quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Bomba deixa embaixador ferido

Foto: Ceerwan Aziz / Reuters
Duas ou três bombas explodiram no trajeto do comboio do embaixador polaco em Bagdá. O ataque deixou ferido o embaixador da Polônia, Edward Pietrzyk (edvard pietjik) e matou um segurança. O embaixador saia de sua residência, às 9:00 horas da manhã de ontem, quarta-feira (03/10) quando se deu o ataque. No momento das explosões, Pietrzyk, conseguiu deixar o veículo, porém o segurança acabou atingido pelas labaredas que tomaram conta. Imediatamente acudiram soldados Norte-americanos que estavam na área, mas já não havia mais nada a fazer. Um helicóptero da empresa Blackwater levou o embaixador para o hospital, além de outros três seguranças feridos. O segurança de 29 anos, identificado como Bartosz Orzechowski acabou morrendo antes dos primeiros-socorros. No início da noite, o embaixador que foi ferido na cabeça e cerca de 20% do corpo, foi liberado pelos médicos e através da base Norte-americana, embarcou imediatamente para Varsóvia. Também morreram no ataque dois iranianos, um passageiro e o motorista de um táxi. Outros iraquianos também ficaram feridos.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

O polêmico Bartoszewski

Políticos de vários partidos se dividiram esta semana à respeito das declarações do professor Władysław Bartoszewski (vuadissuaf bartochevisqui) ex-ministro de relações exteriores da Polônia e ex-prisioneiro de Auschwitz feitas, no sábado passado, na convenção do partido PO – Platforma Obywateslka (platforma obivatelsca – plataforma da cidadania), em Cracóvia. Alguns concordaram e outros partiram para a retaliação de forma grosseira. Para estes, a gestão de Bartoszewski como ministro das relações exteriores foi um desastre e, portanto, ele não teria moral para fazer este tipo de declaração. Para os defensores, por outro lado, o ex-prisioneiro de Auschwitz é uma das últimas reservas morais da nação. O ex-ministro afirmou que existem pessoas que “querem ver morrer no país a liberdade e a estabilidade”. Para ele “o governo da Polônia é administrado por pessoas sem competência, e que o funcionamento dos partidos também é de incompetência diplomática”. Bartoszewski declarou que a Polônia precisa de governo, e não de desgoverno. “São necessárias pessoas de respeito, respeitadas por outras pessoas e não gente com ódio cada vez mais crescente”. Por fim, o ex-prisioneiro dos alemão-nazistas apelou para que os políticos de seu país não frustrem a crença na Política. Bartoszewski foi ministro das relações exteriores por duas vezes. A primeira, em 1995, e a segunda entre 2000 e 2001. Entre 1997 e 2001, ele foi Senador da República.

Kwaśniewski é o preferido

Foto: Jacek Turczyk
Com vistas às próximas eleições parlamentares antecipadas, a televisão polaca promoveu, nesta segunda-feira, um debate entre o primeiro ministro Jarosław Kaczyński (iarossuaf catchinhsqui) e o ex-presidente da República Aleksander Kwaśniewski (aleqssander qvachnievsqui). Segundo a empresa de pesquisa TNS OBOP, o ex-presidente foi melhor no debate.
Para 40% dos telespectadores, Aleksander Kwaśniewski foi o que mais convenceu com seus argumentos. Para 28%, Kaczyński foi o mais convincente. Para o jornal "Dziennik", que encomendou a pesquisa, Kwaśniewski agradou mais ao público jovem, entre 18 e 29 anos (44%) e às pessoas com diploma superior (44%). O Premier teve maiores simpatizantes entre as pessoas de 30 a 39 anos e acima dos 60. A sondagem foi realizada por telefone e ouviu 800 pessoas adultas.
Os percentuais evidenciam que as pessoas, que já eram adultas durante o Comunismo preferem a política conservadora dos gêmeos Kaczyński, enquanto aqueles que nasceram no final e início do Capitalismo, preferem as idéias mais à esquerda de Kwaśniewski.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Padroeira da Polônia

Quadro original na padroeira da Polônia, Obraz Matki Boskiej Częstochowskiej (quadro de Nossa Senhora de Częstochowa - tchenstorrova), nos Montes Claros, na Polônia.

Tusk vai buscar votos na Irlanda


O líder do PO (Platforma Obywatelski - Plataforma da Cidadania) Donald Tusk viajou a Irlanda para conseguir os votos dos mais de 250 mil polacos que trabalham naquela Ilha. Tusk, afirmou em Dublin que seu partido vencerá as próximas eleições parlamentares de 22 de outubro e que está pronto para formar um coalizão com o atual primeiro ministro Jarosław Kaczyński (iarossuaf catchinhsqui), e com o ex-presidente Aleksandr Kwaśniewski (aleksandr kvachnievsqui). Tusk que está trabalhando muito neste sentido e a chance de ganhar é real. As últimas pesquisas dão vitória ao partido de oposição PO, mas estas também davam vitória ao partido nas últimas eleições presidenciais, mas abertas as urnas, Tusk havia derrotado pelo gêmeo Lech Kaczyński (lerrrhh catchinhsqui). (foto: Adam Hawałej)

