segunda-feira, 16 de março de 2009

Campeonato perde seu artilheiro

Paweł Brożek - Foto: Kuba Atys

O fim de semana futebolístico na Polônia sofreu abalo com a contusão do principal atacante do país, Paweł Brożek, artilheiro da equipe do Wisła Kraków (pronuncia-se vissuáf cracuf - vístula cracóvia) e do campeonato com 14 gols.
A equipe de Cracóvia, campeão do ano passado, está na terceira colocação na tabela de classificação e com a contusão de seu principal jogador vê suas chances de conquistar o bicampeonato ficar muito mais distante, em que pese estar cinco pontos atrás do líder Lech Poznań.
Mas não são apenas o torcedores do Wisła Kraków que estão preocupados, mas o país todo. A pergunta que todos fazem é: que substituirá o artilheiro na seleção no jogo pelas eliminatórias da Copa do Mundo 2010, contra a Irlanda do Norte?
O candidato natural, nesta altura do campeonato, para a vaga na seleção é Robert Lewandowski do Lech. Mas ainda há Marek Saganowski e Łukasz Sosin. Um deles deve se juntar na seleção a Jelen e Smolarek
A equipe de Cracóvia jogava com o PGE GKS Belchatów quando aos 45 minutos Paweł Brożek numa disputa com o goleiro adversário caiu sentindo a perna. Previsões mais otimistas é de que só possa retornar aos treinamentos daqui um mês, ou seja, faltando poucas rodas para o encerramento do campeonato. O jogo terminou empatado em zero a zero.

Classificação:


Equipe jogos
pontos gols favor-contra
1 Lech Poznań 20 43 37-14
2 Legia Warszawa 20 40 36-12
3 Wisła Kraków 20 38 31-15
4 Polonia Warszawa 20 36 27-14
5 Śląsk Wrocław 20 35 30-21
6 GKS Bełchatów 20 32 24-22
7 Ruch Chorzów 20 25 15-20
8 ŁKS Łódź 20 25 19-28
9 Jagiellonia Białystok 20 24 18-21
10 Arka Gdynia 20 24 18-23
11 Polonia Bytom 20 22 22-33
12 Lechia Gdańsk 20 22 19-30
13 Piast Gliwice 20 21 10-18
14 Cracovia Kraków 20 20 17-26
15 Odra Wodzisław 20 18 14-27
16 Górnik Zabrze 20 17 12-25



Cleber vendido


Cleber ainda com a camisa do Wisła Kraków corre atrás de Thierry Henry do Barcelona.
Foto: Kacper Pempel

Por outro lado, o lateral esquerdo brasileiro Cleber vendido pelo Wisła Kraków para o Terek Grozni fez sua estréia no campeonato russo marcando o gol da vitória de sua equipe contra o Spartak Nalczik. Cleber chegou a Cracóvia, em 2005, vindo de Portugal para fazer companhia ao também brasileiro Jean Paulista. Cleber fez 78 partidas e 10 gols. Era uma forte referência na defesa da equipe de Cracóvia, tendo sido eleito o melhor da rodada várias vezes. Foi vendido por 200 mil euros. Cleber assinou o contrato com a equipe russa semana passada por dois anos.

Marcha pela liquidação do gueto

Foto: Mateusz Skwarczek

Centenas de pessoas participaram, neste domingo, da Marcha da Recordação pelos 66 anos de liquidação do gueto judeu de Cracóvia. Os participantes fizeram um percurso de 4 km pelo bairro do Podgórze, na outra margem do rio Vístula. Entre os participantes muitos moradores, jovens, autoridades municipais e pessoas vindas de Israel especialmente para esta marcha.
Houve um rápida cerimônia na praça Bohaterów Getta (heróis do gueto), durante a qual o coro israelense Hadrey-Ron fez um pequena apresentação. Depois a já tradicional marcha fez o percurso entre "Apteki pod Orłem" e o que restou do muro que circundava o gueto na ulica (rua) Lwowskiej, onde depositaram flores. Em seguida foram até o campo de concentração de Płaszów, não distante dali.

A marcha da evacuação sobre a ponte do rio Vístula

"Assim cada ano vamos por este caminho, no qual lembramos nossos pais, mães e itmãos. Esta marcha será sempre ocasião, para que nos lembremos deles a cada ano, e não só em datas de aniversário", disse o presidente da Comunidade Judaica de Cracóvia, Tadeusz Jakubowicz, que na liquidação do gueto há 66 anos atrás tinha 5 anos de idade e a tudo assistiu como um dos poucos sobreviventes.
"Lembro-me perfeitamente desta marcha conduzido pelas mãos de minha mãe. As pernas me doiam e eu queria sentar-me, mas minhas mãe me puxava pelas mãos." acrescentou Jakubowicz.
Ainda neste domingo, como parte das comemorações houve, exposição no bairro judeu do Kazimierz (de onde foram evacuados os judeus para o outro lado do Vístula no gueto do Podgórze). Na sinagoga Tempel houve um concerto com o coro israelense Hadrey-Ron sob direção de Aviego Faintocha.

Os portões do então gueto do Podgórze

Gueto
Os alemães abriram o gueto em 1941, onde colocaram cerca de 17 mil pessoas. Durante a liquidação do gueto na noite de 13 para 14 de março de 1943 foram assassinadas mais de mil pessoas e todos aqueles que estavam aptos para o trabalho foram transferidos para o campo de concentração de Płaszów (outro bairro de Cracóvia). O campo funcionou de 1943 a 1945. No início era apenas local de trabalhos forçados e só depois funcionou como campo de concentração. Foi um local de exterminação de judeus e de ciganos, além de católicos e outras nacionalidades.

O campo de Płaszów

O martírio da evacuação do bairro do Kazimierz, a marcha através da ponte de ferro sobre o rio Vístula, a formação do gueto e do campo de concentração foram o tema do filme de Steven Spielberg "Lista de Schindler". Muito próximo do gueto, quase nas margens do rio funcionou a fábrica de Artur Schindler. Prédios que existem até hoje e que estão para se tornar um centro cultural.

domingo, 15 de março de 2009

"Semo polaco non semo fraco" no Festival de Curitiba


Está para começar, nesta terça-feira, o maior evento teatral da América Latina e um dos maiores do mundo: O Festival de Teatro de Curitiba. Realizado há 18 anos, o festival atinge sua maioridade e promete novamente surpreender os curitibanos e todo o público que for à capital do Paraná, a terceira maior concentração da etnia polaca em todo o mundo, só perdendo mesmo para Chicago nos Estados Unidos e a própria capital da Polônia, Varsóvia. O festival acontece entre os próximos dias 17 e 29.
Para Leandro Knopfholz, diretor geral e um dos criadores do Festival de Curitiba, "Nesses 18 anos tudo o que envolve o festival cresceu. Os nossos objetivos, as qualidades das peças, o número de atrações apresentadas ao público. Desde quando começamos tudo evoluiu, estamos muito orgulhosos por isso. Verificamos 18 anos de resultados positivos". Nas 17 edições realizadas, 1,3 milhão de espectadores assistiram 1890 espetáculos.
Knopholz, descendente de imigrantes polacos que chegaram a Curitiba no fim do século 18, talvez pela primeira vez agendou entre as centenas de espetáculos que serão apresentados, um que sob todos os pontos de vista, mais representa a comunidade polaca no Paraná e por extensão do Sul do Brasil.
Knopfholz programou na edição 2009 do Festival, o espetáculo "Semo polaco non semo fraco". A peça de teatro que "Izidório Duppa" e grande elenco apresentarão nos dias 26, 27, 28 e 29 de março, no Centro Cultural Uninter (Alameda Dr. Muricy, 1088). Interessados em assistir esta peça teatral e qualquer outra das representadas por artistas como Thiago Lacerda, Marisa Orth, Marília Gabriela, José Wilker, Barbara Paz e Julia Lemmertz podem fazer pela Internet através do sítio www.ingressorapido.com.br , ou pelo número: 4003-1212 (ligação local em todo o Brasil). Os ingressos para a Mostra 2009, Mish Mash e Risorama custam R$40. As peças do "Fringe" variam desde entrada franca até R$ 50. A programação do festival com todos seus espetáculos e resenhas está no portal do Festival em http://www.festivaldecuritiba.com.br/.


