sexta-feira, 21 de março de 2008

Comunidades judaicas revivem na Polônia

O superior dos rabinos Ashkenazi de Israel, Yona Metzger, veio a Varsóvia dias atrás para sua primeira visita a Polônia. Ali se encontrou com a comunidade judaica polaca na Sinagoga Nozyk. O Rabino Metzger enfatizou no encontro o objetivo principal de sua visita era fortalecer a comunidade judaica na Polônia. "É difícil para os judeus vir a Polônia, porque esta terra esta empapada com o sangue de milhões de judeus". disse o Rabino israelense.
Para ele o horror dos holocausto nazista e do anti-semitismo do regime comunista estão no passado. Os judeus tentam agora reviver sua comunidade na Polônia e isto deve ser saudade como prova de coragem. O Rabino Metzger teve um encontro com o presidente Lech Kaczyński (Lérrrrhhh Catchinhsqui) ao qual demonstrou seu agradecimento por saber que as autoridades da Polônia "garantem todos os direitos e possibilidades para uma normal evolução dos judeus nesta terra".
Metzger nasceu em Hajfa, Israel, em 1953 e é o mais jovem Chefe-Superior do Rabinato em toda a história. Metzger que já escreveu dez livros sucedeu o rabino Meir Lau, polaco de nascimento, como chefe dos rabinos Ashkenazi em 2003. O outro chefe de rabinato é Shlomo Amar dos Judeus Sephardis. Os Ashkenazi são os judeus da Europa Central e Leste e os Sephardis são os Judeus da Espanha e países árabes. Os Ashkenazi constituem cerca de 45% dos cidadãos israelenses. Os restantes estão divididos não só entre os Sefhardis mas também em outras religiões e etnias. Segundo, Piotr Kadlick, líder da comunidade judaica de Varsóvia, a Polônia, que era Pátria de quase 4 milhões de judeus antes da segunda guerra mundial, dos 11 milhões que existiam no mundo, possui oficialmente nos dias de hoje cerca de 4 mil judeus e outros 30 mil com origem judaica.

Desemprego aumenta na Polônia


O desemprego na Polônia aumentou para 11,7 por cento no último mês de janeiro, segundo o Departamento Nacional de Estatísticas, revelando também que 16, 2 milhões de polacos cruzaram a fronteira para ir trabalhar em outros países da União Européia. Para um país com 38 milhões de habitantes a cifra de 1 milhão e 800 mil sem emprego é preocupante. Apesar de que houve uma queda acentuada em relação a janeiro de 2007. Antes da entrada na UE, o percentual de desemprego era de 15,1 por cento, o mais alto entre os países membros. A grande questão com que se tem debatido o novo governo é como trazer os expatriados para casa. Os investimentos que chegam a Polônia em forma de novas empresas, principalmente, são devido ao baixo salário dos trabalhadores e sem alto grau de instrução. Todo jovem recém formado sai da universidade aos 25 anos de idade portando um diploma de mestre. Mas a realidade do mercado de trabalho com salários aviltantes os empurra para Inglaterra, Irlanda, Alemanha e França. Se o governo aumentar os salários na tentativa de segurar a mão-de-obra no país, as grandes empresas estrangeiras que pensam em se instalar desistem e as que já chegaram baterão em debandada. Se falta emprego aos polacos não há também para os estrangeiros.

