quinta-feira, 30 de maio de 2013

Wałęsa em filme de Wajda



Foi divulgado o primeiro trailer da cinebiografia do líder sindical Lech Wałęsa, primeiro presidente eleito da Polônia após a queda do comunismo. A prévia mostra cenas de conflito entre manifestantes contra tanques de guerra, a ação brutal das forças opressoras e se apoia na figura de Wałęsa e seus discursos, além de incluir desenhos.
Destaque para o ator Robert Wieckiewicz, cujo trabalho é muito elogiado na Polônia, país da produção.
O filme aborda o período entre 1970 e 1989, quando Wałęsa fundou e liderou o Solidariedade, primeiro sindicato não-comunista do país. Considerado ilegal, o sindicato causou a prisão do ativista, mas sua luta também lhe valeu um prêmio Nobel da Paz.
A fundação do Solidariedade foi o primeiro passo histórico para o fim da União Soviética e do comunismo europeu. Com a queda do comunismo, Wałęsa se tornou o primeiro sindicalista eleito presidente na Europa, antecipando a eleição de Lula no Brasil.
A direção é do veterano e premiado cineasta polaco Adrzej Wajda, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes por “O Homem de Ferro” (1981).
A première mundial deve acontecer nos festivais de Veneza ou Toronto, em setembro, e o lançamento está marcado para 4 de outubro na Polônia. Não há previsão de estreia no Brasil.

Direção: Andrzej Wajda
Roteiro: Janusz Głowacki
Fotografia: Paweł Edelman
Cenários: Magdalena Dipon
Figurino: Magdalena Biedrzycka
Maquiagem: Waldemar Pokromski, Tomasz Matraszek
Aúdio Jacek Hamela
Montagem: Milenia Fiedler
Produtor: Michał Kwieciński
Produção: Akson Studio
Co-produção: Telekomunikacja Polska, Narodowe Centrum Kultury, Canal+ Cyfrowy
Financiado por Polski Instytut Sztuki Filmowej
Distribuição: ITI Cinema
Elenco:
Robert Więckiewicz (Lech Wałęsa),
Agnieszka Grochowska (Danuta Wałęsa),
Iwona Bielska (Ilona, vizinha dos Wałęsa),
Zbigniew Zamachowski (Nawiślak),
Maria Rosaria Omaggio (Oriana Fallaci). O filme era para ter sido já lançado, mas faltou dinheiro na produção e foram interrompidas gravações e processos de edição. Reportagem com cenas das gravações e entrevistas com Wajda e Edelman, produtor e artistas:

 

segunda-feira, 27 de maio de 2013

A tribo polaca perdida no Haiti

Legião Polaca sob as ordens de Napoleão combatem no Haiti

Texto: Raf Uzar

Talvez o grupo mais intrigante de pessoas, entre a enorme diáspora da Polônia sejam os "polacos” do Haiti. Ouvi sobre este pequeno enclave perdido de “Polonidade” no rádio e comecei a seguir “Theseus-like” os fios de histórias que poderiam me levar a algum tipo de conclusão na minha busca pela verdade nos labirintos da informação que é a Internet.
Para minha surpresa, fui capaz de reunir estas vertentes e obter algum tipo de imagem de como a Polônia conseguiu tocar a cultura do Haiti. Em 1804, o Haiti declarou sua independência da França napoleônica.
Napoleão Bonaparte rapidamente enviou uma força de mais de 5.200 legionários polacos para carimbar sua autoridade sobre os nativos e seu desejo de independência.
A metade da Terceira Brigada das legiões polacas não ficaram satisfeitas com estas ordens, pois as legiões deveriam, principalmente, estar focadas no combate pela liberdade Polaca na Europa.
A ideia de lutar contra a liberdade de um povo há mais de oito mil quilômetros de distância de sua terra natal, do outro lado do mundo, parecia tão ridícula quanto irritante para os soldados.
Mas eles eram, naquele momento, soldados de Napoleão e eles assim tiveram que seguir as ordens. As legiões polacas se envolveram na Revolução Haitiana e a maioria dos soldados morreu, embora não fosse no calor da luta, mas foram mortos pela febre amarela.
Desacostumados ao clima e aos perigos do Caribe, 4000 soldados polacos foram vitimados pela doença tropical. Os que sobreviveram tornaram-se lenda, uma lenda do Haiti.
Desgostosos de estarem lutando contra a liberdade do povo daquela ilha, os soldados polacos remanescentes decidiram se libertar do jugo francês e se juntaram a Jean-Jacques Dessalines, na luta pela independência haitiana.
Os povos indígenas ficaram tão apaixonados pelo seus irmãos de armas polacos que eles foram incluídos na Constituição haitiana de 1805. Nos artigos 12 e 13 que nenhum homem branco pode ser proprietário de terra no Haiti, com exceção dos alemães (que tinham uma pequena comunidade na ilha) e dos Polanders (polacos).
Estes polacos naturalizados haitianos tiveram um grande impacto sobre o Império nascente do Haiti, e depois, na República do Haiti.
Os haitianos ficaram impressionados com o grande amor que aqueles antigos soldados polacos devotavam a Matką Boską Częstochowską (Nossa Senhora de Częstochowa). 
Eles perceberam o quanto os legionários veneravam aquele quadro ícone. Através de um processo de assimilação e de transformação, a polaca católica Matką Boską Częstochowską se tornou o Vodu haitiano Erzulie Dantor, um espírito guerreiro, o protetor das mulheres e das crianças, associado também a proteção de lésbicas, homossexuais e mulheres abusadas.