Foto: Gláucio Karas
Aguçando o interesse da peça polaca de Isidório Duppa (dupa em polaco é bunda) republico crônica do empresário da cidade de Araucária, Gláucio Karas, que com o pseudônimo de Isidório Duppa é atualmente a mais genuína representação do humor dos brasileiros descendentes de polacos. Artista eclético e dos mais produtivos, ele é músico, compositor, escritor e agora também ator e dramaturgo.
Já colocamos aqui neste blog alguma coisa a respeito da produção musical de Isidório, mas nunca um texto produzido por ele. É um texto em legítimo "portugowski", como diz o colunista Dante Mendonça, do jornal "O Estado do Paraná" e autor do livro "Banda Polaca - Humor do imigrante no Brasil Meridional".

Causos do Isidório

"Pregado na parede do armazéi tinha um cartais anunciando um grandiozo baile de carnavá na cidade com uma déssas banda famósa, os "Pára-choque do Fracaço". Dizia no cartais qui quéi formasse uns blóco de carnavá só pagava metade da entrada.

Déu o maió ribuliço na region, éra só gente comentando qui iam no tal baile e tavam tudo preparando as fantasia pra formá os blóco pra pulá no salon. Inté cunvidaro iéu pra i junto no blóco dos marinhero, iéu non achô boa idéia inté proque aqui na roça num téi mar e néi naviu. Veio tambéi o pessoal dos prisidiário cumas ropa listradinha cunvidando iéu, mais cumo quiá iéu vai de preso siá inté hoje nunca posô nenhuma noite na cadeia, nun era dessa véis qui ia mi visti de zebra.

Pro fim o pessoal dos fantasiado de jogador de futeból co corintcha, até achei qui pudia aceitá, inton oferecero a camisa dum tál de Ronardo Gordo, quiriam mi pintá de iscurinho e ponhá uns dente postiço qui néi coeio e inton pulei fora, vai que apareçam uns camarada vistido de muié e queram me atacá.

Sendo ansim, já tava quase qui disistindo da idéia de i no tal do baile quando veio idéia de mi fantasiá de espantaio, era só ponhá umas paia nas manga, nas calça e abri os braço. Funcionô direito, me preguntaro na entrada onde tava o resto do blóco e iéu falô qui espantaio só téi um na roça e os passarinho iam chegá mais tarde.

Me dexaro entrá e era um baile diferente, tudo mundo fazendo treizinho, pulando abraçadinho dando vórta no salon, cantando aquela marchinha cunhessida do tipo "oia cabeléra do Polaco, será qui iele é fraco, será qui iele é fraco" ou inton, "mai iéu quero, mamai iéu quero, mamai iéu quero pastá"; tinha os otro qui cantava "dotô iéu non mi ingano, méu coraçon é ucraniano".

Iéu ali parado cos braço aberto sin si mexê até qui o cantor da banda convidô iéu pra cantá uma musca já qui iéuásô meio metido a cantor. Disse qui non só pra fazê cena mais o povo intero pidiu qui iéu cantasse umazinha só e lá foi iéu pra cima do palco. Mi déro o micronfone e inton tasquei umas polaquera do tipo "pidolido sonsoronzo sonsoronzo pidolido" e mintusiamei e fiquei ali cantando qui néi passarinho
e vistido de espantaio.

Quando abri os zóio vi qui o pessoal pararo de dançá e mi oiavam cumas cara isquisita, os vistido de índio começaro a me atirá fléxa, as de baiana tiraro as banana da cabeça e jogaro ni iéu, os ca cara do Lula pararo de tomá cachaça e diziam bobage inté qui mi ispantaro do palco.

Desgracera mésmo, priméra féis qui ispantam o espantaio. Agora iéu vai ter qui agüentá 40 dia de quaresma pra voltá a cantá nos pálco, inda béi que carnavá é só uma véis no ano."

Duppa, ou Gláucio, mantém um sítio onde é possível piratear os CDs já lançados pelo artista em www.duppa.com.br

Andżelika Borys eleita na Bielorrússia

Andżelika Boris -Foto: Marcin Śmiałowski - PAP

O Congresso da União dos Polacos na Bielorrússia, que se realizou na cidade de Grodno, neste fim de semana, apesar dos obstáculos colocados pelas autoridades bielorrussas escolheu pela segunda vez, para a presidência da entidade Andżelika Borys. A ativista polaca que recebeu 148 votos a favor e 15 contra cumprirá um mandato de mais quatro anos.Era necessário que houvesse 150 votos para o quórum mínimo e o governo do país vizinho está impedindo os eleitores da organização de viajarem até Grodno para votar. Uma vez superada a dificuldade, Andżelika Borys foi reeleita.

Alexandr Milinkevich, candidato derrotado nas eleições para a presidência da Bielorússia manifestou a convicção de que o povo polaco, ao decidir, apesar da repressão, se reunir para votar em sua organização, demonstrou preocupação com o respeito pelos direitos constitucionais e à liberdade de associação. Milinkevich chamou o Congresso da União dos Polacos de "santa liberdade". Ele disse que esta é uma demonstração do espírito patriótico daqueles que contam não só com o renascimento polaco, mas também da própria Bielorrússia.

Por sua vez, o jornalista Andrzej Poczobut, porta-voz da organização, afirma que o ditador da Bielorrússia vê o grupo étnico polaco em seu país como agentes hostis do Ocidente. Segundo Poczobut vivem na zona de fronteira da Bielorrússia com a Polônia mais de meio milhão de polacos, e a União dos Polacos é a única entidade a representar estas pessoas. Entidade que foi proibida de existir há quatro anos, quando seus militantes foram presos, multados, mantida sob vigilância e difamados na imprensa oficial da Bielorrússia

Os ativistas polacos, depois de terem conseguido realizar sua eleição e reeleger Boris passaram a acreditar, que o presidente Alexandr Lukashenko está de alguma forma respondendo ao compromisso que se impôs de melhorar as relações com a União Europeia e os Estados Unidos. Mas também reconhecem que isto só está sendo possível após as sanções económicas impostas por Norte-americanos e Europeus contra a Bielorrússia.Também acreditam que a ida de Poczobot e da líder Borys a Varsóvia, na sexta-feira, para se reunir com o presidente polaco Lech Kaczyński, na véspera da eleição ajudou bastante a que o Congresso da União não fosse impedido de se realizar.Os polacos estão entre os mais fortes defensores da reforma democrática e do estreitamento de relaçãos com o Ocidente por parte da Bielorrússia. O contingente étnico polaco representa 5% da população bielorussa, que atualmente é de 10 milhões de habitantes. Esta população já morava neste território antes da Segunda Guerra Mundial, pois aquelas terras sempre foram da Polônia.

