terça-feira, 16 de outubro de 2012

Há 34 anos um polaco se tornava Papa


O papa que veio de longe, dizia ele próprio, Karol Józef Wojtyła, ao ser escolhido pelo concílio de cardeais, naquele dia 16 de outubro, às 18:18 horas, de 1978, na sacada do palácio do Vaticano.
O Papa mais conhecido da história (viajou a 129 países) quando menino, na pequena Wadowice (40 km de Cracóvia) Karol demonstrava interesse pelos esportes, geralmente jogando futebol na posição de goleiro. 
Durante a sua adolescência, ele travou contato com a grande comunidade judaica de Wadowice e os jogos de futebol eram disputados entre os times de judeus e católicos, com Wojtyła muitas vezes jogando ao lado dos judeus.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Este é o estádio polaco onde o Brasil joga amanhã



O Estádio Municipal de Wrocław (pronuncia-se vrótssuaf) onde a seleção de Mano Menezes enfrenta o Japão... com Oscar, Neymar e Kaká.
Tem capacidade para 44.901 torcedores e foi inaugurado em janeiro de 2011, para ser uma das sedes da Eurocopa 2012.

P.S. Atenção pessoal da TV Globo, se não conseguem pronunciar o nome da cidade, por favor não há chamem de Breslávia.... insistindo no erro o mais adequado seria Vratislávia... pois aí seria do polaco>Latim>português... e não erroneamente como vocês vem fazendo esses dias  de alemão>latim...

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Mazowiecki: expectativas são maiores do que Tusk pode dar


"O discurso do primeiro-ministro é muito importante, há muito esperado, eu diria, por demais esperado e por isso as expectativas são muito maiores do que o primeiro-ministro pode atender", disse, nesta quinta-feira, Tadeusz Mazowiecki, ex-primeiro-ministro, admitindo que a fraca atividade do atual primeiro-ministro Donald Tusk se deve a uma "compreensível fadiga." 
A afirmação de Mazowiecki, em parte, explica o que se pode esperar do pronunciamento de Tusk nesta sexta-feira, perante o Sejm (Câmara dos Deputados) em Varsóvia. 
"Cinco anos de governo não é uma tarefa fácil, aliás é muito difícil," completou Mazowiecki, ao responder aos jornalistas sobre as declarações de oposicionistas, taxando-as de suposições que vão além da realidade. 
Tusk por sua vez, adiantou que em seu discurso, no Parlamento, amanhã vai falar sobre as conquistas do governo, bem como os planos para 2013. 
Observou que não existe nenhuma disposição nas mudanças de curto prazo em seu gabinete.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Brasil hospedado em Wrocław

Os convocados de Mano Menezes para dois jogos amistosos na Europa, nos próximos dias chegaram a capital da Baixa Silésia, Wrocław. A estada de cinco dias está sendo, Platinum Hotel na ulica (rua) Powstańców Śląskich, nr. 204.

Antes, porém de atuarem no Estádio Municipal da cidade contra a seleção japonesa no dia 16, o Brasil vai até jogar contra o Iraque do Técnico brasileiro Zico na Suécia, no Estádio Swedbank, em Malmo, nesta quinta-feira, dia 11. 

"Nós já percebemos que na Polônia está muito frio", disse na chegada ao aeroporto de Wrocław, David Luiz

Dirigentes da seleção do Japão, informaram que o grupo chega na cidade apenas, no sábado, dia 13. 
Os ingressos estão sendo vendidos a 69, 89 ou 149 zł, dependendo do setor. Pacotes VIP foram colocados à venda com o preço de 850 zł. 
No setor brasileiro ainda é possível encontrar a partir de 199 zł e no setor japonês a 249 zł. Os bilhetes podem ser comprados na Internet no kupbilet.pl.

P.S. só para constar: a cidade da Breslávia que o pessoal está escrevendo e falando no Brasil é WROCŁAW e pronuncia-se vrótssuaf, viu meu povo! e não o nome em latim Breslavia,  por que aí teria que explicar o que é Bres...hehehe

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Davies: PiS é uma seita política



"O PiS (Partido Direito e Justiça) não é uma oposição normal e sim uma seita política, que tem um guru, uma missão e certamente um santo. É um movimento subversivo que busca não melhorar a Terceira República, mas destruí-la". 

