domingo, 7 de junho de 2009

Eleições europarlamentares na Polônia

A partir das 8,00 da manhã de ontem, sábado, todos os locais de votação na Polônia já estavam abertos. Os polacos votam para eleger seus representantes junto ao Parlamento Europeu. Segundo o vicepresidente da PKW, Stanisław Kosmala, "Houve alguns atrasos nas comissões eleitorais das seis seções de Olsztyń".
Os postos de votação funcionam também neste domingo para eleger 50 deputados de um total de 1301 candidatos. Entre estes, estão 306 mulheres e 995 homens, o mais novo candidato tem 21 anos e o mais idoso 81 anos. Estão aptos a votar cerca de 30 milhões de polacos, inclusive em urnas espalhadas pelos consulados de todo o mundo. No Brasil, existem seções em Brasília, São Paulo e Curitiba. Podem votar inclusive brasileiros, que receberam cidadania polaca e se inscreveram no consulado para tal e portarem no momento da votação o passaporte polaco.
Estas eleições não acontecem apenas na Polônia, mas também em todos os 27 países membros da União Europeia.

Antimísseis na Polônia

A manchete principal deste fim de semana do jornal Gazeta Wyborcza é:
PATRIOT NESTE ANO
A reportagem fala sobre a instalação na Polônia da base norteamericana antimíssil Patriot, no norte do país. Segundo o jornal, no entanto, tudo depende das negociações polaco-norteamericanas sobre o pagamento do imposto VAT (imposto de valor agregado) por parte de turistas dos Estados Unidos em passeio pela Polônia. Os norteamericanos não querem mais pagar o imposto comum em toda União Europeia, especialmente em território polaco.  

sábado, 6 de junho de 2009

Seis milhões de mortos são revistos

O número ícone de 6 milhões novamente é revisto na Polônia.

O jornal Rzeczpospolita divulgou esta semana o informe de 17 de dezembro de 1946, assinado pelo chefe do Gabinete de Compensações de Guerra, e Presidente do Conselho de Ministros, Jerzy Osiecki, onde este ordenava ao estatístico e demógrafo Jacob Berman que tentasse determinar o número real de cidadãos polacos mortos durante a II Guerra Mundial. Berman, embora tivesse tido muitas dificuldades em seu trabalho apresentou a cifra de 6 milhões e 28 mil polacos. 
Mateusz Gwiazdowski, que publicou a diretiva Berman comentava que o objetivo, era na verdade, encontrar quantos polacos foram mortos não só pelos alemães, mas também pelos soviéticos russos. Não houve preocupação em apresentar unicamente os judeus mortos, mas sim todos os cidadãos da Polônia, fossem eles católicos, protestantes, ciganos, ateus e judeus.
Passados mais de 50 anos do fim da guerra, contudo, ainda é impossível apresentar um número exato de mortos que possuíam a cidadania polaca. Para o Rzeczpospolita, este número tanto pode ter sido 4,5 milhões como 8 milhões.
O que, no entanto, não resta dúvida é que o ícone do Holocausto judeu de 6 milhões de mortos não é correto. A comunidade judaica mundial (viviam na Polônia, antes da segunda guerra mundial 3,5 milhões de cidadãos nascidos em território polaco de orientação judaica) toma para si os seis milhões como se este número representasse apenas os seus mortos. Estudos recentes, tanto na Polônia, como na Alemanha, demonstram que o número mais provável de judeus mortos foi de 2 milhões e 700 mil polacos de religião judaica durante a segunda guerra mundial.
Recentemente, em discussões em Bruxelas, o presidente da Polônia, Lech Kaczyński, solicitou que no escopo da Constituição Europeia se fizesse constar que durante a segunda guerra mundial morreram 6 milhões de polacos. Kaczyński não fez separação entre polacos católicos, ortodoxos, ciganos, protestantes, ateus e judeus...Apenas polacos.

