

Solista polaca no Guairão em Curitiba

A Orquestra Sinfônica do Paraná (OSP) abre sua temporada 2012 com a presença da violonista polaca Magdalena Filipczak (filiptchak), neste do­­­mingo, às 10h30, no Teatro Guaíra.  Filipczak, segundo o diretor e regente da OSP, Osvaldo Ferreira foi escolhida para solista deste concerto por estar em “ascensão meteórica”.

Magdalena Filipczak

A jovem pianista nasceu em 22 de novembro de 1985, em Łódź (uudji), na Polônia. Vencedora em 2008 IV Heino Eller International Violin Competition da Estônia. Magdalena se formou nas Escolas de Música de Malbork e de Gdańsk (ambas na Polônia).
Desde 2004, ela está residindo em Londres, onde prossegue seus estudos de violino (BMus ​​Primeira Classe com honras e MMUs e MMP com distinções) na Escola Guildhall de Música e Drama com o professor Krzysztof Smietana. Além de tocar o violino, Magdalena estudou canto clássico com John Evans na Guildhall School. Em 2010, ela se apresentou como concertina convidada da Orquestra de Câmara de Talin.
Magdalena é uma das instrumentistas do Artimus Ensemble(www.artimusensemble.eu) e Co-Fundadora e Co-diretora artística da Série de Concertos Devonia. Ela também é um dos artistas da Fundação Zetland. Em 2011, lhe foi oferecida residência artística no Arts Banff Centre, no Canadá, onde ela estreou o novo violino feito por Samuel Zygmuntowicz, em 2011, especialmente para o Centro de Banff.
Magdalena tem sido bem sucedida em inúmeras Competições Internacional de Violino (2011 Haverhill Soloist Competition - prêmio especial pela melhor performance de peças de compositores Britânicos; 2009, Prêmio Ivan Sutton da The City Music Society in London - Filipczak Piano Trio; 2009, Prêmio Max and Peggy Morgan, Londres; 2008 e 2006 Medalhas de Ouro do The International Marlow Music Festival Concerto Competition em High Wycombe; Primeira Colocada do Prêmio The 2007 International Ruislip-Northwood Concerto Competition de Londres; 2º. lugar no The National Competition for String Instrumentalists de Cracóvia 2006; 2º lugar no Prêmio The 2005 National Umińska Violin Competition de Poznań; primeira colocada no Prêmio The International “Allegro-Vivo” Music Festival Competition de Horn 2003, Austria).
Ela já trabalhou com músicos famosos, como Ole Akahoshi, Glenn Dicterow, Peter Frankl, Miriam Fried, Gary Hoffman, Jaszwili Marina, Midori, Kaplan Lewis, Quarteto Keller, Andrzej Konstanty Kulka, Wolfgang Marschner, Roczek Paul, Alexander Rudin, Quarteto Tokyo String, Krzysztof Wegrzyn, e Wanda Wiłkomirska.
Como música solista e de câmara, ela já se apresentou no Reino Unido (Barbican Hall, Wigmore Hall, St. Martin in the Fields, Grande Salão do Instituto Bishopsgate), na América do Sul, Canadá e os EUA, além de aparições em festivais como Festival Proms, Paxos Festival de Música de Câmara na Grécia, Festival de Música de Lidköping, na Suécia, no Festival Câmara de Talin, Estônia. Ela gravou para a BBC Radio 3 (Proms Festival), TV Canadense, TV polaca, austríaca e estôniano.

PROGRAMA:

Data 11 de março
- Concerto de Abertura de Temporada/2012 às 10.30h
Local: Auditório Bento Munhoz da Rocha Netto - Guairão
Regência: Osvaldo Ferreira
Benjamin Britten - concerto n° 1, opus 15.
Solista: Magdalena Filipczak - violino (Polônia)
Dmitri Shostakovitch - Sinfonia n° 10
Ingressos: R$ 10,00

quinta-feira, 8 de março de 2012

Holodomor: o holocausto ucraniano


Depoimento de Rosália Pavlychak, 87 anos, sobrevivente do Holodomor:

“Em 1931 o inverno foi muito forte. Não havia alimento para o gado. As pessoas soltaram os cavalos dos celeiros - deixaram ir, talvez encontrem algo em algum lugar. Os pobres animais beliscavam de noite as barragens de folhas e ervas daninhas que as pessoas colocavam ao redor das casas para segurar o calor. As pessoas diziam: agora é o gado que anda faminto, em um ou dois anos nós também ficaremos... E assim aconteceu. Quando já não havia forças para suportar a fome, nosso pai pegou um cavalo extenuado, matou-o, arrancou a pele - e tínhamos o que comer.