Britânicos tiram crianças de casal polaco

A polícia britânica tirou de seus pais criança de 3 meses de seus pais polacos. Anna e Bartek Giruć, no ano passado, sairam de Gdańsk, para morarem em Cardiff. Acompanhava-os a filha de 4 anos, Natalia. Anna estava grávida de 7 meses. Bartek começou a trabalhar num bar. Ana ficou em casa cuidando da pequena. Depois, quando as crianças estivessem mais crescidas, Anna planejava arrumar também um emprego. No último dia 22 de agosto, nasceu o filho Alan. Anna teve problemas no parto. "Mas o menino nasceu saudável como um peixe", afirmou o pai Bartek, ao matutito "Fakt". A felicidade contagiava a pequena família. Uma manhã, o pequeno Alan acordou chorando, alguma coisa doia muito. Os pais imediatamente o levaram ao hospital, pois a criança não parava de gritar de dor. O diagnóstico médico apontou: derrame. Dois dias depois, o bebê começou perder a visão. Dia e noite os pais permaneceram no hospital, não dormiam e as coisas só pioravam. Anna diz que o médico olhava para ela desconfiado e ela não entendia o motivo. Após alguns dias voltaram para casa, pois a criança não reagia favoravelmente. Mas o médico, a polícia e o serviço social inglês tinham outros planos. Planejaram retirar a cirança da guarda dos pais. Comunicaram a família que assim o fariam. Disseram que cuidariam da criança, enquanto ela estivesse doente. Natalia e Alan foram encaminhadas a uma família inglesa, onde ninguém naquela casa nunca falou polaco na vida. Segundo a polícia, os pais verdadeiros spo poderiam ver os filhos duas horas por dia. Os país inconformados, procuraram ajuda, escreveram ao juizado, ao consulado polaco. Por mais de um mês, batalharam pelos filhos, até que o juíz de Cardiff concordou que as crianças podiam ficar com a avó, que havia chegado da Polônia, para apoiar a filha na recuperação dos filhos. Apesar da decisão, os pais da criança estariam impedidos de morar com os filhos. Não podem se ausentar de Cardiff, pois seus passaportes foram retidos. Assim, enquanto todo este estranho processo não tenha fim, ninguém da família pode sair da Inglaterra.

domingo, 30 de setembro de 2007

Casa de madeira é polaca

Casa de madeira típica de imigrante polaco no Sul do Brasil. Este tipo de habitação é mais uma contribuição à cultura brasileira. A casa de tábua, na vertical, é muito comum na região Leste da Polônia até hoje. Os mais antigos imigrantes polacos no Brasil são originários da Silésia (região Sudoeste) e da antiga Galicia (Sudeste da Polônia) onde é comum a casa de toras de madeira encaixadas e posicionadas no sentido horizontal. Mas no Leste, as casas são de parede dupla de madeira com as tábuas e os sarrafos colocados na vertical. Como também as ripas das cercas são o complemento deste tipo de habitação e originárias do Leste polaco. Foi este tipo de construção polaca que aliada a abundância de madeira (Pinheiro, perobás e outras) mudaram o panorama do Sul do Brasil. E a forma de comprovar esta influência é constatar que a tradição italiana e alemã é de casas de pedra e as moradias portuguesas de casas de taipa (bambus recobertos com barro) ou apenas tijolos. Português só usava madeira para fazer paiol, ou estrabaria, nunca casas de moradia. A casa na foto é moradia do artista curitibano "polskiego pochodzenia" Isidorio Duppa.

sábado, 29 de setembro de 2007

Doda na Playboy Polska

A cantora Doda - Dorota Rabczewski é a capa da Revista Playboy - edição Polônia, do mês de outubro. Fotografada por Marlena Bielińska, profissional polaca que já teve fotos publicadas na Vouge e Playboy de outros países. Segundo a Editora Marquard Media Polska, este número da revista terá 10 mil exemplares a mais. O último recorde ocorreu no mês de junho quando foram vendidos 55. 527 exemplares. Esta é a segunda vez que a cantora sensação de 23 anos ocupa a capa da Playboy polaca. E quem escolheu sua volta foram os próprios leitores, após uma promoção da editora onde se perguntava quem deveria estrelar a edição de outubro. A resposta foi "a loira Heroina polaca da cena musical, inquestionável estrela por sua beleza, talento e mulher sex sem concorrentes. Doda nasceu em 5 de fevereiro e tem as seguintes medidas 90 - 63 - 88. Olhos cor de "cerveja", 1,69 m, 50 kg, veste 36 e sapatos 38. A carreira de cantora começou aos 13 anos. Atuou durante 4 como atriz no teatro de Varsóvia. Depois de ter cancelado vários espetáculos neste mês de setembro, devido a uma forte que a deixou afônica, Doda, volta a se apresentar no Sudeste polaco, neste domingo, às 21 horas, em Rzeszów (jéchóf).