Para Sergei Kostyan, membro do parlamento bielorrusso, e afinado com o ditador Lukaszenko, "não há dúvida de que o Ocidente gostaria de utilizar os polacos como força motriz para a repetição da Revolução Laranja ucraniana na Bielorrússia". Mas a União dos Polacos nega qualquer intenção de derrubar o governo de Lukashenko, que governa o país com mão de ferro desde 1994. "Nós não somos um gueto polaco, não somos separatistas ou terroristas", disse Borys, neste fim de semana. Pois segundo ela, "nós somos cidadãos da Bielorrússia, que desejam ter sua própria organização e que ela possa funcionar normalmente."

sábado, 14 de março de 2009

Palácios da Polônia - 1

Foto: Prefeitura de Gliwice

A primeira menção ao Palácio Ballestremów data de 1364. Aquelas terras eram de propriedade de Marcus de Plawniowitz, que as trocou com a família alemã de origem italiana Ballestremów. Mas teria ficado residindo ali até 1748 só saindo quando Giovanni Battista Angelo Ballestrero di Castellengo se casou com Elżbieta Maria Augusta, filha de Franciszk Wolfgang von Stechow e finalmente a família tomou posse como proprietária das terras e do antigo castelo.
O conde Franciszek II Ballestrem encarregou Konstantyn Heidenreich de Kopic de reformar o antigo palácio, que havia sido construído no local em 1737, por Zygmunt Mikołaj von Goerz. O castelo, portanto, tal como se encontra atualmente foi remodelado entre 1882 e 1885.

Foto: Wojciech Gogolewski

A família Ballestrewów permaneceu no Palácio até 1945, quando o conde Mikołaj Ballestremów foi retirado dali pelo exército soviético. o marechal Iwan Koniew encontrou o palácio em boas condições, mas com seu interior todo destruído e pilhado. Desapareceram as ricas coleções de porcelanas, pratos e talheres. Desde a segunda guerra mundial o Palácio é ocupado pelas freiras do Sacramento da Diocese de Gliwice.
O palácio fica na localidade de Pławniowice, na gmina (distrito) de Rudziniec, powiat (munícipio) de Gliwice, na Silésia.

Foto: Wojciech Gogolewski

Embaixador visita São Mateus do Sul

Foto: Sandro Zimny

No ultimo dia 1º de março o embaixador da Polônia no Brasil, Jacek Junosza Kisielewski e sua esposa Grazyna Kisielewski, acompanhados da Cônsul-geral para o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Dorota Barys, estiveram visitando a comunidade polaca de São Mateus do Sul, no Paraná.
Os representantes do governo polaco estiveram na Casa da Memória, no Centro Polônico Marcelo Janowski, na Colônia Iguaçu, na Paróquia N. S. Aparecida e Częstochowa na Vila Nepomuceno, onde plantaram um carvalho e decerraram uma placa em comemoração dos 140 anos da imigração polaca ao Paraná.
O embaixador visitou também a Associação Comercial Industrial e Agricola de São Mateus do Sul, onde a Braspol promovia encontro com a Câmara de Dirigentes Logistas e empresários locais, visando intercâmbio ecônomico, sócio-tecnológio e o comprometimento de estudo da implanção de uma Câmara de Comércio Polônia - São Mateus do Sul.


Foto: Sandro Zimny

Finalizando a visita houve tempo para ver mais de perto a comunidade de descendentes polacos da Colônia Água Branca (orinialmente Águia Branca, mas mudada após a lei de nacionalizalção de Getúlio Vargas, em 1938), onde ainda existe a centenária Igreja de madeira construida sem o emprego de grampos e pregos de metal. O embaixador foi recepcionado pelos descendentes dos primeiros imigrantes com música folclórica polaca, pão e sal, além de produtos tipicos da comunidade.

Foto: Sandro Zimny

Congresso Mundial Polaco em Varsóvia

Varsóvia - Foto: Ulisses Iarochinski

A Fundacja Polonia informa que estará realizando entre os dias 6 e 8 de junho próximo em Varsóvia, o 13º Congresso Mundial Econômico das Comunidades Polacas. O evento, único no gênreo, pretende reunir empresários de origem polacas de mais de 30 países.
Nos seminários que constam da programação deverão participar O Ministro da Economia e vice-primeiro ministro Waldemar Pawlak, além de autoridades e empresários da Polônia. Pessoas e empresas brasileiras (de origem polaca) interessadas devem entrar em contato:

com o Consulado Geral da Polônia em São Paulo:


ou diretamente com a Fundacja Polonia:


sexta-feira, 13 de março de 2009

A Polônia realmente ama suas crianças???

Foto: Sebastian Rzepiel

O jornal Metro, distribuído gratuitamente nas estações metrô, pontos de ônibus e esquidas das grandes cidades da Polônia publica reportagem de saúde pública com o título: A Polônia ama suas crianças?
A reportagem das jornalistas Anita Karwowska e Joanna Rozmiarek mostra um panorama preocupante nestes tempos de crise do mercado de trabalho e mais do que isto da falta de orientação profissional das universidades para com seus estudantes na escolha de suas especialidades médicas. E por outro lado, do Estado e mesmo das instituições privadas em reconhecer a importância de bons salários aos profissionais de medicina.
Na Europa Central, a Polônia sempre foi reconhecida pela excelência de suas escolas de medicina. Agora com a entrada na União Europeia, então, este reconhecimento vem de países como Alemanha e Espanha que oferecem emprego aos médicos polacos.
A reportagem do Metro, no entanto, não vai por este caminho, ou seja, da valorização dos médicos polacos no panorama europeu. Mas ao responder a pergunta da manchete, afirma que "Temos um boom de bebês e faltam 4 mil médicos especialistas em doenças infantis."
No Hospital "Dziecięcym im. B. Krysiewicza" em Poznań dão entrada diariamente 150 crianças doentes. As quais esperam em média três horas para serem atendidas. A situação é parecida no "Wojewódzkim Szpitalu Dziecięcym" de Varsóvia, onde uma criança com a perna machucada por uma torção de criança tem que esperar quatro horas para minimizar a dor.
Nos últimos anos o número de pediatras na Polônia caiu de 10 mil para 6 mil médicos e estes todos com idade média de 58 anos de idade. Na porta do hospital de Varsóvia, já há um ano um cartaz anuncia emprego: "Procuramos médicos pediatras. Salário bruto de 3 mil złotych." Apesar do cartaz, chamado pelos funcionários de "Anúncio do Desespero", o hospital não conseguiu contratar ninguém para as vagas. O coordenador da pediatria do hospital dr. Krzysztof Gajowniczek explica que o porque de não conseguir encontrar nenhum médico, "no momento só um milagre permitira encontrar alguém para estes postos de trabalho oferecidos, pois a grande maioria dos médicos polacos estão trabalhando no exterior e os formandos estão escolhendo outras especialidades médicas".
A prof. Alicja Chybicka, presidente da Associação Médica Pediatra da Polônia, diz que "alguns anos atrás, quando nasciam menos crianças, os leitos para crianças foram liquidados, hoje com a explosão de nascimentos no país, não existem camas para atendem a pediatria". Ela cita como exemplo, Wrocław, onde sumiram nos últimos anos 120 leitos para crianças.
Na Polônia, o risco de morte de crianças, que não completaram 15 anos de vida é 40% maior de que em outros países da UE. E isto, segundo a Associação Pediátrica se deve ao tardio atendimento médico às crianças doentes.
Tentanto buscar soluções para esta crise, começa hoje em Varsóvia o congresso "Czy Polska kocha swoje dzieci? (A Polônia ama suas crianças)". Segundo a professora Chybicka, a prioridade é buscar financiamento para aumentar o número de leitos nos hospitais pediátricos e incentivar os jovens médicos a optarem pela especialidade.
"A Pediatria é difícil: nesta especialização os recém formados precisam aprender desde zero. Através dos anos a especialização pediátrica foi oferecendo cada vez menos vagas, assim os jovens médicos foram sendo quase que obrigados a buscar outras áreas. Esperamos que com algumas medidas que estão sendo tomadas as vagas aumentem na especialização, mas infelizmente teremos que esperar ainda alguns anos mais para ter uma nova geração de médicos pediatras na Polônia e o que menos temos é tempo para esperar, pois as crianças estão nascendo de forma explosiva neste país." afirma Marcin Kuniewicz, presidente da Associação Hipócrates que reúne jovens médicos.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Polacos orgulhosos de sua capital

