sexta-feira, 6 de junho de 2008

Dragão de Ouro para "Alumbramiento"

Cine Kijów em Cracóvia, sede do festival
Com uma grande festa de gala, encerrou-se na noite desta quinta-feira, o 48° Festival do Filme de Cracóvia. Mais de 30 pessoas receberam os troféus Dragão de Ouro / Prata, Chifre de Ouro / Prata, Cavalinho-de-Pau de Ouro e diplomas nas categorias nacional, internacional e documentários, além de prêmios especiais e estudantis.

Na categoria Internacional:
Troféus Dragão de Ouro e de Prata

O júri composto por Andrzej Fidyk - presidente (Polônia), Nenad Puhovski (Croácia), Irena Taskovski (Grã-Bretanha), Gerrit van Dijk (Holanda e Laurence Boyce (Grã-Bretanha) anunciou os vencedores :
O Dragão de Ouro para o filme “Alumbramiento” dirigido por Eduardo Chapero-Jackson (Espanha).
O Dragão de Prata para o diretor do melhor filme de animação para: Wiola Sowa, pelo filme “Refreny”(Polônia).
O Dragão de Prata para o diretor do melhor filme de ficção para: Agnieszka Smoczyńska, pelo filme “Aria Diva” (Polônia).
O Dragão de Prata para o diretor do melhor filme documentário para: Marcin Koszałka pelo filme “Do bólu” (Polônia).
Prêmio UIP Cracow de Nominação para o European Film Award, na categoria de curta-metragem para o filme “Time Is Running Out” dirirgido por Marc Reisbig (Grã-Bretanha).
Diplomas honorários para os filmes: “Humoresca” dirigido por Diana Deleanu (Romênia) e “Sianoze” dirigido por Rokhsareh Ghaemmaghami (Irã).
Prêmio FIPRESCI (Críticos de filme Internacional) concedido pelo Juri do 48° Festival do Filme de Cracóvia e composto por Maria Kornatowska (Polônia), Tomislav Sakic (Croacia), Ingeborg Bratoeva (Bulgária) foi dado para o filme da diretora polaca Wiola Sowa por seu filme de animação “Refreny”. Os críticos consideraram o filme como mostra de expressão individual, imaginação original e de perspectiva artística acima da média.
Integrantes do FICC (International Federation of Film Discussion Clubs) também assistiram todos os filmes da competição internacional e decediram dar o Prêmio Don Quixote para o filme “Le Jardin de Jad” dirigido por Georgi Lazarevski (França). Este júri do FICC foi composto por Arnold Deć (Polônia), Arne Feddersen (Alemanha) e Mats Frendberg (Suécia).
O Juri Estudantil composto por Juliusz Lubelski, Sebastian Liszka e Jacek Dziduszko decidiram dar o prêmio para "Auf Der Strecke” dirigido por Reto Caffi (Alemanha/Suíça). O Diploma de Honra foi para Marc Reisbig, diretor de “Time Is Running Out” (Grã-Bretanha.

Categoria Documentários:

Troféu Chifre de Ouro

O júri desta categoria foi presidido por Jerzy Śladkowski (representando ao mesmo tempo a Súecia e a Polônia), Sean Farnel (Canadá) e Michał Chaciński (Polônia), apresentou os seguintes ganhadores:

O Chifre de Ouro de melhor filme foi para ”Revue” dirigido por Sergei Loznitsa (Alemanha/Rússia/Ucrânia)
O Chifre de Prata para o melhor diretor foi para Igor Heitzmann do filme “Nach Der Musik”.
O Juri Estudantil composto por Marta A. Zajbert, Stanisław Liguziński e Jakub Klich decidiram dar o prêmio para o filme "Złota rybka" dirigido por Tomasz Wolski.
O Diploma de Honra foi para Michael Noer, diretor do filme "Vesterbro".

Categoria Nacional:

Troféus Cavalinho-de-Pau de Ouro e de Prata

O Juri desta categoria foi composto por Witold Giersz – presidente, Sławomir Fabicki, Bożena Janicka, Antoni Krauze e Rafał Skalski, que decidiram dar prêmios para:

O Cavalinho- de-Pau de Ouro para o filme "Gugara" dirigido por Jacek Nagłowski e Andrzej Dybczak.
O Cavalinho- de-Pau de Prata para o diretor do melhor documentário, Maciej Cuske do filme "III. Pamiętaj, abyś dzień święty święcił".
O Cavalinho- de-Pau de Prata para a diretora do melhor filme de animação, Wiola Sowa do filme “Refreny”.
O Cavalinho- de-Pau de Prata para a diretora do melhor filme de ficção, Agnieszka Smoczyńska, do filme “Aria Diva”.
Diplomas Honorários para os filmes “Kamienna Cisza”, dirigido por Krzysztof Kopczyński; “14 Dni. Prowokacja Bydgoska”, dirigido por Jacek Petrycki e Grzegorz Eberhardt; “Do bólu”, dirigido por Marcin Koszałka.
Prêmio "Presidente da Associação dos Cineastas Polacos" de melhor filme para Tomasz Jurkiewicz, diretor de "Radioakcja”.
Prêmio "Presidente da Associação dos Cineastas Polacos" de melhor montagem para Wojciech Jagiełło do filme "Aria Diva”.
Prêmio "Presidente da Televisão Estatal Polaca" para o melhor filme documentário para Jacek Nagłowski e Andrzej Dybczak, diretores de "Gugara” .
Prêmio "Presidente da Televisão Estatal Polaca" para o melhor diretor de fotografia de documentários para Szymon Lenkowski do filme "Jak w niebie”, dirigido por Filip Marczewski.
Prêmio Maciej Szumowski - fundador do Kino Polska e TV Cyfrowy Polsat para o diretor Kuba Maciejko, diretor de "Felgarz z Woli”.
A Escultura Bronisław Chromy para o melhor produtor polaco de filme curta-metragem e documentário para a Mistrzowska Szkołą Reżyserii Filmowej Andrzej Wajdy.
O Juri Estudantil composto por Agnieszka Winczakiewicz, Dorota Timew e Marta Sykut decidiu dar o prêmio para o filme "III. Pamiętaj, abyś dzień święty święcił”, dirigido por Maciej Cuske (Polônia).
Diploma Honorário para Michał Jóźwiak, diretor de "Henio, idziemy na Widzew” (Polônia.

