sexta-feira, 5 de junho de 2009

Airbus 330: Polônia também de luto


As famílias de Piotr e Robert de uma pequena cidade silesiana de Orzesze na Polônia estão vivendo momentos dramáticos. Um dos polacos desaparecidos deixou uma filha de cinco anos órfã. A mãe da menina morreu recentemente."A criança está sob cuidados. Estamos oferecemos apoio psicológico, e certamente não a deixaremos sozinha", assegurou o viceprefeito de Orzesze, Andrzej Bujok.
"Vamos tentar estar próximos, mas sei que é difícil escolher palavras. Preparamos a devoção com a esperança de que o pai ainda seja encontrado. Oramos para a falta, e não para os mortos", disse o Padre da paróquia local, Ambrose Siemianowski.
Além dos dois polacos da pequena Orzesze outros dois cidadãos polacos estavam no avião da Air France avião com 228 pessoas a bordo que desapareceu na segunda-feira.
Segundo informações do sitio polaco Alert24 outros dois polacos estariam no vôo. Seriam funcionários do setor de bagagens do aeroporto de Dublin, na Irlanda, que estariam de férias no Brasil. O Ministério das Relações Exteriores da Polônia, em contato permanente com as autoridades de Paris, no entanto, só confirmam Piotr e Robert da Silésia.
Igreja católica de São Adalberto em Orzesze

A pequena e milenar Orzesze tem cerca de 18 mil habitantes e fica próxima a Katowice, capital da Voivodia da Silésia

Dia da Liberdade em Wrocław

Signatários da Declaração da Liberdade - Foto: Mieczysław Michalak

"Aqui, em Wroclaw, teve um forte Solidariedade. Aqui tivemos um grande comitê de cidadania, graças a isso temos hoje liberdade", afirmou chorando Władysław Frasyniuk, legendário líder da oposição da Baixa Silésia, nas comemorações do 4 de junho, no Rynek (praça central) de Wrocław.
O pronunciamento de Frasyniuk foi dado pouco antes da leitura da Declaração da Cidade, lida pelo prefeito Rafał Dutkiewicz", onde os wrocławianki apelam ao Parlamento da República para que se crie o "4 junho - Dia da Liberdade".

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Moldávios contra comunismo

A recente revolução na Twitter na Moldávia é retratada no filme documentário "Tara Povestilor" (O País dos Contos de Fada). O filme conta a vida de três famílias do interior de três países bem diferentes, Dinamarca, Moldávia e Romênia. Uma das pessoas envolvidas na produção é Natalia Morar, reconhecida ativista anticomunista da Moldávia. O filme é originalmente em idioma romeno (uma das línguas da Moldávia) mas pode ser acessado em inglês. Abaixo o filme pode ser assistido.

Tara Povestilor (Страна Сказок) from Denis Bartenev on Vimeo.

P.S. Informação recolhida do blog Ucrânia em África, que pode ser acessado ao lado em "Recomendo"

Pinturas mais realistas que fotos

Quadro Czerwcowe Wybory de Dominika Rostworoswski

Entre tantas exposições abertas nesta semana em comemoração aos vinte anos da queda do comunismo soviético, nenhuma chama mais atenção que a dos quadros de Dominika Rostworowski.
Pois quem conscientemente viveu naqueles dias, encontra nas pinturas de Dominika Rostworowski importantes pedaços de sua própria biografia, como a determinação de lutar de Don Quixote contra as forças da escuridão e do desespero. O espírito de luta contra a inundação para o advento da primavera, o renascimento da esperança, da bondade e da verdade que todos necessitam ganhar, ou seja, a grande vitória final, que é a aurora da liberdade. 
A exposição comemorativa dos 20 anos de democracia polaca nas telas de Rostworowski relembram o período de 1980 a 1989, onde a Lei Marcial de dezembro de 1981, com toda sua escuridão só fez nascer do breu um horizonte de luz, transformados naquelas eleições de 4 de junho de 1989 por um mundo novo. A obra da artista certamente é mais realista do que tantas fotografias da época. Seus quadros definem os problemas contemporâneos em sua perspectiva correta.
A exposição tem vernissage de abertura nesta quinta-feira, às 18:30, na galeria da própria artista, na ulica (ulitssa - rua) św. Jana 20, em Cracóvia