Praça Zbawiciela no centro da cidade, panorama desde a ulica (rua) Marszałkowskiej
Foto: Jerzy Gumowski

A Polônia inteira é orgulhosa de sua capital segundo uma pesquisa do jornal Gazeta Wyborcza. Até mesmo os cracovianos admitem, embora em menor percentual que os polacos de outras cidades onde a pesquisa foi realizada
Em relação aos próprios varsovianos, sempre tão críticos em relação à cidade, a pesquisa apontou que 84% dos moradores sentem Varsóvia como "o mel de seus corações".
Já os moradores de outras oito cidades do país apontaram aquilo que mais representa Varsóvia para eles. Para 79% ela é europeia, 82% que é dinâmica, 72% que é amigável.
Para o Dr. Krzysztof Herbst, sociólogo que trabalha para o Departamento de Estratégia Social de Varsóvia, o resultado da pesquisa, muito deste orgulho tem a ver com a transformação da cidade nos últimos 20 anos, pois deixou de ser a velha capital comunista para se transformar numa metrópole do trabalho, da vida cultural e das oportunidades. Apesar destes resultados favoráveis, as mesmas pessoas responderam que a cidade é insegura com 52% dos pesquisados e para 39% que ela é suja. E que os cracovianos embora tenham orgulho de sua capital, não a amam.
Na tabela abaixo estão os percentuais conseguidos por Varsóvia em cada uma das cidades pesquisadas. As perguntas foram:
Você é orgulhoso da capital da Polônia?
Varsóvia - 86% responderam que sim.
Białystok - 84% responderam que sim.
Lublin - 82% responderam que sim.
Łódź - 79% responderam que sim.
Gdańsk/Gdynia/Sopot - 75% responderam que sim.
Katowice (area metropolitana) - 73% responderam que sim.
Wrocław - 73% responderam que sim.
Kraków - 72% responderam que sim.
Poznań - 69% responderam que sim.

O que os moradores de tua cidade invejam dos varsovianos?

Frequentar cinema, teatro, bares
Białystok - 34%.
Lublin - 48%.
Łódź - 26%.
Gdańsk/Gdynia/Sopot - 24%.
Katowice (area metropolitana) - 46%.
Wrocław - 11%.
Kraków - 8%.
Poznań - 19%.

Maiores salários
Białystok - 86%.
Lublin - 40%.
Łódź - 85%.
Gdańsk/Gdynia/Sopot - 63%.
Katowice (area metropolitana) - 73%.
Wrocław - 60%.
Kraków - 63%.
Poznań - 64%.

Boas escolas
Białystok - 62%.
Lublin - 88%.
Łódź - 38%.
Gdańsk/Gdynia/Sopot - 39%.
Katowice (area metropolitana) - 55%.
Wrocław - 17%.
Kraków - 8%.
Poznań - 18%.

Lugares para encontrar estrelas da TV
Białystok - 62%.
Lublin - 68%.
Łódź - 55%.
Gdańsk/Gdynia/Sopot - 46%.
Katowice (area metropolitana) - 67%.
Wrocław - 42%.
Kraków - 34%.
Poznań - 47%.
Pelos percentuais, percebe-se que Cracóvia é a que menos sente inveja nos quesitos boas escolas e vida cultural. Mas sente inveja dos melhores salários de Varsóvia e dos encontros fortuitos com estrelas da TV.

Miss mundo agita Varsóvia

Foto: Divulgação G. Mokotów

Os grandes shopping center chegaram de vez a Polônia. Em Cracóvia um investimento alemão construiu o maior centro de compras da Europa, justamente ao lado da estação ferroviária central da cidade, a Galeria Krakowska. E isto poucos meses depois da cidade ter ganho o sofisticado Shopping Center Galeria Kazimierz. Cracóvia que já possui cerca de 8 shopping centers se prepara para inaugurar outros até 2012.
Mas a febre destes centros comerciais não é só na capital cultural do país, pois na capital de fato, Varsóvia, a quantidade de shopping centers já começa a saturar.
E a verdade é que os polacos que antes não tinham esta opção começaram a frequentar estes estabelecimentos como alternativa de passeios de fim de semana. As grandes marcas mundiais estão quase todas nestas "galerias" como são chamados aqui os Shopping Centers.
Mas como o poder de compra dos polacos ainda é baixo estes estabelecimentos estão fazendo de tudo para atrair a clientela. A Galeria Mokotów de Varsóvia começou esta semana uma campanha publicitária com ninguém menos que a Miss Mundo 2006. A tcheca Tatana Kucharova, foi contratada para a promoção. Ela não terá que fazer nada muito diferente do que tem feito na vida: ser maquiada.
Os clientes poderão ver todo o processo sendo realizado num estúdio montado no shopping varsoviano com Szymon Brodziak – fotógrafo, Jolanta Czaja – estilista, Gonia Wielocha - maquiadora e Robert Kupisz – cabelereiro.
A idéia de trazer a missa da vizinha República Tcheca foi da agência de propaganda Communication Unlimited. O resultado desta aparição de Tatana será transformada em painéis e "bilboard" por toda a cidade com o título da campanha "Quando a moda floresce".

quarta-feira, 11 de março de 2009

Bartoszewski responde a alemão fascista

Foto: Piotr Kowalczyk

O ex-prisioneiro nr. 4447 do Campo de Concentração e Exterminação Alemão de Auschwitz, Władysław Bartoszewski, não se conteve e respondeu a altura os comentários feitos em um programa da TV alemã ARD, transmitido no último dia primeiro de março, pelo político alemão Rudi Pawelka, de que a Polônia teria atacado a Rússia em 1920. "Pawelka relincha idiotice. Ele não é idiota. Ele é perfeitamente consciente de que a Polônia não atacou a Rússia. Somente a Rússia atacou a Polônia e isto ela faz há séculos." afirmou Bartoszewski para o canal de notícias da televisão polaca TVPInfo.
Pawelka, chefe da Associação de Patriotas Silesianos estava participando do debate sobre candidaturas para chefe da "Associação de Exilados" e para o Conselho de administração da Fundação "Fuga, Expulsão, e Reconciliação", na televisão alemã junto com jornalistas, políticos, historiadores, e ao responder a uma pergunta da política Erika Steinbach disse que, "Devemos recordar que a Polônia atacou a Rússia em 1920 e apoderou-se destes territórios. Posteriormente teve que devolvê-las a Stalin". Pawelka nasceu em 1940, em Wrocław, quando esta cidade estava ocupada pela Alemanha e se chamava Breslau.
A Associação de Patriotas Silesianos faz parte da Associação dos Exilados, que visam cultivar a cultura da Silésia. Mas da Silésia alemã. Atualmente a associação conta com mais de 200 mil membros, em sua maioria alemães e seus descendentes que foram deslocados após a Segunda Guerra Mundial para a Alemanha, uma vez que a Polônia após quase 150 anos de horrenda ocupação alemã finalmente recebia de volta as terras silesianas que sempre foram polacas para o seio do seu milenar território.
Os políticos alemãos não conseguem suportar Bartoszewski e muito menos Erika Steinbach, a qual o presidente da Bundstag - o Parlamento alemão - pediu moderação quando ela falar do polaco Bartoszewski. Ironicamente a política que desistiu à candidatura do conselho da Fundação dos Exilados, fez a seguinte pergunta: "Por acaso não é livre identificar algo diferente dele no pensamento dos palhaços, como este senhor fez?"
Para Bartoszweski esta senhora alemã, não faz mais do que revanchismo histórico contra os polacos. "Ela é uma anti-Polônia". Ele inclusive já fez reclamações pessoais a chanceler Angela Merker contra Steinbach, pelas posições dela, "esclerosadas e antissemitas".
Bartoszewski, além de ter sofrido os horrores das ações monstruosas dos alemães na segunda guerra mundial, é professor, jornalista e político. Já foi ministro das Relações Exteriores da República da Polônia, entre 2000 e 2001, embaixador da Polônia na Áustria e Senador da República e é certamente uma das pessoas mais célebres da Polônia na atualidade.
Talvez seja menos conhecido que Lech Wałęsa, ou o Papa João Paulo II, em todo mundo, mas sua posições em defesa da Polônia e suas duras palavras não admitem contestações. Não só por seu passado de prisioneiro, mas por tudo que realizou em vida depois da segunda guerra mundial. Não há no mundo nenhum fascista que possa se sobrepor a sua figura nem mesmo insultá-lo, como costumeiramente políticos de extrema-direita alemãos fazem contra ele.
Se o mundo da concórdia pede que não se confunda os alemães atuais com seus ascendentes da segunda guerra mundial, também não se pode admitir que estes mesmos descendentes de nazistas ousem levantar a voz contra um ex-prisioneiro dos campos de concentração de Hitler. Pois a estatura moral de Bartoszewski não é ultrapassada por nenhum alemão de alma boa na Alemanha de hoje.
P.S. Na verdade foi a Polônia que sofreu ataque do exército Bolchevique em 1920. Mas o marechal Józef Piłsudski conseguiu conter o ataque russo. E mais, com suas tropas polacas entrou em Moscou. A Polônia junto com o Japão (Guerra Japão-Rússia de 1905) são as duas únicas nações na história a vencerem a Rússia. E os polacos fizeram isto duas vezes, a primeira em 1612 e depois em 1920. Nas duas vezes entraram vitoriosamente em Moscou. Em meu documentário, "Auschwitz-Birkenau", talvez um dos únicos em idioma português sobre a história destes dois campos de concentração alemães em terras da Polônia, mostro Bartoszewski discursando nos 60 anos de libertação do campo, em 2005, quando ele afirma em tom de brado, levantando a mão, as palavras: "Terra não cobrirás meu sangue, porque meu grito não cessará!"