Controle na fronteira austríaca

Foto: Piotr Nowak
O governo austríaco, alegando medidas de segurança, reativa o controle de passaporte nas fronteiras do país durante a realização dos jogos da Euro2008. Dessa forma fica sem efeito, o livre trânsito dos europeus da zona Schengen.
O ministro do interior da Polônia, Grzegorz Schetyna, pediu ontem aos torcedores polacos que mantenham a calma e evitem discutir com os agentes de fronteira. Em vez de discutir devem apresentar a carteira de identidade, ou o passaporte. Para ajudar o ministério colocará pessoal polaco naquelas fronteiras, apesar da Polônia, não ter limites geográficos com a Áustria.
Da mesma forma, a Suíça, outro país sede do torneio, exige o documento de viagem. Mas neste caso é por que aquele país não faz parte da União Européia e tampouco da zona Schengen.
O controle já está sendo feito desde o último dia 02 de junho e vigorará até primeiro de julho. Depois acaba-se novamente a exigência de documentos para cruzar a fronteira com a Áustria.
A alegre e comportada torcida polaca pretende invadir literalmente as cidades onde acontecerão os jogos da Polônia contra as difíceis equipes da Alemanha, Croácia e da anfitriã Áustria, na primeira fase.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Acidente em mina mata 4 polacos

Foto: Rafał Guz


Quatro mineiros morreram soterrados na mina de carvão "Borynia" em Jastrzębie Zdrój, na Silésia, Sul da Polônia e outros 23 ficaram feridos. Os sobreviventes encontram-se no hospital e três estão muito mal. Os mineiros mortos tinham 22, 35, 45 e 50 anos.
Segundo informações dos diretores da empresa que explora a mina WUG e JSW, o acidente ocorreu nesta quarta-feira, ao redor das 23 horas. Os 32 mineiros haviam descido 900 metros abaixo do solo. Ainda segundo os diretores, o acidente pode ter sido causado por explosão de gás metano, comum nestes locais de exploração.
Desde o ano 2000 morreram em acidentes em minas de carvão na Polônia 49 mineiros, nas minas Piekary; Jas-Mos; Pokój; "Zofiówka" e Helemba, onde em 2006 morreram 23 mineiros, na maior tragédia da história mineira da Polônia desde 1974, quando então morreram 68 pessoas em duas minas, Silesia e Dymytrów.

As minas de carvão são a principal atividade econômica das regiões ao Sul da Polônia, principalmente na Silésia e Małopolska, pois é a base energética do país.

A polêmica voz judaica

Foto: Miguel de Icaza

Para aqueles que se interessam pelos assuntos judaicos na Polônia, uma boa e interessante leitura é o livro "The Holocausto Industry - Reflections on the Exploitation of Jewish Suffering". No Brasil foi publicada uma tradução de Vera Gertel, pela Editora Record, em 2001, com o título de "A Indústria do Holocausto - Refelexões sobre a exploração do sofrimento judeu".
Polêmico, por ter sido escrito por um professor doutor, filho de um casal de polacos judeus que viveram os horrores da segunda guerra mundial em guetos e campos de concentração, a obra mostra como dois judeus, Simon Weisenthal e Elie Wiesel, ao criarem a Fundação Holocausto, sediada em Washington, nos Estados Unidos, montaram um indústria que se dedica a cobrar indenizações de empresas e países, mentindo sobre o número de sobreviventes para extorquir dinheiro que não é efetivamente entregue às vítimas reais. O que segundo, Finkelstein reduz o martírio de milhões de pessoas a instrumento de chantagem.
Desde a publicação de suas pesquisas, estudos e livros, o Prof. Dr. Norman Finkelstein não tem sido fácil. Perseguições e elogios têm marcado sua trajetporia nesta primeira década do século 21. Ano passado, depois de muita pressão, marcada por suspensão de suas aulas e seus cursos, ele pediu demissão da Universidade DePaul de Chicago, onde lecionava desde 2001.
Talvez não tão exagerada como foram as ações contra o escritor Salman Rushdie, que foi condenad à morte pelos fundamentalistas muçulmanos, e desde então vive prisioneiro em sua própria casa na Inglaterra, Finkelstein acabou de receber um duro golpe semanas atrás. Quando desembarcou no Aeroporto Ben Gurion, em Tel Aviv, no dia 23 de maio de 2008, foi colocado num vôo de volta a Amsterdam de onde tinha partido. As autoridades israelenses impediram a entrada de um judeu no país, por Finkelstein considerarem suspeito "ter tido contato com elementos hostis a Israel".
Norman nasceu em NovaIorque, nos Estados Unidos, em 1953 e defendeu tese de doutoramento na Universidade de Princenton com o título de "The Theory of Zionism", filho de Zacharias Finkelstein e Maryla Husyt Finkelstein. A mãe viveu os horrores do Guetto de Varsóvia e o pai passou pelos campos de Auschwitz e Majdanek e sobreviveram como muitos outros polacos judeus.
Na introdução de seu livro, Finkelstein escreve: "Exceto meus pais, todos os membros de ambas famílias foram exterminados pelos nazistas. Posso dizer que minha mais remota lembrança do holocausto nazista é a de ver minha mãe, grudada na tela de televisão, assistindo ao julgamento de Adolf Eichmann (1961), ao voltar da escola. Embora eles tivessem sido libertados dos campos apenas dezesseis anos antes do julgamento, um abismo intransponível sempre separou, na minha cabeça, os pais que eu conhecia daquilo."
Para o escritor Norte-americano judeu a indústria do Holocausto prosperou nos Estados Unidos somente depois da Guerra dos Seis Dias na Palestina. Foi quando os estadunidenses de origem judaica (polacos em sua maioria) se deram conta da importância do Estado de Israel. "De fato, a política de identidade e O Holocausto tiveram lugar entre os judeus americanos não por seu status de vítimas, mas por eles não serem vítimas", escreve em seu livro Finkelstein, para dizer logo em seguida que, "assim que caíram as barreiras anti-semitas, logo após a Segunda Guerra Mundial, os judeus se destacaram nos estados Unidos. Segundo Lipset e Raab, a renda per capita dos judeus é quase o dobro dos não-judeus; dezesseis dos quarenta americanos mais ricos são judeus; 40 por cento dos ganhadores americanos do Prêmio Nobel de ciência e economia são judeus, assim como o são 20 por cento dos professores das maiores universidade; e 40 por cento dos sócios das grandes firmas de advocacia de Nova iorque Washington".
The United States Holocaust Memorial Museum em Washington