Palavras do historiador inglês Norman Davies sobre o partido de oposição polaca, comandado pelo gêmeo vivo dos Kaczyński.

Davies escreveu entre outros livros:
 "A história da Europa, "God's Playground"(História da Polônia),
"White Eagle, Red Star: The Polish-Soviet War, 1919-20",
"Poland, Past and Present",
"Heart of Europe. A Short History of Poland",
"Jews in Eastern Poland and the USSR, 1939–46",
"Auschwitz and the Second World War in Poland", e
"Rising '44. The Battle for Warsaw".

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

O desemprego divide a Polônia em duas


Szydłowiec é a única cidade na Polônia, onde a taxa de desemprego é superior a 30 por cento. O trabalho é está mais fácil de ser encontrado nas áreas metropolitanas das maiores cidades da Polônia. 
O mercado de trabalho em Poznań parece estar melhor que nas demais cidades polacas. No final de agosto a taxa de desemprego ali foi de apenas 3,8 por cento. Quase dez vezes menor que a taxa de desemprego na pequena Szydłowiec na região da Mazóvia, que acusou 35,9 por cento.
O médio distrito de Szydłowiec, no primeiro semestre deste ano, apresentou que o maior grupo de desempregados era formado por pessoas com boa educação profissional, mas suas especializações são inúteis no mercado local de trabalho, onde só existem empregos para agricultor e sapateiro industrial. 
Isto significa que a falta emprego sim para pessoas de alto nível de escolaridade na cidade, mas não que o mercado de trabalho na cidade tenha desaparecido. As grandes cidades da Polônia continuam atraindo investidores e desenvolvendo cada vez mais os negócio. 
Embora Poznań, Varsóvia, Sopot, Katowice, Cracóvia onde a taxa de desemprego é menor que 5 por cento, a parte mais oriental do país, aquela que faz fronteira com Bielorrúsia e Ucrânia o cenário é pior. 
Rzeszów está com um índice de desemprego de 8 por cento. Em Lublin, capital de Voivodia (correspondente a Estado) o desemprego é maior ainda com 9,6 por cento. Em Białystok sobe para 12,7 por cento. Em Łomża, não muito distante da fronteira com a Bielorrússia ele chega a 16 por cento.
Índices parecidos ocorrem em Łódź, Szczecin, e Elbląg. O que se percebe é uma divisão econômica entre a Polônia do Oeste, mais próxima da União Europeia e a do Leste, mais próxima das antigas Repúblicas Socialistas Soviéticas, algo muito parecido quando a reunificação das Alemanhas Ocidental e Oriental. Varsóvia deve governar para as duas partes e não somente para o Ocidente.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Cartazes polacos no Paço


No Paço da Liberdade, a Exposição Cartazes Polacos, já pode ser visitada. A exposição faz parte do acervo do Consulado Geral da Polônia em Curitiba. 
 entrada é franca. 
O Paço da Liberdade, na Praça Generoso Marques, em Curitiba fica aberto nos seguintes horários: Domingo: das 11 às 17h 
Segunda a Sexta: das 10 às 21h 
Sábados: das 10 às 18h

domingo, 23 de setembro de 2012

Termos da gramática polaca

Os termos mais usados na gramática polaca e seus equivalentes em português e latim (entre parenteses a pronúncia do polaco):

1. Vocalis - vogais - samogłoska (samoguósca)
2. Consoantis - consoante - spółgłoska (spuuguosca)
3. Singularis - singular - liczba pojedyncza (litchba poiédiêntcha)
4. Pluralis - Plural - liczba mnoga (litchba mnóga)

5. Masculinum - gênero masculino - rodzaj męski (rodzai mensqui)
6. Femininum - gênero feminino - rodzaj żeński (rodzai jenhsqui)
7. Neutrum - gênero neutro - rodzaj nijaki (rodzai niiaqui)