Cracóvia por um Tibet livre

Foto: Stanisław Rozpędzik

Comemorando os 50 anos de ocupação do Tibet, o Rynek Główny - Praça do Mercado Central de Cracóvia foi palco, nesta terça-feira de uma manifestação intitulada "Kraków solidarny z Tybetem" (Cracóvia solidária com o Tibet). A mesma ação foi realizada em outras cidades da Polônia e já ocorre há um ano. Os manifestantes pedem a independência da pátria tibetana das mãos chinesas. Na sua maioria são jovens, mas também se pode ver muitos idosos que se solidarizam com um Tibet Livre. Uma página na Internet dá suporte às manifestações: www.ratujtybet.org.
O Símbolo da manifestação foi a colocação de uma mulher dentro de uma jaula com o rosto pintado nas cores da bandeira do Tibet. Os manifestantes fizeram um apelo ao Presidente da República da Polônia Lech Kaczyński, para que assine um pedido de conversações para uma resolução pacífica do conflito.
Os manifestantes desfilaram com cartazes dizaendo: "Tibet zona ocupada", "Tibet Livre","Pare a ocupação chinesa do Tibet".
"Esta manifestação está sendo feita no sentido de afetar sensibilidade dos polacos e consciêtizar da necessidade de continuar a luta pela liberdade de outros povos. A Consciência dita isso a mim e eu faço. Cada pequena ação é importante", explicava Izabella "Degardo" Pajonk, uma das organizadoras do protesto.



Foto: Stanisław Rozpędzik

Condenada a gangue de Łódź

Carro sendo roubado - Foto: Polícia

Com penas variando de oito meses a quatro anos de prisão, o Tribunal Regional de Łódź, condenou, ontem, 24 pessoas, que roubaram mais de 130 automóveis naquela cidade.
A mais longa condena coube ao chefe da gangue Wiktorio A. (mesmo com a condenação o sobrenome do criminoso não é divulgado na Polônia), que além dos quatro anos de prisão terá que pagar 125 mil zł de multas e reparar danos de mais de 200 mil zł.
O juiz respondeu às críticas de que a pena foi muito branda dizendo que o criminosos não usou de violência e seus crimes são apenas contra a propriedade privada. Nove das sanções não serão de prisão. Os autores deverão apenas reparar os danos causados a um certo número de vítimas.
De acordo com a promotoria, a gangue atuava desde 2005 com regras bem especificas entre seus integrantes. Alguns roubavam os carros, outros escondiam e armazenavam, outros do desmanche e outros se encarregavam da venda das peças.
A maioria dos automóveis foi roubada em estacionamentos de supermercados. Alguns carros de luxo foram devolvidos aos donos sob pagamento de 20 mil złotych de resgate. Se os propritários nao pagavam, aí sim, os carros iam para o desmanche e as peças eram vendidas. Cabe recurso às sentenças.

terça-feira, 10 de março de 2009

Os melhores do cinema polaco 2009

Troféu Orły 2009
A Academia de Cinema da Polônia fez entrega, ontem, do troféu "Águia" 2009 aos melhores do cinema polaco. Os grandes vencedores da edição deste ano foram Małgorzata Szumowska com 4 troféus e Waldemar Krzystek com 5 estatuetas.

Małgorzata Szumowska
que embora não tenha recebido a estatueta de melhor diretora da Academia, ganhou o prêmio de mellhor diretora da crítica e levou outras três Águias para casa pelo seu filme "33 sceny z życia”, que recebeu os prêmios de melhor filme do ano, melhor montagem e melhor música.

Waldemar Krzystek
com seu "Mała Moskwa" ganhou nas categorias de melhor roteiro, melhor figurino, melhor cenografia e som, além do prêmio de revelação do ano para a atriz Elena Leszczyńska. 

O vencedor do troféu de melhor diretor foi Jerzy Skolimowski pelo filme "Cztery noce z Anną”, que deu também o prêmio de melhor atriz para Jadwiga Jankowska-Cieślak. O prêmio de melhor ator foi para Krzysztof Stroiński pelo filme "Rysa" de Michał Rosy (filme que já foi apresentado em São Paulo, no final do ano passado).
A Noite de Gala foi transmitida ao vivo pela TVP Canal 2. Concorreram ao "Águia" 30 filmes polacos produzidos entre primeiro de janeiro e 31 de dezembro de 2008.  Os membros da Academia de Cinema da Polônia foram os votantes desta oitava edição do troféu.  Este ano os membros da academia votaram pela primeira vez no melhor filme europeu exibido em 2008 nos cinemas da Polônia. 

Foram estes os laureados:

Melhor Film
• "33 Sceny z życia"

Melhor diretor
Jerzy Skolimowski, pelo filme "Cztery noce z Anną"

Jerzy Skolimowski,
nasceu em 5 de maio de 1938. Além de diretor é roteirista, dramaturgo e ator. Graduou-se na melhor escola de cinema do planeta, a prestigiosa Escola Superior de Cinema de Łódź (pronuncia-se uúdji).  Skolimowski já dirigiu mais 20 filmes desde seu "début" em 1960, com  "Oko wykol". 

Melhor atriz
Jadwiga Jankowska-Cieślak, pelo fime "Rysa"

Jadwiga Jankowska-Cieślak
nasceu em 15 de fevereiro de 1951 em Gdańsk. Graduada pela Escola Superior Nacional de Teatro de Varsóvia é atriz de cinema, televisão e teatro. Em 1982, ganhou a "Palma de Ouro" de Cannes pelo filme húngaro "Inne spojrzenie".  Em 2004, ganhou o prêmio Aleksandr Zelwerowicz de teatro pela interpretação dos papéis de Paulina e Aurelia na peça „Niedokończonym utworze na aktora” segundo Anton Czechow e Yasminy Rezy além de "Matki" na peça „Opowieściach o zwyczajnym szaleństwie” de Petra Zelenki, ambos espetáculos foram produzidos no Teatrz Dramatyczny de Varsóvia. Em  10 de dezembro de 2007  foi ordenada pelo presidente da república "Cavaleira da Cruz" da "Order Odrodzenia Polska". 

