sábado, 25 de agosto de 2007
Dissolução nas mãos do PO
Mímicos brasileiros em Varsóvia
“Embarcar, desviar, provocar, Saudade em Terras d’água revoluciona nossas percepções e nos conduz ao exílio forçado de uma família.” O espetáculo conta a história de uma mãe e seu filho, habitantes isolados no meio de um mar azul-infinito. Um dia, a mãe, preocupada com a continuidade dessa vida, parte em busca de uma mulher para seu filho. A mulher vem de uma outra terra, distante. Os três aprendem a se conhecer e vão construindo seu espaço, apesar de conflitos e confrontos. Aos poucos, uma relação de afeto certamente nascerá entre eles. Nada devia perturbar este equilíbrio conquistado em tempos remotos. Só que, um dia – ou talvez progressivamente, eles já não se lembram mais –, a água que os cercava desaparece, seca. A água se transforma em terra.
O grupo foi criado em Paris em 1997, por Artur e André, com a intenção de desenvolver uma pesquisa artística sobre o teatro gestual. O primeiro trabalho, “Dos a deux”, que deu nome ao grupo, revelou os artistas através de "uma partitura gestual ritmada por emoções e sensações". O duo vem obtendo sucesso internacional desde 1998, tendo feito mais de 150 espetáculos até hoje, em vários países, apresentando-se como uma companhia teatral franco-brasileira.
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
Saudades de Ku... rytyba
Largo da Ordem em Curitiba
Para aqueles que estão longe e até para aqueles que pensam um dia conhecer a "terra-de-muitos-pinhões" ouçam o que canta Careqa desde seu desterro em São Paulo em homenagem a "Eu gosto de Cu...ritiba Eu quero ir fundo, no meio do mundo Aqui é o lugar Olhar as meninas Da Praça Osório Pela janela do meu escritório".
Para ouvir clique no link e baixe o arquivo cu ritiba http://www.ui.jor.br/curitiba.mp3
para saber mais de Carlos Careqa vá a http://www.carloscareqa.com.br/
Biskupin: a origem dos polacos
Divergências arqueológicas a parte, Biskupin, é um local impressionante para visitação. Desde 1974, quando o local foi recuperado e se transformou em unidade do Museu Nacional da Polônia, milhares de pessoas já puderam comprovar como era a vida dos polacos há mais de 3000 anos. A idade do bronze acabou na Polônia em 700 a. C. Mas descobertas recentes apontam que o "bronze" continuou pelo menos até 500 a.C. já em plena idade do ferro.Biskupin fica a 40 km de Gniezno, 60 km de Bydgoszcz e 280 km de Varsóvia. Pode-se ir de trem, ou ônibus.
Carnaval no Rynek de Cracóvia
Polacos de São Bento
O blog Jarosinski do Brasil está na véspera de comemorar um mês de sua criação. O número de visitantes já passou de 1200. O que faz com que os "polskiego pochodzenie" brasileiros comecem a usar este meio de comunicação para divulgar suas coisas, como é o caso do Wiliczinski, de São Bento do Sul, uma cidade na serra catarinense, que ao contrário do que muitos pensam, não é só alemã, não! A comunidade de polacos é grande (senão maior) e orgulhosa da sua origem na "Terra do Âmbar".
A Câmara Municipal de São Bento do Sul (SC) receberá solicitação acatada pelo Prefeito Fernando Mallon, de Terreno para a Sociedade Varsóvia de São Bento do Sul. Sociedade esta que possui 15 anos de existência em nossa cidade e que cultiva as tradições polonesas. O Sonho de uma sede própria para a Sociedade começa a tomar corpo e com a apoio da comunidade são-bentense em geral, logo teremos local próprio para preservar a dança, idioma, gastronomia polonesa. Ficamos felizes em cumprir nosso papel como incentivador destas ações e poder estar auxiliando a toda comunidade polonesa de nossa região. Parabéns a toda comunidade polonesa e também a comunidade em geral que estará representada por nossos vereadores na votação de aprovação do projeto enviado pelo Prefeito da cidade.