O comunismo caiu na Polônia primeiro

Premier Donald Tusk  no monumento em Nowa Huta
Foto: Tomasz Wiech

As comemorações dos vinte anos de democracia e queda do comunismo tomam conta, nesta quinta-feira, 4 de junho de 2009, de toda Polônia. Mas ainda ontem, a cidade comunista (atualmente bairro de Cracóvia) de Nowa Huta recebeu os convidados do primeiro-ministro Donald Tusk para dar início aos festejos cracovianos. Entre tanta gente importante, destacavam-se o herói da queda do comunismo Lech Wałęsa, a alemã Angela Merkel, a ucraniana Julia Tymoszenko, o tcheco  Vaclaw Havel, além de anarquistas e moradores do bairro.
Os convidados abriram a exposição no Museu da História da Polônia com fotos de Erazm Ciołki, Stanisław Markowski, Jack Wcisło e Andrzej Stawiarski. As fotografias foram escolhidas por Krystyna Zachwatowicz e Piotr Chuchro.
Depois foram até a mina de Sal de Wielicka, onde jantaram a mais de 100 metros abaixo da superfície.
Mas a festa maior acontece no panteão nacional do Castelo de Wawel, no centro de Cracóvia no dia de hoje com os mesmos convidados estrangeiros que estão em Cracóvia desde ontem. Na catedral de Wawel, o cardeal metropolitano Stanisław Dziwisz faz um chamamento aos jovens de toda Europa para que persigam a cooperação e solidarieda internacional. Logo em seguida umcoral de 400 vozes coms estudantes de Liceus da cidade que cantam o "Te Deum". Preside a cerimônia Krzysztof Kolberger.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A menina Marta de 20 anos atrás

A menina Marta de ontem - Foto: Andrzej Stawiarski

Ela tinha 15 anos e não imaginava que poderia não sobreviver à queda do comunismo, na Polônia. Após 20 anos, o jornal Gazeta Wyborcza encontrou aquela menina com a imagem da campanha do sindicato Solidariedade de 1989. Seu nome MARTA CIEMNIEWSKA.
A fotografia símbolo daquele ano de mudanças foi feita pelo fotógrafo Andrzej Stawiarski, em 4 de Junho de 1989, na rua Sienna, junto à sede do Clube de Inteligência Católica, em Cracóvia. Naquele dia a estudante cracoviana do primeiro ano do I Liceum Ogólnokształcącego de Cracóvia recebeu de sua irmã mais velha, Dorota, o placar que carregou no corpo pelas ruas de Cracóvia chamando a população para votar numa nova Polônia Livre. A menina Marta distribuiu panfletos e acreditava que estava fazendo um trabalho de cidadania.
Hoje ela está casada, mora em Varsóvia e trabalha como gerente num grande banco. Sua família sempre esteve engajada em movimentos políticos. Sua avó, Izabella Alszer trabalhava como voluntária na KIK e seu pai Maciek Krakowski no Comitê Cracoviano de Cidadania. Seus avôs Mieczysław e Czesława Krakowski foram soldados da AK-Armia Krajowej durante a segunda guerra mundial.
"Naquele dia não preguei os olhos. Na tensão à espera dos resultados daquela votação informal e quando minha foto apareceu nos jornais a alegria aumentou ainda mais e fiquei sem dormir de novo. Evidentemente naquele momento não refletindo sobre as consequências da vitória do Solidariedade." diz Marta em meio a sorrisos de recordação.
Aquele carnaval eleitoral virou fascínio pela política. Já na escola, Marta começou a participar da Juventude Democrática da República. O estudo das atividades dos partidos legais tomou a maior parte do seu tempo. Manifestações com cartazes e participações em debates, reuniões com os ativistas não a impediram contudo de continuar estudando. Sua militâcia política culminou com o ingresso na política partidária nas eleições de 1997. Marta foi a candidata mais jovem de Cracóvia. Contudo, não foi eleita para o parlamento. Mas seus 1100 votos foram um dos melhores resultados entre os candidatos de Cracóvia. Ao entrar para a Universidade de Varsóvia, Marta começou a se afastar da política. Formou-se, casou e assumiu a educação de seus dois filhos.
"Aquela eleição de 4 de Junho de 1989 ficou para trás mais ainda remete a doces pensamentos. Claro, numa democracia você pode organizar tudo bem melhor, ainda mais quando vivemos em um belo país como o nossa", acredita Marta.