Em outra página ele escreve que "Nos desastres da Segunda Guerra Mundial, o holocausto nazista não foi classificado como um fato unicamente judeu, como um acontecimento historicamente único." E tal é verdade que estudos recentes na Alemanha e na Polônia desmentem o número de 6 milhões de judeus mortos no Holocausto. O atual presidente da Polônia Lech Kaczyński, durante as discussões do Pacto de Lisboa para a Constituição Européia pediu que fizesse constar que durante a segunda guerra mundial morreram 6 milhões de polacos. Historiadores e pesquisadores estão sempre a revisar os números e alguns deles sustentam que foram 2 milhões e 700 mil os judeus mortos pelos alemães nazistas e não seis milhões como Weisenthal propaga pelo mundo com sua Fundação.
E para não colocar aqui o texto todo do livro encerro com uma última citação de Finkelstein sobre as ações do romeno-judeu Elieser Wiesel, "Comparar O holocausto com os sofrimentos dos outros constitui para Wiesel, uma traição total da história judaica (Wiesel, Agasit Silence, v. iii, 146). Alguns anos atrás, uma tablóide de Nova iorque fez uma paródia na manchete - Michael Jackson, e outros 60 milhões morreram num Holocausto Nuclear -. O texto provocou um irado protesto de Wiesel - Como se atrevem a se referir ao que aconteceu ontem com um Holocausto? Só houve um Holocausto -."

O Versailles da Polônia

Foto: Museu Wilanów

A família Potocki pelo jeito gostava muito de Palácio, quando não construía, comprava. Além do Palácio de Radzin Podlaska (no "post" abaixo), foram os últimos donos de Wilanów, em Varsóvia.
Em 1805, Stanisław Kostka Potocki criou um dos primeiros museus públicos da Polónia, numa ala do palácio. Além de arte, Potocki organizou para os visitantes uma exposição onde contava sobre o primeiro construtor e dono do Palácio de Verão do Rei da Polônia, o grande marechal das guerras, Rei Jan III Sobieski (o primeiro polaco eleito rei durante a fase de eleições de reis estrangeiros para o trono da Polônia) e o glorioso passado nacional.
O Palácio Wilanów de Varsóvia, juntamente com o seu parque e outros edifícios, forma um dos mais preciosos monumentos da Cultura Polaca. Sobreviveu às invasões, divisões, ocupações e destruição de Varsóvia na Segunda Guerra Mundial. O Palácio Wilanów foi construído pelo Rei Sobielski, no final do século XVII, para servir como casa de verão. Muitos o chamam de o Pequeno Versailles da Polônia, por guardar muito da aparência do principal Palácio da França.
Em estilo barroco possui muita simbiose entre a arte européia em geral e a velha tradição de construção polaca. As elevações e interiores do palácio, usando símbolos antigos, glorificam a família Sobieski, especialmente os triunfos militares do Rei. Depois da morte de Sobieski, em em 1696, o palácio foi herdado por seus filhos. Mas após 172o, várias famílias de magnatas polacos sucederam-se como propreitários como os Sieniawski, Czartoryski, Lubomirski, Branicki e Potocki. Pelo breve período de três anos entre 1730 e 33 foi residência do rei August II. Durante estes últimos séculos muito dos salões interiores foram modificados pelos proprietários de cada época.

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Castelo de Radzin Podlaska

Foto: Ulisses Iarochinski

Palácio em Radzin Podlaska, na voivoda Lubelska, construído por Jan Nepomucen Potocki.

O construtor foi magnata, etnólogo, egiptólogo, linguista e escritor polaco.

Potocki nasceu em Pikowie em 8 de Março de 1761 e faleceu em Uładówka em 2 de Dezembro 1815.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Correios da Polônia paralisados

Foto: Michał Walczak
Desde a meia-noite desta terça-feira os trabalhadores da Poczta Polska (Correios da Polônia) cruzaram os braços em greve de reivindicações. Segundo o porta-voz dos Correios, Zbigniew Baranowski é difícil fazer uma estimativa de quantos entraram em greve, mas os próprios grevistas afirmam que inicialmente pelo menos 18 mil empregados não foram trabalhar hoje. Mas Bogumił Nowicki, do NSZZ „Solidarność” da Poczta Polska disse ter esperanças que os 66 mil trabalhadores dos correios confirmem o voto que deram no referendum que decidiu pela greve. Os grevistas querem que um trabalhador dos correios não ganhe menos de 400 zł por mês e que cada cargo atualmente ocupado receba também 400 zł coomo bônus a serem pagos no final do ano. As 18 mil pessoas que já estão em greve, entretanto, querem mais, ou seja, a partir de janeiro deste ano todos os trabalhadores devem ganhar como mínimo 537,5 zł.
Baranowski, dos Correios, disse que não há possibilidade de atender as reivindicações, pois o orçamento já está no limite.