A vudu haitiano Erzulie Dantor
Curiosamente, como Matką Boską Częstochowską, Erzulie Dantor também tem cicatrizes no lado direito do rosto, resultado de uma briga que ela teve com sua irmã, quando roubou o marido dela. A personalidade bastante diferente da Matką Boską Częstochowską.
Os laços entre as duas nações não param por aí.
Em Cazale, 70 quilômetros ao norte de Port-au-Prince vive uma comunidade muitas vezes referida como blanc e Polone.
Eles são, para todos os efeitos e propósitos, haitianos, mas devido ao fato de que a maior parte dos legionários polacos se estabeleceram justamente ali, a comunidade tem sido sempre referida como "polaca". Se você é de Cazale, você é polaco, é tão simples como isso.

O haitiano polaco Swiatoslaw Wojtkowiak
É interessante notar que existe uma elevada percentagem de olhos azuis haitianos ali. Outra ligação é o teatrólogo polaco Jerzy Grotowski, que veio ao Haiti em busca de inspiração na década de 1970. É justo dizer que o teatro experimental deve muito à espiritualidade do Vodu haitiano.
É maravilhoso como duas culturas aparentemente díspares e distantes têm linhas muito comuns entre si.
Por um lado, temos Napoleão, a batalha pela liberdade do Haiti, os legionários polacos que se juntaram aos haitianos em sua Revolução e todas as ramificações da sua presença na ilha. Isso inclui um forte marcador genético em Cazale e área circundante e o espírito guerreiro de Erzulie Dantor.
Por outro lado, temos Grotowski e seu profundo amor pelo Haiti e sua espiritualidade.
Polônia e Haiti - quem teria pensado ...?

Clique para assistir Documentário da Telewizja Polska TVP 1, produzido em 2006, sobre os descendentes dos legionários polacos de Napoleão no Caribe.

domingo, 26 de maio de 2013

Quinze polacos receberam o prêmio Nobel


As autoridades polacas sempre repetem com orgulho que seis polacos ganharam o Prêmio Nobel.
Henryk Sienkiewicz, Władysław Reymont, Maria Skłodowska-Curie (mundialmente conhecida como Marie Curie), Lech Wałęsa, Czesław Milosz e Wisława Szymborska.
Skłodowska foi a primeira mulher no mundo a receber a premiação e o fez por duas vezes, com a descoberta do rádio e do polônio.
- Mas será mesmo apenas 7?
- E os outros nove ganhadores do Prêmio Nobel que nasceram em solo da Polônia?
- Por que não são reconhecidos?
- Por que no momento da premiação tinham cidadania de outro país?
- Por que não eram católicos apostólicos romanos?

Eram tão polacos quanto estes seis reconhecidos oficialmente os seguintes ganhadores do Prêmio Nobel:

1) Tadeusz Reichstein nasceu em Wlocławek, na Polônia, em 20 de julho de 1897, químico, que em 1950, foi agraciado com o Prêmio Nobel de Medicina pela descoberta da cortisona. Faleceu na Basiléia, Suíça, em 1º de agosto de 1996.