ass. Marco Wiliczinski
quinta-feira, 23 de agosto de 2007
Brasil: exemplo de estabilidade
A revista inglesa "The Economist" , editada em Londres, publicou nesta quinta-feira, um artigo altamente elogioso a economia do Presidente Luis Inácio Lula da Silva. Neste trecho, o artigo da revista afirma que o Brasil atingiu a meta semestral de superávit orçamentário, antes do pagamento de dívidas, que tem um bom superávit de conta corrente e conseguiu acumular cerca de US$ 160 bilhões em reservas. O Brasil é agora um credor de dólares, o que significa que o país tem muito menos a temer em relação a uma queda do real frente ao dólar. De fato, uma moeda brasileira mais fraca ajudaria exportadores de manufaturados, que têm reclamado que o real está muito forte.
Botecário lançado
Polônia de luto
E nesta sexta-feira, será enterrado em Varsóvia, o jornalista e sociólogo, Julisz Osuchowski, secretário da Fundação Odisseum, e visitante habitual do Brasil. Esteve várias vezes a trabalho, em Curitiba. Nas últimas vezes que Julisz esteve em terras brasileiras foi para fazer pesquisas para seu livro sobre os descendentes de polacos da América do Sul. Autor do livro sobre reportagem e política: "Anotar". Entre 1971 e 1972, trabalhou na redação das publicações "Wiadomości" e "Myśli Polskiej" em Londres. De 1973 a 1989 viveu em Cracóvia, atuando no sindicato Solidariedade. Atualmente trabalhava também para o Instytut Polskiego im.J.Piułsudskiego em Nova Iorque. Viajante contumaz, esteve em mais de 40 países e como velejador, navegou nos mares Báltico, Mediterrâneo, Negro e do Norte. Julisz, que vivia entre Varsóvia e Nova Iorque, morreu tomando cafezinho, depois de um almoço num restaurante da capital polaca, fulminado por um enfarte.
Uma bela cidade
Rynek já foi Praça Hitler
Restauração em Cracóvia
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
A banda na "Gazeta do Povo"
Ascensão e queda da banda polaca
IRINÊO NETTO
O cronista Dante Mendonça fala sobre a história e o humor dos imigrantes poloneses em Curitiba
Mendonça: terreno minado
Descendente de italianos, nascido em Nova Trento (SC), Mendonça veio para Curitiba em 1970 e, seis anos depois, era um dos responsáveis por instituir a Banda Polaca, espécie de resposta curitibana bem-humorada ao carnaval carioca.
Se, no Rio, as mulatas sambavam debaixo do sol, na capital paranaense, de “pluviosidade acima da santa paciência”, seriam as polacas a desfilar em carros abertos.A Banda Polaca entrou em crise em 1981, ano em que agrediram o travesti de nome Gilda que levou um chute na cara enquanto tentava subir em um dos carros do desfile. Um ano depois, a banda passou a se chamar Vermelha e Preta. Era o início do fim (que veio no ano seguinte).“Vinte e seis anos depois, a Banda Polaca ressurge no papel para emprestar seu nome ao título deste livro, com o sentido de parte, lado, jeito de um Brasil diferente”, escreve Mendonça na apresentação, para depois dedicar o livro aos integrantes da banda, que o fizeram “polaco com muito orgulho”. O prefácio é do jornalista Ulisses Iarochinski e o posfácio, do escritor Wilson Bueno.