Rynek e cidade velha de Cracóvia: sétima maravilha da Polônia


A cidade Velha e o Rynek Główny (rinék guuvni – Mercado Central) de Cracóvia ficaram em sétimo lugar entre as 7 maravilhas da Polônia, eleitos pelos internautas do jornal "Rzeczpospolita". A cidade velha de Cracóvia é a principal atração turística da Polônia, apesar da colocação no concurso. Em 2006, a cidade se tornou o terceiro destino turístico do continente, sendo suplantada apenas por Roma e Paris, com quase 10 milhões de visitantes, apenas nos meses de julho e agosto.
As origens da cidade remontam a idade da pedra, pelo menos. Mas foi apenas em 1038, que a cidade se tornou a capital do reino polaco. Status que manteve até 1596, quando o rei Segismundo III Vasa , filho da familia real Vasa da Suécia mudou a capital para Varsóvia (para ficar mais próxima da mãe, em Estocolmo). Mesmo assim, a cidade manteve sua posição de panteão nacional. Com exceção dos fundadores do reino Mieszko I (miechko) e Bolesław I (bolessuaf) e do último rei August Ponianowski, todos os demais reis, nobres, santos e heróis nacionais estão nas tumbas da Catedral de Cracóvia. A cidade permaneceu 127 sob domínio do Império Habsburgo de Áustria, sendo restituída a Polônia, apenas em 1918.
O Rynek foi assim denominado em 1257, quando da obtenção do status de cidade por Cracóvia, durante o período de administração do príncipe Bolesław V. A praça tinha o propósito de ser o local concentração dos moradores e de venda de produtos da cidade. Com 40.000 m², o Rynek é a maior praça central da Europa e está rodeada por antigos edifícios e palacetes construídos há vários séculos. No centro, está localizada a Sukienice (suquienitsse - mercados de tecidos), local utilizado atualmente em sua parte inferior por lojas de artesanato e souvenirs e em sua parte superior pelo Museu Nacional. Além disto, também estão localizadas no interior da praça a Capela de São Adalberto e o Ratusz (torre e antiga prefeitura e prisão da cidade). Num de seus cantos está localizada a igreja mais famosa da cidade, a Mariacka (mariatssca), ou Igreja de Santa Maria. Na qual esta o altar mais representativo do barroco polaco, esculpido todo em madeira. Famosos e tradicionais são alguns bares e restaurantes da cidade como a Piwnica pod Baranami (pivnitssa pod baranami) onde muitos ídolos da música popular polaca deram seus primeiros passos em direção ao sucesso, ou o restaurante "Wierzynek" (viejinek), e o clube de estudantes "Pod Jaszczurami". O restaurante Wierzynek existe desde o século 14. A lenda diz que, em 1364, o rei Casimiro – o Grande convidou monarcas de toda a Europa para se reunirem em Cracóvia. Com tantas visitas importantes, o rei pediu ao rico comerciante Mikołaj Wierzynek, que preparasse um festivo banquete. Wierzynek se esmerou e em seu palacete na Praça do Mercado foi além do esperado. Comida e bebida de excelente qualidade e ao final como despedida do banquete ofereceu presentes de muito valor aos comensais. Desde então, o Restaurante dos Reis tem sido palco de visitas importantes, que vão desde a rainha Elizabeth II ao presidente George W. Bush. Além dos palácios que foram moradia na idade média como Margrabska, Pod Krzysztofory, Zbaraskich, Szara, Hetmańska Montelupich, a cidade velha conta com edificios, que com o passar dos séculos foram abrigando lojas e escritórios reais, ou casas de câmbio como o Szara, pertencente então a um grupo de judeus. Por sua vez, o Montelupich abrigou o correio central. O monumento ao poeta Adam Mickiewicz foi levantado, em 1898, e logo transformado em ponto de encontro da população. A cidade velha e todo o entorno da praça central está dentro do Planty, o parque que circunda a antiga cidade murada. Esta área arborizada era o fosso medieval de proteção da cidade fortificada. Mas no século 19 os invasores austríacos derrubaram as muralhas, portões e guaritas de atalaia e secaram o fosso. Nesta área construiram o parque que existe até os dias de hoje. Da mesma forma, o austríacos obrigaram todos a transferirem os túmulos dos cemitérios existentes ao lado das igrejas para uma área afastada da cidade. Criando assim, o segundo maior cemitério da Polônia, o Rakowicki. Também neste período, os asutríacos derrubaram o manicômio existente na Ulica Szpitala (ulitssa chpitalna – rua hospital) e construíram em seu lugar o Teatro Juliusz Słowacki (iuliuch suovatssqui). Neste espaço, entre esta área verdde do mapa, encontra-se não só a cidade velha, mas o coração da nação polaca, pois muitos dos edifícios mais significativos da história da Polônia aqui estão, como o Castelo Real e a Catedral de Wawel, a Universidade Jagielloński, os teatros, as igrejas de Santo André, São Pedro e São Paulo, São Francisco de Assis, Dominicanos, São Casimiro, Santa Ana, São Tomás, e muitas outras. Em parte herança do comunismo, em parte da própria história secular da cidade, a maioria dos edifícios circundados pelo bosque são propriedades da prefeitura, da cúria metropolitana e da universidade. Todo este conjunto passou a fazer parte do Patrimônio Histórico Mundial em 1978, pela UNESCO. E do ponto de vista de atração turística, este conjunto é o maior, mais bonito e mais conservado da Europa Central, suplantando em muito Praga, em que pese todo marketing da cidade investido pelos Tchecos, como pagar para as produtoras de Hollywood gravar suas cenas ali.