2) Isaac Bashevis Singer (Icek-Hersz Zynger) em 21 de novembro de 1902, em Leoncin, perto de Varsóvia, na Polônia, onde viveu até 1935. E em 1978,  recebeu o Prêmio Nobel de literatura. Faleceu em Miami, em 24 de julho de1991.





3) Józef (Joseph) Rotblat nasceu em 4 de novembro de 1908, em Varsóvia. Em 1938, na Universidade de Varsóvia recebeu seu doutorado em física e, dois anos mais tarde ele se mudou para o Reino Unido. Em 1995, foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços para reduzir armas nucleares mundo. Joseph Rotblat em vida falava fluentemente polaco e ressaltava que ele era um polaco com um passaporte britânico. Ele protestou contra a economia de seu nome como "Joseph". Faleceu em 31 de agosto de 2005, em Londres.

4) Mieczysław Biegun (Menachem Begin) nasceu em 16 de agosto de 1912, em Brest, nas margens do rio Bug. Biegun deixou a Polônia em 1940. Foi o sexto primeiro-ministro de Israel, e em 1979, recebeu o Prêmio Nobel da Paz pela  assinatura do tratado com o Egito. Faleceu em 9 de março de 1992, em Tel Aviv.




5) Leonid Hurwicz, nasceu em 21 de agosto de 1917, em Moscou, filho de polacos-judeus. Mas antes de completar dois anos de idade, seus pais voltaram em 1919 para Varsóvia, onde viveu muitos anos e onde se formou em Direito em 1938. Estudou economia na w London School of Economics, de 1938 a 40 Emigrou para os EUA em 1940, onde continuou seus estudos de economia nas universidades de Chicago e Harvand. Em 2007, recebeu o Prêmio Nobel de Economia. Faleceu em 24 de junho de 2008, em Minneapolis, EUA.

6) Szymon Perski (Shimon Peres) nasceu em 2 de agosto de 1923 em Wiszniewo (região de Vilnius), deixou a Polônia em 1934. Já foi primeiro-ministro e é o atual presidente de Israel. Em 1994, foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz.





7) Jerzy Szarpak (Georges Charpak) nasceu em 1º de agosto de 1924 em Dąbrownica (Voivodia da Volínia). Foi com a família para a França em 1931. Em 1941 entrou para a resistência francesa. Em 1943 foi mandado para o campo de concentração em Dachau. Saiu um ano depois por ser poliglota. Adquiriu cidadania francesa em 1947. Ano em que se diplomou na École Nationale Supérieure des Mines de Paris Recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1992. Faleceu em 29 de setembro de 2010, em Paris, França.


8) Andrzej Wictor Schally (Andrew Victor Schally) nasceu em 30 de novembro de 1926, em Vilnius (então cidade polaca). Filho do general Kazimierz Piotr Schally (Chefe de Gabinete do Presidente da Polônia Ignacy Mościcki, após a eclosão da II Guerra Mundial) e de Maria Łącka, mulher da nobreza polaca. Em setembro, junto com o Presidente Mościcki e todo gabinte sua família escapou para a Romênia. Polaco de esquerda, recebeu o Prêmio Nobel de Medicina em 1977. Schally vem de uma família de religiosa indeterminada. De acordo com critérios raciais nazistas foi chamado de "Hybrid" e por isso o ameaçaram de morte. Tem 3 cidadanias, polaca, canadense e americana. Estudou nas universidades de Baylor College of Medicine, Tulane University e University of Miami.


9) Roald Hoffman (Roald Safran) nasceu em 18 de julho de 1937, em Złoczów, região de Lwów (então cidade polaca). Sobreviveu aos campos de concentração e então emigrou com a família para os EUA, em 1949. Estudou nas Universidade Harvard, Universidade Columbia e Stuyvesant High School. Recebeu o Prêmio Nobel de Química em 1981. Desde 1965 até hoje trabalha na Universidade de Cornell, nos EUA.