Curitiba é a terceira cidade do mundo em número de habitantes de origem polaca – atrás de Chicago e de Varsóvia – e a única do Brasil a ter grafia em polonês: Kurytyba. O autor acredita que entender a influência dos poloneses na história e nos “causos” de Curitiba é saber mais sobre a identidade paranaense.Uma das primeiras pessoas com quem Mendonça dividiu a idéia de escrever o livro foi Jaime Lerner – ele também de origem polonesa. O arquiteto disse que a tarefa seria complicada, pois se trata de um humor “oral”. A graça de algumas histórias está no sotaque, capaz de dar significados inusitados (e hilários) até para nomes de ruas. O livro cita exemplos: Padre Agostinho vira Padre “Gostosinho”, Ubaldino do Amaral fica “O Baldinho” do Amaral e Saldanha Marinho, de modo misterioso, se transforma em “Sandálha” Marinho.A solução encontrada por Mendonça foi tentar transcrever o modo de falar para o texto, usando acentos e um tanto de criatividade. A Banda Polaca tem ilustrações geniais de Márcia Széliga, umas feitas para o livro e outras reproduzidas de seus cadernos de estudo, quando cursou a universidade em Cracóvia.Nas piadas – ou “causos” –, ao contrário do que acontece com os portugueses, quase sempre retratados como burros ou ignorantes (ou ambos), os poloneses são, de modo paradoxal, ingênuos e espertos.Para o autor, o paranaense tem um modo próprio de fazer humor que parece mais ligado ao enredo de uma boa história do que ao punchline (o arremate que faz rir) de uma piada.* * * * * Serviço: Lançamento do livro A Banda Polaca – Humor do Imigrante no Brasil Meridional, de Dante Mendonça com ilustrações de Márcia Széliga (Novo Século, 148 págs., preço a definir). Casa Romário Martins (R. São Francisco, 30 – Largo da Ordem), (41) 3321-3255. Dia 26 de setembro, às 18 horas.
Festival do repolho azedo
A cidade de Żywiec, no Sul do país - fronteira com a Eslováquia, promoveu no fim-de-semana (17-20 de agosto) mais um "Festiwał Kwaśnicy" (Festival do Repolho Azedo), com a pretensão de ser mundial. Foram cozinhados 11 mil litros de sopa de "Kapusta kwaśny" (repolho azedo). A idéia dos organizadores do festival é de que este ano a sopa de Żywiec entre para o Guiness - livro dos recordes. Em anos anteriores, o festival era realizado apenas nos restaurantes da cidade. Neste ano, com vários patrocinadores foi possível expandir o evento para um parque, onde além da desgustação, os participantes contaram com espetáculos de vários artistas do país. Mais de 40 mil pessoas tomaram a deliciosa sopa, que teve como cozinheiros, os mais famosos "chef" de programas de culinária da Polônia.
Os Kaczyński
Polônia - um país para se rir
Tempestade assassina
As fortes tempestades que atingiram a região Nordeste da Polônia, na tarde desta terça-feira, causaram a morte de 3 pessoas, dezenas de feridos e 10 desaparecidos. Os ventos fortes na Mazúria atingiram barcos que veraniavam nos infindáveis lagos daquela região. As buscas prosseguem, nesta quarta-feira, debaixo de muita chuva. Em Białystok mais de 40 mil casas ficaram sem energia. Na região central do país, os fortes ventos derrubaram centenas de árvores dos bosques.
terça-feira, 21 de agosto de 2007
Cracóvia, Cracóvia
Manual de boteco em Curitiba
O Botecário foi criado num boteco, com ajuda dos amigos do boteco, editado por um boteco e, por dez realitos, só ali estará à venda: no bar Ao Distinto Cavalheiro, onde será realizada a festa de relançamento, com a animação do grupo de chorinho do maestro Matoso.
Do boteco, ao boteco, para ser lido no boteco, como se fosse uma piada de boteco, o Botecário é uma espécie de “Berlitz” do bem beber, com expressões idiomáticas da cultura libativa em 20 línguas, dialetos e patuás. Sem faltar uma língua morta, o latim. No idioma polaco a tradução é de Ulisses Iarochinski.
“Beber é boa loucura, mas tem o seu método” - diz no prefácio o escritor Sérgio da Costa Ramos - “Com léxico, plexo e nexo”. Para rechear a obra de nexo, os companheiros de boteco ilustram esta segunda rodada: estarão presentes os cartunistas Solda, Tiago Recchia, Miran, Orlando e Marco Jacobsen, além da participação especial do escritor e publicitário Ernani Buchmann.
Por se tratar de um boteco a caráter, Ao Distinto Cavalheiro se posta numa esquina: Rua Saldanha Marinho, 894, com Visconde do Rio Branco (Centro de Curitiba).
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Essa segunda edição do Botecário serve de aperitivo para o meu próximo livro - “A Banda polaca, o humor do imigrante no Brasil Meridional” (Editora Novo Século - SP) - que será lançado no dia 26 de setembro, na Casa Romário Martins, Largo da Ordem.
Dante Mendonça [20/08/2007]