quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Restauração em Cracóvia
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
A banda na "Gazeta do Povo"
Ascensão e queda da banda polaca
IRINÊO NETTO
O cronista Dante Mendonça fala sobre a história e o humor dos imigrantes poloneses em Curitiba
Mendonça: terreno minado
Descendente de italianos, nascido em Nova Trento (SC), Mendonça veio para Curitiba em 1970 e, seis anos depois, era um dos responsáveis por instituir a Banda Polaca, espécie de resposta curitibana bem-humorada ao carnaval carioca.
Se, no Rio, as mulatas sambavam debaixo do sol, na capital paranaense, de “pluviosidade acima da santa paciência”, seriam as polacas a desfilar em carros abertos.A Banda Polaca entrou em crise em 1981, ano em que agrediram o travesti de nome Gilda que levou um chute na cara enquanto tentava subir em um dos carros do desfile. Um ano depois, a banda passou a se chamar Vermelha e Preta. Era o início do fim (que veio no ano seguinte).“Vinte e seis anos depois, a Banda Polaca ressurge no papel para emprestar seu nome ao título deste livro, com o sentido de parte, lado, jeito de um Brasil diferente”, escreve Mendonça na apresentação, para depois dedicar o livro aos integrantes da banda, que o fizeram “polaco com muito orgulho”. O prefácio é do jornalista Ulisses Iarochinski e o posfácio, do escritor Wilson Bueno.
Curitiba é a terceira cidade do mundo em número de habitantes de origem polaca – atrás de Chicago e de Varsóvia – e a única do Brasil a ter grafia em polonês: Kurytyba. O autor acredita que entender a influência dos poloneses na história e nos “causos” de Curitiba é saber mais sobre a identidade paranaense.Uma das primeiras pessoas com quem Mendonça dividiu a idéia de escrever o livro foi Jaime Lerner – ele também de origem polonesa. O arquiteto disse que a tarefa seria complicada, pois se trata de um humor “oral”. A graça de algumas histórias está no sotaque, capaz de dar significados inusitados (e hilários) até para nomes de ruas. O livro cita exemplos: Padre Agostinho vira Padre “Gostosinho”, Ubaldino do Amaral fica “O Baldinho” do Amaral e Saldanha Marinho, de modo misterioso, se transforma em “Sandálha” Marinho.A solução encontrada por Mendonça foi tentar transcrever o modo de falar para o texto, usando acentos e um tanto de criatividade. A Banda Polaca tem ilustrações geniais de Márcia Széliga, umas feitas para o livro e outras reproduzidas de seus cadernos de estudo, quando cursou a universidade em Cracóvia.Nas piadas – ou “causos” –, ao contrário do que acontece com os portugueses, quase sempre retratados como burros ou ignorantes (ou ambos), os poloneses são, de modo paradoxal, ingênuos e espertos.Para o autor, o paranaense tem um modo próprio de fazer humor que parece mais ligado ao enredo de uma boa história do que ao punchline (o arremate que faz rir) de uma piada.* * * * * Serviço: Lançamento do livro A Banda Polaca – Humor do Imigrante no Brasil Meridional, de Dante Mendonça com ilustrações de Márcia Széliga (Novo Século, 148 págs., preço a definir). Casa Romário Martins (R. São Francisco, 30 – Largo da Ordem), (41) 3321-3255. Dia 26 de setembro, às 18 horas.
Festival do repolho azedo
A cidade de Żywiec, no Sul do país - fronteira com a Eslováquia, promoveu no fim-de-semana (17-20 de agosto) mais um "Festiwał Kwaśnicy" (Festival do Repolho Azedo), com a pretensão de ser mundial. Foram cozinhados 11 mil litros de sopa de "Kapusta kwaśny" (repolho azedo). A idéia dos organizadores do festival é de que este ano a sopa de Żywiec entre para o Guiness - livro dos recordes. Em anos anteriores, o festival era realizado apenas nos restaurantes da cidade. Neste ano, com vários patrocinadores foi possível expandir o evento para um parque, onde além da desgustação, os participantes contaram com espetáculos de vários artistas do país. Mais de 40 mil pessoas tomaram a deliciosa sopa, que teve como cozinheiros, os mais famosos "chef" de programas de culinária da Polônia.