Das pessoas começaram recolher tudo o que elas ainda possuíam. Os "ativistas" entravam nas casas com longos raios de ferro e com eles percorriam todo o chão - para ver se havia algo guardado. Em nosso sótão estavam guardados saquinhos com sementes de feijão, papoula e linho. - foram levados. Eles colocavam em sacos, que eram colocados em carrinhos e transportados para fazendas coletivas. Lembro, à casa da Yuhyna Oliynyk entrou uma "komsomolka" [3] – trazia no peito uma flor vermelha artificial, na cabeça um lencinho. Mamãe disse: "Mulherzinha (sentido carinhoso), o que você procura -as crianças estão com fome..." As pessoas caíam de joelhos, para evitar problemas. Em resposta ouviam: "O diabo não vós levará!.

Começava a fome de 1932-1933. A colheita foi maravilhosa! Lembro, como hoje, eu com minha irmã fomos ao campo depois da colheita, recolher as espiguinhas. Veio, a galope, um guarda que brandiu o chicote gritando: "Molecas! Isto é - propriedade do governo! Mesmo que apodreça, vocês não têm o direito de levá-lo!" Eu e minha irmã jogamos fora os saquinhos e saímos correndo. Corremos quatro quilômetros até chegar a nossa casa, mamãe ficou assustada quando nos viu...

Nosso pai trabalhava na estrada de ferro. Com uma vassourinha improvisada, varria entre as rachaduras nos vagões de sementes, que permaneciam lá após as descargas. Colocava as sementinhas nos bolsos, e em casa os esvaziava sobre a mesa. Nós, pequenos, de grão em grão escolhíamos, mamãe lavava, secava e moía na pedra - depois comíamos. Certa vez pegaram papai com aquelas sementes nos bolsos, misturadas com sujeira, e o levaram para a milícia. Pesaram a "propriedade do governo" - e condenaram meu pai a um ano de trabalhos forçados. Cumpria a pena nos campos, na província de Kyiv. Lá inchou de fome e resolveu fugir. Conseguiu chegar em casa, mas vieram buscá-lo e lhe deram um ano de prisão.

Sem o pai em casa a adversidade tornou-se negra. A primavera chegou, e assim que conseguiu subir a partir do solo o espinafre e a azeda nós arrancávamos e comíamos cru e cozido. Escaldávamos a urtiga. E, quando floresceu a acácia branca, eu, na ausência da mãe colhi, piquei e fiz bolinhos. Comemos, e nossas barrigas doeram tanto que pensamos não agüentar. Mamãe nos salvou com decocto de absinto e chás de camomila e orégano...

Em 1932-1933 pão nós não comemos. Vivemos principalmente comendo mato e ervas medicinais. Muito raramente uma batatinha.

Muito nos ajudavam as frutas silvestres, cogumelos. Colhíamos bolotas (também chamadas lande ou glande É o fruto do carvalho, do sobreiro, etc.) assávamos no forno, macerávamos no pilão. Sabíamos: se os porcos podiam comê-los e nada lhes acontecia - significava, que a pessoa também podia...

O pior era no início da primavera, quando o salgueiro renascia - dentro de casa não havia mais nenhum suprimento.