Alemães agradecem a Polônia

Ilustração: Gazeta Wyborcza

"20 anos atrás, a coragem em busca da liberdade venceu na Polônia, e depois na Hungria e na então Tchecoslováquia. A liberdade polaca abriu o caminho para a reunificação alemã e da unificação da Europa. Nós, na Alemanha, nunca vamos nos esquecer disto".
Estas foram as palavras do Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, na abertura da exposição "20 anos de liberdade na Europa - A Alemanha agradece", na igreja da rua Krakowski Przedmieściu, em Varsóvia, neste sábado.
Por sua vez, John Reyels, adido Imprensa da Embaixada da Alemanha, em Varsóvia fez questão de "agradecer a nossos vizinhos. Em particular, a Polônia, onde tudo começou. Estamos conscientes de que sem um forte movimento civil neste país não haveria a queda do Muro de Berlim e a reunificação da Alemanha."
A exposição multimídia aberta, em Varsóvia, que teve ainda a presença da prefeita da cidade Hanna Gronkiewicz-Waltz e do prefeito de Berlim, Klaus Wowereit, terá a apresentação de filmes documentários sobre o impacto da vitória do Solidariedade em 1989, a situação além do rio Odra, realizados em parceria entre os dois países nestes 20 anos de liberdade, através de organizações de cooperação juvenis polaco-alemã. Ainda fazendo parte da exposição estão programados debates, concertos musicais e perfomances artísticas.
Ainda neste sábado, apresentam-se Steffen Möller, o grupo juvenil berlinense Radiopilot junto com Łukasz Kobylański e o grupo Jazz Quartet da Polônia. Amanhã, domingo, será a vez da Orquestra Sinfônica Iuventus apresentar obras de Beethoven e Mendelssohn. Um simbólico muro construído com centenas de balões pelo artista de Wrocław, Sine Greinert será o ponto alto das perfomances do dia. 
A exposição "20 anos de liberdade na Europa - A Alemanha agradece" foi vista pela primeira vez há algumas semanas em Praga, na República Checa. Em Varsóvia, ela vai apenas até a próxima segunda-feira. Depois seguirá até Gdańsk, onde ficará uma semana. As autoridades de Berlim pretendem levar a exposição também para Bratislava, na Eslováquia, e Budapeste, na Hungria.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Airbus 330: Polônia também de luto


As famílias de Piotr e Robert de uma pequena cidade silesiana de Orzesze na Polônia estão vivendo momentos dramáticos. Um dos polacos desaparecidos deixou uma filha de cinco anos órfã. A mãe da menina morreu recentemente."A criança está sob cuidados. Estamos oferecemos apoio psicológico, e certamente não a deixaremos sozinha", assegurou o viceprefeito de Orzesze, Andrzej Bujok.
"Vamos tentar estar próximos, mas sei que é difícil escolher palavras. Preparamos a devoção com a esperança de que o pai ainda seja encontrado. Oramos para a falta, e não para os mortos", disse o Padre da paróquia local, Ambrose Siemianowski.
Além dos dois polacos da pequena Orzesze outros dois cidadãos polacos estavam no avião da Air France avião com 228 pessoas a bordo que desapareceu na segunda-feira.
Segundo informações do sitio polaco Alert24 outros dois polacos estariam no vôo. Seriam funcionários do setor de bagagens do aeroporto de Dublin, na Irlanda, que estariam de férias no Brasil. O Ministério das Relações Exteriores da Polônia, em contato permanente com as autoridades de Paris, no entanto, só confirmam Piotr e Robert da Silésia.
Igreja católica de São Adalberto em Orzesze

A pequena e milenar Orzesze tem cerca de 18 mil habitantes e fica próxima a Katowice, capital da Voivodia da Silésia

Dia da Liberdade em Wrocław

Signatários da Declaração da Liberdade - Foto: Mieczysław Michalak

"Aqui, em Wroclaw, teve um forte Solidariedade. Aqui tivemos um grande comitê de cidadania, graças a isso temos hoje liberdade", afirmou chorando Władysław Frasyniuk, legendário líder da oposição da Baixa Silésia, nas comemorações do 4 de junho, no Rynek (praça central) de Wrocław.
O pronunciamento de Frasyniuk foi dado pouco antes da leitura da Declaração da Cidade, lida pelo prefeito Rafał Dutkiewicz", onde os wrocławianki apelam ao Parlamento da República para que se crie o "4 junho - Dia da Liberdade".