Os Kaczyński
Polônia - um país para se rir
Tempestade assassina
As fortes tempestades que atingiram a região Nordeste da Polônia, na tarde desta terça-feira, causaram a morte de 3 pessoas, dezenas de feridos e 10 desaparecidos. Os ventos fortes na Mazúria atingiram barcos que veraniavam nos infindáveis lagos daquela região. As buscas prosseguem, nesta quarta-feira, debaixo de muita chuva. Em Białystok mais de 40 mil casas ficaram sem energia. Na região central do país, os fortes ventos derrubaram centenas de árvores dos bosques.
terça-feira, 21 de agosto de 2007
Cracóvia, Cracóvia
Manual de boteco em Curitiba
O Botecário foi criado num boteco, com ajuda dos amigos do boteco, editado por um boteco e, por dez realitos, só ali estará à venda: no bar Ao Distinto Cavalheiro, onde será realizada a festa de relançamento, com a animação do grupo de chorinho do maestro Matoso.
Do boteco, ao boteco, para ser lido no boteco, como se fosse uma piada de boteco, o Botecário é uma espécie de “Berlitz” do bem beber, com expressões idiomáticas da cultura libativa em 20 línguas, dialetos e patuás. Sem faltar uma língua morta, o latim. No idioma polaco a tradução é de Ulisses Iarochinski.
“Beber é boa loucura, mas tem o seu método” - diz no prefácio o escritor Sérgio da Costa Ramos - “Com léxico, plexo e nexo”. Para rechear a obra de nexo, os companheiros de boteco ilustram esta segunda rodada: estarão presentes os cartunistas Solda, Tiago Recchia, Miran, Orlando e Marco Jacobsen, além da participação especial do escritor e publicitário Ernani Buchmann.
Por se tratar de um boteco a caráter, Ao Distinto Cavalheiro se posta numa esquina: Rua Saldanha Marinho, 894, com Visconde do Rio Branco (Centro de Curitiba).
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Essa segunda edição do Botecário serve de aperitivo para o meu próximo livro - “A Banda polaca, o humor do imigrante no Brasil Meridional” (Editora Novo Século - SP) - que será lançado no dia 26 de setembro, na Casa Romário Martins, Largo da Ordem.
Dante Mendonça [20/08/2007]
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
Língua portuguesa na história
Idioma Polaco
- Polônia - 39.000.000
Estados Unidos - 2.438.000
Ucrânia - 1.151.000
Alemanha - 1.000.000
Bielo-rússia - 403.000
Lituânia - 258.000
Canadá - 225.000
Israel - 100.000
Rússia - 94.000
Cazaquistão - 61.500
Letônia - 57.000
Áustria - 50.000
Eslovaquia - 50.000
República Tcheca - 39.000
Hungria - 21.000
Brasil - 15.000
Austrália - 13.738
Romênia - 10.000
Azerbaijão - 1.300
Estônia - 600
Também é falada na Finlândia, França e Holanda por um número considerável de pessoas.
Cavalo sangue-frio polaco
Logo na minha primeira visita à área rural da Polônia fiquei espantado com a largura dos cavalos polacos. Nunca tinha visto nada igual. Perguntei como era o nome da raça, mas não consegui entender o que me disseram. Tempos depois, perguntei a um charreteiro do Rynek de Cracóvia e ele com cara de quem tinha ouvido uma pergunta idiota, respondeu rapidamente Zimnokrwisty. Continuei sem entender. Não soube se era o nome daqueles dois cavalos atrelados na charrete, ou o nome da raça. Pesquisando encontrei as seguintes informações:
"Polskie konie zimnokrwiste" (pronuncia-se pólsquie conhie jimnocrviste), ou "cavalo polaco sangue-frio" chega a ter 1.70 m de altura por 2.20 m de comprimento. Robusto, possui entre 900 a 1.200 kg (em média pesa uma tonelada). Usado para tração por sua força e rapidez. Fica meio difícil montá-lo, pois apesar de até ser baixo, ele é muito largo e poucos conseguiriam se manter tanto tempo cavalgando com as pernas tão abertas. Embora a raça se chame Zimnokrwiste (sangue-frio) isto não está relacionado com a temperatura do sangue. Alguns podem pensar que para suportar as baixíssimas temperaturas na Polônia seria necessário ter o sangue também gelado. Não, não! Eles são chamados assim porque são muito tranqüilos. Até demais! Além disso, são muito amistosos, agradáveis e simpáticos. Mas que sua largura impressiona, isto impressiona, sim! Normalmente tem mais de 1.20 de largura.