Vovó morreu de fome em 1932. E o vovô, depois que os bolcheviques levaram tudo da nossa casa, foi mendigar. A barba quase pela cintura, saco por cima do ombro - andava pelas aldeias, pedindo esmola. Alguém dava um pedaço de bolo, alguém jogava uma batatinha e alguém uma torradinha. Trazia as esmolas para nós. Quando não podia mais andar, ficava deitado no alto do forno, inchado como um cepo, e (como se eu estivesse vendo-o agora) pedia, por trás da chaminé à minha mãe: "Filha, me dê pelo menos uma vez, algo para eu colocar na boca. Eu já não vou atormentá-la por muito tempo..." E nós, sentadas na frente olhávamos o que mamãe poderia levar ao avô, se nada tínhamos em casa. Ela apenas enxugava as lágrimas. Vovô passou mais uma noite ou duas e morreu.

Hoje, os comunistas dizem que a fome foi causada pela quebra da safra. Não é verdade! Eles destruíam as pessoas conscientemente. Eu sou testemunha ocular, eu não inventei nada. A desgraça era terrível. O governo bolchevique a ninguém ajudava, com nada. Pelo contrário...

Às vezes, você vinha andando - na rua jazia uma pessoa, estava nas últimas devido a fome. Os mortos eram recolhidos numa carroça, levavam ao cemitério. Nosso vizinho Kotsubytskyi levaram-no ainda vivo. Mamãe saiu na rua e gritou: "Aonde vocês o levam? - ele ainda respira!" E a ela respondem: Não faz mal - até chegarmos - morre!".

“No cemitério já estavam preparados grandes túmulos. Eram largos e fundos e recebiam 10-15 pessoas. Jogavam dois ou três cadáveres, um pouco de terra, e partiam em busca de outros. Às vezes acontecia que a terra sobre os cadáveres se movimentava. Ninguém fazia nada, nem os parentes porque não tinham forças para puxar os semimortos daquele buraco, e tinham medo. Se os bolcheviques aparecessem, dariam com um cabo na cabeça, jogariam no buraco e enterrariam.

E mesmo um pedaço de casca seca de pão eu acho delicioso.

Pela primeira vez comi até saciar minha fome no início de julho de 1933. Quando no campo começaram formar-se as espiguinhas, tornaram-se durinhas - eu com a irmã íamos atrás deles no campo da fazenda coletiva. Voltávamos para casa com um feixe deles e os assávamos no fogo. As sementes ficavam castanhas. É uma delícia! - melhor não podia haver! Comíamos as sementinhas, bebíamos água - e já estávamos almoçadas!

Atualmente eu gosto de tudo. Mas gosto mais comer o pão. Como qualquer tipo - não menosprezo nada. Às vezes, quando começa criar bolor, recorto e, agradecida, como. Cada vez que pego em minhas mãos o pão, eu me lembro que houve um tempo, em que eu não tinha nem uma só migalha na minha boca.”

P.S. com o depoimento da sra. Rozalia quero cumprimentar todas as mulheres que sofreram e sofrem os horrores da sociedade mundial

Foto de Buzuluk, Rússia

Cartão publicado em Bruxelas, para arrecadar fundos de um Comitê de Combate à fome.  O Sr. Nansen, norueguês, do Alto Comissariado para ajudar no Combate a Fome Soviética foi quem fez esta foto. A imagem descreve a fome russa de 1921, num canto do cemitério de Buzuluk, na Rússia, no inverno 1921-1922 ano. A mesma imagem tem sido usado para ilustrar o Holodomor de Kharkiv de 1933.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Repercutem discriminações contra Iarochinski

Continua repercutindo na coluna de Aroldo Murá, no Jornal Indústria & Comércio, de Curitiba, a nota sobre a discriminação que Ulisses Iarochinski, vem sofrendo com a publicação de seus dois livros "Saga dos Polacos" e "Polaco". O jornalista Miecislau Surek, editor do jornal bilíngue LUD, e ex-assessor de imprensa da Associação Comercial do Paraná, enviou o seguinte comentário e posicionamento sobre a polêmica:

Miecislau Surek
Caro professor Aroldo e amigo de longos tempos.