Veja tenta desconstruir o mito

Foto: Antonio Nunes Jimenes/AFP

A revista Veja (será que ainda é digna de ser chamada de revista?) traz nesta semana uma matéria em "comemoração" à morte de Che Guevara, ocorrido em 8 de outubro de 1967, na floresta boliviana. Como não poderia deixar de ser, o antijornalismo domina todos os parágrafos. O texto, como um todo, assinado por Diogo Schelp e Duda Teixeira, tenta destruir um mito, o qual eles próprios não ainda conseguiram entender. Mesmo porque, a imparcialidade que uma revista semanal deveria ter, é jogada fora ao optar apenas por entrevistas e fontes que fizeram da desconstrução do mito Che, o motivo de suas vida. Praticamente todas as fontes moram em Miami, (paraíso dos fugitivos da Ilha) são ou foram ligados à CIA. Ou seja, credibilidade nenhuma para serem fontes "unilaterais" do texto. Não há um contraditório na matéria, não há citação, ou depoimento de uma única voz em defesa de Guevara e seu mito. Está mais do que evidente, a intenção da revista em achincalhar com a esquerda e seus mitos. São frases, expressões, pessoas, que trazem embutidos um ódio e inverdades impressionantes. "Ler é preciso, viver não é preciso" (parodiando Pessoa), mas infelizmente estes dois "jornalistas" - fora a liberdade de expressão, que agora a Direita também goza (antes ela impedia isso com a censura) - foram infelizes. Eles tergiversam a verdade, pecam por falta de imparcialidade e tentam conscientes (ou seria inconsciente?) mudar a interpretação histórica dos fatos, demonstrando não cultuarem a honestidade e ética jornalística tão necessárias num mundo de mentes plural. Já na capa a deliberada intenção de usar o ícone para vender o exemplar para àqueles que são criticados no próprio, como sendo jovens ignorantes e manipulados pela esquerda. O uso da foto de Alberto Korda, na capa, tem o sentido evidente de atrair cultuadores, apesar da frase: a farsa do herói. Há de se perguntar, mas que é herói pra Veja e seus dois jornalistas: Pinochet? Franco? Mussolini? Mengele? Evidentemente, que num sistema democrático, o contraditório deve existir e é bem vindo. Concordar com este texto está no direito de todos os fascistas, mas discordar dele também está no direito de todos os demais. E não há nisto posicionamento nem na Esquerda e muito menos na Direita. Pois sempre existe a terceira via; o uno é tríplice e eu nasci no dia 3. Portanto longe da dialética marxista e do céu e inferno dos protestantes e do bem e do mal dos católicos e outras religiões monoteístas, não vou desejar "boa" leitura, mas sim uma leitura atenta e reflexiva. Atente-se para algumas frases com a deliberada intenção de denegrir e nunca de informar:
- era apenas "el chancho", o porco, porque não gostava de banho e "tinha cheiro de rim fervido".
- foi um ser desprezível.
- Che tem seu lugar assegurado na mesma lata de lixo onde a história.
- Politicamente dogmático, aferrado com unhas e dentes à rigidez do marxismo-leninismo em sua vertente mais totalitária, passa por livre-pensador.
- regime policialesco de Fidel Castro.
- os exilados cubanos são vozes de maior credibilidade.
- um comandante imprudente, irascível,
- A frente de comportamento mais desastroso foi a de Che,
- A maioria era apenas gente incômoda.
- Seus bens agora me pertenciam".
- se tornou um assassino cruel e maníaco.
- em uma família de esquerdistas ricos na Argentina.
- o argentino "desprezava os técnicos e tratava a nós, os jovens cubanos, com prepotência".
- Daí em diante o argentino tornou-se uma figura patética.
- Como guerrilheiro, foi eficiente apenas em matar por causas sem futuro.
- Boa-pinta, saía ótimo nas fotografias.
- mas a pinta de galã lhe garantia um aspecto juvenil.
- sua roupa imunda.
- determinação exacerbada e narcisista de conseguir tudo aqui e agora.- o supremo comandante, aparece cada dia mais roto, macilento, caduco, enquanto se desmancha lentamente dentro de um ridículo agasalho esportivo.