Por que não considerar então estes ganhadores do Prêmio Nobel como polacos? Oito deles (com a única exceção de Reichstein) tinham cidadania e educação polaca. Todos tinham como língua materna, ou segunda mais importante, o idioma polaco.
Embora Skłodowska seja a mais cultuada mulher polaca, ela nunca teve a nacionalidade polaca (pois originalmente era cidadã da Rússia, em em função da ocupação russa de 127 anos. E em seguida ela teve cidadania francesa. Ela, como os outros deixou a Polônia para sempre com a idade de 24 anos.
Czesław Miłosz foi outro que por muitos anos teve apenas a cidadania lituana, e escreveu principalmente em Inglês. Muitas de suas declarações indicam que ele se considerava um lituano de língua polaca, embora seu nome e sobrenome fossem literalmente polacos.
Por que a Polônia admite que Curie e Miłosz são polacos e não admite que Reichstein, Singer, Rotblat, Szarpak, Hurwicz, Perski, Biegun, Schally e Hoffman não sejam?
A razão talvez é que eles sejam religiosamente judeus, e por isso, as autoridades polacas não podem chamá-los de polacos.
A Polônia os exclui por que?
Se a Alemanha, por exemplo, tem orgulho de todos os seus ganhadores do Prêmio Nobel, muitos dos quais eram alemães-judeus. Um grande número de prêmios Nobel está incluído em ambos países. Um exemplo é a própria Skłodowska, reconhecida tanto pela Polônia, quanto pela França.
A lista oficial dos vencedores do Prêmio Nobel não inclui a categoria de "judeus" e os premiados são classificados por país de origem e / ou residência. Então, por que a Polônia não reconhece, por exemplo, que Szymon Perski é um polaco ganhador do Prêmio Nobel como polaco-israelense?
A única explicação velada - a religião - não tem sustentação, portanto!
E os critérios raciais, ou de origem também não podem ser considerados . 
Deixasse estas querelas de lado a Polônia poderia ter quinze ganhadores e não apenas seis ganhadores do Prêmio Nobel.

sábado, 25 de maio de 2013

Legia campeão polaco em 2013!

O verde e branco da Polônia, Legia Warszawa se sagrou campeão este sábado do campeonato polaco de Futebol.
O Clube de Varsóvia do técnico Jan Urban garantiu o título, após a partida do Lech Poznan contra o Podbeskidy Bielsko-Biala.
Com dois jogos de antecipação a equipe da capital ficou seis pontos à frente do time de Poznan.
Em 28 rodadas do campeonato o Legia fez 63 pontos. O saldo da equipe de capital é composto por 19 vitórias, seis empates e três derrotas. O Legia de Varsóvia marcou 54 gols e sofreu 22 gols. A maioria dos gols foi de Danijel Ljuboja (12), Jakub Kosecki (9), Marek Saganowski e Wladimer Dwaliszwili (7).
Os Legionários durante toda a temporada apresentaram-se bem de forma regular. O Legia está invicto no campeonato desde 23 de fevereiro quando perdeu de 3 a 2 em Kielce.
Urban é o oitavo treinador que levou os legionários a vencer um campeonato (já fizeram isso Janos Steiner, Ryszard Koncewicz, Jaroslav Vejvoda, Edmund Zientara, Paweł Janas, Dragomir Okuka i Dariusz Wdowczyk).
O Legia recuperou o título depois de sete anos. Foi vencedor em 2006, 2002, 1995, 1993*, 1994, 1970, 1969, 1956 e 1955.

Os Campeões
* Kadra (equipe) Bramkarze (goleiro) Obrońcy (defesa) Pomocnicy (meio-campo) e Napastnicy (atacantes).


sexta-feira, 24 de maio de 2013

Há 470 anos morria Mikołaj Kopernik

Digitalização de Dariusz Zajdel
O jornal Gazeta Wyborcza, publicou hoje, ilustração de como poderia aparentar o astrônomo polaco Mikołaj Kopernik (pronuncia-se micoúai copérnik). O rosto de Kopernik foi elaborado por Dariusz Zajdel do Instituto Forense da Polônia.
Há 470 anos, exatamente em 24 de maio de 1543, morria em Frombork, Voivodia da Vármia-Mazúria o homem que revolucionou o mundo com sua teoria heliocêntrica do Sistema Solar. 
Kopernik foi também cónego da Igreja Católica, governador e administrador, jurista, astrólogo e médico. Estudou nas universidades Jagiellonski de Cracóvia, de Bologna, Padua e Ferrara.
Nascido em Toruń, em 19 de Fevereiro, os restos mortais de Mikołaj Kopernik só foram enterrados novamente na catedral de Frombok, em 2010. Ele teve três irmãos Andrzej, Katarzyna e Barbara.