Essa polêmica sobre o termo polaco deveria ter sido ultrapassada e enterrada, pois já na década de 1970, especialistas e líderes da comunidade como Ruy Wachowicz, Francisco Dranka, Victor Gardolinski e tantos outros, provavelmente me incluindo como difusor das coisas e dos fatos étnicos da época, resolvemos nos autodenominar de polacos, para irritação de pessoas com pouca cultura que em outras situações, inclusive no setor político partidário, vivenciaram e sentiram discriminações e passaram a dizer que ser polaco era pejorativo.
Naqueles tempos, e olha que já se passaram mais de 40 anos, esse pequeno grupo de "discriminados", até convenceram o cônsul geral a mandar pedido oficial à Prefeitura e ao Governo do Estado para acabarem com a existência da famosa Banda Polaca, que saía da frente da sede da Sociedade União Juventus, ali na Carlos de Carvalho, e ganhava as ruas de Curitiba, com uma vibração carnavalesca que poderia salvar o fraquinho Carnaval curitibano. O Leminski se vangloriava de ser polaco, como tantos outros mais.
Essa "polícia de cultura limitada", não satisfeita com o fato de ter acabado com a Banda Polaca, continuou agindo e até em Araucária, na denominação do Portal Polônico na Avenida.das Araucárias, no bairro Thomaz Coelho.. Esse termo polônico foi criado pela nossa equipe do Jornal Lud e apoiado pelo professor e filólogo Mariano Kawka, que o incluiu nos seus dicionários. Pois não é que esse pessoal de curta visão moveu ação para que a PM de Araucária rebatizasse o Portal Polônico para Portal Polonês?!!!!!
Que o especialista Ulisses Iarochinski não fique chateado pela perseguição, a gente já se acostumou com isso, sendo descendente de poloneses, polônicos ou polacos. Que continue com sua atividade, pesquisando, difundindo e fazendo seu trabalho bastante interessante para a comunidade polônica brasileira. Pois polacos mesmo, da palavra Polak, na língua original, são poucos hoje no Brasil, um deles é o Tadeu do Pierogi, que imigrou no século passado ao Brasil, e o Marian Kurszac que, de vendedor de cds e discos, virou dirigente do que sobrou da famosa União Juventus, cujo patrimônio valioso foi repassado e vendido para cobrir dívidas feitas e não saldadas principalmente perante a previdência social e empresas credoras por gestões mal administradas...
Sou polaco, sim, com grande orgulho, embora alguns achem isso pejorativo. Pela que esses poucos agem na surdina para mostrar que possuem limitada cultura.
Qualquer coisa podemos sugerir que o Ulisses peça ajuda do ministro do STF, Ricardo Lewandowski, um dos maiores expoentes brasileiros e descendente de polacos. Penso que aí estaria a solução.
Abraços e esperamos nos encontrar. nem que seja no dia 29 deste mês, na rememoração dos nossos tempos de Diário do Paraná que, se ainda existisse, estaria completando 57 anos.

Miecislau Surek

terça-feira, 6 de março de 2012

Morreu Jan Maj

No último domingo, dia 04 de março faleceu, depois de uma longa luta contra um câncer JAN MAJ, de 76 anos de idade, ex Presidente da Confederação Polaca de Futebol.
Em sua gestão à frente da presidência o futebol polaco conseguiu os maiores êxitos da história como o 3º. lugar na Copa do MUNDO DA ALEMANHA, em 1974, ganhando aquela disputa de terceiro colocado da Seleção Brasileira por 1-0. Também esteve a frente da Polônia, medalha de prata nas Olimpíadas de Montreal 76, no Canadá.
JAN MAJ morou três anos em Curitiba, de 1978 a 1981, tendo sido Cônsul Geral da República da Polônia, para os três Estados do Sul do Brasil.

Jan era pai de Piotr Maj, que durante anos foi o adido da Polônia, no Escritório Econômico em São Paulo, da Embaixada da Polônia, no Brasil.