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Moldávios contra comunismo

A recente revolução na Twitter na Moldávia é retratada no filme documentário "Tara Povestilor" (O País dos Contos de Fada). O filme conta a vida de três famílias do interior de três países bem diferentes, Dinamarca, Moldávia e Romênia. Uma das pessoas envolvidas na produção é Natalia Morar, reconhecida ativista anticomunista da Moldávia. O filme é originalmente em idioma romeno (uma das línguas da Moldávia) mas pode ser acessado em inglês. Abaixo o filme pode ser assistido.

Tara Povestilor (Страна Сказок) from Denis Bartenev on Vimeo.

P.S. Informação recolhida do blog Ucrânia em África, que pode ser acessado ao lado em "Recomendo"

Pinturas mais realistas que fotos

Quadro Czerwcowe Wybory de Dominika Rostworoswski

Entre tantas exposições abertas nesta semana em comemoração aos vinte anos da queda do comunismo soviético, nenhuma chama mais atenção que a dos quadros de Dominika Rostworowski.
Pois quem conscientemente viveu naqueles dias, encontra nas pinturas de Dominika Rostworowski importantes pedaços de sua própria biografia, como a determinação de lutar de Don Quixote contra as forças da escuridão e do desespero. O espírito de luta contra a inundação para o advento da primavera, o renascimento da esperança, da bondade e da verdade que todos necessitam ganhar, ou seja, a grande vitória final, que é a aurora da liberdade. 
A exposição comemorativa dos 20 anos de democracia polaca nas telas de Rostworowski relembram o período de 1980 a 1989, onde a Lei Marcial de dezembro de 1981, com toda sua escuridão só fez nascer do breu um horizonte de luz, transformados naquelas eleições de 4 de junho de 1989 por um mundo novo. A obra da artista certamente é mais realista do que tantas fotografias da época. Seus quadros definem os problemas contemporâneos em sua perspectiva correta.
A exposição tem vernissage de abertura nesta quinta-feira, às 18:30, na galeria da própria artista, na ulica (ulitssa - rua) św. Jana 20, em Cracóvia

O comunismo caiu na Polônia primeiro

Premier Donald Tusk  no monumento em Nowa Huta
Foto: Tomasz Wiech

As comemorações dos vinte anos de democracia e queda do comunismo tomam conta, nesta quinta-feira, 4 de junho de 2009, de toda Polônia. Mas ainda ontem, a cidade comunista (atualmente bairro de Cracóvia) de Nowa Huta recebeu os convidados do primeiro-ministro Donald Tusk para dar início aos festejos cracovianos. Entre tanta gente importante, destacavam-se o herói da queda do comunismo Lech Wałęsa, a alemã Angela Merkel, a ucraniana Julia Tymoszenko, o tcheco  Vaclaw Havel, além de anarquistas e moradores do bairro.
Os convidados abriram a exposição no Museu da História da Polônia com fotos de Erazm Ciołki, Stanisław Markowski, Jack Wcisło e Andrzej Stawiarski. As fotografias foram escolhidas por Krystyna Zachwatowicz e Piotr Chuchro.
Depois foram até a mina de Sal de Wielicka, onde jantaram a mais de 100 metros abaixo da superfície.
Mas a festa maior acontece no panteão nacional do Castelo de Wawel, no centro de Cracóvia no dia de hoje com os mesmos convidados estrangeiros que estão em Cracóvia desde ontem. Na catedral de Wawel, o cardeal metropolitano Stanisław Dziwisz faz um chamamento aos jovens de toda Europa para que persigam a cooperação e solidarieda internacional. Logo em seguida umcoral de 400 vozes coms estudantes de Liceus da cidade que cantam o "Te Deum". Preside a cerimônia Krzysztof Kolberger.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A menina Marta de 20 anos atrás