Melhor ator
Krzysztof Stroiński, pelo filme "Rysa"

Krzystof Stroiński
nasceu em Pszczyna em 09 de outubro de 1950.  Em 1972, graduou-se na Escola Superior de Cinema de Łódź. Fez bastante sucesso na série de televisão como Leszek Górecki em "Daleko od szosy" e como Michał Lindner em "Matki".

Melhor atriz coadjuvante
• Danuta Szaflarska, pelo filme "Ile waży koń trojański?"

Melhor ator coadjuvante
• Robert Więckiewicz , pelo filme "Ile waży koń trojański?"

Revelação do ano
• Elena Leszczyńska, atriz, pelo filme "Mała Moskwa”

Melhor Filme Europeu exibido nos cinemas da Polônia
• „Motyl i skafander" („Le Scaphandre et le Papillon"), direção de Julian Schnabel - França/Estados Unidos

Melhor roteiro
• Waldemar Krzystek, pelo filme "Mała Moskwa”

Melhor fotografia
• Adam Sikora, pelo filme "Cztery noce z Anną”

Melhor som
• Wacław Pilkowski, Piotr Knop, Michał Kosterkiewicz, pelo filme "Mała Moskwa”

Melhor montagem
• Jacek Drosio, pelo filme "33 Sceny z życia”

Melhor figurino
• Małgorzata Zacharska, pelo filme "Mała Moskwa”

Melhor cenografia
• Tadeusz Kosarewicz, pelo filme "Mała Moskwa”

Melhor música
• Paweł Mykietyn, pelo filme "33 Sceny z życia”.

O Troféu Polaco de Cinema "Orły" já premiou mais de 500 membros da "Polska Akademia Filmowa", conhecida como Academia de Cinema, e assim como o francês Cezar, o Tcheco Lwy ou o espanhol Goya, faz parte da Academia Europeia de Cinema. Desde 2008, a presidente da academia polaca é Agnieszka Holland.

Nos anos anteriores ganharam o "Águia" de melhor filme do ano: "Historia kina w Popielawach" (1999), "Dług" (2000), "Życie jako śmiertelna choroba przenoszona drogą płciową" (2001), "Cześć Tereska" (2002), "Pianista" (2003) , "Zmruż oczy" (2004), "Wesele" (2005) i "Komornik" (2006), "Plac Zbawiciela" (2007), "Katyń" (2008).

O "Orły" é organizado com a colaboração do Ministério da Cultura, Instituto Polaco de Arte Cinematográfica e Voivodia da Mazóvia. Patrocinaram este ano: Lexus Warszawa - Wola, kancelaria Salans, REVLON, The Chimney Pot, Empresa Catering, The Eve, Blikle e Four Colors, Multikino e Silver Screen, TVP Canal 2, FILM, VIVA,  PR canal 3, stopklatka.pl, gazeta.pl e www.tvp.pl.

Poznań em São José dos Pinhais


Uma comitiva da cidade de Poznań visitou São José dos Pinhais, dentro da parceria de cidades irmãs.
Desta vez, um dos objetivos principais desta Comitiva foi contatar uma universidade paranaense e fazer a entrega de uma carta da Universidade Adam Mickiewicz de Poznań que deseja criar na Cátedra de Filologia o curso de Língua Portuguesa. A universidade polaca quer fazer uma parceria com alguma universidade paranaense.
Os senhores Tomasz Morawski, Diretor de Assuntos de Promoção e Integração da União Europeia, Piotr Burdajewicz, presidente do Conselho Municipal de Poznań, encontraram-se com os Professores Antonio Carlos Gondin, Assesor de Relações Internacionais da Universidade Federal do Paraná e Roberto Machniewcz da Comissão de São José dos Pinhais para fazer a entrega da carta.
Estiveram presentes no encontro as professoras Norma Zandoná, vice-diretora do Setor de Ciências Humanas; Lúcia Zasnette, Chefe do depto. de Letras Estrangeiras Modernas; Caetano Galindo, Chefe do Depto. de linguística, Letras Clássicas e Vernáculas; Eva Dalmolin, Coordenadora do curso de Letras e Eduardo Nadalin, coordenador do curso de Letras-Polonês.
Os primeiros alunos deste curso pioneiro na América Latina começaram suas aulas agora em março. Um acordo já existente foi firmado no ano passado com a Universidade Jagiellonski de Cracóvia, a mais antiga daquele País, permitirá a ida e vinda de estudantes. Negociações também estão sendo feitas para estabelecer convênio com a Universidade de Varsóvia, explicou o professor Antonio Carlos Gondin.
A Cônsul geral da Polônia em Curitiba, Dorota Barys, que em janeiro último, fez uma visita de cortesia ao novo reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, afirmou que o ensino de Português é mais valorizado e procurado nas universidades polacas do que no Brasil. A esperança em Curitiba são os estudantes que agora começam a graduação do idioma na UFPR, porque em cinco anos serão eles os professores.
Ainda dentro da missão de estreitar relações com São José dos Pinhais, a comitiva polaca foi solicitar apoio para pesquisas na área de músicas folclóricas que doutorandos estão realizando na universidade de Poznań. Os estudantes desejam fazer levantamento junto às comunidades polacas no Paraná.

P.S. Antes da entrada da Polônia na União Europeia em 2004, era comum a presença de professores brasileiros, no curso de português da Faculdade de Filologia Romana da Universidade de Cracóvia e os poucos professores polacos da universidade falavam com sotaque brasileiro. Mas as coisas mudaram e os alunos polacos da Faculdade agora tem sotaque do Alentejo e não mais brasileiro.
A profa. dr.
Regina Przybycien da UFPR retornou a Cracóvia mês passado para ministrar aulas este semestre na Faculdade na disciplina de Literatura Brasileira. É uma tentativa do Prof. dr hab. Jerzy Brzozowski de equilibrar um pouco a língua portuguesa do Brasil com a de Portugal entre seus alunos. Brzozowski foi cônsul da Polônia, em Curitiba, nos anos 90 e é o principal responsável pela vinda da Prof. Regina pela segunda vez a Cracóvia. No passado, o dr. Almir Gonçalves, do setor cultural da Embaixada do Brasil, em Varsóvia, ministrou as aulas desta disciplina por dois anos.

Morreu Zbigniew Religa

Os canais de televisão e vários jornais repercutiram ontem a morte do médico Zbigniew Religa, silesiano, que fez o primeiro transplante de coração na Polônia no ano de 1985. Quatro anos depois foi também o primeiro cirugião a implantar um coração artificial. Nasceu em 16 de dezembro de 1938 em Miedniewice.
Religa terminou seus estudos na Universidade de Varsóvia em 1963. De 1966 a 1980, ele trabalhou no Hospital Wolski de Varsóvia. Em 1973, ele visitou Nova Iorque para se especializar em cirurgia vascular e 1975 fez o mesmo em Detroit. Ainda 1973, ele obteve o título de doutor em medicina e em 1981 ele terminou o grau mais alto dos estudos na Polônia com seu título de "Habilitacja". Religa foi agraciado ainda com o título de "doctor honoris causa" da Universidade de Lwów da Ucrânia, Universidade Médica Silesiana de Katowice, e Universidade Médica de Białystok.
O prof. Religa morreu aos 70, na noite de domingo. Religa teve sucesso também como político, primeiro como senador e depois como ministro da saúde. Era respeitado até pelos adversários políticos em sua luta para reformar o sistema de saúde da Polônia, muitos chegaram a chamá-lo de "John Wayne da medicina e política".
Religa era um torcedor fervoroso do Górnik Zabrze, equipe de futebol da Silésia, que já teve seus dias de glória nos campeonatos polacos de futebol.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Mulheres se manifestam em Varsóvia