Dois sepultamentos
Kopernik teria sido sepultado na catedral de Frombork, onde os arqueólogos há mais de dois séculos, procuraram em vão por seus restos mortais. Esforços para localizar os restos mortais foram feitos em 1802, 1909, 1939 e 2004 sem sucesso.
Em agosto de 2005, no entanto, uma equipe liderada por Jerzy Gąssowski, chefe do Instituto de Arqueologia e Antropologia em Pułtusk, após a digitalização sob o piso da catedral, descobriu o que eles acreditavam ser restos mortais de Kopernik.
A descoberta foi anunciada somente após anos de pesquisa, em 3 de novembro de 2008. Gąssowski disse que estava quase 100 por cento de certeza de que era Mikołaj Kopernik.
Dariusz Zajdel do Laboratório Central da Polícia Forense da Polônia usou o crânio para reconstruir um rosto que se assemelhasse a um retrato de Kopernik, incluindo um nariz quebrado e uma cicatriz acima do olho esquerdo.
O especialista também determinou o crânio pertencia a um homem que morreu em torno da idade de 70 anos, tal como Kopernik estava no momento da sua morte.
A sepultura estava em más condições, e nem todos os restos do esqueleto foram encontrados, entre outras coisas, faltava o maxilar inferior.
O DNA dos ossos encontrados correspondeu às amostras de cabelo guardadas num livro de propriedade de Kopernik, que foi mantido na Biblioteca da Universidade de Uppsala, na Suécia.
Em 22 de maio de 2010, Kopernik teve um segundo funeral liderado por Józef Kowalczyk, ex-núncio papal e Primaz recém-nomeado da Polônia. Os restos do grande astrônomo polaco foram enterrados no mesmo lugar na Catedral de Frombork, onde parte de seu crânio e outros ossos foram encontrados.
A lápide de granito preto agora o identifica como o fundador da teoria heliocêntrica, e também um cânone da Igreja Católica Apostólica Romana.
A lápide tem uma representação do modelo do sistema solar, um sol dourado de Kopernik rodeado por seis dos planetas. A teoria de Kopernik.

Quadro a óleo do pintor Jan Matejko

O Sol é o centro, não a Terra
A teoria do modelo heliocêntrico, a maior teoria de Kopernik, foi publicada em seu livro, "De revolutionibus orbium coelestium" (Da revolução de esferas celestes), durante o ano de sua morte, 1543.
Apesar disso, ele já havia desenvolvido sua teoria algumas décadas antes.
O livro marcou o começo de uma mudança de um universo geocêntrico, ou antropocêntrico, com a Terra em seu centro.
Kopernik acreditava que a Terra era apenas mais um planeta que concluía uma órbita em torno de um sol fixo todo ano e que girava em torno de seu eixo todo dia.
Ele chegou a essa correta explicação do conhecimento de outros planetas e explicou a origem dos equinócios corretamente, através da vagarosa mudança da posição do eixo rotacional da Terra.
Ele também deu uma clara explicação da causa das estações: O eixo de rotação da terra não é perpendicular ao plano de sua órbita. Em sua teoria, Kopernik descrevia mais círculos, os quais tinham os mesmos centros, do que a teoria de Ptolomeu (modelo geocêntrico).
Apesar de Kopernik colocar o Sol como centro das esferas celestiais, ele não fez do Sol o centro do universo, mas perto dele. Do ponto de vista experimental, o sistema de Kopernik não era melhor do que o de Ptolomeu.
E ele sabia disso, e não apresentou nenhuma prova observacional em seu manuscrito, fundamentando-se em argumentos sobre qual seria o sistema mais completo e elegante.
Da sua publicação, até aproximadamente 1700, poucos astrônomos foram convencidos pelo sistema de Kopernik, apesar da grande circulação de seu livro (aproximadamente 500 cópias da primeira e segunda edições, o que é uma quantidade grande para os padrões científicos da época).
Entretanto, muitos astrônomos aceitaram partes de sua teoria e seu modelo influenciou muitos cientistas renomados que vieram depois dele, como Galileu e Kepler, que conseguiram assimilar a teoria do polaco astrônomo e desenvolve-la.
As observações de Galileu das fases de Vênus produziram a primeira evidência observacional da teoria de Kopernik. Além disso, as observações de Galileu das luas de Júpiter provaram que o sistema solar contém corpos que não orbitavam a Terra.
O sistema do polaco pode ser resumido em algumas proposições, assim como foi o próprio a listá-las em uma síntese de sua obra maior, que foi encontrada e publicada em 1878.