Fotógrafas polacas - 1

Ciganos polacos. Foto de Dorota Bilska,
Na Exposição "Elas- documentalistas" em Varsóvia, até 18 de maio, na Galeria Zachęta.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Senado polaco convida Dalai Lama

Foto: Jerzy Gumowski /AG
Convite para o líder espiritual e político do Tibet foi enviada ontem pelo Presidente do Senado da Polônia Bogdan Borusewicz. "Isto significa, que para a Polônia são importantes não só os protestos verbais que ocorrem no Tibet, mas que agimos apesar dos gestos políticos do Dalai Lama", declarou Borusewicz (Partido da Plataforma do Cidadão-PO) ao jornal Gazeta Wyborcza. Ainda segundo o jornal também o presidente do Sejm - Câmara dos Deputados Bronisław Komorowski (PO). Já existe a notícia de que o Dalai Lama virá a Polônia no segundo semestre, mas este convite do Senado tem agora caráter oficial.
Enquanto isso o premier Donald Tusk falou, ontem para a Rádio TOK FM, que evidententemente se encontrará com o Dalai Lamą. "Isto é para mim uma honra. Não tenho nenhuma dúvida, que cada ser humano no mundo, que tem alguma chance de se encontrar e conversar com o Dalai Lama é um previlegiado".

Fotógrafas polacas dão show

Foto: Irena Elgas-Markiewicz , Nowa Huta, 1959, Cracóvia.

Na recém construída cidade do futuro, nos arredores de Cracóvia, o bairro planejado urbanisticamente segundo os cânones do sistema comunista, a fotógrafa mulher, registrava as imagens das meninas polaquinhas. Esta e muitas outras fotos estão na exposição fotográfica "Ela - Documentalista - As mulheres polacas fotógrafas do século 20", que começou esta semana e vai até 18 de maio, em Varsóvia, na Galeria Zachęta. Com o subtítulo de "Kobiety nie są sentymentalne" (mulheres não são sentimentais), a exposição mostra mais de 400 trabalhos com inegável artisticidade e nível mundial cobrindo a história da Polônia nos últimos 130 anos e feitos unicamente por mulheres fotógrafas. A exposição tem o objetivo de cobrir dois campos da fotografia que tem estado marginalizado, qual seja, o dos fotógrafos documentalistas e das fotografias produzidas por mulheres.
Nesta exposição estão presentes trabalhos de 50 fotógrafas polacas documentaristas. Cronologicamente cobre o período de 1870 até projetos documentários-artísticos contemporâneos. Os mais significativos temas da mostra são o topográfico e a reportagem social. As mais expressivas fotógrafas polacas estão representadas através de Zofia Chomętowska, Julia Pirotte, Irena Jarosińska, Anna Chojnacka, Jadwiga Rubiś e Dorota Bilska. E entre estes monstros sagrados, a exposição abre espaço para os novos talentos da atualidade como Joanna Helander, Anna Beata Bohdziewicz, Anna Brzezińska, Irena Jurkiewicz e Maria Zbąska. São cobertos diversos conceitos da fotografia documental como etnografia, viagens, fotografia de amadores produzidas por mulheres aristocratas, por patriótas, propagandistas, de guerra e artístas. A curadoria está a cargo de Karolina Lewandowska e tem patrocínio "The exhibition Efect Doradztwo finansowe", Galeria Zachęta, Peri, Netia, A+C Systems, Klima San, A. Blikle, Freixenet, PLL LOT, Gazeta Wyborcza, Polityka, TVP, TOK FM, The Warsaw Voice, Onet.pl e Empik.

Foto: Anna Musiałówna, Kolejka (fila), anos 80.
Maria Lipowska, „Kursy ziemianek w Szynwałdzie” (curso de batatas em Szynwałd), 1913.
Wanda Chicińska, Lublin, Kościół Dominikanów (igreja dos dominicanos), 1874.