A mulher Marta de hoje na mesma rua de 20 anos atrás
Foto: Michal Lepecki

Vinte anos de democracia polaca

O herói da liberdade, Lech Wałęsa - Foto: Peter Andrews

A Polônia vem se preparando há meses para este 4 de junho de 2009. Há exatos 20 anos, no porto de Gdańsk, na costa do Báltico polaco, o eletricista Lech Wałęsa, seus companheiros de estaleiros e o mineiros de Katowice (sul da Polônia) davam um xeque-mate na União Soviética. O Império soviético russo que há tempos tinha deixado os dogmas Marx, Lenin e Trostki para abraçar o comunismo fascista de Stalin caiu... Mas foi na Polônia... Não no Muro de Berlim. Os alemães que já tinham se apropriado da cerveja polaca, do sonho (doce recheado com creme de petalas de rosas) também se apropriaram do ícone da queda do comunismo. Os alemães tentam fazer o mundo acreditar que foram eles que derrubaram o comunismo. Vendem os tijolos do muro de Berlim com ícones da luta de Wałęsa, Mazowiecki e muitos homens com sobrenomes terminados em nski.

A pop star do rock Kylie Minogue 
Foto: Remy de la Mauviniere



O comunismo soviético de Stalin caiu, mas foi na Polônia... Não foi no Muro de Berlim. O comunismo caiu foi em Gdańsk, que os alemães ainda teimam em chamar de Dantzig (em função de terem ocupado por 150 anos as terras polacas do costa do Mar Báltico...De terem ocupado de forma implacável e assassina a Pomerânia polaca.
A Polônia neste quatro de junho está em festa. A pop star Kylie Minogue e o grupo Scorpions vão cantar em Gdańsk... Perfect, Oddział Zamknięty, Kayah e T Love fazem o espetáculo de Varsóvia.
Os 20 anos da queda do comunismo tem shows, concertos, exposições, seminários, congressos, festas por todo o país.
Os clubes, bares e discotecas também promovem suas festas. Em algumas cidades, além de manifestações, as ruas e praças ganham espetáculos ao vivo com teatro, performances e música.
Os vinte anos de democracia na Polônia tem um sentido maior, pois só quem passou mais de cento e cinquenta anos de ocupação estrangeira - Primeiro foram os 127 anos de invasão e ocupação covarde de Rússia, Prússia-Alemanha e Império Austro-Húngaro, depois os 40 anos de comunismo soviético - sabe e avalia a Liberdade.
As festas acontecem em cidades grandes e pequenas, como:
- Kołobrzeg: festa "Passos para a Europa".
- Szczeciń: Concerto operístico Gryfa Zachodniopomorski
- Poznań: Congresso científico "De junho a junho" e o concerto com o grupo Bardowie.
- Odolanów: inauguração do monumento a Lecha Wałęsa.
- Wrocław: Exposição "Na Okrągło: 1989-2009". Presença do ex-presidente Vaclav Havel que receberá o troféu Jan Nowak-Jeziorański. E ainda o espetáculo de músicas folclóricas "Europa Na Widelcu w Rynku", no Rynek (praça central.
- Katowice: Placar eletrônico com a contagem dos dias de liberdade. Ônibus farão o percurso da estrada da liberdade até o Museu da Mineração com a inaguração do monumento ao "Wujek" que foi preso por defender idéias de liberdade. E serão soltos mais de 10 mil balões amarelos através da cápsula do tempo.
- Kielce: nas ruas Dużej e Sienkiewicza, no local onde estava a sede do Comitê de Cidadania "Solidarność", serão descerradas as placas em comemoração aos 20 anos de democracia.
- Lublin: Exposição de posters, fotografias e documentos. No teatro NN haverá uma apresentação lembrando os 20 anos e a noite na Filharmonia Lubelski ocorrerá o concerto "A liberdade está com a gente", além de um show de rock plaça Zamkowym com o grupo Coma.
- Radom: Seminário e apresentação do filme "Polska 1989-2009". Exposição de livros sobre tudo o que já foi escrito sobre o Solidariedade e os 20 anos de democracia.
- Białystok: Concerto "Entre nós a Liberdade" com os grupos Habakuk e Sandaless.
- Suwałki: Apresentação e deposição de flores no Monumento a Liberdade. No Arquivo público acontece a exposição "O futuro da Polônia está em suas mãos".
- Rzeszów: Palestra do IPN0 Instituto da Memória Nacional sobre a queda do sistema comunista e como a Polônia desenvolve sua democracia nestes 20 anos.
- Przemyśl: Apresentação teatral reconstituindo "A ruína do Muro" com mais de 500 atores e atrizes.
- Gorzów: Exposição "Liberdade Nacional. Eleição de 1989 em Gorzów Wielkopolski".
- Olsztyń: no teatro Jaracz seminário lembrando os 20 anos da queda do comunismo e na velha torre da cidade será aberta a exposição "Os moradores de Olsztyń em junho de 1989".