Cozinha polaca na Cekaw

No último sábado, dia 31/05, o Centro de Estudos Polono-Brasileiros Karol Wojtyla lançou mais uma edição de sua revista. Trata-se da terceira edição do periódico que, como sempre, traz assuntos bastante variados, como genealogia, heráldica, cultura polaca, história e outras temáticas.
Segundo os editores o lançamento desta terceira edição da Revista CEKAW representa a continuidade deste trabalho importante, que somente pode ser feito com a colaboração de pessoas de diferentes lugares, que lutam pelo resgate da memória dos polono-descendentes.”
Entre os vários artigos publicados, tomamos a liberdade de reproduzir o artigo “KUCHNIA POLSKA”, da pesquisadora Elizara Nunes, que conta um pouco da história da culinária polaca afirmando "que é uma mistura de culinárias eslavas e estrangeiras. Entretanto, foi influenciada também pelas culinárias turca, alemã, judaica e francesa ao longo do tempo. A Polônia, por ser um país de vasto território, é rica em carnes de caça e suas terras são extremamente arborizadas, o que favoreceu a oferta aos poloneses de outros alimentos, como cereais, frutas da floresta, cogumelos, nozes e mel, sendo este último o ingrediente principal de uma das mais populares bebidas o "hidromel", que é feito com base na fermentação de açúcares extraídos do mel em álcool. Contudo existe ainda a cerveja, a podpiwek, mas, a wódka é que se tornou popular principalmente nas classes baixas. As relações de comércio da Polônia com o Leste na Baixa Idade média favoreceram a compra de especiarias como zimbro, a pimenta, noz moscada e molhos picantes. Porém a cozinha tradicional polaca começou realmente a desenvolver-se a partir do ano de 1518, com o casamento do Rei Sigismundo, o velho, rei da Polônia e do Grão-Ducado da Lituânia, com sua segunda esposa Bona Sforza, duquesa italiana. Esta era adeptado pensamento renascentista, que preponderava na época, e trouxe consigo ao vir morar na Polônia, uma comitiva de artistas italianos, dentre os quais haviam cozinheiros que acabaram por influenciar a culinária da corte, mas sua maiorcontribuição foi o começo do cultivo dos vegetais, o que acabou mudando totalmente a história da Polônia com relação aos alimentos que até então não eram utilizados. Neste momento passou a desenvolver-se o cultivo do tomate, chamado de pomo de ouro, e também de verduras como alface, alho-porro, aipo-rábano e o repolho. Iniciou-se também a utilização do queijo parmesão e das massas na culinária polaca. No entanto um dos queijos mais difundidos na Polônia é o tipo quark que é um queijo suave, de massa fresca e cremosa, de alta umidade. Aqui no Brasil as receitas do pierogi, um tipo de pastel cozido, utiliza-se a ricota como recheio que é um queijo do tipo quark, mantendo assim o sabor tradicional da receita. A Polônia até sua partilha era dona de extensa área de terras com certa tradição culinária, esta sempre muito influenciada pelas tradições eslavas de países como Lituânia, que nesta época ainda faziam parte do território Polaco. Também participaram desta influência culinário países como a Turquia e a Hungria, mas com a crise dos grãos durante o Dilúvio, as batatas substituíram os cereais, além disso, o café, devido à guerra com os Otomanos, tornou-se popular, vindo a ser substituído mais a frente pelo chá nas partes em que a Rússia ocupou o território Polaco. Assim, pode-se dizer que o primeiro livro de culinária com receitas polacas foi publicado no século XIX, por Lacyna Cwierczakiewiczowo, que baseou seu trabalho nos diários dos nobres, ou seja, da Szlachta polaca do séc. XVIII. Mais adiante, com a 2ª guerra mundial, os alimentos eram inacessíveis ao povo, devido ao seu alto preço, e os refeitórios populares em 1950 começaram a servir refeições baratas e todo tipo de sopas. Logo tal escassez de alimentos tornou-se crônica e adotou-se a política de se utilizar o que havia a mão para fazer as refeições, deixando-se de lado a tradicional cozinha polaca. Em 1989, com o fim do comunismo, a população começou novamente a ter acesso a alimentos antes escassos e inacessíveis, voltando assim a ganhar força a tradicional culinária polaca.

Para ler os demais artigos acesse o site da revista no link:

http://www.cekaw.org/revista/revista_03.php

Exposição de "polskiego pochodzenie"


O Consulado Geral da República da Polônia, em Curitiba, informa que nesta quarta-feira, dia 04 de junho, abre exposição de Everly Giller, às 19:30 horas, no Palacete dos Leões na Avenida João Gualberto, 570, em Curitiba. "Sonhos Lúcidos" ficará aberta ao público de 05 a 25 de junho, de segunda à sexta, das 12:30 às 18:30 horas. A exposição conta com apoio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul – BRDE, o do Consulado Geral da República da Polônia em Curitiba. A "vernissage" terá a participação musical de Marilia Giller com leitura sonora da paisagem.
A exposição de Everly Giller, é um painel pleno de simbologia. Artista experiente, gravadora desde a década de 80, a catarinense radicada no Paraná, premiada muitas vezes, possui uma carreira dedicada à arte-educação e às artes plásticas. Voltada para as suas raízes, na Polônia de seus antepassados, Everly conta um pouco desta viagem simbólica, iniciada após o impacto da visão, ainda na infância, da mãe pintando uma tela. A tela Spacerująca Dziewczynka z psem Jacka (Menininha passeando com o cachorro do Jacek), de 1986, foi o marco inicial do estilo pouco acadêmico que a artista desenvolve até hoje. “Após estudar pintura e desenho na Escola de Música e Belas Artes do Paraná, aprendi as técnicas da gravura freqüentando os ateliês do Solar do Barão. Em agosto de 1985, com o apoio do governo polaco, embarquei num navio rumo à terra de meus antepassados. Freqüentei durante dois anos o atelier de gravura em metal na Universidade de Belas Artes em Cracóvia, estudando pinturas paralelamente. [...] As influências da rica experiência de vida e impressões da viagem na Polônia foram decisivas para o desenvolvimento de minha linguagem artística. [...] Faço arte para resgatar os sentimentos mais autênticos e profundos de minha alma, os quais estão sempre vinculados com as recordações e impressões da infância que, afortunadamente, mantiveram-se intactas e constantemente surpreendem minha razão. O coração está totalmente envolvido, sendo o veículo que me impulsiona a materializar em imagens estas emoções e fazem com que eu me comprometa para sempre com minhas verdades”, conclui a artista.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

A melhor cerveja da Polônia

Até o próximo concurso a cerveja (piwo) Okocim Mocne (Forte e clara) é a melhor da Polônia em sua categoria e a segunda melhor da Europa. A cerveja, originária de Okocim, vila da cidade de Brzesko, a cerca de 50 km, existe desde 1846, quando foi estabelecida pela família Goetz-Okocimski.

Jan Okocimski - criador da Okocim


A cervejaria foi estatizada em 1945 e reprivatizada em 1990. Desde 1996 é de propriedade da marca internacional Calsberg. Possui seis tipos O.K. (Pilsen), Signature (Pilsen), Mocne (Medium Malte), Porter, Karmi e Karmi Poema Di Caffe, Palone (preta) e Zagłoba.
É considerada a cerveja de Cracóvia, não só porque Okocim fica na mesma voivoda da Małopolska, mas porque possui uma fábrica na cidade.
O título de melhor foi concedido pelo Towarzystwo Promocji Kultury Piwa „Bractwo Piwne”, associação membro da União Européia dos Consumidores de Cerveja, no Concurso Geral dos Consumidores de Cerveja „Chmielaki Krasnostawskie 2007". Participaram 56 marcas de 9 cervejarias da Polônia. As cervejas são julgadas em 11 categorias.