E a Rainha da fotoreportagem nos anos pós-guerra na Polônia foi sem dúvida Irena Jarosińska (será que é minha parente? Afinal tem meu sobrenome.!), que publicava suas fotos no semanário "Świat" (Mundo) e no mensal "Polska" (Polônia), relacionadas ao vanguardismo plástico. Irena via e mostrava uma Varsóvia menos bonita do que desejava o poder vermelho. Irena nasceu em 1924 e morreu em 1996.
Irena Jarosińska, Warszawa, PKiN, (Varsóvia, Palácio Nacional da Cultura) anos 50
Irena Jarosińska, Scena z ciężarówką (cena de caminhão), 1957.
Irena Jarosińska, Warszawa, (Varsóvia pós-guerra) 1946.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Wajda sem anestesia em Moscou

Wajda solitário no palco do cinema de Moscou
"Sem anestesia" - tal foi o título do artigo publicado esta quarta-feira no jornal moscovita "Niezawisimaja Gazieta" sobre a apresentação oficial na Rússia do filme "Katyń" de Andrzej Wajda (andjei váida), que aconteceu ontem no Domu Kina de Moscou.
Outros jornais russos também reservaram espaços para comentários do drama apresentado por Wajda em seu filme que perdeu o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro de 2008. "Katyń sem testemunho" foi o título do jornal "Kommiersant". E Comenta: "Wajda não se propõe a ser nem juiz, nem promotor, tampouco defensor".
O "Niezawisimaja Gazieta" não tem certeza de que o filme de Wajda vá encopntrar distribuidores na Rússia, pois estes não estariam convencidos de que o público russo esteja pronto para discutir o tema do assassinato em massa dos oficiais polacos durante a segunda guerra mundial. O "Niezawisimaja Gazieta" recomenda que "Katyń é um filme sobre mentira", "Esta mentira joga um grande papel na obra do cineasta polaco. A mentira é forte, a defesa fraca. Estas armas são necessárias então, quando é preciso conter fortemente e fazer deles um rebanho de animais desamparados que esperam pela morte" publica o jornal.
Mais adiante, no artigo, comenta-se que Andrzej Wajda não é apenas um dos grandes diretores do cinema mundial. "Ele também é um dos poucos que explora seu talento não só para auto-expressão, mas igualmente como escalpo para corte das supurações das feridas. E faz isso sem anestesia". Para o articulista "não há lugar para russofobia" no filme de Wajda. "Se há alguém que possa estar ofendido pelo diretor, este alguém só pode ser sua própria família."
Já o outro jornal "Kommiersant" assinala que a première moscovita acontece um mês após ter sido apresentado em Berlim com a presença da chanceler alemã Angela Merkel. "Kommiersant" afirma que "o filme tem na Rússia grandes opositores políticos, embora oficialmente se diga que se trata de defender o stalinismo". O jornal alerta que "esta Polônia na qual viveu e escreveu Wajda não foi um país livre. Por isso ele deveria também ter dito isto. Contudo sua história não foi em vão. Evidentemente que lá também houve um campo de concentração socialista, aprender a ver a história em tons de preto e branco, deixa a cores a política a partir da cultura."
Berlim, Moscou e no intervalo Los Angeles. Mas Hollywood preferiu um filme austríaco. O que é que se pode discutir? Nada! Mas que a Academia de Cinema de Hollywood perdeu uma grande oportunidade de contribuir para esclarecer a verdade histórica, isto perdeu. Como um "aliado" da nação polaca na segunda guerra mundial e que passou todo o período da guerra fria compactuando com o inimigo (russos) à respeito da mentira sobre Katyń, os Estados Unidos preferem mirar o próprio umbigo a reconhecer, que mesmo quando admite que foi derrotado pelos vietnamitas nas telas de Hollywood, que o cinema que distribuem para o mundo nada mais é do que ficção. A verdade não passeia na famosa calçada do Cine Chinês de Los Angeles, onde são ungidas as estrelas da sétima arte. Os Estados Unidos estão perdendo a grande chance de dizer ao mundo que realmente não sabiam sobre os 40 mil oficiais mortos pelo exército soviético na floresta da pequena cidade russa de Katyń. O filme ainda não tem um distribuidor para os cinemas americanos e também ainda não encontrou distribuidores russos, pois estes não estão certos de que a Rússia verá o filme do polaco Wajda. O que dizer do Brasil?