terça-feira, 2 de junho de 2009

Há 30 anos ele beijou a terra da Polônia

Foto: Ireneusz Radkiewicz

Vendo, hoje, esta foto acima, fica difícil entender aquele momento a partir dos acontecimentos atuais. Afinal só há 20 anos, o comunismo foi derrubado na Polônia
Naquele 2 de junho de 1979, exatos trinta anos atrás, a decisão do polaco Karol Wojtyła de visitar pela primeira vez sua terra na condição de Papa João Paulo II soava como provocação a Moscou. Muitos louvaram sua coragem, pois todos tinham quase certeza que os tiranos da Praça Vermelha iriam matar o líder da Igreja Católica Apostólica Romana.
O dois de junho caiu num sábado de muito sol e céu azul. A temperatura estava quente não só nos termômetros, mas também no coração de milhares de polacos, que em peregrinação de todos os cantos da nação acorreram a praça Pilsudski de Varsóvia, transgredindo a ordem vigente.
A pista o aeroporto de Okęcy ficou coberta com flores brancas, vermelhas e amarelas. Cores da Polônia e do Vaticano. Apenas uma lista negra de asfalto ficou livre para a descida do avião papal. Ali mesmo, ele fez o gesto que se tornou famoso em todas suas viagens. E foram tantas em seus quase 28 anos de papado. Só ao Brasil, o papa "da una paese  lontano" foi duas vezes. 
Naquele sábado varsoviano, o filho de Wadowice, tão logo pisou no solo, ajoelhou-se e beijou a terra sagrada da sua Polônia.