8. Verbum - verbo - czasownik (tchassovniq)
9. Infinitivus - infinitivo - bezokolicznik (bezocolitchniq)
10. Substantivum - substantivo - rzeczownik (jetchovniq)
11. Adiectivum - adjetivo - przymiotnik (pjêmiótniq)
12. Adverbium - advérbio - przysłówek (pjêssuuvéq)
13. Pronomen - pronome - zaimek (zaiméq)
14. Praepositio - preposição - przyimek (pjêiméq)
15. Numerale - numeral - liczebnik (litchbniq)

16. Casus - caso - przypadek (pjêpádéq)
17. Nominativus - nominativo - mianownik (mianóvniq)
18. Genetivus - genetivo - dopełniacz (dopéuniatch)
19. Dativus - dativo - celownik (tsselovniq)
20. Accusativus - acusativo - biernik (biérniq)
21. Instrumentalis - instrumental - narzędnik (najendniq)
22. Locativus - locativo - miejscownik (mieistssovniq)
23. Vocativus - vocativo - wołacz (vouatch)

24. Perfectum - perfeito (pretérito) - czas przeszły (tchas pjéschuê)
25. Praesens - presente - czas teraźniejszy (tchas terajnieichê)
26. Futurum - futuro - czas przyszły (tchas pjêchuê)

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Filme sobre o pedagogo do gueto



O filme conta os últimos dias da vida do lendário pedagogo polaco Janusz Korczak e a sua heróica dedicação para proteger órfãos judeus durante a guerra.

Korczak, é um homem de princípios elevados. Ele não tem medo de gritar com oficiais nazistas e freqüentemente tem que ser convencido a salvar sua própria vida. Seu orfanato, criado em uma escola no acanhado gueto de Varsóvia, fornece abrigo para 200 crianças.

Coloca os seus métodos educativos experimentais em prática, instalando uma espécie de auto-governo das crianças, cuja justiça fazia um grande contraste com o que acontecia no mundo exterior. Bem na frente da escola, dezenas de crianças estão morrendo ou sendo mortas todos os dias e os seus corpos nus se encontram abandonados na rua.

O prefeito do gueto garante que os orfãos de Korczak serão salvos. No final ele se recusa a aceitar um passaporte suíço e embarca no trem para Treblinka com seus órfãos.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Lançada revista "Exorcista", na Polônia


Padres da Igreja Católica lançaram na Polônia o primeiro guia mensal sobre como praticar o exorcismo, na chamada primeira revista do mundo dedicada exclusivamente à caça ao demônio. 
O primeiro número da "Egzorcysta", de 62 páginas, foi publicado pela editora Polwen, com tiragem de 15 mil exemplares ao preço de 10 zloty ($ 5,7 reais), e traz artigos como "Satanás é uma realidade"
"O aumento do número de exorcistas na Polônia, que passou de quatro para mais de 120 em apenas 15 anos, diz tudo", disse o padre Aleksander Posacki (pronuncia-se: possatzqui), professor de filosofia, teologia, "demonólogo" e exorcista, na entrevista coletiva concedida nesta segunda-feira (10), em Varsóvia, para lançar a revista. 
"Isto se deve indiretamente à mudança do sistema, o capitalismo cria mais oportunidades para negócios no campo do ocultismo. Prever o futuro se tornou, inclusive, uma categoria de trabalho para o fisco". "Se as pessoas podem ganhar dinheiro com isto, é lógico que vão fazê-lo e o dano espiritual também aumentará", destacou o padre Posacki, acrescentando que o exorcismo é absolutamente gratuito. 
O padre lembrou que "os demônios são expulsos por meio de um protocolo de orações rituais aprovado em 1999 pelo Papa João Paulo II".

*notícia publicada no jornal O Globo

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Duppa volta a atacar em Araucária


Dia 15 de Setembro (sábado), 20 horas, acontece mais uma edição do maior espetáculo da terra, da terra de Araukówia!!!! Na Cantina da Lídia. 
“No Empório com Isidório”!!! 
Um novo Show a cada edição, Isidório além de aprontar as suas, recebe convidados que são um show! Totalmente participativo, onde até você pode dar uma palhinha, opinar sobre a programação do dia, pedir o microfone e mandar ver! 
Nesta edição receberemos Rosa e Estacho a dupla sensação do Botiauva , e Terezinha Polaca de Contenda, sucesso da internet.
Além de dar boas risadas, você se delicia com o cardápio da casa, carinhosamente inspirado na cozinha polaca, de fazer inveja aos melhores Chef’s da Kraków. 
Adquira já o seu ingresso, diretamente na Cantina ou Pelos Fones: 3642-2769, 9915-0163, 9995-7306, Venha se divertir com a gente e valorizar o artista local, afinal, eles são a essência da nossa terra.