As principais partes da teoria são:
- Os movimentos dos astros são uniformes, eternos, circulares ou uma composição de vários círculos (epiciclos).
- O centro do universo é perto do Sol.
- Perto do Sol, em ordem, estão Mercúrio, Vênus, Terra, Lua, Marte, Júpiter, Saturno, e as estrelas fixas.
- A Terra tem três movimentos: rotação diária, volta anual, e inclinação anual de seu eixo.
- O movimento retrógrado dos planetas é explicado pelo movimento da Terra.
- A distância da Terra ao Sol é pequena se comparada à distância às estrelas.
Se essas proposições eram revolucionárias ou conservadoras era um tópico muito discutido durante o vigésimo século.
Thomas Kuhn argumentou que Kopernik apenas transferiu algumas propriedades, antes atribuídas a Terra, para as funções astronômicas do Sol. Outros historiadores, por outro lado, argumentaram a Kuhn, que ele subestimou quão revolucionárias eram as teorias do polaco de Toruń, e enfatizaram a dificuldade que ele deveria ter em modificar a teoria astronômica da época, utilizando apenas uma geometria simples, sendo que ele não tinha nenhuma evidência experimental.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Iarochinski apresenta seu novo documentário


O documentário "José Penalva - O Mestre da Música” será exibido nesta quinta-feira (23), às 20h, no Auditório Brasilio Itiberê (Secretaria da Cultura). 
Com direção de Ulisses Iarochinski, o filme conta a trajetória musical e pastoral do padre, compositor e professor. A entrada é gratuita. 
Sacerdote, musicólogo, regente e escritor brasileiro dos mais importantes da segunda metade do século XX, Penalva se destacou na composição de músicas contemporâneas de vanguarda, explorando as linguagens sacra e secular. 
Sua obra apresenta um compositor preocupado com o viés reflexivo e filosófico da criação e, ao mesmo tempo, um músico de humor refinado e de profunda humanidade.
Penalva nasceu em Campinas, em 15 de maio de 1924, e faleceu em Curitiba, em 20 de outubro de 2002.
O diretor Ulisses Iarochinski, que vai apresentar a sessão, é responsável também pela pesquisa, texto, narração, câmera e montagem do filme, que tem depoimentos de Márcio Fernandes, Edgar Serrato, Elisabeth Prosser, Maurício Dottori, Jaime Sanchez, Bruno Spadoni, Paulo da Costa, Carmen Fregonese e Norton Morozowicz.
Após a sessão, o coro Madrigal Vocale fará um recital, sob a regência de Bruno Spadoni, com músicas compostas por padre Penalva, seu fundador.
O grupo é considerado um dos coros a cappella mais importantes do Brasil. 

Serviço
Exibição do documentário "José Penalva - O Mestre da Música"
Data: 23 de maio de 2013
Horário: 20 horas
Duração: 54 minutos
Local: Auditório Brasilio Itiberê (Rua Cruz Machado, 138, Centro - Curitiba. Anexo à Secretaria de Estado da Cultura)

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Massa de Ferrari em Varsóvia

Foto: EFE
O piloto brasileiro Felipe Massa esteve neste sábado, em Varsóvia, para uma exibição com a Ferrari nas ruas da capital polaca. A demonstração reuniu 15 mil pessoas. O piloto acelerou o modelo de 2009 da equipe italiana, além de participar de um desfile de carros de rua da montadora.
"Foi um grande dia, porque é sempre divertido dirigir um carro de F1 pelas ruas da cidade", comentou Massa. O brasileiro encarou isso como uma maneira de treinar para o Grande Prêmio de Mônaco, próxima etapa do Mundial de Pilotos, onde a pista estreita é uma das principais características.
"Para mim, era quase como uma sessão de treino para Mônaco, onde também as barreiras estarão muito perto do carro", considerou. Massa fez a primeira viagem para a Polônia e conferiu de perto a paixão da torcida pela Formula 1. 