Esquerda polaca tem novo líder


O SLD - Partido da Aliança da Esquerda Democrática, o maior partido político de esquerda da Polônia elegeu no último sábado seu novo líder no Congresso Nacional. Ele é Grzegorz Napieralski. Numa eleição bastante disputada Napieralski, até o então secretário geral do partido, recebeu 231 votos a favor, contra os 210 votos de seu oponente o até aqui líder do partido Wojciech Olejniczak.
Grzegorz Napieralski é de Szczecin, Noroeste da Polônia, onde nasceu em 18 de Março de 1974. Foi eleito pela primeira vez em 2001 e reeleito em 2005, com 14.673 votos.

Um piwo no Rynek à noite

Foto: Ulisses Iarochinski
Rynek Główny, ou praça do mercado central, em Cracóvia vira sala de estar todas as noites desta primavera. Os turistas degustam uma das melhores piwo (cerveja) da Polônia, a Tyskie além da Okocim, Żywiec e Lech... as quatro cervejas mais vendidas do país. Nos últimos três anos os cracovianos viram crescer o número de turistas na cidade somente nos meses de verão (junho, julho, agosto) de 7 milhões, para 8,5 milhões e 10 milhões, quando há oito anos este número não passava de 500 mil por ano. Se nos meses frio, anoitece as 4 da tarde, nesta primavera-verão o sol ilumina até as 22 horas. As mesinhas dos restaurantes na praça têm clientes até minha noite, a uma temperatura agradável de 20 graus é bem diferente do inverno quando os termômetros chegam a marcar 15 negativos.

Prisioneiros em Birkenau.

Foto: Museu Auschwitz
Prisioneiros do campo de concentração e extermínio alemão nazista em Birkenau também chamado Auschwitz II, durante a Segunda Guerra Mundial. Num mesmo compartimento nestes beliches emprovisados de madeira e sem colchões chegavam a "dormir" seis prisioneiros. As experiências do médico nazista Jósef Mengele, as rações, os trabalhos forçados transformavam estes polacos (católicos, judeus e ciganos) em farrapos humanos. Houve centenas de casos, onde uma pessoa de 1,70m pesando 65 kg, depois de meses sob "os cuidados" de Mengele acaba com 30 kg.
Birkenau (em alemão) na cidade de Brzezinka e a poucos quilômetros de Oświęcin (Auschwitz em elemão) ficava a 3km do campo principal, ou Auschwitz I. As duas cidades ficam a 65 km de Cracóvia, na Voivoda da Małopolska (Pequena Polônia).

domingo, 1 de junho de 2008

Museu de casas em Nowy Sącz

Foto: Ulisses Iarochinski

Casa de troncos de madeira típica das montanhas Tatras na Polônia, transportada para o Sądecki Park Etnograficzny ( Museu Etnográfico de Nowy Sącz) .
O museu inclui habitações de quatro grupos étnicos: Lachów Sądeckich, parte ocidental Pogórzan, Górali Sądeckich e o Łemków Nadpopradzkich.
O parque, com uma área de 20 hectares, possui 69 casas em exposição numa espécie de anfiteatro ao ar-livre em plena floresta. Estão dividas como se fossem nove fazendas com várias edificações, quatro fazendas de uma única casa, uma casa do século 17 (com uma policromia sem igual em suas paredes interiores), uma granja feudal do século 18, uma igreja católica apostólica romana, uma igreja católica ortodoxa do rito grego e uma igreja protestante do século 19. Há também uma escola rural, construções usadas para indústrias rurais (com forja, moinho de óleo, e um moinho de vento). A maioria das casas estão com exibições permanentemente abertas, em um total 60 quartos (interiores de residências, galpões, industrias rurais e religiosos).
O museu é aberto nos meses de maio a setembro das terças aos domingos no horário das 10:00 da manhã às 18:00 horas. É fechado nas segundas-feiras. De outubro a abril é aberto de segunda a sexta-feira das 10:00 da manhã às 14:00 horas. Fechado aos sábados e domingos. Chega-se aoMuseu com os ônibus de números 14 e 15 que partem da estação de ônibus central da cidade de Nowy Sącz.

sábado, 31 de maio de 2008

Jean Paulista - um craque


Jean Paulista, na verdade Jean Francisco Rodrigues, é outro daquela grande legião de jogadores brasileiros espalhados pelos quatro quantos do mundo. Meia e atacante ele joga com habilidade em todas as posições do meio pra frente. Tem faro de gol, mas por temperamento prefere servir o artilheiro da equipe. E é o que tem feito em Cracóvia, passar para que Paweł Brożek se consagre como o artilheiro da temporada.
Natural de Sertãozinho, interior de São Paulo, ele começou sua carreira, em 1996, no Sport Club Corinthians Paulista. Mas não durou muito lá, antes de ser vendido para o futebol português, jogou no Taubaté. Desde 1998, sua carreira aconteceu praticamente em Portugal. Tanto que recebeu passaporte português, assim como Deco do Barcelona e Seleção Portuguesa. Os dois jogaram juntos naquele início de carreira no Corinthians.
Na terra do fado, do bacalhau e do bom vinho do Porto, Jean Paulista jogou no SC Farense, no Sporting de Braga, Deportivo Aves, DC Imortal, Vitória de Setúbal e no FC Maia. Com passe livre na mão, acertou contrato de dois anos com o então tricampeão polaco Wisła Kraków, (víssua cracuf) em 2005.
Acabou renovando contrato para conquistar o vice-campeonato de 2007 e o título de campeão de 2008. Neste período em Cracóvia, jogou sob o comando de vários técnicos. Sendo decisivo em alguns jogos da Copa UEFA. Fez vários gols, mas principalmente colocou os companheiros na cara do gol só para concluir.
Mas a chegada do treinador Maciej Skorża, apesar do título, fez Jean Paulista refazer seus planos. O clube já manifestou interesse na sua permanência, mas depois de três anos na gelada Cracóvia, parece que sua carreira necessita de novos horizontes. Preferindo sempre contratos longos, que permitam uma maior tranqüilidade familiar e pessoal, ele dispensou oportunidades de jogar no Brasil. Mas...
“Infelizmente ainda não deu, pois os contratos no Brasil são muito curtos. Basta a equipe não se classificar, não ser campeão... Para o plantel ser reformulado. Por isso praticamente nunca joguei no Brasil, a não ser no início de carreira.” Explica Jean.
Mas, neste momento, ele não descarta uma temporada do Brasil. Até pensa que possa disputar o campeonato brasileiro deste ano. Sabe que no final de novembro qualquer contrato que possa assinar acaba e ele voltaria ao futebol europeu, ou até mesmo ao Norte-americano. Isto porque ele pensa em estabilidade para sua família. Afinal foram 8 anos de Portugal e 3 de Polônia.
De minha parte, que o tenho visto jogar aqui na Polônia, de acompanhar as avaliações da imprensa polaca sobre as qualidades de Jean Paulista, acho que ele cairia como uma luva no Coritiba Football Club. Futebol Jean tem e o Coxa precisa de um craque com alma de parceiro. Fico na maior torcida para que a diretoria coxa-branca descubra Jean e o contrate. Lugar para ele no time de Dorival Junior existe e um camisa 10 como Jean é uma tranquilidade para qualquer técnico.
Caso raro no mundo da bola, quando adolescentes de 13 anos já possuem empresários e advogados, Jean é dono do passe e o próprio negociador de seus contratos, os quais assina sem intermediários e uma lista de proprietários do passe.