Fot. Bartosz Bobkowski

"Cada equipe - a mesma droga!" - este foi o lema da X Manify, que neste domingo desfilou pelas ruas de Varsóvia. Segundos os organizadores entre 5 a 6 mil pessoas estiveram na passeata.
Manifa - manifestação organizada desde 2000 no Dia Internacional da Mulher pelas entidades feministas - a cada ano que passa cresce e expressa novos problemas sociais da mulher. Os postulados este ano antes de tudo: fazer cessar a violência contra as mulheres, a fecundação in vitro, paridade nas eleições, separar a igreja do Estado, respeito para com o trabalho das mães.
A manifestação iniciou-se ao meio-dia na Praça Defilad e terminou diante do Sejm (Câmara dos Deputados), onde os participantes eram aguardados por algumas dezenas de juvens da entidade "Juventude Polônia Una". A Manife 2009 foi organizada por várias entidades, incluindo "Acordo da Mulher 8 de março", Associação SOS Same o Sobie, Fundação MaMa, Fundação "Anka Zet Studio", "Federação para Assuntos da Mulheres e Planejamento Familiar", "Acordo das Lésbicas (LBT)", Portal Kobiety Kobietom (Mulher Mulheres", "Fundação Feminoteka", "UFA", União de Livre Comércio Agosto 80","Crítica Política".
Durante a manifestação as mulheres gritavam palavras de ordem como: "Donald, você não nos ama, você nos respeite!", "Queremos saúde ao invés de paliativo" e portavam cartazes com frases como, "Políticos para casa, mulheres na política", "Lugar de mulheres pugilistas é na cadeia","Exigimos o direito de voto sobre a questão do nosso destino", "Você é crente? Acredite em você mesmo!", "Educação sexual é uma necessidade natural".
Entre as manifestantes estão pessoas de diferentes idades, muitas jovens, pessoas idosas e famílias inteiras com suas crianças. Havia uma plataforma especial para a segurança do divertimento das crianças.
Opositores da Manify distribuiam folhetos com dizeres como "Hitler, introduziu pela primeira vez na Polônia o aborto. Aborto é assassinato". Os contramanifestantes eram membros "Juventude Polônia Una" que esperaram a manifestação diante do Sejm, e empunhavam cartazes com inscrições como: "Pare o aborto". Haviam cartazes e fotografias de fetos com dizeres: "feministas nos tratores!" e "Toda a diferente, são todas feias!"

domingo, 8 de março de 2009

Mulher sempre mulher


Ilustração: Mirosław Owczarek


Segundo o poeta Vinicius de Moraes... MULHER é:

A mulher que passa

Meu Deus, eu quero a mulher que passa
Seu dorso frio é um campo de lírios
Tem sete cores nos seus cabelos
Sete esperanças na boca fresca!
Oh! como és linda, mulher que passas
Que me sacias e suplicias
Dentro das noites, dentro dos dias!


Teus sentimentos são poesia
Teus sofrimentos, melancolia.
Teus pelos leves são relva boa
Fresca e macia.
Teus belos braços são cisnes mansos
Longe das vozes da ventania.

Vinicius, não contente, ainda fez sua

RECEITA DE MULHER:

As muito feias que me perdoem
Mas beleza é fundamental. É preciso
Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de haute couture
Em tudo isso (ou então
Que a mulher se socialize elegantemente em azul, como na República Popular Chinesa).
Não há meio-termo possível. É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito
Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto
Adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora.
É preciso que tudo isso seja sem ser, mas que se reflita e desabroche
No olhar dos homens. É preciso, é absolutamente preciso
Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que umas pálpebras cerradas
Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços
Alguma coisa além da carne: que se os toque
Como no âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vos
Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e
Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem
Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos então
Nem se fala, que olhe com certa maldade inocente. Uma boca
Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência.
É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos
Despontem, sobretudo a rótula no cruzar das pernas, e as pontas pélvicas
No enlaçar de uma cintura semovente.
Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras
É como um rio sem pontes. Indispensável.
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida
A mulher se alteie em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mas que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os membros que terminem como hastes, mas que haja um certo volume de coxas
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem
No entanto, sensível à carícia em sentido contrário. É aconselhável na axila uma doce
relva com aroma próprio
Apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!).
Preferíveis sem dúvida os pescoços longos
De forma que a cabeça dê por vezes a impressão
De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre
Flores sem mistério. Pés e mãos devem conter elementos góticos
Discretos. A pele deve ser frescas nas mãos, nos braços, no dorso, e na face
Mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior
A 37 graus centígrados, podendo eventualmente provocar queimaduras
Do primeiro grau. Os olhos, que sejam de preferência grandes
E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da Terra; e
Que se coloquem sempre para lá de um invisível muro de paixão
Que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio alta
Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.
Ah, que a mulher de sempre a impressão de que se fechar os olhos
Ao abri-los ela não estará mais presente
Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida. Oh, sobretudo
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre
O impossível perfume; e destile sempre
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação imunerável.

Finalmente, ou inicialmente, o Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa... MULHER é:

Datação: 1269.

Acepções:
n substantivo feminino
1 indivíduo do sexo feminino, considerado do ponto de vista das características biológicas, do aspecto ou forma corporal, como tipo representativo de determinada região geográfica, época etc.
Ex.: m negra="", m de="" seios="", pequenos="", m carioca="", m das="" cavernas=""
1.1 aquela que tem sua fisiologia e sua vida genital percebidas como essência do ser humano feminino em sua evolução
1.1.1 na puberdade, com a chegada dos ciclos menstruais, quando ovula e pode conceber; entre menina e moça
Ex.: somente em seu primeiro mênstruo sentiu-se m., sua vital e íntima diferença
1.1.1.1 na fase núbil, pronta para casar-se; moça, mocinha
Ex.: típico patriarca nordestino, observa as m. de sua prole: proveitosos contratos adviriam!
1.1.2 quando deixa de ser virgem
Ex.: tornou-se m. bem cedinho com seu primeiro namorado
2 o ser humano feminino, considerado
2.1 em conjunto, ideal ou concretamente
Ex.: e Deus criou a m.
2.2 por sua experiência inerente e cultural
Ex.: disse-lhe, como m., que dificilmente ela ascenderia à gerência
3 descendente do sexo feminino; filha
Ex.: - Já nasceu? - Homem ou m.?
4 m.q. mulher-feita
Ex.: tem uma filha que já é m., vive fora do país há anos
5 (sXIV)
companheira conjugal; esposa
Ex.: sua m. não poderá acompanhá-lo devido a compromissos profissionais
5.1 companheira, ger. constante; a outra; amante, concubina
Ex.: diz a lenda que marinheiros têm uma m. em cada porto
6 Derivação: por extensão de sentido.
a fêmea humana como parceira sexual (ger. us. no pl.)
Ex.: disse o="" se="" sentir="" do="" por="" ou="", mudou de="" deixou="" as="" noitadas="" e="" as=""
6.1 namorada
Ex.: apresentou-lhes, envaidecido, sua m. atual
7 m.q. mulher-objeto
Ex.: não se="" mas="" o="" fica="" sem="" uma="", do portfolio="" daquele="" grafo="" constam="" que="" vendem="" qualquer="" produto=""
7.1 Derivação: por extensão de sentido.
aquela cuja imagem propaga o sucesso
Ex.: o homem de negócios atual apresenta-se acompanhado de uma m. cuja beleza simboliza seu poder
8 Derivação: sentido figurado.
na tradição, como indivíduo e/ou coletivamente, representação de um ser
8.1 Derivação: sentido figurado.
cuja principal função é cuidar da família, dos afazeres domésticos etc.
Ex.: existe a m. que sonha tornar-se 'rainha do lar'
8.2 Derivação: sentido figurado.
fraco fisicamente, sem defesa; apelidado de 'o sexo frágil'
Ex.: o que pode a m. contra um homem em sua fúria?
8.2.1 Derivação: sentido figurado.
idealmente belo; o chamado 'belo sexo'
Ex.: vive a m. sem espelho?
8.2.2 Derivação: sentido figurado.
sensível, delicado, afetivo, intuitivo
Ex.: como m., chora em todo filme romântico
8.2.3 Derivação: sentido figurado. Uso: pejorativo.
insensato, superficial, volúvel
Ex.: aquela m. troca tanto de marido quanto da cor do cabelo
8.2.4 Derivação: sentido figurado. Uso: pejorativo.
intrigante e/ou sedutor
Ex.: há m. que, vaidosas, fazem das dissenções entre os pares quase que um esporte
8.3 Uso: informal.
cuja presença censura a linguagem masculina (esp. quanto ao uso de expressões de baixo calão)
Ex.: moderou-se quando percebeu que o caixa era uma m.
9 Uso: informal.
pessoa indeterminada
Obs.: por opos. a senhora, dama
Ex.: uma m. deu-lhe a informação
9.1 Derivação: por extensão de sentido. Diacronismo: obsoleto.
serviçal ou empregada que trabalha para alguém ou em determinada tarefa
Ex.: trabalhava com o conselheiro uma m. muito dedicada
10 us. como interlocutório pessoal
Ex.: - Então, m., qual é a solução?
11 Uso: pejorativo.
homem efeminado, que lembra uma mulher, esp. quanto aos hábitos, gostos, trejeitos considerados tipicamente femininos
12 homem homossexual, ou que é o parceiro passivo numa relação sexual com outro homem