Clique no link para iniciar o vídeo.
Assista a volta de Felipe Massa no circuito de rua na Polônia

A Fórmula 1 teve como principal representante do país recentemente Robert Kubica, que se afastou em virtude de um grave acidente, quando participava de uma prova de rali, na Itália. "Esta é a primeira vez que venho para a Polônia e foi fantástico ver tantas pessoas ao longo da rota. Há muito entusiasmo aqui e acho que é em parte por causa do que Robert Kubica mostrou que podia fazer. A Fórmula 1 perde muito sem ele e espero que ele possa voltar a correr com a gente em breve", acrescentou.
Outro piloto, que a Polônia considera como polaco a brilhar na Fórmula 1, além de Kubica (pronuncia-se cuBitssa - sílaba forte é a penúltima, pois é paroxitona) é o brasileiro Emerson Fitipaldi, que embora leve sobrenome do bisavô italiano é filho da polaca, Jusy Wojciechowska (filha de Jan), nascida em Pulin, Polônia. "Apesar das dificuldades, alguns da minha família conseguiram voltar à Polônia, onde meu bisavô possuía algumas terras.”, diz Emerson.

sábado, 18 de maio de 2013

Polaca dá a luz a um bebê embriagado.

Após uma noite regada a álcool, uma polaca de 24 anos deu a luz a uma criança com embriaguez. O parto aconteceu nesta quinta-feira, na Polônia.
De acordo com reportagem do jornal sensacionalista inglês "Daily Morrior", o bebê nasceu prematuro e está em recuperação na incubadora.
Os cirurgiões foram obrigados a realizar uma cesariana de emergência após a mãe cair em um loja de bebidas na cidade de Tomaszów, na Polônia, quando tentava comprar mais bebida alcoólica.
A criança nasceu agarrada à vida, com envenenamento grave de álcool devido aos níveis excessivos de bebida alcoólica na corrente sanguínea da mãe.
Segundo porta-voz do hospital, Wojciech Zawalskia criança nasceu com os batimentos cardíacos muito lentos, além de ter 4,5g de álcool na corrente sanguínea.
O bebê prematura de duas semanas está se recuperando em uma incubadora no setor de cuidados intensivos, onde ele está sendo desintoxicado do álcool.
Para ser enquadrado na "lei seca" da Polônia, basta o cidadão estar com 0,2g de álcool no sangue. Ou seja, o bebê nasceu com um número 23 vezes maior do que o permitido para dirigir no país.
A polícia e os promotores estão agora interrogando a mãe sobre a acusação de pôr em perigo a vida de um feto. "O assunto está sob investigação", disse um porta-voz da polícia.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Polônia 6 X 2 Alemanha, no jogo dos descendentes

Fotos: Daio Hofmann
O Consulado Geral da Polônia, em Curitiba, com o apoio de outras instituições tem promovido um congraçamento de etnias desde o ano passado, sempre no mês de maio. Em 2012, o motivo principal foi a EuroCopa de Seleções de Futebol, que se realizou conjuntamente na Polônia e na Ucrânia.
Também como parte das comemorações do Dia da Constituição da Polônia, o evento contou com uma partida de futebol entre descendentes de polacos e de ucranianos e apresentações de grupos folclóricos e almoço típico, no Estádio do Triste Futebol Clube, no bairro de Santa Felicidade, em Curitiba.
O resultado daquela partida foi surpreendente: 18 gols a zero para a equipe dos descendentes de polacos.
O evento teve tanto sucesso, que o Cônsul Geral Marek Makowski quis repetir a dose que este ano, no último sábado, dia 11 de maio, no estádio do Triste F.C. foi realizada outra festividade com o apoio, desta vez, do Consulado Geral da Alemanha em São Paulo.
A equipe polaca desta vez jogou com uniforme trazido especialmente da Polônia e que é o mesmo usado pela seleção nacional de futebol. O motivo este ano foi a Semana Europeia, evento organizado por várias instituições étnicas e representações dos países que ajudaram na formação cultural de Curitiba.