Quadro de Nossa Senhora roubado em Gniezno

Foto: Piotr Skórnicki 

A imagem de Nossa Senhora foi roubada da Catedral de Gniezno, nesta terça-feira, ao redor do meio dia. 
A Polícia ainda não tem pistas, mas de todo modo, o quadro é uma cópia do original pintado pelo artista italiano Giovanni Battista Salvi da Sassoferto (1609-1685), por isso não é possível estimar o valor. 
A catedral de Gniezno (primeira capital do Reino da Polônia) guarda os restos mortais do príncipe Mieszko I (fundador do reino em 966 d.C.) e de seu filho Bolesław I, primeiro rei coroado da Polônia (1025).
Também nessa catedral estão as reliquias de São Adalberto (SW. Wojciech).

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Embaixadas promovem Concurso Korczak

Janusz Korczak ao centro


A Embaixada de Israel e a Embaixada da República da Polônia têm o prazer de convidar os estudantes do Ensino Básico e Fundamental para participar do concurso de arte sobre a vida e obra do grande homem, herói do povo polaco e judeu, médico, pedagogo, ativista social, escritor, jornalista e defensor dos direitos da criança: JANUSZ KORCZAK. 
O objetivo do concurso é selecionar uma representação artística (desenho ou pintura) sobre a vida e a obra de Janusz Korczak, um dos pioneiros na defesa dos direitos das crianças e dos adolescentes.
O desenho selecionado pelos Embaixadores de Israel e da Polônia será impresso no selo comemorativo a ser lançado durante a abertura da Exposição “REFORMADOR DO MUNDO”, em Brasília, no mês de outubro e, posteriormente, utilizado para postagem de correspondências por várias instituições judaicas. 

REGRAS DO CONCURSO
 • O concurso é aberto para crianças do Ensino Básico e Fundamental;
• Para participar do concurso, basta enviar o desenho ou pintura para a Embaixada de Israel em Brasília (endereço abaixo) até o dia 31 de agosto de 2012, sexta-feira, digitalizado (por e-mail) e o original pelos Correios;
• Endereço para envio do desenho (original): Embaixada de Israel – SES Av. das Nações Qd. 809 Lote 38 – CEP: 70424-900 – Brasília/DF – Brasil
• Endereço Eletrônico para envio do desenho (versão digitalizada): imprensa.israel@gmail.com
• Os desenhos devem ser identificados com o nome completo, data de nascimento, série que está cursando, nome da escola que frequenta, endereço completo, telefone e e-mail para contato. É fundamental o envio de um comprovante escolar (carta da escola, cópia da carteira de estudante, etc.);
• As escolas podem enviar os desenhos de seus alunos em um único envelope e através do e-mail institucional da escola (no caso de escolas que estejam envolvidas no projeto – direção e coordenadoria);
• Não serão aceitos trabalhos em grupo;
• Os desenhos devem ser feitos em folha Formato A4 (210mmx297mm) – na vertical ou na horizontal.
• Os desenhos originais devem ser enviados com uma carta de autorização dos pais ou responsável, autorizando a criança a participar do concurso e o uso da imagem enviada pelas Embaixadas de Israel e da Polônia, caso o desenho seja selecionado.

Para mais informações e esclarecimentos, entre em contato através do e-mail imprensa.israel@gmail.com ou por telefone (61) 2105-0505.


