MORADIA
O modo de ser, os costumes, o idioma são traduzidos no viver, na música, na comida, na cultura enfim. O povo polaco denomina sua residência com diversos nomes: Dom, Chalupa, Chycza, Strzecha, Buda e Budynek. O mais comum é chamar a residência de Dom e o antigo destes, de acordo com suas divisões e subdivisões são agrupados em dois tipos:
a) o mais freqüente, de duas izba (quarto), dispostas simetricamente, separadas pelo sien (vestíbulo).
b) o menos freqüente, de uma só izba. No primeiro, a izba do lado direito é também denominada izba biala (quarto branco) e a do lado esquerdo, izba czarna (quarto negro). Posteriormente, o sien separando as duas izbas persistiria.
Variações da amarração do madeirame de uma habitação do meio rural polaco.
CRENDICES
A crendice popular rezava que uma nova residência devia ter sua construção iniciada num sábado, nunca na segunda-feira. Deveriam também derramar um pouco de água e centeio sob os alicerces. Se ao passar dos dias o cereal se mantivesse inalterado, o local era bom para a construção. Para durabilidade da casa costumava-se enterrar um velho evangelho e plantas bentas no local da edificação. Para confundir os maus espíritos devia-se deixar pelo menos uma parede sem pintar, para dar a impressão de que a casa não estava pronta para ser habitada.
Uma vez concluída a construção, a ocupação deveria se dar num dia de lua cheia, ou dia feliz e seguir as recomendações de: antes que qualquer humano entrasse, devia-se deixar um animal de estimação entrar primeiro, depois deveriam se introduzidos a broa, o sal, a vassoura, o livro de cânticos e um crucifixo e finalmente derramar sobre o assoalho diversas variedades de cereais. Só depois disto, a casa estava pronta para receber o mobiliário e seus moradores. Muito freqüente era o costume de colocar a inscrição de das letras K,M e B, abreviaturas dos nomes dos reis magos (em idioma polaco), na porta principal.