Ulisses e Jean Paulista no "Dia da Europa", no Instituto de Estudos Europeus da Universidade Jagielloński de Cracóvia, onde ele foi convidado para dar o ponta-pé inicial do jogo entre professores e estudantes europeus.

Gol contra o Basel da Suíça pela Copa UEFA

Cartaz polaco - dois em um


Marylin Monroe e o Carlitos de Charles Chaplin... do designer polaco Waldemar Swierzy, criado em 1992.
Nascido em 1931, Swierzy estudou na Escola Katowice da Academia de Belas Artes de Cracóvia. Atualmente professor das Academias de Belas Artes de Poznań e Varsóvia, Swierzy já ganhou os prêmios de Toulouse-Lautrec Grand Prix, Versailles 1959; Polish Poster Biennale, Katowice, Medalha de Ouro em 1965, 1971, 1975; Medalha de prata em 1977, 1987, 1989; International Tourism Posters Exhibition, Milão 1967, Medalha de prata; Bienal Internacional de Artes de São Paulo 1969, Primeiro Prêmio; International Poster Biennale, Warsóvia, Medalha de prata 1972, Medalha de ouro 1976.

Bibi - uma Deusa


Muitos falam em Fernanda Montenegro, outros em Marília Pera e aqueles em Cacilda Becker. Perdoem-me minha adoração, mas não tem ninguém nos palcos do mundo superior a BIBI FERREIRA - a mais completa artista brasileira. Atriz, cantora, diretora, compositora, comediante e tudo o mais que a profissão exige de versatilidade de alguém.
BIBI FERREIRA , nasceu em Salvador, Bahia, em 10 de junho de 1922, filha do legendário ator Procópio Ferreira e da bailarina espanhola Aída Izquierdo. A mãe dizia que ela havia nascido em primeiro de junho, o pai em quatro de junho. Seja como for BIBI está completando 86 anos de idade neste domingo, primeiro de junho para concordar com a mãe, embora a certidão de nascimento marque o 10 de junho. A festa de aniversário será no palco, com direito a bolo para uma platéia de 600 pessoas. Em cartaz há um ano, Bibi é a estrela da peça Às Favas com os Escrúpulos, de Juca de Oliveira e direção de Jô Soares. E continua com a mesma energia quando subiu aos palcos levada por seu pai e sua mãe aos 24 dias de vida, na peça Manhãs de Sol, de autoria de Oduvaldo Vianna (pai), substituindo uma boneva que desaparecera pouco antes do início do espetáculo. Bibi já fez de tudo, inclusive se transformou em dois símbolos da música mundial, a portuguesa Amália Rodrigues e a francesa Edith Piaf.
Em entrevista recente feita por Felipe Branco Cruz, para o Estadão, ela confessou que: "
Vou completar 86 anos, faltam quatro para 90, 14 para 100. Mas eu não penso assim, porque eu não sinto peso de tanta idade. Eu sei que é muita idade. Soa mal ao ouvido 86 anos. Mas eu sou uma pessoa de muita saúde. Nunca fumei e bebo esporadicamente um champanhe com alguém. É melhor do que atender um celular. Eu levo uma vida simples. Essa peça tem 76 páginas de texto. São 70 páginas só minhas. Eu canto muito. Todo dia eu canto um concerto com 15 a 20 músicas e tenho que sabê-las de cor. São shows interpretando a Piaf e a Amália Rodrigues. Tudo isso é uma questão de ter gente boa que trabalha com você."

Daqui de longe, quero desejar STO LAT STO LAT NIECH ZYJE ZYJE NAM - que você viva cem anos para nós - Bibi.

P.S. Nos meus tempos de ator tive a homenagem maior da minha carreira teatral ao ser cumprimentado pela própria Deusa dos palcos. O trecho a seguir foi publicado numa revista cientifica da UTFPR no início deste ano: No Festival Nacional de Teatro de Ponta Grossa, o ator amador Ulisses Iarochinski só perdeu o troféu de “melhor ator”, por dois votos para um ator profissional do Rio Grande do Norte. Na comissão julgadora estavam entre outros, Grande Otelo, Pontes de Paula Lima (tradutor dos livros de Stanislawski para o português), Gianni Rato (o diretor da montagem do Teatro Oficina) e Bibi Ferreira. Esta, mesmo sendo jurada, não se conteve e ao final da apresentação subiu ao palco, acompanhada de Grande Otelo, para abraçar e dizer a ao jovem ator Ulisses um comovente: “Obrigado Pai, pelo seu desempenho no papel do velho Bessemenov". Bibi, abraçada a Ulisses disse mais: “Meu jovem, não sei qual será o resultado do festival, não sei se você vai ganhar, mas quero te dizer que sua atuação no papel deste pai russo é uma das coisas mais gratificantes que já vi em teatro”,e voltou-se para o público pedindo mais uma salva de palmas para o jovem ator.