Wisła Kraków campeão da Polônia

Foto: Krzysztof Karolczyk

E o que parecia impossível após a parada de inverno chegou de forma dramática. O centenário time de Cracóvia, o Wisła Kraków (atenção Galvão, a pronúncia correta é em polaco e não em inglês: vissúa cracúf) é o campeão da temporada 2008-2009.
Finalmente se fez justiça e ganhou o melhor. Mas nem todos em Cracóvia, desde o proprietário, os fãs e jogadores estão totalmente felizes. Eles esperam por algo muito maior que o bicampeonato polaco. Eles querem o triunfo de levantar a taça da Liga dos Campeões da Europa. Isto porque, o vizinho ucraniano Szachtar Donieck já conquistou a Copa UEFA. Seja como for, a estátua do poeta Adam Mickiewicz, na praça central de Cracóvia - Rynek - amanheceu vestido, no domingo, com uma camisa vermelha com estrela branca no peito.
O campeonato não foi fácil, o clube chegou a ficar 5 pontos atrás do líder. Já estavam todos pensando que desta vez o campeão seria o Lech. O clube de Poznań liderou o campeonato até quatro rodadas do final. Mas neste sábado com os 2 X 0 sobre o Śląsk Wrocław, ele deixou para trás o arquirrival Legia Warszawa e o Lech Poznań. O Legia mesmo vencendo o Ruch por 4:1, sagrou-se apenas vice-campeão, enquanto o Lech empatou com o Cracóvia em 2 a 2.
Estes são os heróis do título: Mariusz Pawełek - Peter Singlar, Antonio Marcelo, Arkadiusz Głowacki, Piotr Brożek - Wojciech Łobodziński, Piotr Ćwielong, Junior Diaz, Radosław Sobolewski, Marek Zieńczuk, Tomas Jirsak, Patryk Małecki, Paweł Brożek e Mauro Cantoro. Além do criticado treinador trener Maciej Skorża.
Mas o clube às margens do rio Vístula, onde se ergue o panteão nacional do Wawel, mais uma vez demonstrou que organização, dinheiro e proposta de jogo ainda é o melhor caminho para se levantar um caneco.
A estrela branca está brilhando novamente em plena glória. Este é o sétimo triunfo do Wisła kraków desde sua aquisição por Boguslawa CUPIAŁ. O proprietário não esconde sua alegria.
Assim os jornais da Polônia registraram nesta segunda-feira o triunfo dos companheiros de Beto e Marcelo, os jogadores brasileiros do campeão, no último sábado.

Metro: "Um no céu, o outro inferno" 

Dziennik Polski: "Cracóvia foi dormir tarde no sábado à noite" 

Rzeczpospolita: "décima-segunda Coroa" 

Dziennik: "A sétima vitória de CUPIAŁ" 

Super Express: "Festa no Vístula"

sábado, 30 de maio de 2009

Foto dasemana- 2

Foto: Łukasz Giza

 Camille O'Sullivan durante show no XXX Przeglądu Piosenki Aktorskiej (Festival da música de atores), deste ano em Wrocław. 

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Pierogi em Amola Faca


No Sudoeste paranaense há uma cidade que pouca gente sabe, mas é praticamente toda polaca. Embora o nome Virmond, o munícipio é a antiga colônia Amola Faca, organizada pelo primeiro cônsul da Polônia em Curitiba junto com Wladyslaw Kaminski de Guarapuava, na década de 20.
O grupo folclórico polaco da cidade está promovendo no próximo dia 30 de maio de 2009 um Jantar típico Polaco, às 20:00 Horas, no salão paroquial. Além da apresentação de danças haverá muito pierogi, leitão, e "desert" de dar água na boca.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Bilhetes mais baratos de trem na Polônia

Foto: Stanisław Rozpędzik

38 złotych! Isto é o que em breve se pagará por um bilhete de trem rápido de Cracóvia para Varsóvia. A revolução na guerra de preços será possível com a entrada de uma empresa de trem concorrente.  Serão três partidas diárias com duração de 3 horas e meia.
Atualmente os trens Intercity fazem o percurso por 102 złotych, na segunda classe. A baixa de preços é resultado da entrada em cena da InterRegio, empresa afiliada a PKP.  Desde a entrada da Intercity ficou acertado que a PKP faria os percursos diretos e "pinga-pinga", enquanto a Intercity faria apenas entre as grandes cidades com trens rápidos Intercity e Express.
Porém, a situação mudou e quem ganha com isso são os passageiros e principalmente os turistas estrangeiros, que poderão ter um incentivo a mais para conhecerem as duas principais cidades da Polônia.
A InterRegio sairá de Cracóvia às 7, 11 e 18 e isto já a partir de primeiro de junho.

terça-feira, 26 de maio de 2009

A foto do dia na Polônia - 1

Foto: Radosław J- wiak

A foto do dia, no jornal Gazeta Wyborcza, é esta feita no último domingo no estádio da equipe ŁKS da cidade de Łódź (pronuncia-se uúdji) durante partida entre o ŁKS Łódź e o Wisła Kraków (pronucia-se vissúa cracúf).