Missa em intenção de Jan Maj será celebrada na próxima sexta-feira, 9 de março, na Igreja św. Katarzyna na Służewo, próxima a nr. 17 da ulica (rua) Fosa, e logo após o enterro no Cemitério Służewskim Starym.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Catástrofe ferroviária, na Polônia, podia ter sido evitada

Foto: Michal Legierski/ AP
Na manchete e na foto principal do jornal Gazeta Wyborcza a dimensão da tragédia que se abateu sobre a Polônia no último sábado, quando dois três se chocaram na região da Silésia;
COLISÃO FRONTAL 
Como dois trens se encontravam no mesmo trilho? A resposta deve ser buscada 11 km antes do local da catástrofe.
Do lado direito o trem TLK "Brzechwa" que fazia o trajeto de Przemysl que havia saído ás 14:46 horas e com horário previsto de chegada em Varsóvia às 22:49 horas e no esquerdo o trem InterCiti "Jan Matejko" que fazia o trajeto Varsóvia para Cracóvia, na manhã de domingo.

Círculo vermelho - local da tragédia 
O acidente ocorreu às 21 horas (17 horas - horário de Brasília), no sábado dia 3 de março na localidade de Szczekocin, na região da Silésia Os dois trens tinham dez carros no total e transportavam cerca de 350 passageiros no momento do acidente. Mais de 60 pessoas ficaram feridas e o número de mortos chegou a 16 e a medida que os destroços forem removidos este número pode aumentar, enquanto 49 continuam hospitalizados . Cem passageiros não sofreram nada e mesmo assim foram encaminhados para Varsóvia. Outros 33 que não tiveram qualquer ferimento foram encaminhados de ônibus para Cracóvia, nesta cidade 11 pessoas feridas se encontram hospitalizadas.


sábado, 3 de março de 2012

Padre polaco teria desviado dinheiro de igreja no Rio Grande do Sul

Padre polonês é suspeito de usar R$ 400 mil em doações
de igreja do Rio Grande do Sul
Padre foi visitou a Europa, foi à Copa e a GPs de Fórmula 1.
Pároco voltou ao seu país de origem e será ouvido na Polônia pelo MP.

Do G1 RS, com informações da RBS TV

A Justiça do Rio Grande do Sul aceitou denúncia feita pelo Ministério Público contra um padre e um bispo por suspeita de desvio de R$ 400 mil arrecadados para reformar a paróquia Nossa Senhora do Monte Claro, em Áurea, no norte do estado. O valor foi acumulado entre 2008 e 2010, com doações, eventos e rifas.
De acordo com a investigação do MP em Erechim, o dinheiro sumiu da conta da igreja, junto com os livros-caixa. Segundo investigações da polícia, o principal suspeito é um padre polaco Robert Jacenty, que administrou a paróquia neste período. Na denúncia do Ministério Público (MP), ele é acusado de apropriação indébita e supressão de documentos. O pároco retornou ao seu país de origem e será ouvido pelo MP na Europa.
"Esse dinheiro simplesmente sumiu. Não foi dado nenhum esclarecimento, nenhum tipo de satisfação ao conselho econômico que fiscaliza as contas da paróquia", disse o promotor João Francisco Dill.
As suspeitas do envolvimento começaram devido ao comportamento atípico do padre. Durante o período em que administrou a igreja, o pároco visitou diversos países da Europa, foi para a Copa do Mundo da Alemanha, em 2010, esteve presente em vários Grandes Prêmios de Fórmula 1 e, além disso, se envolveu em um acidente com um carro que pertencia à paróquia e não quis dar explicações à comunidade, segundo o promotor.
"Ele era autoritário. Não aceitava dar explicações para ninguém. Mas a vida dele é o que menos interessa. O motivo da investigação é o sumiço do dinheiro. E se fez tudo isto com dinheiro da paróquia, vai ter que pagar", disse Dill.
O responsável pela Diocese de Erechim foi denunciado por falsidade ideológica. De acordo com o MP, o bispo enviou ofício para a polícia dizendo que não havia irregularidade nos registros contábeis da paróquia. "A nosso juízo a diocese tentou, de certa forma, maquiar a situação, uma vez que era do conhecimento a situação na paróquia de Áurea. E não foi dada nenhuma atenção. Pelo contrário", completou Dill.
Segundo o promotor Dill, o padre Robert Jacenty Domina, de 39 anos, é natural de Lublin e reside na Igreja Świętego Piotra e Pawła, na ulica (rua) Kolejowa, n. 27, na cidade de Ziebice.