Nazista morre sem punição

Campo de Concentração Majdanek - Foto: Ulisses Iarochinski
Uma senhora de 86 anos de idade acusada por caçadores de nazistas de torturar e matar mulheres e crianças durante a segunda guerra mundial morreu semana passada, segundo informaram os investigadores.
Segundo o porta-voz do Departamento Estatal de Investigações, Gerhard Jarosch, a alemã de nascimento Erna Walisch, que estava sendo investigada de alegadas mortes no campo de concentração de Majdanek, em Lublin, morreu num hospital. Seu processo tinha sido interrompido em 1972 por falta de evidências, mas foi reaberto por insistência do Simon Wiesenthal Center, em Jerusalém, que a acusa de haver torturado e matado no período de outubro de 1942 e janeiro de 1944 os prisioneiros de Majdanek. Novos depoimentos de ex-prisioneiros sobreviventes confirmam as atrocidades cometidas por Wallisch, que após o final da guerra foi viver em Viena e adotou a cidadania austríaca.
Efraim Zuroff, famoso caçador de nazistas e Diretor do Simon Wiesenthal Center Jerusalem disse que a assassinada cruel só não foi punida porque as autoridades austríacas sempre se negaram a reconhecer que a cidadã daquele país fosse realmente o monstro de Majdanek. "Sua morte deve servir para lembrar a todos os governos que não devem obstaculizar os processos de julgamento dos crimes nazistas durante a segunda guerra mundial." Concluiu Zuroff.

Cerveja polaca caseira - Piwo Domowe


Que a cerveja - PIWO - foi criada na Polônia no século 11 ninguém tem dúvidas, a não ser aqueles que fazem uma propaganda enganosa da origem da "loira" mais consumida em todo o mundo.

E fazem isto, porque leram em algum lugar que uma marquesa da Renânia publicou um édito, em 1530, obrigando aos fabricantes daquele reino saxão a produzir cerveja estritamente, segundo a receita das Browary (cervejarias) polacas de 1210. No final da idade média, a Polônia era o Estado, que possuía a maior quantidade de cervejarias no mundo.

Nas festas populares polacas é comum se preparar em casa mesmo o Piwo Domowe (pivo domove - cerveja caseira).

A receita é simples:

Ingredientes
- 15 litros de água (mineral de preferência, mas não sulfurosa)
- 2 kg. de açúcar
- 1/4 do pacote de lúpulo prensado
- 1 clara de ovo
- 1 colher (sopa) de fermento previamente dissolvido.

Preparo
Separe a metade do açúcar e leve para dourar. Acrescente um pouco de água e cozinhe um pouco para dissolver bem o açúcar.
Adicione o lúpulo.
Deixe ferver bem e coloque o restante do açúcar. Despeje em uma lata esterilizada e adicione o restante da água, cubra e deixe fermentar por dois dias.
Então bata uma clara em neve, adicione o fermento dissolvido e junte ao preparado em descanso. Em seguida coe num pano bem limpo e engarrafe toda a mistura.

Encontro familiar para o preparo do piwo caseiro, em Cieszyn.

OBS: Tenha cuidado ao abrir as garrafas quando for beber, pois a fermentação é muito grande e pode "estourar".