Polônia, berço da vodca


A revista "La Revue du Vin de France" promoveu uma degustação, em setembro de 2007, com as 25 mais famosas vodkas do mundo, de diversos países como França, Polônia, Rússia, Dinamarca, Suíça, Irlanda, Itália, Grã-Bretanha, Estados Unidos, Suécia e Ucrânia.
Uma das grandes surpresas que os degustadores publicaram na revista foi que as vodkas russas não estavam classificadas entre as melhores, quebrando o paradigma de que a Rússia era a melhor produtora de vodka do mundo.
O que estes degustadores não sabiam é que a vodka, ou wódka, no seu original polaco, nasceu na Polônia e não na Rússia. No Brasil, a russa Smirnof pode até ser sinônimo de vodca. Mas isto é porque os brasileiros desconhecem os mais de 500 rótulos de vodca polaca e gostam mesmo é de uma boa cachaça mineira. 
Uma daquelas vodcas degustadas na França recebeu elogios de "equilibrada, delicada e elegante". O nome era "Vodka Sobieski", uma "vodka estruturada, com notas frutadas" e que por isto, conquistou a melhor avaliação na degustação da revista francesa.
A história real da origem da vodka conta que ela nasceu na Polônia, na Idade Média e isto por ser comprovado em manuscritos e documentos oficiais pelo menos desde o ano 1405.
A Wódka (pronuncia-se vúdca), não é apenas a bebida oficial da Polônia. Está presente em cada festa, em cada celebração. Ao ser recebido em uma casa polaca esteja preparado para junto com os anfitriões tomar em pequenas taças, chamadas kieliszek, em goles secos, pelo menos uma garrafa.
Destas que estão na foto, gosto muito da Żubrówka, Żołądkowa Gorska, Sobielski... mas falta ainda Belwedere (a mais cara nas prateleiras) a Chopin e a Królewska.
No Brasil, além da Wyborowa (a mais conhecida polaca no Brasil, agora é possível encontrar também a Sobielski. A vodka de Jan III Sobielski, o rei polaco que expulsou os turcos otomanos de Viena e salvou a Europa do Império de Istambul. 

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Campeonato embolado até o fim


Ainda não foi neste fim de semana que a equipe do Wisła Kraków comemorou o título da temporada. Ganhou um ponto a mais que seus concorrentes, mas não foi suficiente para levantar o caneco.
A última rodada do campeonato polaco de futebol, deste ano será, no próximo fim de semana... 30 de maio e certamente será uma das mais dramáticas da história. As três mais fortes equipes polacas chegarão quase empatadas. 
Faltando uma rodada, o Wisła Kraków tem 51 pontos, o Legia de Varsóvia tem 49 pontos e o Lech de Poznań, 48 pontos. O time da cerveja de Poznań liderou quase o campeonato inteiro, mas há duas rodadas, a equipe dos brasileiros Beto e Marcelo ultrapassou e tem tudo para se sagrar bicampeã, pois vai jogar a última partida em seu estádio na aleja W. Reymonta, em Cracóvia. Não bastasse isso, tem o artilheiro do campeonato, Paweł Brożek, que está prosa e não tem para ninguém. 

P.S. apesar das cores azul, branca e vermelha...também estarei comemorando com o Wisła Kraków (pronuncia-se vissua cracuf - vístula cracóvia) ... Em que pese o Legia ser alviverde também... mas é de Varsóvia... e isso foi preponderante para não me ter como torcedor...