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Pontagrossense em Cracóvia

Ex-bailarino do grupo Folclórico polaco Wisła (vissúa - vístula), de Curitiba, Edilson Ribeiro de Lima, veio pra Polônia há muito anos para estudar. "Para Ponta Grossa, só volto para visitar meus familiares. Descobri que a Polônia é o meu lugar", afirma. Concluídos os estudos e louco por Cracóvia, acabou ficando. Hoje é cidadão polaco e um dos mais conceituados professores de dança e preparação corporal de artistas do teatro da Polônia. Neste sábado, junto com bailarinos Robert Jażdżewski (robert iajidjievsqui) e Jolanta Gruzera (iolanta), promovem um dia inteiro de dança brasileira e ritmos latinos, no aniversário da Szkoły Tańca "Styl" (chcóui tanhtssa stil - escola de dança estilo) na Ulica Wybickiego 3a (ulitssa vibitssquiego - rua do Wybicki). No final, às 20.00, Edilson Lima junto com Robert faz um show especial para os participantes do curso de dança.

Piwo em Araucária

A Quarta Festa da Cerveja Polaca, de Araucária, no Paraná, com muito pierogi, bigos, broas, bolos e tortas é neste dia 6 de outubro. A Fest Piwo (fest pivo - festa da cerveja) é um esforço do grupo folclórico Wesoły Dom (vessóui dom - alegre casa) de uma das mais polacas cidades brasileiras. Em Araucária, na colônia Thomas Coelho, os imigrantes polacos, apresentaram ao Brasil, no século 19, pela primeira vez um carroção puxado por 2 parelhas de cavalo. Até então, os brasileiros só conheciam o carro de boi, uma tradição portuguesa. O feito acabou causando a "guerra da erva-mate". Enquanto os cablocos brasileiros transportavam duas cangas de erva-mate no lombo de burros por dia, de Araucária até Curitiba, onde estavam as fábricas de chá e chimarrão Mate Leão e Mate Real, os imigrantes polacos com a leveza e rapidez transportavam a erva 14 vezes por dia em seus carroções eslavos. Sim, a Polônia ensinou o Brasil a fazer o transporte com carroções e abandonar o pesado e lento carro de boi!
P.S. O endereço da Festa é Chacará do Soczek, av. Archelau de Almeida Torres, 2182, Jardim Iguaçu, Araucária, Paraná.

Sul do Brasil tem nova Cônsul

No lançamento da "Banda Polaca - Humor do Imigrante no Brasil Meridional", de Dante Mendonça, a simpática e bela presença de Dorota Joanna Barys, a nova Cônsul Geral da Polônia, para o Sul do Brasil. Foto de Roberson Nunes.

O governador Roberto Requião recebeu esta semana no Palácio das Araucárias a nova cônsul da Polônia, em Curitiba, Dorota Joanna Barys. A reunião foi uma apresentação da cônsul, que chegou há poucos dias no Brasil para servir de elo entre os polacos e descendentes dos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No encontro, também esteva presente o secretário da Indústria e Comércio e Assuntos do Mercosul, Virgílio Moreira Filho. Segundo Barys, a Polônia quer intensificar as relações comerciais e culturais com o Paraná. “O nosso objetivo é realizar mais encontros em breve para que possamos discutir a possibilidade de firmar novos acordos de cooperação. O governador, por sua vez, mostrou-se muito interessado em novas parcerias”, afirmou. Dorota Barys aproveitou para convidar o governador Roberto Requião a uma viagem a Polônia.



P.S. Mensagem de Dante Mendonça - Caro Ulisses: o lançamento do livro aqui, em Curitiba, foi um sucesso. Melhor dizendo, um relativo sucesso, não fosse a frente fria e a chuva que fez o nosso leitorado trocar o cachecol e o sobretudo pela pantufa e pijama. Ainda não fizemos a contabilidade de quantos livros venderam. Importante relatar que apareceram polacos, poucos, de cada colônia, mas o que muito me honrou foi a presença da Cônsul Geral da Polônia, Dorota Joanna Barys. Muito bonita, jovem, descontraída e muito bem humorada, Dorota foi uma das primeiras a adquirir um exemplar e encantou a todos.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Morena polaca bonita

Edyta Herbuś (edita rerbuchi), para os amigos Edzia, dançarina, modelo e atriz. Nasceu em Kielce (quieltsse), onde estudou teatro, cinema e dança. É apresentadora do programa W rytmie MTV. Ganhou os títulos de vice-miss na edição do Miss Hawaian Tropic 2004, em Las Vegas, quando recebeu também o prêmio de Miss Talentos. Começou a cantar a pouco e dentro em breve estréia nas telas fazendo o papel de um prostituta.

Maryla: voz para todos os cantos

Maria Antonina nasceu em 1945 em Zielona Góra (jielona gura). Formou-se em Física, mas foi na música que se tornou famosa. O primeiro contato com a canção se deu em 1962, quando foi eliminada no primeiro Festival de Jovens Talentos de Szczecin (chtchetchin). Em 1967, finalmente venceu um concurso musical no sexto concurso geral de cantores estudantes. Nos anos 70, Maryla Rodowicz (marila rodovitch) tornou-se a mais importante e popular representante da musica pop polaca. Em 1974, cantou na cerimônia de abertura da Copa do Mundo da Alemanha, em Munique, a música "Futbol, futbol, futbol". Como cantora já gravou mais de 600 músicas e mais de 20 discos, não só em polaco mas também em inglês, Tcheco, alemão e Russo. Neste vídeo, apresentação realizada este ano na cidade de Opole, ela faz uma homenagem aos ciganos polacos... em um dos versos ela diz: "dias verdadeiros, dia de cigano não existe..."