Locuções:
m. a dias
Regionalismo: Portugal.
empregada 2diarista
m. à-toa
Uso: pejorativo.
meretriz
m. autoritária
Rubrica: psicologia. Uso: informal.
m.q.mulher fálica
m. da comédia
Uso: pejorativo.
meretriz
m. da rótula
Uso: pejorativo.
meretriz
m. da rua
Regionalismo: Brasil. Uso: pejorativo.
meretriz
m. da vida
Regionalismo: Brasil. Uso: eufemismo, pejorativo.
meretriz
m. da zona
Regionalismo: Brasil. Uso: tabuísmo, pejorativo.
meretriz
m. de amor
Regionalismo: Brasil. Uso: pejorativo.
meretriz
m. de casa
m.q. mulher do lar
m. de má nota
Uso: eufemismo, pejorativo.
meretriz
m. de negócios
mulher que agencia transações comerciais e de investimento, contratos, acordos entre pessoas, empresas ou países, ou que possui e dirige empresa própria, ou que administra a empresa ou os negócios de outrem; empresária
m. de ponta de rua
Regionalismo: Brasil. Uso: pejorativo.
meretriz
m. de programa
1 mulher que, mediante pagamento, acompanha um homem de negócios e deve comportar-se de modo previamente planejado
2 aquela que, tb. mediante pagamento, participa de encontros com fins sexuais e/ou de lazer
m. de sociedade
mulher que pertence ou freqüenta a alta sociedade
m. de verdade
Uso: informal.
1 obsol. m.q. mulher do lar ('mãe de família')
2 mulher que assume o que é de sua responsabilidade em qualquer atividade que exerça
m. do fado
Uso: pejorativo.
meretriz
m. do fandango
Regionalismo: Brasil. Uso: pejorativo.
meretriz
m. do lar
mulher que dirige as atividades domésticas; mãe de família; mulher da casa, mulher de verdade
Obs.: cf. lar ('do lar')
m. do mundo
Uso: eufemismo, pejorativo.
meretriz
m. do pala aberto
Regionalismo: Brasil. Uso: pejorativo.
meretriz
m. do piolho
Regionalismo: Brasil. Uso: informal.
aquela que teima, insiste obstinadamente
m. do povo
mulher que pertence às classes populares
Obs.: cf. homem do povo
m. errada
Uso: eufemismo, pejorativo.
meretriz
m. fálica
Rubrica: psicologia. Uso: informal.
mulher com traços de personalidade pretendidamente masculinos; mulher autoritária
m. fatal
mulher irresistivelmente atraente, esp. a que induz homens a situações difíceis, perigosas ou catastróficas; sereia, vampe
m. honesta
mulher casada, fiel a seu marido, de reputação ilibada; mulher séria
m. parideira
mulher muito fecunda, que parteja com facilidade
m. perdida
Uso: eufemismo, pejorativo.
meretriz
m. pública
Uso: pejorativo.
prostituta, meretriz
m. séria
m.q. mulher honesta
m. vadia
Regionalismo: Brasil. Uso: pejorativo.
meretriz
de m. para m.
1 como aliada; com a franqueza que liga pessoas de interesse comum
Ex.: advertiu-a de m. para m. que aquela não seria uma boa estratégia
2 em que há sinceridade; franco, verdadeiro
Ex.: conversa de m. para m.
ser m. de (para)
ter capacidade, ânimo, força, condições para
Ex.: não de="" se="", atingir="" por="" boatos="", a deputada="" bastante="" para="" afrontar="" aquele="" reduto="" masculino=""

Gramática: aum.irreg.: mulherão, mulheraça.

Gramática e uso:  empr. tb. apositivamente (determinante específico que significa 'relativo à feminilidade, às qualidades ou aos atributos femininos, ou o aspecto ou os elementos femininos da personalidade') em: a) locuções: menina mulher; filha mulher b) composições eventuais, ligando-se por hífen à primeira palavra: gerente-mulher, tenente-mulher, anestesista-mulher etc.

Coletivos: feminino, mulherame, mulherio

Etimologia: lat. mulìer,èris 'mulher'; note-se que a acp. latina de 'fêmea do homem' só se conservou em port., esp. e romn.; nas outras línguas român., a acp. preservada foi a de 'mulher casada, esposa'; ver mulher-

Noção: noção de 'mulher', usar antepos. gineco-, gin(o)- e mulher-; pospos. -gino

sábado, 7 de março de 2009

Ewa Farna ganha concurso da Disney

A bela cantora adolescente, Ewa Farna da minoria polaca da República Tcheca, apesar de ser cidadã Tcheca não nega suas origens polacas. Ewa venceu o concurso norte-americano do Disney Channel com uma música gravada no idioma polaco. O videoclip da música intitulada "Camp Rock" tem como parceiro o vocalista polaco Kuba Molęda. Ambos foram convidados para a Festa „Czerwonym chodniku“ em Londres para a apresentação do videoclip ganhador do concurso da Disney.
Ewa nasceu em 12/8/1993, em Třinec, ou Trzyniec (em polaco), na República Tcheca, pertencente a região Zaolzie, disputada pela Polônia e Tchecos há séculos. Ainda hoje cerca de 18% da população da região é polaca. E Ewa é uma delas.  A tcheca que canta em polaco, ou a polaquinha que canta em tcheco. Ewa viveu grande parte de seus poucos anos de idade, contudo, em Vendryni. Ali, até os noves anos, frequentava a escola primária, no sistema de ensino de língua polaca.
O produtor de seus discos é Leszek Wronki, o mesmo de Doda, pela gravadora Virgins com quem lançou três álbuns, "Měls mě vůbec rád" (Você não gosta de mim) de 2006, "Cicho" (Silêncio) de 2007 e "Sam na Sam" (Sozinha) também de 2007 cantando em polaco. Aqui ela canta "Tam Gdzie Nie Ma Dróg" (Lá onde não tem estrada) do CD em polaco "Sam na Sam".