Pagar para ser deputado

A manchete principal do jornal Gazeta Wyborcza desta segunda-feira, 25 de maio de 2009 é:
"Pague e comece".
A reportagem de capa fala sobre a soma que os eurodeputados do PiS tiveram que pagar para a fundação do Partido. Os 18 milhões de złotych foram empregados para a criação da "Fundacja Silna Polska w Europie" (Fundação Polônia Forte na Europa, denominação da legenda de campanha do PiS-Partido Direito e Justiça) em 2004.

domingo, 24 de maio de 2009

Jarosław ataca violentamente Tusk

Jarosław Kaczyński em Rzeszów  - Foto: Krzysztof Koch

Jarosław Kaczyński, presidente do PiS (Partido do Direito e Justiça, desferiu ataque violento contra o PO (Partido da Plataforma da Cidadania) e seu governo, em Rzeszów, neste sábado.
O gêmeo do presidente da República atacou o primeiro-ministro Donald Tusk, dizendo que em caso de vitória do partido nas eleições do parlamento europeu haverá um choque econômico que vai atingir os mais pobres da Polônia.
"Dos 50 deputados polacos que serão eleitos para o Parlamento Europeu nem todos estão prontos para defender o interesse nacional polaco. A tendência agora na Polônia e na Europa é dar importância para os Estados. Questionam a necessidade de existência das nações. Alguns querem substituir os interesses da Polônia pelos interesses europeus. Esta tendência tem representantes na Polônia.", alertou Jarosław.

A janela do Papa

Foto: Ulisses Iarochinski

As aparições dos Papa na janela da Praça São Pedro, no Vaticano, nas quartas-feiras e domingos, tem origem nesta janela da Cúria de Cracóvia. O então cardeal Karol Wojtyła já conversava com os cracovianos aí. Desde a morte em às 21:37 horas, 2 de abril de 2005, do Papa João Paulo II, a janela é local de peregrinação de fiéis. Hoje esta imensa foto decora o local. Com as comemorações neste 20 de maio do nascimento do menino Karol, a frente da Cúria ficou coberta de castiçais de vidros coloridos com velas em intenção de graças. Todas as vezes que o Papa voltou a Cracóvia ele conversou, cantou e orou com os cracovianos nesta janela. Hoje os fiéis cantam e oram em sua homenagem, esperando a comunicação de que ele foi consagrado Santo Papa João Paulo II.

sábado, 23 de maio de 2009

Querem derrubar a escola de mestres

Foto: MPW

Os cineastas se desentendem com as autoridades municipais de Varsóvia. A razão da discórdia é o projeto para uma nova utilização do terreno, onde atualmente funciona o Laboratório de Filmes Documentais e de Ficção.
Os planos da prefeitura varsoviana envolve a construção de nova avenida, que vai demolir 20 edifícios, incluindo a "Escola de Mestres da Direção Andrzej Wajda"
"É hora de comemorar, não de lutar pela sobrevivência, porque este ano Varsóvia celebra os 60 anos da existência do Estúdio de Filme Documentário de de Ficção. Os nomes do povo deste lugar fala por si. Jerzy Hoffman, Krzysztof Kieślowski, Jerzy Bosak, Maria Kwiatkowska, Jan Łomnicki", protestou Wodzimierz Niderhaus, diretor de produção. A cidade rotulou o cenário como o aniversário do horror. 
Para Agnieszka Odorowicz, diretora do Instituto de Cinema Polaco, "o projeto da prefeitura a ser desenvolvido incluiu a demolição de mais de 20 edifícios utilizados atualmente pela Escola de Mestres da Direção Andrzej Wajda, como as novas salas de fotografia, arquivo sonoro, montagem, e sets de filmagem. E isto é inaceitável!".
Os cineastas e os amantes da sétima-arte, reunidos em congresso no Palácio da Cultura, não concordam que se destrua um dos ícones de uma das escolas mais importantes do cinema mundial. E estão certos.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Weiss critica Spiegel