A menina Marta de ontem - Foto: Andrzej Stawiarski

Ela tinha 15 anos e não imaginava que poderia não sobreviver à queda do comunismo, na Polônia. Após 20 anos, o jornal Gazeta Wyborcza encontrou aquela menina com a imagem da campanha do sindicato Solidariedade de 1989. Seu nome MARTA CIEMNIEWSKA.
A fotografia símbolo daquele ano de mudanças foi feita pelo fotógrafo Andrzej Stawiarski, em 4 de Junho de 1989, na rua Sienna, junto à sede do Clube de Inteligência Católica, em Cracóvia. Naquele dia a estudante cracoviana do primeiro ano do I Liceum Ogólnokształcącego de Cracóvia recebeu de sua irmã mais velha, Dorota, o placar que carregou no corpo pelas ruas de Cracóvia chamando a população para votar numa nova Polônia Livre. A menina Marta distribuiu panfletos e acreditava que estava fazendo um trabalho de cidadania.
Hoje ela está casada, mora em Varsóvia e trabalha como gerente num grande banco. Sua família sempre esteve engajada em movimentos políticos. Sua avó, Izabella Alszer trabalhava como voluntária na KIK e seu pai Maciek Krakowski no Comitê Cracoviano de Cidadania. Seus avôs Mieczysław e Czesława Krakowski foram soldados da AK-Armia Krajowej durante a segunda guerra mundial.
"Naquele dia não preguei os olhos. Na tensão à espera dos resultados daquela votação informal e quando minha foto apareceu nos jornais a alegria aumentou ainda mais e fiquei sem dormir de novo. Evidentemente naquele momento não refletindo sobre as consequências da vitória do Solidariedade." diz Marta em meio a sorrisos de recordação.
Aquele carnaval eleitoral virou fascínio pela política. Já na escola, Marta começou a participar da Juventude Democrática da República. O estudo das atividades dos partidos legais tomou a maior parte do seu tempo. Manifestações com cartazes e participações em debates, reuniões com os ativistas não a impediram contudo de continuar estudando. Sua militâcia política culminou com o ingresso na política partidária nas eleições de 1997. Marta foi a candidata mais jovem de Cracóvia. Contudo, não foi eleita para o parlamento. Mas seus 1100 votos foram um dos melhores resultados entre os candidatos de Cracóvia. Ao entrar para a Universidade de Varsóvia, Marta começou a se afastar da política. Formou-se, casou e assumiu a educação de seus dois filhos.
"Aquela eleição de 4 de Junho de 1989 ficou para trás mais ainda remete a doces pensamentos. Claro, numa democracia você pode organizar tudo bem melhor, ainda mais quando vivemos em um belo país como o nossa", acredita Marta.

A mulher Marta de hoje na mesma rua de 20 anos atrás
Foto: Michal Lepecki

Vinte anos de democracia polaca

O herói da liberdade, Lech Wałęsa - Foto: Peter Andrews

A Polônia vem se preparando há meses para este 4 de junho de 2009. Há exatos 20 anos, no porto de Gdańsk, na costa do Báltico polaco, o eletricista Lech Wałęsa, seus companheiros de estaleiros e o mineiros de Katowice (sul da Polônia) davam um xeque-mate na União Soviética. O Império soviético russo que há tempos tinha deixado os dogmas Marx, Lenin e Trostki para abraçar o comunismo fascista de Stalin caiu... Mas foi na Polônia... Não no Muro de Berlim. Os alemães que já tinham se apropriado da cerveja polaca, do sonho (doce recheado com creme de petalas de rosas) também se apropriaram do ícone da queda do comunismo. Os alemães tentam fazer o mundo acreditar que foram eles que derrubaram o comunismo. Vendem os tijolos do muro de Berlim com ícones da luta de Wałęsa, Mazowiecki e muitos homens com sobrenomes terminados em nski.