No meio da torcida, Ulisses Iarochinski
Na semana, entre outros eventos, aconteceu uma série de exibições de filmes. "Mój Rower" do cineasta Piotr Trzaskalski, foi o filme que representou a Polônia. E a abertura da exposição "Um intrépido polaco em céu brasileiro", no Museu Paranaense, sobre a façanha do aviador polaco, Stanisław Skarżyński.
A festividade no estádio do Trieste começou com a apresentação das bandeiras do Brasil, Polônia, Alemanha e União Europeia e os hinos nacionais com os corais João Paulo II e Harmonia.
Depois da partida e do almoço com um seleção de pierogi da banca do Mirek, aconteceram as apresentações dos grupos folclóricos. Brilhantes as apresentações do Grupo Folclórico Alemão da Sociedade Concórdia, Grupo Folclórico Polaco Wisła e Grupo Folclórico Junak.

A PARTIDA 
Mas no campo de jogo, as coisas não foram tão fáceis como aqueles 18 a zero contra os ucranianos. A representação alemã foi mais aguerrida. Os descendentes de alemães, em sua maioria, jovens da Colônia Wittmarsum, da cidade vizinha de Palmeira, assustaram a equipe dos polacos do Bairro de Santa Cândida de Curitiba saindo na frente com um gol logo no início da partida.
Mas logo, a Polônia curitibana passou a frente com três gols. Os alemães de Wittmarsum não se entregaram e foram a frente marcando seu segundo gol. O primeiro tempo terminou com o placar assinalando Polônia 3 X 1 Alemanha.
No segundo, tempo, com o sol forte do meio dia, as equipes diminuíram o ritmo. Mesmo assim, os polacos da Colônia Santa Cândida marcaram mais três gols e o resultado final foi 6 gols para a Polônia e 2 gols para a Alemanha.
Destaque para Jean Carlos Alberti, camiseta 5, volante, o melhor da partida.  Pelo lado alemão, Marineu da Luz se sobressaiu.
Ainda como destaque a presença de jogadores pertencentes, principalmente, a duas famílias que colonizaram Santa Cândida, os Kulik e os Cebola (Cebula).
As equipes jogaram assim:

POLÔNIA 

Fábio Spichla (1) - goleiro
Ernani Kulik Silva (4) - zagueiro
Jean Carlos Alberti (5) - volante
Carlos R Bonfim (6) - lateral esquerdo
João A. Baudy Junior (7) - lateral direito
Ernany Kowalsky (8) - meia esquerda
Rafael José Cebola (9) - centroavante
Felipe Choinski (10) - meia direita
Renan Luiz Kulik (11) - atacante

Cleyton Manicka (12) - goleiro
Carlos Eduardo Cionek (13) - meia direita
Robson Otto (14) - atacante
Adrean de Oliveira Cebola (15) - lateral direita
Rodrigo Luiz Kulik (16) - zagueiro
Marcos Vinicius Cebola (17) - atacante
Lucas Daniel Kulik (18) - volante

Carlito R. Lourenço - técnico
Antonio Carlos Alberti - comissão técnica
Edson Kulik - auxiliar comissão técnica

ALEMANHA

Ralf Friesen (1) - goleiro
Teo Friesen (2) - lateral direito
Eugen Schartner (3) - zagueiro
Reni Stempniak (4) - zagueiro
Matheus Enns (5) - volante
Reinhold Kliewer (6) - lateral esquerdo
Tiago Domingos (7) - meia
Artur Heinrichs (8) - volante
Silas Enns Ferreira (9) - atacante
Marineu da Luz (10) - meia
William Dyck (11) - atacante

Jonathan Harder (12) - goleiro
Berthold Warkentin (13) - meia
Jeferson Warkentin (14) - meia
Elvis Dyck (15) - lateral direito
Tomas Dück (16) - lateral esquerdo
Berny Heinrichs (17) - zagueiro

Wagner Hoelzer - Técnico
Ferdenand Dück - Auxiliar técnico

A partida foi apitada por:
Arbitro: Felipe J. Jarek
Auxiliar 1: Sandro Marmitt
Auxiliar 2: Bruno Wirgues
Mesário: Jeferson Souza