Múmias de Cracóvia

Foto: Ulisses Iarochinski

A Igreja de São Casimiro (Kościół Święta Kazimierz – cochtchiuu chvienta Cajimiéje) em Cracóvia na Ulica (ulitssa - rua) Reformacka (reformátsca) nr 4, em Cracóvia, foi construída entre 1666 e 1672. Compõe-se de uma área monástica e uma igreja - santuário. Pertence à Ordem dos Irmãos Menores, conhecidos como Franciscanos Reformados. Em seus subterrâneos existe algo que não se encontra nos manuais turísticos e muito pouco na bibliografia. Mesmo porque, o turista que batesse na porta da igreja com certeza não teria passagem para as catacumbas. Apenas em um único dia do ano é possível fazer esta visita. No dia 2 de novembro, Dia dos Mortos, ainda assim por apenas 15 minutos e para pouco privilegiados. Não é segredo, mas é uma forma de conservar o que restou depois da pilhagem nazista na II Guerra Mundial. A Igreja de São Casimiro de Cracóvia guarda corpos de mais de trezentos anos. Nestas catacumbas, desde o ano de 1672 foram depositados quase 1000 corpos de pessoas mortas, entre fiéis e monges da congregação. Muitas destas pessoas eram nobres europeus da Suécia, Rússia, Alemanha, França e Polônia que pagavam altas somas em dinheiro. Elas acreditavam no juízo final e queriam ter os mesmos corpos quando retornassem. Os corpos dos mortos são mantidos ali em perfeitas condições sem nunca terem sido mumificados, tal como as famosas múmias egípcias. As múmias de Cracóvia não possuem bandagens ou qualquer outro artifício. Estão com as mesmas roupas que vestiam quando morreram. Algumas portavam inclusive jóias que acabaram pilhadas pelos nazistas durante a II Guerra Mundial. Entre estas, o cetro e as brasão em ouro do bispo de Cracóvia foram levados pelos soldados de Hitler. Na parede próxima ao corpo estão apenas desenhos destes objetos em ouro e pedras preciosas. Os nazistas levaram também a maioria das múmias embora. Provavelmente para experiências do Dr. Mengele. Os nazistas foram responsáveis também pela deterioração que passou a tomar conta dos corpos. Este estado incomum dos corpos sempre despertou a curiosidade de estudiosos e muitos pesquisadores já procuraram esclarecer o estado dos corpos. A maioria defende a tese de que se deve a existência de um micro clima. Estas condições ideais seriam responsáveis pela conservação dos corpos. Atualmente, nos porões, encontram-se mais de 70 caixões funerários. Alguns estão cobertos com tampas de vidro desde o verão de 1970. Outros estão depositados no chão sem nenhuma cobertura de proteção. Alguns já apresentam deterioração no rosto e partes do corpo. Por isso, a maioria é mantida fechada dentro dos caixões. Mas é possível ver e tocar alguns deles. Os quatro corpos de monges que se encontram estendidos no chão da cripta mais ao fundo são provavelmente os primeiros a terem sido depositados ali. Estão do mesmo modo em que foram colocados há centenas de anos. Estão vestidos com seus hábitos monásticos. Acima das cabeças estão pedras com símbolos de suas vidas monásticas. Os monges mortos são anônimos e não se conhece a identidade deles. Alguns corpos possuem nomes como é o caso de Sebastian Wolicki (sebastian volitssqui), um estudante da Universidade de Cracóvia, que abandonou a vida de milionário que desfrutava nas cortes do rei Jan Kazimierz (ian cajimieje) para abraçar a vida monástica, tal como São Francisco de Assis. Esta decisão foi tomada durante um período de convalescença. Sebastian devotou o resto de seus 32 anos à vida monástica, tendo morrido em 1732, com 88 anos de idade. Sob sua cabeça foi encontrada uma carta descrevendo sua vida, como morreu e o respeito que todos deveriam devotar a ele depois de sua morte. Tudo indica que sua vestimenta tenha sido trocada várias vezes. Os pedaços de sua roupa original foram recortados e distribuídos a fiéis como relíquias. Em 1890, seu corpo foi transferido para uma cripta separada. Pois era grande o número de pessoas que vinham visitar o local. Nesta “nova” cripta estão pedaços de papel com descrições das graças recebidas por intersecção de Sebastian Wolicki. Também está depositado na catacumba o corpo do magnata cracoviano Ignacy Zielinski (ignaci jielinsqui), morto em 1787. Numa outra cripta está a múmia de uma menina morta aos 12 anos de idade. Seu corpo foi encontrado dentro de um caixão coberto de areia. Pertencia à família Modrewicz. Ela está vestida com restos de uma roupa branca de que pertenciam a uma mulher adulta. O branco das vestes significa que ela morreu durante o dia. Outros corpos que podem ser vistos e tocados estão claramente identificados e eram de Urszula Morszkowska (Úrchula Morchcóvisca) que morreu em 1787, Mikołaj Gostkowski (Micouai Gostcóvisqui - Nicolau) outro magnata morto em 1827, Domicela Skałska (Domitchéla scausca) morta em 1864 e Michał Szembek (Mirral Chembék) filho de Franciszek Szembek (Frantchichék - Francisco) principal fundador da igreja que foi oficial encarregado das sepulturas nos subterrâneos da cidade e bispo do tesouro real de Cracóvia. Os Franciscanos alertam que o local é de respeito e de oração e não um ponto turístico da cidade. O local não é um museu e tampouco um cemitério, apenas um local de guarda eterna. Isso explica porque não há qualquer informação turística e os vendedores da livrarias da cidade não saberem informar onde fica e o que são as múmias da igreja de São Casimiro. Muitos confundem com outra igreja católica situada no bairro judeu do Casimiro, a igreja Bożego Ciało (Corpo Dívino). Estudos estão sendo realizados na Universidade Jagielloński (iaguielonhsqui) para identificar as causas da deterioração e também porque foram conservadas durante tanto tempo estão múmias.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