Rolltan foto do criador
São varias as espécies de zimnokrwisty. Na Polônia, as mais populares são “Konie sztumskie” (da Região da Warmia no Norte da Polônia) e de Gdańsk e o “Konie łowickie”, cavalo da cidade de Łowicz e região, que já era conhecido no século 17, quando então já transportava a beterraba e o açúcar feito deste tubérculo. Em 1912, no Norte da Polônia, havia 423 garanhões de 12 espécies de zimnokrwisty. Estes números chegaram, em 1941, a 8.000, sendo 1.100 garanhões. Outras espécies são o „koni reńsko-niemieckich” (cavalo alemão do Reno), “gudbrandsdali kanadyjskich koni zimnokrwistych” (cavalo canadense sangue-frio gudbrandsdali), “koni belgijskich” (cavalo belga de Ardene e da região flamenga).
Os cavalos polacos em geral são das seguintes raças: rasa wielkopolska (raça da Grande Polônia, rasa huculska (raça de Hucuł - localidade nos Cárpatos polacos), rasa śląska (Raça silesia), rasa małopolska (raça Pequena Polônia, Konik polski (Raça cavalo polaco, da localidade de Biłgoraj).
fotógrafo do concurso
domingo, 19 de agosto de 2007
Ornamento da kaszubia
Hinz é atualmente diretor do Departamento América Latina do Ministério de Relações Exteriores da Polônia, em Varsóvia.
Manhã de Domingo
Passeio de coche no Rynek (praça central) de Cracóvia numa manhã de domingo de verão
A vala comum
Remédio para cansaço
Mensagem à cansada Ivete
Trecho do artigo do prof. Ignácio Dotto Neto, de Curitiba, a propósito da missa de 7° dia dos familiares das vítimas do avião da TAM e da manifestação dos cansados liderados pelo presidente da OAB-SP, de Hebe Camargo e da Ivete Sangalo. Doutto Neto também perdeu o pai em um acidente.
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Mensagem a meu irmão
Sim, estou acompanhando as notícias do Brasil e por isso mesmo é que acho que a mais importante notícia do ano é esta mesmo:
Em Curitiba, neste sábado, 18 de agosto, Eunice Pereira Iarochinski, completa 70 anos. Sete décadas de luta com muitas perdas, mas também com algumas das mais importantes vitórias das famílias Pereira da Silva e Hazelski Jarosinski. Entre estas vitórias, duas delas foram ter você e eu como filhos.
Eunice, que nasceu em Palmeiral, no Estado de Minas Gerais, jovem ainda imigrou com sua família para o Norte do Paraná. Dali, alguns anos mais tarde, chegou a Monte Alegre, onde viria encontrar o companheiro fugidio de poucos anos, Cassemiro, que assassinado morreu pouco mais de três anos após o casamento.
Eunice, não desanimou, apesar das tragédias, sempre se manteve firme e convicta de que sua vida estava entregue aos filhos. Mas as doenças teriam que surgir initerruptamente logo após sua aposentadoria. A forte Eunice, com sua candura e simpatia segue a vida com afinco e disposição, mesmo que as ladeiras da vida estejam tão próximas de casa.
Curitiba, está em festa, neste sábado, ao comemorar os 70 anos de vida de Eunice, pois sabe reconhecer que entre seus moradores, vive uma heroína.
Meu irmão, peço que dês um grande e forte abraço em nossa mãe. O seu abraço ...e o meu! Sim, porque ninguém, mais do que você, nesta vida, pode ser portador do meu amor, do meu afeto, do meu reconhecimento, da minha honra e do meu orgulho à pessoa mais importante da minha vida. Faça isso, por favor, e dê também um grande beijo em sua testa de heroína.
Apesar da distância, dos 11.500 km, que me separam desta festa, estou o dia todo, aqui em Cracóvia, comemorando o aniversário de nossa mãe.
Teu irmão que te ama e venera nossa mãe.ULISSES IAROCHINSKI
A cracoviana Helena
Primogênita do casal Gitte (Gitel) Scheindel Silberfeld Rubinstein esposa de Hercla(Horace) Rubinstein teve 7 irmãs: Paulina, Róża, Regina, Stella, Ceśka, Mańka e Erna.
Em Cracóvia, Helena estudou matemática, idiomas antigos e teologia. Era interessada também em química, física e biologia.
Na Suíça, para onde se mudou, estudou medicina e trabalhou num consultório médico e num hospital. Mas ao que tudo indica, foi impedida de terminar os estudos por ser mulher.
Casa nº 14, na ulica Szeroka, em Cracóvia (em ruínas) onde nasceu Chaja / Helena Rubinstein |