terça-feira, 18 de março de 2008

Passaporte polaco virou moda

O jornal Przegląd Sportowy diz que a moda do branco-vermelho não é apenas dos torcedores polacos, mas também dos estrangeiros que buscam o passaporte e cidadania polaca. Numa reportagem publicada esta semana foi perguntado a alguns jogadores sobre esta nova mania de querer passaporte polaco. O brasileiro Edson, que joga no Legia Warszawa, respondeu que "jogar na seleção polaca seria motivo de orgulho". Já para Manuel Arboleda, "jogar pela Polônia? Tudo pode ser arrumado para isto acontecer." Enquanto isso Aleksandar Vuković diz que "proximamente isto pode acontecer, desde que ganhe a cidadania polaca. O que fazer se o treinador Leo telefona para mim? Não conversaremos sobre o que foi, quando... ". Pela ordem, os três jogadores - brasileiro, colombiano, servo - prometem, fazem galanteios sem fechar às portas a uma possível convocação. Evidentemente que o sonho de jogar pelas seleções de seus países existe. Mas no caso, por exemplo, do lateral esquerdo Edson, que é praticamente um desconhecido no Brasil, ser relacionado por Dunga é um sonho impossível. Mas suas atuações elogiosas no fraco campeonato polaco pode levá-lo sim a seleção. Claro, desde que o treinador holandês da seleção polaca tenha olhos não só para seu companheiro de clube Roger Guerreiro.
Tudo começou semanas atrás quando, Leo Benhakker disse que o brasileiro Roger se já tivesse sido nacionalizado estaria convocado. Desde então o assunto ganhou as páginas dos jornais e um dia sim, um dia não sai uma reportagem sobre passaporte polaco para jogadores estrangeiros jogarem com a alvi-rubra camisa polaca. As reportagens publicadas pelo menos uma vez por semana fazem com que os torcedores esperem por uma declaração mais quente de outros estrangeiros como os de nacionalidade peruana, panamenha ou zimbabwuana. Por sua vez, estes mesmos jogadores podem estar se perguntando (diz o jornal Przegląd Sportowy): "por que apenas Roger Gerreiro pode e eu não".

Para o ex-treinador Andrzej Strejlau, o mais importante é que "na seleção polaca jogue aquele jogador que de verdade se sinta polaco. Porque defender as cores da Polônia não está relacionado apenas com o fato de possuir um passaporte".

Polacos não amam PO, só não querem PiS

Foto: Jakub Ostałowski

O jornal Rzeczpospolita enntrevistou a profa. Jadwiga Staniszkis, socióloga e cientista política sobre a situação atual da Polônia. A primeira pergunta foi para saber se os polacos realmente amam o partido que está no governo, já que uma pesquisa de opinião pública recente apontou que 60% dos polacos estão com o primeiro-ministro Donald Tusk e seu partido PO - Plataforma da Cidadania. A Profa. Staniszkis, respondeu que o drama na cena política polaca está dependendo do comportamento do Partido do primeiro-minsitro. Se o PO resolve ou não os problemas do país. Se tiver sucesso na condução de seus planos vence com facilidade as próximas eleições. Pois a população não gosta como o PiS - Partido do Direito e Justiça, do Presidente da República, Lech Kaczyński (Lérrrhhh catchinhsqui) faz oposição. Ainda segundo a cientista política, os polacos não gostam do discurso agressivo do PiS. O partido dos gêmeos Kaczyński têm verdadeira paranóia contra o Tratado de Lisboa, acordo dos países membros celebrado no final do ano passado e que busca solucionar o impasse da Constituição Européia. A questão é que embora o presidente o tenha assinado, seu partido faz gracejos e busca de todas as formas bloquear o referendo sobre o Tratado proposto no Sejm - Câmara dos Deputados. Os polacos já entenderam que o Tratado de Lisboa é uma boa solução para o impasse europeu, mas o PiS tripudia sobre a questão. A situação frustra os jovens, que entendem que o poder na União Européia funciona como um programa de computador, onde o usuário pode mudá-lo quando quiser. Assim a batalha entre o poder e a sociedade se transforma num drama que bloqueia qualquer tentativa de solução. E agora, de repente, na Polônia, a sociedade polaca pode estar em outro mundo daquele que gostaria, daquilo que as sondagens de opinião apontam. Tudo porque nada se pode fazer, apenas olhar as discussões dos políticos sem ter como interferir. "Isso é frustrante". Perguntada se os jovens amam o partido do primeiro-ministro, Staniszkis, afirmou que não, mas que sem dúvida o PO é um partido bastante atraente na forma como conduz sua política de defesa dos interesses da Polônia nos fóruns internacionais. E isso o coloca bem na simpatia dos eleitores têm demonstrado através das pesquisas. "Amar não amam, mas não querem de forma alguma os opositores".