O poeta da canção polaca


Grzegorz Turnau (gjégoje turnau - gregório) é um cantor cracoviano. Canta suas ruas, cidade e amores. Arrajador, pianista, compositor e poeta. Casado com a flautista Marina Barfuss com quem tem uma filha, Antonina. Debutou no Festival da Música Estudantil de Cracóvia com a música "Znów Wędrujemy" (znuf vendruiemi - de novo caminhamos) enquanto cursava o terceiro ano do Liceu. Seu primeiro prêmio foi conquistado nas apresentações da Piwnicy Pod Baranami (pivnitsse pod baranami - adega sob o carneiro), bar na praça central de Cracóvia, que durante muito tempo foi palco dos melhores shows de música da Polônia. Seguiram-se os prêmios Fredereryk de 1994, 95, 97, 2002, 04, 05 e 07; Mateusz de 1995, Festival Nacional da Canção Polaca de Opole de 1996; Wiktor de 1998; Philip Award de 1999, Prêmio Superjedynka 2005 e 07. Tem 13 discos gravados e o status de o poeta da música popular da Polônia. Nesta canção "Bracka" (bratsca - da irmandade) Turnau demonstra seu carinho pela rua onde mora no Centro de Cracóvia - a Ulica Bracka (ulitssa bratsska) e os acontecimentos num dia de chuva.


Versos iniciais da Letra da música:

Na północy ściął mróz / z nieba spadł wielki wóz / przykrył drogi pola i lasy / myśli zmarzły na lód / dobre sny zmorzył głód / lecz przynajmniej się można przestraszyć / na południu już skwar / miękki puch z nieba zdarł / kruchy pejzaż na piasek przepalił / jak upalnie mój boże / lecz przynajmniej być może / wreszcie byśmy się tam zakochali /a w krakowie na brackiej pada deszcz / gdy konieczność istnienia trudna jest do zniesienia / w korytarzu i w kuchni pada też / przyklejony do ściany zwijam mokre dywany / nie od deszczu mokre lecz od łez / na zachodzie już noc...

Toruń: Segunda maravilha da Polônia

Mais de 28 mil votos deram ao panorama das margens do rio Vístula e da cidade velha de Toruń a segunda posição entre as 7 maravilhas da Polônia. Participaram do concurso de jornal "Rzeczpospolita" (jetchpospolita - república) 82 mil internautas.