Construtor português assassinado em Cracóvia

Pedro Fernandes (ao centro)
O corpo de Pedro Fernandes foi encontrado na segunda-feira num descampado nos arredores de Cracóvia, ao lado de uma Toyota Land Cruiser em chamas. A identificação do corpo exigiu autópsia.
Um cidadão polaco de 44 anos detido na terça-feira foi acusado ontem do assassinato do administrador da Mota-Engil Central Europe.
Segundo os agentes da investigação criminal, Mirosław F. atingiu Pedro Fernandes com cinco disparos de arma de fogo que o feriram na cabeça, provocando a sua morte.
A Procuradoria de Cracóvia não emitiu ainda um comunicado oficial sobre o incidente e não confirmou a identidade da vítima, mas a imprensa cracoviana informou tratar-se de Pedro Fernandes, vice-presidente da Mota-Engil.
O automóvel encontrado junto do corpo pertencia a Pedro Fernandes, cujo desaparecimento tinha sido comunicado à polícia pela mulher, depois de este não ter aparecido para trabalhar na terça-feira.
Interrogado na Procuradoria de Cracóvia na quarta-feira, o cidadão polaco não questionou o incidente, mas negou que a sua intenção fosse assassinar Pedro Fernandes. Explicou que marcou encontro com o português quando leu os SMS da correspondência entre a mulher com quem está casado e Pedro Fernandes, pois queria exigir que deixasse de se encontrar com ela.
O homicídio aconteceu na segunda-feira. Os dois homens combinaram encontrar-se num posto de gasolina de Cracóvia, de onde seguiram no automóvel de Pedro Fernandes. Quando o polaco exigiu que o administrador da construtora interrompesse os contatos com a mulher, o português terá dito que “se continuasse a ser perseguido, arranjava quem tomasse conta dele”, relatou ontem Bogusława Marcinkowska, da Procuradoria de Cracóvia.
Segundo o marido polaco, tudo se precipitou quando Pedro Fernandes tentou agredi-lo, o que teria provocado o primeiro disparo. Os disparos seguintes foram resultado do descontrolo emocional, explicou o acusado, que adiantou ter levado consigo a arma para defesa pessoal.
Quando percebeu que tinha morto o português, Mirosław F. decidiu levar o corpo para o descampado, onde o deixou, dentro do automóvel em chamas. Jogou a arma ao rio Vístula e, regressado a casa, relatou o sucedido à família, que informou a polícia.
Em 2012, faz 15 anos do primeiro contrato da Mota-Engil na Polônia. Há quatro anos a construtora decidiu restruturar a presença do Grupo na Europa Central, criando a Mota-Engil Central Europe, com toda a atividade centralizada na Polônia.

Iarochinski, vítima de discriminação étnica

O colunista do Jornal Indústria & Comércio de Curitiba, Aroldo Murá, publicou ontem, 2 de março, em sua coluna a nota abaixo:
Ulisses Iarochinski: Rejeitado por poloneses de Curitiba