Szewach Weiss - Foto: Rafał Guz

Shevach Weiss, polaco de nascimento é um político israelense. Membro do partido trabalhista no Knesetu, já foi embaixador de Israel na Polônia. Em artigo assinado, no jornal Rzeczpospolita, comenta notícia publicada na "Spiegel" alemã, onde a revista condena os camponeses polacos católicos, que assistiram os assassinato de polacos judeus.
Weiss defende os camponeses polacos católicos dizendo que "Eu conheço estas pessoas pessoalmente. Eles me salvaram em Borysław. A nação polaca pode se orgulhar de seus camponeses". 
Segundo ele, "o final da II Guerra Mundial, já fez 64 anos. A grande maioria dos alemães atuais, nasceram após a guerra. Quase todo o povo alemão, não tem mais qualquer ligação direta com o Nacional Socialismo - nazismo - e seus crimes. No entanto, existe ainda alguma coisa como responsabilidade histórica. Ou seja, responsabilidade pele maior crime na história da humanidade - o Holocausto - que foi trabalho dos alemães." 
Weiss reconhece que uma parte da elite alemã não consegue lidar com o enorme fardo deste de carregar na testa o sinal de Caim. "Assim, buscam partilhar a culpa dos crimes cometidos pela sua nação no passado com outras nações." Para ele, o exemplo mais recente é justamente o artigo da revista "Spiegel", intitulado "Parceiros. Europeus ajudaram Hitler a matar os judeus". "Mas isso não tem nada de novo. A primeira tentativa alemã, ocorreu pouco depois do fim da guerra e aumentou na década de 80. Em seguida, um grupo de conhecidos historiadores alemães começou a escrever uma nova história, como Ernst Nolte, Andreas Hillgruber, Michael Stürmer Hitler e famoso biógrafo Joachim Fest. Weimar justificada. Hillgruber alegou que civis foram expostas a atos de vingança, que o massacre e as múltiplas violações de mulheres por soldados do Exército Vermelho. Tópicos relacionados como estes foram visto nos últimos livros de Günter Grass, que mais freqüentemente escreve sobre o sofrimento alemão."
Weiss não tem dúvidas que tudo isso afeta a identidade atual do alemão, sua mentalidade, sua memória e tem isto tem consequências políticas inquietantes. "Evidentemente, não quero culpar todos os alemães. Existem ainda muitos liberais, tais como Joschka Fischer, que está desenvolvendo uma posição muito boa em relação ao problema da culpa. Espero que outras pessoas possam pensar como ele, ainda que não sejam a maioria na Alemanha."
O semanário "Spiegel" escreveu que a Alemanha não estava sozinha naquela tragédia. E Weiss concorda que não estavam. Os colaboradores do nazismo estavam por toda a Europa e foram muito numerosos. Mas responsabilidade ainda continuava com os alemães. "Recordo que a maioria dos alemães votaram a favor do NSDAP, e 600 mil alemães e austríacos tomaram parte direta no Holocausto! Além disso, o povo alemão tirou grande proveito de pilhagem feita por Adolf Hitler nos países ocupados. Na Alemanha, desembararam móveis, pinturas e jóias fruto de roubo."
O ex-embaixador israelense na Polônia critica a "Spiegel", dizendo que infelizmente vê a questão defendida pela revista ao condenar os polacos católicos do campo, "pelo sentido tradicional da superioridade dos alemães e do desprezo que nutrem pelos polacos. No entanto, o polaco pode estar orgulhoso de seus camponeses! Eles eram bons, diligentes e pessoas cautelosas. Muitos deles estão entre os "Justos entre as Nações", museu em Israel. E não apenas Irena Sendlerowa e Władysław Bartoszewski, mas também muitos moradores de pequenas aldeias polacas. Eu conheço estas pessoas pessoalmente. Eu mesmo fui salvo por três famílias de Borysław. Estas pessoas têm uma justiça humana natural. A Alemanha, lembrar que, enquanto nós, os judeus fomos nada para eles, para os polacos nós eram parte do seu povo".