BIBI canta PIAFF

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Abre o 48. Festival de Filme de Cracóvia

Começa hoje, o 48. KRAKOWSKI FESTIWAL FILMOWY - Festival do Filme de Cracóvia, o mais importante evento do cinema na Polônia. Dividido em duas edições, nacional e internacional o Festival oferece aos ganhadores os troféus Dragão de Ouro e o Chifre de Ouro. Concorrem este anos quase 350 filmes nas categorias, documentários, ficção, animação e curta-metragem. As sessões acontecem nos cinemas, Kino Kijów, Kino PodBaranami, Kino Mikro e Klub Pausa entre outros locais até o próximo dia 05 de junho. No certame nacional estão em concurso 42 produções, já na edição internacional são 57 filmes. O Festival não é apenas projeção, mas também seminários e palestras com personalidades e estudiosos do cinema. Os países com mais concorrentes são Polônia, Grã-Bretanha e Iran. Os ingressos custam de 5 a 15 złoty.
Esta é a lista dos concorrentes internacionais:

Documentários: 24

  1. Do bólu, dir. Marcin Koszałka
    Polônia 2007, 25',
  2. A süllyedő falu (The Sinking Village), dir. Márton Szirmai
    Hungary 2007, 23',
  3. Imádság (The Prayer), dir. Sándor Mohi
    Hungria 2007, 27',
  4. Second Sight, dir. Alison McAlpine
    Grã-Bretanha 2007, 52',
  5. De huizen van Hristina (The Hauses Of Hristina), dir. Suzanne Raes
    Holanda 2007, 49',
  6. This way up, dir. Georgi Lazarevsky
    França 2007, 60',
  7. Fokusnoe rasstoyanie (Focal Distance), dir. Andrei Kutsilo, Roman Romashka
    Bielorrússia 2008, 24',
  8. Tiggerne i Addis Ababa (The Beggars in Addis Ababa), dir. Jakob Gottschau
    Dinamarca 2007, 45',
  9. Radunitsa, dir. Darya Averchenko
    Ucrânia 2007, 15',
  10. Autumn In The Himalayas, dir. Małgorzata Skiba
    India 2008, 57',
  11. The End For Beginners, dir. David Lale
    Grá-Bretanha 2007, 23',
  12. Rakushka (Shell), dir. Dmitriy Lavrinenko
    Rússia 2007, 39',
  13. Avtagssjäl (Crossroad), dir. Kristina Meiton
    Suécia 2007, 28',
  14. Rozenzwieg - born to dance, dir. Keren Hakak
    Israel 2007, 17',
  15. Fanfaron Fanfaron (The Brassy Bands), dir. Gheorghita Cornel
    Romênia 2007, 52',
  16. El Sastre (The Tailor), dir. Oscar Perez
    Espanha 2007, 30',
  17. Maria, dir. Victor Asliuk
    Bielorússia 2007, 17',
  18. Humoresca (Humoresque), dir. Diana Deleanu
    Romênia 2007, 16',
  19. El Anonimo Caronte (The Anonymous Charon), dir. Toni Bestard
    Espanha 2007, 16',
  20. How to Save a Fish From Drowning, dir. Kelly Neal
    Grã-Bretanha 2007, 12',
  21. Breadmakers, dir. Yasmin Fedda
    Grã-Bretanha 2007, 11',
  22. Sianoze (Cyanosis), dir. Rokhsareh Ghaemmaghami
    Iran 2007, 31',
  23. Journey of a Red Fridge, dir. Natasa Stankovic, Lucian Muntean
    Sérvia 2007, 52',
  24. Mahadeva, ramasseur de cadavres (Mahadeva, corpse beare), dir. Asil Rais
    França 2007, 52',

Ficção: 19

  1. Aria Diva, dir. Agnieszka Smoczyńska
    Polônia 2007, 35',
  2. Obcy VI (Alien VI), dir. Borys Lankosz
    Polônia 2008, 30',
  3. Son, dir. Daniel Mulloy
    Grã-Bretanha 2007, 17',
  4. My Mother, dir. Elaine Wickham
    Grã-Bretanha 2007, 10',
  5. Ryba (The Fish), dir. Alexander Kott
    Rússia 2008, 14',
  6. The Rains of Fear, dir. Esther Baker
    Grã-Bretanha 2007, 20',
  7. Rebwarani doli hanar (The pilgrims of pomegranate valley), dir. Ashkan Ahmadi
    Iran 2007, 0',
  8. Auf der Strecke (On the line), dir. Reto Caffi
    Alemanha 2007, 30',
  9. Le Secret de Salomon (Solomon's secret), dir. David Charhon
    França 2007, 20',
  10. Alumbramiento (Lightborne), dir. Eduardo Chapero-Jackson
    Espanha 2007, 15',
  11. Lectia de Box (The Boxing Lesson), dir. Alexandru Mavrodineanu
    Romênia 2007, 12',
  12. Testudo (Jorg Tittel ), dir.
    França/ Grã-Bretanha 2007, 15',
  13. Boogh (Horn), dir. Roohollah Masroor
    Iran 2007, 10',
  14. Jaye Doost, Jaye Doshman (Friend's Place, Enemy's place), dir. Elham Hosseinzadeh
    Iran 2007, 15',
  15. Lightchasers, dir. Rafal Sokolowski
    Canadá 2007, 14',
  16. Roads, dir. Lior Geller
    Israel 2007, 22',
  17. The Girls, dir. Sebastian Godwin
    Grã-Bretanha 2007, 10',
  18. The Execution of Solomon Harris, dir. Ed Yonaitis
    Estados Unidos 2007, 8',
  19. I am Bob, dir. Donald Rice
    Grã-Bretanha 2007, 19',

Animação: 14

  1. Refreny (Refrains), dir. Wiola Sowa
    Polônia 2007, 11',
  2. Wszystko płynie (Everything Flows), dir. Edyta Turczanik
    Polônia 2007, 8',
  3. Majakowsky - Drei Liebesgeschichten (Majakowski –Three Love Stories), dir. Swetlana Filippowa
    Alemanha 2007, 11',
  4. Time Is Running Out, dir. Marc Reisbig
    Grã-Bretanha 2007, 6',
  5. Splinter, dir. Wojtek Wawszczyk
    Alemanha/Polônia 2008, 16',
  6. Shut Eye Hotel, dir. Bill Plympton
    Estados Unidos 2007, 7',
  7. Pecatum Parvum, dir. Asya Lukin
    Grã-Bretanha 2007, 8',
  8. Candide, dir. José Pedro Cavalheiro
    Portugal 2007, 11',
  9. Our Footsteps in the Leaves, dir. Benjamin Sanders
    Grã-Bretanha 2007, 9',
  10. Madame Tutli-Putli, dir. Chris Lavis, Maciek Szczerbowski
    Canadá 2007, 18',
  11. 7 more minutes, dir. Izabela Plucińska
    Alemanha 2007, 7',
  12. Ein sonniger Tag (A Sunny Day), dir. Gil Alkabetz
    Alemanha 2007, 6',
  13. Isabelle Au Bois Dormant (Sleeping Betty), dir. Cloutier Claude
    Canadá 2007, 10',
  14. Anhalter, dir. Daniel Höpfner
    Alemanha 2007, 13',
Locais:

KIJÓW. CENTRUM
Al. Krasińskiego 34, tel. 012 433 00 33

KIJÓW STUDIO
Al. Krasińskiego 34, tel. 012 433 00 33

KINO LETNIE / SUMMER CINEMA
Al. Krasińskiego 34, tel. 012 433 00 33

KINO POD BARANAMI / POD BARANAMI CINEMA
Rynek Główny 27, tel. 012 423 07 68

KINO MIKRO / MIKRO CINEMA
Ul. Lea 5, tel. 012 634 28 97

FESTIVAL OFFICE
KIJÓW. CENTRUM, tel. 012 433 00 33

FESTIVAL RECEPTION
KIJÓW. CENTRUM, tel. 012 422 30 93

MUZEUM NARODOWE / NATIONAL MUSEUM
Al. 3 Maja 1, tel. 012 295 55 00

MANNGHA - CENTRE OF JAPANESE ART AND TECHNOLOGY
Ul. M. Konopnickiej 26, tel. 012 267 27 03

EMPIK
Rynek Główny 5

WŁOSKI INSTYTUT KULTURY / ITALIAN CULTURE INSTITUTE
ul. Grodzka 49

ALCHEMIA
ul. Estery 5

CAMERA CAFE CLUB
Plac Nowy 9

CLUBES:

KLUB PAUZA / PAUZA CLUB
Ul. Floriańska 18
KIJÓW KLUB / KIJÓW CLUB
Al. Krasińskiego 34


kazik indignado com o governo

Foto: Rafał Nowakowski
O líder do grupo de rock, Kazik Staszewski, em entrevista na Rádio Wrocław, esta semana, deixou de lado a música e a poesia de suas canções para falar de política. E foi com essa cara que desandou a falar mal do atual governo.
Reconhecido por suas letras inteligentes (algumas delas feitas em parceria com seu pai o poeta Staszwski) Kazik disse que "este é meu ninho, esta é minha pátria. E de acordo comigo, aquele porteiro do meu país é um cretino, ou um ignorante imcompetente. Lentamente começo a desejar o pior para a Plataforma".
Atacou então, a coalizão de governo do primeiro-ministro Donald Tusk do PO - Partido da Plataforma do Cidadania com o PSL - Partido do Povo Polaco, do vice-primeiro ministro Waldemar Pawlak afirmando que "O PSL é o partido mais prejudicial da cena política polaca. Eu me lembro deles do passado." E Staszewski acrescentou que não esconde se sentir desapontado também com os governos posteriores ao do PSL nos anos 90. "Agora prometeram milagres como dentes de elefante em varas. Então, eu senti um fedor, quando foi formada a coalizão PO-PSL." Criticou ainda a demora do atual governo em cumprir o que prometeu tal como terminar rapidamente a construção das Auto-Estradas Européias que devem cortar a Polônia.
O PSL é um dos poucos agrupamentos partidários considerados efetivamente de esquerda na cena política polaca atual. Tem a companhia do Partido da Social Democracia do ex-presidente Aleksander Kwaśnieswski. O restante, incluido o PO, que é centro-direita, quase todos os políticos no país estão na direita. O que não causa boa imagem na União Européia. A opinião pública na Espanha, França e Holanda já detecta frases entre o povo daqueles países como: "Ah! Aqueles fascistas polacas tomaram de assalto o governo da Polônia".
A justificativa para este posicionamento mais à direita na ideologia dos partidos seria a de que os polacos desejam afastar para sempre o passado comunista recente, que todos consideravam de esquerda. Mas a cada dia mais me convenço que o comunismo stalinista na Polônia foi de direita e não de esquerda. As portas abertas da Igreja Católica Apostólica Romana durante a maior parte do período ateu-comunista o confirma.
E este espectro político acaba de ganhar um forte aliado, o direitista presidente francês Nicolas Sarkozi, que esteve esta semana visitando Varsóvia. Mais do que assinar acordos de cooperação Sarkozi veio buscar apoio e parceria para seus projetos pessoas dentro da União Européia. No que corresponde a rotatividade do cargo de Presidente da União Européia, será o próximo a ocupar o posto. E uma vez nele, precisa de aliados e ... Por que não a Polônia de Kaczyński-Tusk?
Por sua vez, Kazik culpa a coligação com os esquerditas e critica o centro direita Tusk. É de se perguntar: e Kazik, está de que lado? De lado nenhum? É anarquista? Ou apenas um inconseqüente roqueiro?

Confirmados professores de polaco para UFPR


Na última quarta-feira, 28 de maio, o reitor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Moreira Júnior, acompanhado do Embaixador da Polônia, no Brasil, Jacek Junosza Kisielewski e da Cônsul da Polônia, em Curitiba, Dorota Joanna Barys, ouviu do Ministro da Educação Fernando Haddad, a confirmação das vagas adicionais necessárias para que a UFPR possa incluir no vestibular de 2009 o curso de Licenciatura em Idioma Polaco. Também participarão da reunião no ministério em Brasilia, o assessor de Relações Internacionais da UFPR, prof. Antonio Carlos Gondim e pelo MEC, o secretário da SESU Ronaldo Mota, a diretora de Desenvolvimento da Rede de IFES Maria Ieda Costa Diniz e o assessor Internacional do Ministério Leonardo Barchini Rosa.
As vagas para concurso de professores, nesta área, estarão vinculadas ao projeto de ampliação do programa REUNI da UFPR, garantido para início de 2009.
Para o embaixador da Polônia, Jacek Kisielewski, a importância da Federal do Paraná criar o primeiro curso de licenciatura em Língua Polaca na América Latina deve ser ressaltada. E a cônsul Darys disse que se houver interesse o Governo Polaco poderá enviar professor para participar do programa. O tal professor viria na qualidade de wykładowca, termo usado na Polônia, para aqueles que conduzem uma aula, já que o termo Profesor é um título e não uma função. Para ser Profesor (com um S) é preciso ser nomeado pelo presidente da República.
O prof. Gondim completou que estes "ensinadores" têm dado uma contribuição muito importante às atividades acadêmicas da Universidade Federal do Paraná e claro, a oferta do consulado será levada em consideração, pois, "já temos esta experiência na área de alemão e em breve teremos também na de espanhol."