A pop star do rock Kylie Minogue 
Foto: Remy de la Mauviniere



O comunismo soviético de Stalin caiu, mas foi na Polônia... Não foi no Muro de Berlim. O comunismo caiu foi em Gdańsk, que os alemães ainda teimam em chamar de Dantzig (em função de terem ocupado por 150 anos as terras polacas do costa do Mar Báltico...De terem ocupado de forma implacável e assassina a Pomerânia polaca.
A Polônia neste quatro de junho está em festa. A pop star Kylie Minogue e o grupo Scorpions vão cantar em Gdańsk... Perfect, Oddział Zamknięty, Kayah e T Love fazem o espetáculo de Varsóvia.
Os 20 anos da queda do comunismo tem shows, concertos, exposições, seminários, congressos, festas por todo o país.
Os clubes, bares e discotecas também promovem suas festas. Em algumas cidades, além de manifestações, as ruas e praças ganham espetáculos ao vivo com teatro, performances e música.
Os vinte anos de democracia na Polônia tem um sentido maior, pois só quem passou mais de cento e cinquenta anos de ocupação estrangeira - Primeiro foram os 127 anos de invasão e ocupação covarde de Rússia, Prússia-Alemanha e Império Austro-Húngaro, depois os 40 anos de comunismo soviético - sabe e avalia a Liberdade.
As festas acontecem em cidades grandes e pequenas, como:
- Kołobrzeg: festa "Passos para a Europa".
- Szczeciń: Concerto operístico Gryfa Zachodniopomorski
- Poznań: Congresso científico "De junho a junho" e o concerto com o grupo Bardowie.
- Odolanów: inauguração do monumento a Lecha Wałęsa.
- Wrocław: Exposição "Na Okrągło: 1989-2009". Presença do ex-presidente Vaclav Havel que receberá o troféu Jan Nowak-Jeziorański. E ainda o espetáculo de músicas folclóricas "Europa Na Widelcu w Rynku", no Rynek (praça central.
- Katowice: Placar eletrônico com a contagem dos dias de liberdade. Ônibus farão o percurso da estrada da liberdade até o Museu da Mineração com a inaguração do monumento ao "Wujek" que foi preso por defender idéias de liberdade. E serão soltos mais de 10 mil balões amarelos através da cápsula do tempo.
- Kielce: nas ruas Dużej e Sienkiewicza, no local onde estava a sede do Comitê de Cidadania "Solidarność", serão descerradas as placas em comemoração aos 20 anos de democracia.
- Lublin: Exposição de posters, fotografias e documentos. No teatro NN haverá uma apresentação lembrando os 20 anos e a noite na Filharmonia Lubelski ocorrerá o concerto "A liberdade está com a gente", além de um show de rock plaça Zamkowym com o grupo Coma.
- Radom: Seminário e apresentação do filme "Polska 1989-2009". Exposição de livros sobre tudo o que já foi escrito sobre o Solidariedade e os 20 anos de democracia.
- Białystok: Concerto "Entre nós a Liberdade" com os grupos Habakuk e Sandaless.
- Suwałki: Apresentação e deposição de flores no Monumento a Liberdade. No Arquivo público acontece a exposição "O futuro da Polônia está em suas mãos".
- Rzeszów: Palestra do IPN0 Instituto da Memória Nacional sobre a queda do sistema comunista e como a Polônia desenvolve sua democracia nestes 20 anos.
- Przemyśl: Apresentação teatral reconstituindo "A ruína do Muro" com mais de 500 atores e atrizes.
- Gorzów: Exposição "Liberdade Nacional. Eleição de 1989 em Gorzów Wielkopolski".
- Olsztyń: no teatro Jaracz seminário lembrando os 20 anos da queda do comunismo e na velha torre da cidade será aberta a exposição "Os moradores de Olsztyń em junho de 1989".

terça-feira, 2 de junho de 2009

Há 30 anos ele beijou a terra da Polônia

Foto: Ireneusz Radkiewicz

Vendo, hoje, esta foto acima, fica difícil entender aquele momento a partir dos acontecimentos atuais. Afinal só há 20 anos, o comunismo foi derrubado na Polônia
Naquele 2 de junho de 1979, exatos trinta anos atrás, a decisão do polaco Karol Wojtyła de visitar pela primeira vez sua terra na condição de Papa João Paulo II soava como provocação a Moscou. Muitos louvaram sua coragem, pois todos tinham quase certeza que os tiranos da Praça Vermelha iriam matar o líder da Igreja Católica Apostólica Romana.
O dois de junho caiu num sábado de muito sol e céu azul. A temperatura estava quente não só nos termômetros, mas também no coração de milhares de polacos, que em peregrinação de todos os cantos da nação acorreram a praça Pilsudski de Varsóvia, transgredindo a ordem vigente.
A pista o aeroporto de Okęcy ficou coberta com flores brancas, vermelhas e amarelas. Cores da Polônia e do Vaticano. Apenas uma lista negra de asfalto ficou livre para a descida do avião papal. Ali mesmo, ele fez o gesto que se tornou famoso em todas suas viagens. E foram tantas em seus quase 28 anos de papado. Só ao Brasil, o papa "da una paese  lontano" foi duas vezes. 
Naquele sábado varsoviano, o filho de Wadowice, tão logo pisou no solo, ajoelhou-se e beijou a terra sagrada da sua Polônia.