segunda-feira, 17 de março de 2008

Morte conveniente

Manchete do jornal Gazeta Wyborcza, desta segunda-feira, dia 17 de março de 2008: Morrer convenientemente. A morte fecha um olho e abre um segundo, disse „Ruda”, Ilona Miler, primeira voluntária da ação "Morrer convenientemente" (ou bondosamente), decidida um mês antes de sua morte, ou nos últimos seus 50 dias de vida. Ruda morreu de câncer.

Código familiar vai mudar na Polônia

Manchete principal do jornal Rzeczpospolita desta segunda-feira, 17 de março de 2008: Grandes mudanças no código familiar. Direitos da mãe e pai.

De repente Majdanek

Foto: Ulisses Iarochinski
Passei o fim de semana na bela cidade de Lublin. Como quase todas as grandes cidades polacas é difícil encontrar alojamento barato e confortável de última hora. É preciso fazer reserva com antecendência, pois senão corre-se o risco de ter que dormir na própria estação de trem. Foi assim que acabei me alojando numa casa de estudante da Faculdade de Agronomia e portanto longe do centro da cidade. Mas não tão longe assim. Como cheguei na cidade à noite, não deu muito para ver por onde estava indo o táxi. A surpresa seria no dia seguinte ao acordar, levantar-se e perguntar pelo ponto de ônibus mais próximo. O interno da escola de agronomia que atendia na recepção reagiu como se eu estivesse fazendo a pergunta mais idiota possível. Mas mesmo assim disse: ao sair vire a direita, vá até o final da rua e vire a esquerda. daí siga em frente até esta rua terminar, ali estará o ponto dos ônibus para o centro. Qual não foi o espanto quando ao chegar à parada de ônibus vi à frente a cerca de arame farpado e o grande monumento às vítimas do nazismo. Apesar de ter estado várias vezes em Lublin era a primeira vez que estava diante do campo de Concentração de Majdanek. E curioso porque o campo de concentração alemão nazista está praticamente no centro da cidade, a apenas 4 km do Castelo Real na cidade velha de Lublin.
Foto: Ulisses Iarochinski

Majdanek foi criado em outubro de 1941 por ordem do comandante da SS Heinrich Himmler, quando este visitou Lublin. Inicialmente, era um campo destinado apenas a receber prisioneiros de guerra, sob a guarda da SS e comandado por Karl Otto Koch, até ser transformado em campo de concentração geral em fevereiro de 1943. Ao contrário de outros campos nazistas, este não era escondido em nenhum lugar remoto no meio de florestas, nem era cercado por zonas de exclusão, ficando às vistas da população civil comum de Lublin. Seu nome deriva de um bairro da cidade chamado Majdan Tatarski e foi dado pelos habitantes locais. O nome alemão inicial era Konzentrationslager Lublin (Campo de concentração de Lublin). No começo das operações, Majdanek teve 50 mil prisioneiros, elevando-se depois para 250 mil, usados principalmente em trabalho escravo para produção de munição e fábricação de armas. Entre abril daquele ano até seu fechamento em julho de 1944, o local foi transformado em campo de extermínio, com a introdução de câmaras de gás e crematórios. Foi junto com Aschwitz, os únicos campos nazistas a usar o Zyklon-B como gás exterminador, apesar do monóxido de carbono também ser usado nas execuções. Com a chegada do Exército Vermelho em 1944, o campo foi fechado, sendo que o crematório foi o único local que os nazistas conseguiram destruir antes da fuga, graças à rapidez do avanço das tropas libertadoras, o que transformou Majdanek num dos mais bem preservados campos da II Guerra Mundial. Cerca de mil detentos foram evacuados, mas os soviéticos ainda encontraram milhares deles, a maioria prisioneiros de guerra, mostrando a evidência dos crimes ali cometidos pelos nazistas.
Foto: Ulisses Iarochinski
Ironicamente, assim que os soviéticos tomaram posse do campo, libertaram os prisioneiros dos nazistas e o transformaram num campo da NKVD, o serviço secreto soviético, onde prenderam milhares de integrantes da resistência subterrânea polaca da guerra. A contagem de mortos em Majdaneck nunca foi feita com precisão devido à falta de registros. Ainda em julho de 1944, os soviéticos inicialmente superestimaram o número, anunciando a morte de 400 mil judeus, além de 1,5 milhão de prisioneiros de outros tipos. Estudiosos se baseiam no período total de funcionamento e capacidade dos crematórios para estimar quantos teriam morrido. As últimas pesquisas do departamento científico do Museu Majdanek, citam que houve cerca de 78 mil vítimas, sendo que 54 mil delas eram judeus.