Embora descendente de poloneses só por parte de pai, o jornalista paranaense Ulisses Iarochinski tornou-se um dos mais competentes especialistas em assuntos ligados à colônia polonesa no Brasil. Graduado em comunicação social pela UFPR, ficou vários anos na Polônia, onde se pós-graduou com notável desempenho nos estudos. Voltando ao Brasil, começou a publicar livros sobre o assunto que mais ama e mais profundamente conhece: a cultura polonesa e a integração dos poloneses no Brasil. Em vez de prestigiamento, entretanto, está sendo vítima de um verdadeiro preconceito e boicote que poderia ser denominado “etnolinguístico”, por culpa da palavra “polaco”. Parece incrível, mas Ulisses conta que já foi agredido (com dois murros no braço) em Erechim, Rio Grande do Sul, no lançamento do seu livro “Saga dos Polacos”.
NOVA “CAÇA ÀS BRUXAS”
Consta Ulisses que “um bravo engenheiro gaúcho bradava aos meus ouvidos enquanto literalmente me agredia: “Você é burro. Aqui no Rio Grande não tem polaco…só polonês”. Agora no lançamento do meu livro “Polaco – Identidade cultural do brasileiro descendente de imigrantes da Polônia”, a “Gazeta do Povo” recebeu várias cartas desairosas a meu respeito por ter publicado matéria sobre meu livro. A publicação é fruto de minha dissertação de mestrado na Universidade Iaguielônica de Cracóvia. Dissertação que obteve notas máximas no texto e da defesa numa banca composta por professores pós-doutorados.
“PERSONA NON GRATA” EM CURITIBA
Ulisses garante: “Os “poloneses” de Curitiba não estão comprando meu livro…. nem querem saber o histórico da transformação do adequado termo polaco em português para algo pejorativo no Brasil. Simplesmente me colocaram no index e alguns me consideram “persona non grata” em eventos da comunidade “polonesa” de Curitiba”.
Como comenta o jornalista Hélio Puglielli, ex-professor de Ulisses na UFPR: “toda a colônia, grata, deveria estar te prestigiando como você merece. É uma injustiça flagrante! Se você fosse um medíocre, estariam te incensando. Quem é inteligente e honesto paga um preço muito alto. Quem escreve baboseiras ganha prêmio. E assim caminha a humanidade”.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Domfelicianense na inauguração do Estádio Nacional da Polônia

Trecziak da Silva
E não é que para inveja de muitos e alegria de poucos, nossa amiga esteve presente na inauguração do Estádio Nacional da Polônia, nesta terça-feira, no jogo Polônia e Portugal? Estudante e moradora da capital polaca há uma década, a menina sapeca de Dom Feliciano - RS Caciana esteve prosa e feliz. Mas também quem não é feliz nascendo em Dom Feliciano?
E não é que foi intérprete do técnico português Paulo Bento e ainda ficou de conversa com o Bruno Alves... essa é a Caci!
Ah, sim! O jogo foi zero a zero... Vai ver que é por isso que a TV Globo não informou o resultado do jogo nem sobre a inauguração do estádio da abertura da Eurocopa 2012, no Jornal Nacional, no Jornal da Globo, no Bom dia Brasil, nem no Globo Esporte RPC (do meu amigo Paulo Rosas). Preferiu falar apenas  dos jogos da Alemanha, Argentina e pasmem...dos Estados Unidos.... Até parece que não falamos português.... porque a Globo falar de Portugal só se for tragédia.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Polônia inaugura hoje Estádio de Varsóvia

Foto: Adam Stępień 

Momentos antes do jogo de inauguração do Estádio Nacional da Polônia, os 55 mil torcedores que compraram os bilhetes se empurravam para entrar e assistir ao jogo entre Polônia X Portugal.
A cem dias da abertura da Eurocopa 2012, marcado para este estádio, nem tudo ficou pronto. Muito do entorno do estádio ainda tem obras atrasadas.
A Polônia do treinador Franciczek Smuda (aquele meio campista fabuloso da seleção polaca de 1974) vai a campo contra Cristiano Ronaldo com a seguinte formação:
Wojciech Szczęsny - Łukasz Piszczek, Marcin Wasilewski, Damien Perquis, Jakub Wawrzyniak - Jakub Błaszczykowski, Dariusz Dudka, Eugen Polanski, Ludovic Obraniak, Maciej Rybus - Ireneusz Jeleń.
Este time nos últimos três compromissos perdeu para a Itália de 2X1 e venceu a Hungria por 2x1 e a Bósnia por 1X0.
Portugal vai de Rui Patrício; João Pereira, Pepe, Bruno Alves e Fábio Coentrão; Miguel Veloso, João Moutinho e Raul Meireles; Nani, Hugo Almeida e Cristiano Ronaldo. Técnico Paulo Bento.

O jogo começa às 20:45 horas (horário local) e vai ser arbitrado pelo israelita Alon Yefet.
A cidade de Varsóvia amanheceu banhada pelo sol sem queda de neve. A temperatura ronda os 2 ou 3º centígrados.