REALIZAÇÃO: Embaixada de Israel no Brasil & Embaixada da República da Polônia no Brasil

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

143 anos da imigração polaca em Santa Catarina

Neste dia 25 de agosto, sábado, fazem exatos 143 anos que chegaram a Brusque a primeira leva de imigrantes polacos do Brasil.
Junto a essas 16 famílias vieram se juntar outras 16, que em 1871 se transladaram a Curitiba e vieram a ser instaladas no atual bairro do Pilarzinho. 
Eram originários de Stare Siołkowice, na Voivodia (Estado) da Silésia, próximo a cidade de Opole, no distrito de  Popielów, município de Biedaszki, na Polônia ocupada pelo reino da Prússia. 
Eram estes, os chefes de cada uma das famílias: Franciszek Polak, Mikolaj Wós, B. Polak, Tomasz Szymanski, Szymon Purkot, Filip Purkot, Michal Prudlo, Szymon Otto, Dominiki Stempke, Kacper Gbur, Balcer Gbur, Walentin Weber, Antoni Kania, Franciszek Kania, Andrzej Pampuch e Stefan Kachel.


Stare Siołkowice


Nas comemorações desta data, acontece no Clube Paysandu,  com início as 19 horas a VI Noite Polaca  - Noc Kultury Polskiej - com apresentações folclóricas e muita gastronomia típica polaca.
Os ingressos custam R$ 15,00 (Entrada e janta) e podem ser adquiridos pelos fones: (047) 9138-2929 ou (o47) 3396-7593.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O pão da padaria de Cracóvia

Hoje ocorreu algo que merece ser contado...
Isto, para ver a atenção dos polacos com as pessoas...
Enquanto morei, em Cracóvia, por quase 10 anos... acostumei-me a comprar um pão muito gostoso: o węgierski (traduzindo: húngaro e pronuncia-se: venguiérsqui)...
Ele é um paozão cheio de sementes, pimentões vermelhos bem picadinhos, queijo picado por cima... uma delícia!


Sempre comprei na padaria "Piekarnia Pochopień" (piecárnia porrópienh) na ulica (rua) Krupnicza (ulitssa crupnitcha), 12. É uma rua lateral ao Teatr Bagatela, que vai dar no Auditorium Maximum da Uniwersytet Jagielloński.



Nestes últimos 10 anos, a atendente é a mesma. Não sei o nome dela. Pois como sempre teve fila, eu apenas dizia: "Prosze Pani, jeden Węgierski." Ela me entregava o pão, eu pagava e só.



Hoje, depois de 3 anos fora da Polônia, entrei na padaria... Tinha fila e... imaginem: a mesma atendente.
Quando chegou a minha vez... Antes que eu repetisse a frase de sempre.... Ela disse: "Węgierski dla Pana!"...
Não resisti, tive que perguntar: "Como a senhora sabe que eu quero este pão se faz 3 anos que não venho aqui?... "Voltei a morar no Brasil?".
E ela: "Sei apenas... Que o senhor só compra o Węgierski. Não é verdade?"



sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Ela estaria fazendo 75 anos de vida

Eunice Pereira Iarochinski (meses atrás)

Mãe! Você deve estar sabendo quanta falta me fazes, não?

Não tem sido fácil entender o significado de viver... sem você.

Tua coragem, tua disposição para a luta,
tua serenidade para compreender a todos,
teu carinho e simpatia com os desconhecidos,
o teu amor para os conhecidos,
teu sorriso que era maior que todas as dores que sentias...

Neste 18 de agosto não tem festa, nunca mais haverá festa neste dia de agosto.

Mãe...
É verdade que tenho procurado transparecer a angustia, o desalento...
Viu? Não é?
Estou aqui buscando respostas para minha origem, sabendo que ela na verdade tem apenas um nome, o teu...
dona Eunice, minha mãe eterna!

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Voltando a terra do meu avô polaco