domingo, 16 de março de 2008

Torcedores destróem TV

Ilustração: Janusz Stanny
A partida transcorria em verdadeira atmosfera esportiva, quando de repente nos 20 minutos do segundo tempo, apareceu na tela um grupo de torcedores de uma equipe que começaram a destruir meu televisor. Perdedores são conhecidos. Esta é a historinha do cartum do desenhista polaco Janusz Stanny sobre futebol.

Doda agora para chupar

A superstar Doda Rabczewska agora em sorvete. Sim! Agora os fãs poderão "chupar" Doda em vários sabores. Uma empresa de sorvetes está lançando os gelados com os sabores que a cantora mais gosta. O video abaixo do site do jornal Gazeta Wyborcza fala sobre esta novidade que está sendo lançada nesta segunda-feira em todos os estabelecimentos da Polônia, mostrando a cantora saboreando o seu sorvete Lody Dody:

Missa para Henrique de Curitiba

A Comunidade Polaca da Paróquia Santo Estanislau juntamente com o Coral João Paulo II convidam para a missa do 30º dia de falecimento do compositor ZBIGNIEW HENRIQUE MOROZOWICZ - Henrique de Curitiba, no dia 18/03/2008, às 19:00 horas - Rua Emiliano Perneta, 463, Centro, Curitiba/PR.


Henrique de Curitiba como ficou conhecido nacionalmente morreu em decorrência de problemas cardíacos, quando tinha 73 anos. Nasceu em 29 de agosto de 1934, em Curitiba e morreu em 16 fevereiro de 2008. A história da família Morozowicz se confunde com a do Estado do Paraná. O patriarca Tadeu Morozowicz foi dançarino e coreógrafo na Polônia, e se apresentou regularmente no Teatro Scala, em Milão. Casado com uma pianista, o casal imigrou para o Brasil em 1926. Tiveram três filhos Milena, Norton e Zbigniew Henrique. O regente e flautista Norton Morozowicz, irmão mais novo de Henrique é membro da Academia Brasileira de Música. Henrique de Curitiba deixou um casal de filhos, Karina (casada com Gonzaga) e Alexis (casado com Graziela), além de dois netos, Thales e Luísa. O compositor, que iniciou seus estudos de piano com a mãe, Wanda Lachowski Morozowicz, manteve sempre estreito convívio com seus irmãos, Milena e Norton, ambos também artistas. Os três prosseguiram a tradição familiar iniciada com a avó, Natália Morozowicz, atriz renomada de grande carreira na Polônia, depois com o pai, Tadeuz Morozowicz, bailarino e coreógrafo formado no Teatro Nacional de Varsóvia e na Escola Imperial de Ballet de Saint Petersburg, fundador, em Curitiba, da primeira escola de dança clássica do país. Parceiros, tanto na vida familiar como também na musical, Norton e Henrique formaram o Duo Morozowicz, de flauta e piano, que gravou vários discos e apresentou-se em recitais e concertos por todo o Brasil.O compositor e professor Hnerique Morozowicz tinha mestrado na Universidade Cornell, nos EUA e teve aulas com o maestro Hans-Joachim Koellreuter (1915-2005) nos anos 50. Ele participou da Escola Livre de Música de São Paulo e depois de competir no Festival Chopin na Polônia ele estudou no Conservatório de Varsóvia. Retornou ao Brasil em 1964, onde começou sua carreira da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Paraná. Aposentou em 1994 como professor da UFPR - Universidade Federal do Paraná e também foi professor da UFG - Universidade Federal de Goiás. Em seus últimos anos de vida, destacou-se nas composições para coral e voz, tendo escrito mais de 150 obras, principalmente instrumentais, música de câmara, piano e coral.