Toruń é mais uma das cidades polacas fundadas durante a invasão dos cruzados teutônicos. Em 28 de dezembro de 1233 o grã-mestre da Ordem Herman von Salza assinou a ata de fundação da cidade e esteve em poder dos cruzados até 1454, quando aquelas terras, onde foi fundada a cidade pelos germânicos foi reconquistada pelo Rei Kazimierz Jagiellończyk (cajimiéji iaguielonhtchik - casimiro iaguielônico). Os mais antigos restos arqueológicos encontrados na região datam de 1.100 aC, período conhecido como Luzaciano, antigo povo que deu origem aos eslavos polacos. Entre os séculos 7 e 13 a região era ocupada já por tribos polacas. Etimologicamente o nome da cidade deriva da palavra Toron, nome de um dos castelos dos cruzados no Líbano e que atualmente se chama Tebnine. Quando Toruń se tornou ciddade do Reino Polaco, documentos e moedas cunhadas em Latim usavam declinar o nome da cidade como Thorun, Thorunium, civitas Thorunensis, or civitas Torunensis, e finalmente depois do século 15, foi adotado o nome polaco Toruń (tórunh). No século 13, com a invasão dos germânicos cruzados da Ordem Teutônica e a completa dizimação da população polaca, foi fundada a cidade. A maioria da população germânica que permaneceu na cidade adotou o protestantismo, em 1557, como forma de se posicionarem contra a população e o reino polaco, desde então uma ilha católica apostólica romana na Europa Central. Em 1595, chegaram os padres jesuítas como parte dos planos de Contra-Reforma. Os protestantes da cidade tentaram limitar o fluxo de novos cidadãos católicos, mas além dos jesuítas, os monges dominicanos trataram de controlar a maioria das igrejas, permitindo apenas o uso da igreja de Santa Maria pelos protestantes. A tensão religiosa na cidade continuou nos séculos seguintes. Durante as celebrações de Corpus Christi, em 1682, os católicos ocuparam a igreja de Santa Maria dos Luteranos. Em 16 de julho de 1724 ocorreu o pior dos incidentes. Depois de uma procissão jesuita houve escaramuças de rua promovidas pelos estudantes do Ginásio Luterano, que devastaram o Colégio Jesuíta. Depos disso, tanto os jesuítas como os dominicados tentaram persuadir o prefeito Johann Gottfried Rößner, e outros cidadaõs protestantes a se converterem a igreja de Roma. Com a recusa, os jesuítas apelaram a Suprema Corte Real em Varsóvia. O Tribunal sentenciou Rößner e outros nove luteranos à morte. Estas execuções ficaram mancharam a reputação de tolerância do reino católico da Polônia. Décadas mais tarde, durante a ocupação tri-partite da Polônia, o escritor francês Voltaire, amigo da rainha Catarina - a Grande da Rússia, recordaria o incidente como exemplo da intolerância religiosa dos polacos. E foi em Toruń que nasceu o astronômo Mikołaj Kopernik (micouai copernik - nicolau copernico) em 19 de fevereiro de 1473 na casa da família na Ulica Świętej Anny (ulitssa schvient anna - rua Santa Ana). Atualmente Ulica Kopernika, 17, onde funciona o seu museu. Toruń foi considerada Patrimônia da Humanidade em pela Unesco, em 1997. A cidade ainda possui vários monumentos da idade média. Foram preservados muitas construções góticas, como igrejas, a prefeitura e muitas casas. O centro histórico conseguiu evitar a destruição durante a II Guerra Mundial. O mais recente censo populacional apontava em 2006, cerca de 208 mil habitantes. E junto com a vizinha Bydgoszcz (bidgochtch) forma uma área metropolitana de 800 mil pessoas. Atualmente a cidade é famosa também pela Universidade Nicolau Copérnico, fundada em 1945, e pelo planetário e observatório astronômico que possui o maior radiotelescópio da Europa do Leste com um diâmetro de 32 m. E Finalmente, a cidade é sede da controvertida Radio Maria, fundada em 1991 pelo padre redentorista Tadeusz Rydzyk (tadeuch ridjik). O poder do padre é grande entre os ouvintes, conseguindo com seus polêmicos conselhos mudar o resultado de muitas eleições políticas. Em 2002, o padre-diretor abriu um canal de televisão, um jornal e uma escola de comunização e jornalismo, uma escola de segundo grau e duas Fundações "Nosso futuro" e "Lux Veritatis", destinada a publicações editoriais. Foi a partir do movimento "Deus, Igreja, Patria", organizado pelo padre Rydzyk, como interlocutor político entre seus 4 milhões de militantes católicos e o partido PiS dos gêmeos Kaczyński (catchinhsqui), que as últimas eleições presidenciais na Polônia experimentaram uma reviravolta, quando todas as pesquisas de opinião davam a vitória para Donald Tusk do Partido da Plataforma da Cidadania.

Na veia, o traço polaco

Na cena editorial e artística, a paranaense Márcia Széliga dispensa maiores apresentações. Para quem não a conhece, é uma das mais admiradas ilustradoras do Brasil, polaca que me concedeu a honra de ilustrar o livro que estarei lançando na noite de hoje na Casa Romário Martins (Largo da Ordem). Nesta Banda Polaca, Márcia escreveu os textos que acompanham as ilustrações. Este é um deles, por exemplo:
Foi assim que começou a história de ilustrar esse livro. Eu desenhei no passado algo que o Dante me pediria no futuro, agora presente em A Banda Polaca - Humor do Imigrante no Brasil Meridional.
Márcia Széliga conta: "Entrei num túnel do tempo e fui parar na Polônia, em Cracóvia, lápis e papel na mão, desenhos safra 1989. Tudo bem que outros são vinhos frescos, recém-saídos dos barris de carvalho da imaginação (ou seriam provenientes de butelkas de vódka?).
Importa é que fui estudar Desenho Animado na Academia de Belas Artes de Cracóvia, e chegar lá em 89 ou 40, 50, 60 anos atrás dá tudo na mesma.
Foi um tempo de antes, de costumes distantes no espaço, de figuras interessantes, caricatas, umas sisudas, outras carismáticas, no silêncio polonês. Lá entendi minhas raízes, lá entendi Curitiba.
E nesse traço quieto, na captura da expressão de cada rosto, da velha com seu gato manso à Romiseta levando um louco, esse é o sangue polaco que trago na veia."

Dante Mendonça [26/09/2007]