Detalhe da janela da casa de troncos em Wojcieszków - Polônia
Sai de Cracóvia às 7:11 da manhã... Vim por estradas alternativas, queria ver de novo a terra polaca por dentro, ou fora... das cidades importantes... Passei por centenas de lugarejos... Quando cheguei a Sandomierz, na margem esquerda do rio Vístula, estava chovendo. 
 Mas nada que me impedisse de andar pela cidadezinha mais linda da Polônia. Coloquei-me na estrada depois de uma hora... Cheguei a capital do Leste: Lublin... Estive filmando por mais de três horas no Skansen - Museu Étnico da Cidade... Uma maravilha. É um parque muito parecido com o Bosque do Papa de Curitiba, mas muito maior e com diferentes tipos de casas. 
Mas meu destino ainda estava a quilômetros de distância. Mais uma vez evitei a auto-estrada para Bialystok e enveredei pelas matas.. Melhor dizendo, pelos lugarejos que são a origem de muitos curitibanos, paranaenses, catarinenses e gaúchos. Daqui de Kock, Lubartów, Serokomla, Firlej, Kamionka, Samoklęski, Starościn, Krasienin, Hordziez, Bronisławów e Wojcieszków sairam muitos polacos e polacas... com uma sacola de roupa, entre 1907 e 1914. 
Wojcieszków fica entre Łuków e Kock
Entre estes milhares de emigrantes da região Lubelska (de Lublin) estavam meu bisavô Piotr Jarosiński, minha bisavó Anna Ognik Filip, meu avô Bolesław, tio-avô Józef e tias-avós Wiktoria e Maria. Finalmente cheguei... ainda deu tempo de caminhar pelas poucas ruas da cidade, fazer as primeiras fotos. 
Neste casa - hoje Centro de Cultura - meu bisavô Piotr fez seu passaporte russo em 1906
Esta é a igreja onde meus bisavós se casaram em 1900 e onde foram batizados seus filhos...
Escrevo estas linhas com muita emoção....desde o quarto do pequeno hotel da cidade...o único! 
Da janela, posso ver os campos em que certamente minha bisavó corria feliz...sem saber que um dia cruzaria os mares e acabaria por morrer aos 96 anos em Castro, no Paraná.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Deu na Gazeta do Povo de hoje


Para se aprofundar















Esses dois livros estão indiretamente relacionados ao Holocausto. Eles não contam relatos de sobreviventes ou a política dos nazistas, mas nos ajudam a entender qual era o cenário da Polônia durante a Segunda Guerra Mundial. Afinal, esse país foi o principal alvo do nazismo: ali começou a guerra, por causa da disputa entre soviéticos e alemães pela cidade de Gdanski (antigamente Danzig). 
Foi também na Polônia onde se instalaram os principais campos de extermínio (porque alemães não queriam toda essa matança no país deles) e também por ser ali, na Polônia, onde existia uma grande concentração de judeus que haviam migrado da Espanha. 
Para entender um pouco mais desse cenário, o jornalista Ulisses Iarochinski publicou duas obras: “Saga dos Polacos” e “Polaco”, depois de cursar o mestrado e doutorado em Cracóvia.
Os livros: “Saga dos Polacos” e “Polaco”
Páginas: 150 e 200 respectivamente
Preços sugeridos: R$ 20 e R$ 40 respectivamente
Autor: Ulisses Iarochinski
À venda: pelo telefone (41) 3336-4275 ou na Livraria do Chaim.