quinta-feira, 13 de março de 2008

Março de 68 em Cracóvia

Foto: Arquivo do IPN - Instituto da Memória Nacional
Exposição em Cracóvia, promovida pelo Arquivo da Universidade Jagielloński e pelo Departamento do Instituto da Memória Nacional, mostra o que foi o Março de 1968 na cidade. São mostrados documentos, recortes de jornais da época, além de muitas fotos, no edificio da reitoria no Collegium Novum na ulica Gołębia (rua das Pombas), na galeria do Café "Pęcherz" no subsolo do Collegium Maius - Museu da Universidade (Edíficio da universidade de 1400).
A abertura (vernisaje) acontece nesta quinta-feira, no salão Aula do Collegium Novum com a presença do Reitor prof. dr hab. Karol Musioł e dos professores Adam Bielański, Tomasz Gąsowski, Michał Pułaski e Andrzej Zoll. O prof. Stanisław Waltoś, diretor do Muzeum Uniwersytetu Jagiellońskiego da início ao simpósio sobre Março 68 com a projeção do filme de Bogusław Sławiński e Adam Cieślak „Uniwersytecki marzec 1968”.

Varsóvia: cidade chata

Primeiro Bruxelas, depois Varsóvia. Estas cidades são conhecidas pelos turistas como as mais chatas e aborriecidas da Europa. Pelo menos é o que aponta o portal TripAdvisor. O jornal polaco "Życie Warszawy" saiu as bancas esta semana perguntando: Isto é tão ruim assim?
O mesmo portal da Internet, por exemplo, aponta Londres como a mais suja e cara cidade européia. Mas também é a cidade da noite mais exuberante. Em Paris se pode fazer as melhores compras e onde melhor se pode comer. Em Dublin se encontram os locais mais amistosos para se encontrar com amigos. Praga é a cidade mais barata para os viajantes (Globe-Trotter). E Paris e Veneza são os destinos das viagens mais românticas.
E a capital polaca não se encontra em nenhum destes critérios que fazem a alegria dos turistas. Varsóvia depois de Bruxelas e antes de Oslo, Zurick e Zagreb está da categoria das mais chatas capitais européias.
O "promoter" Olivier Janiak, ouvido pelo jornal, polemiza o resultado do site de viagens: "Chata? Não é verdade! Em Varsóvia, vive-se fantásticas coisas, da mesma forma que se vive em outras cidades européias. São muitos os bons restaurantes, discotecas legais, lugares interessantes como a Fabryka Trzciny e outros".
O jornal "Życia Warszawy" não concorda, nem discorda do resultado da enquete dos organiuzadores da pesquisa do TripAdvisor, mas deixa claro que algo é preciso fazer para que esta imagem não cole na cidade.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Cartum sobre holocausto

Chega as bancas da Polônia revista em quadrinhos holandesa sobre o holocausto em versão polaca.

O inverno vai chegando ao fim

Castelo do Przegorzały, em Cracóvia, em tempo de final de inverno. Sem o branco da neve e sem o verde das folhas ainda. A temperatura já anda ao redor dos 10 graus positivos, mas estranhamente têm ocorrido fortes rajadas de vento para esta estação.