domingo, 12 de agosto de 2012

A economia polaca ainda vai bem


Nicholas Kulish
Para compreender como a Polônia ultrapassou outros países para se tornar um raio de esperança num continente consumido pela melancolia, é bom visitar esta cidade, que ficava às margens de uma estrada sulcada e esburacada entre Berlim e Varsóvia.
Agora, a autoestrada lisinha, concluída em junho, ainda é tão nova que muitas paradas para descanso e abastecer o carro ainda não têm as entradas de acesso.
Situada entre as duas capitais, Poznan, que ao longo dos séculos trocou de mãos diversas vezes entre Alemanha e Polônia, é a principal beneficiária das relações melhoradas entre os países. A fronteira aberta facilitou o comércio, e as regras da União Europeia incentivaram o investimento, cumprindo o compromisso de afiliação antes de o bloco ser tomado pela crise da dívida soberana.
Um arco-íris de brilhantes ônibus novos à espera de testes rodoviários na sede da Solaris Bus and Coach, em Bolechowo, nos arredores da cidade, explica o sucesso das exportações. Ônibus brancos e rosa choque seguirão para Monchengladbach, na Alemanha, os brancos e azuis para Vasteras, na Suécia, e os amarelos para Aarhus, na Dinamarca.
Corporações estrangeiras, como Volkswagen, Bridgestone e GlaxoSmith-Kline, têm operações dentro ou nos arredores de Poznan, cidade com mais de meio milhão de habitantes. Segundo dados do governo polaco, em maio de 2010, Poznan estava empatada com Varsóvia com a mais baixa taxa de desemprego do país, na casa dos 4%.
Ainda assim, Poznan também exemplifica as ameaças apresentadas à história de sucesso da Polônia, sem falar nas economias mais enfraquecidas da Europa. O tipo de infraestrutura monetária da União Europeia que ajudou a construir a autoestrada está sendo desativado. Cofres estatais vazios nos países afetados, em conjunto com a ênfase na austeridade em vez de estímulos à economia, ameaçam comprometer o crescimento polaco.
– Em 2008, 2009, não sentimos a crise financeira – disse Malgorzata Olszewska, diretora de vendas e marketing da Solaris. Após um ano recorde para a empresa em 2011, com receita superior a US$ 450 milhões, as vendas se reduziram, enquanto Grécia, Espanha e Portugal praticamente pararam de fazer compras, e a Itália se tornou muito mais cautelosa.– Os três primeiros são mercados que desapareceram completamente. Não estamos exatamente pessimistas, mas mais cuidadosos – declarou Olszewska.
Os polacos têm bom motivo para esperar que possam nadar novamente contra a maré. A economia do país foi a única que não encolheu em 2009, ano em que a crise financeira foi mais profunda. Embora longe dos 6,8% conquistados em 2007, o crescimento deve atingir 2,7% este ano, o maior do bloco, depois de aumentar 15,8% entre 2008 e 2011.
Depois da recém-terminada Eurocopa, organizada em conjunto pela Polônia e Ucrânia, muitos polacos começaram a avaliar o progresso da nação e um bom humor incomum tomou conta do país. – Foi uma prova de como nós mudamos – disse Bazyli Glowacki, 36 anos, em frente ao shopping center de luxo Stary Browar, batizado com o nome da antiga cervejaria do local. – As lojas são mais bacanas. As pessoas se vestem melhor. Há peças melhores em cartaz.
Outro morador de Poznan, Stanislaw Skrzypczak, citou uma velha expressão polonesa relacionada ao sucesso inesperado para descrever as melhorias recentes: "A Polônia agarrou Deus pelas pernas".
Não se trata de um golpe de sorte, no entanto, mas do resultado de decisões lógicas tomadas em Varsóvia. André Sapir, pesquisador sênior e economista da Bruegel, organização política de Bruxelas especializada na integração europeia, avaliou que o sucesso polaco era resultado de boa gestão monetária e da política fiscal, mantendo dívida reduzida e flexibilidade da taxa de câmbio.
Conforme Sapir, a Polônia exerceu uma forte supervisão financeira, impedindo o tipo de explosão do empréstimo ao consumidor em moedas estrangeiras que saiu do controle na Hungria.
O grande mercado doméstico, uma das vantagens polacas, não pôde ser reproduzido pelos vizinhos do país. Com quase 40 milhões de habitantes (mais do que República Checa, Eslováquia e Hungria juntos), as empresas polonesas dependem menos das exportações do que outros países europeus.
– Gosto de comprar de empresas polonesas porque o dinheiro fica aqui – declarou Tomasz Niespodziany, 22 anos.
Ele e a namorada procuravam alianças numa filial da rede de joalherias polacas Apart, que projeta e produz suas peças dentro e nos arredores de Poznan e as vende em 180 lojas de toda a nação.
A partir de 1997, a cidade comprou bondes usados alemães das décadas de 50 e 60, apelidados de Helmut por causa do corpulento ex-chanceler Helmut Kohl. Hoje em dia, dividem as ruas com os bondes de última geração da Solaris.
– Esse é um dos nossos – disse Olszewska, empolgada, ao apontar um bonde verde e amarelo da linha 16, deslizando em frente ao belo prédio de pedra que abriga a filarmônica local.
Empresa familiar, a Solaris exemplifica os laços históricos e comerciais entre Alemanha e Polônia. Os pais de Olszewska deixaram a Polônia depois que a lei marcial foi declarada em 1981, estabelecendo-se em Berlim Ocidental. Eles voltaram e fundaram a Solaris, que emprega 2,2 mil pessoas no país e outras 200 no Exterior.
NEW YORK TIMES