domingo, 25 de maio de 2008

Os três irmãos eslavos

Lech e a Águia Branca - quadro de Walery Eljasz-Radzikowski

A lenda conta que viveram em priscas eras três irmãos eslavos nas terras banhadas pelo rio Vístula: Lech, Čech e Rus. Esses três aventureiros empreenderam uma longa viagem. Após exaustiva caminhada, resolveram descansar. Foi quando Lech avistou nas proximidades, um ninho com aguiotos brancos. Exclamou, instintivamente: “Isso aí é sinal de que devo estabelecer-me por aqui com a minha família”.
Seus dois irmãos prosseguiram a caminhada. Čech tornou-se pai dos Tchecos; e Rus, o pai dos Rutenos (Russos, Bielorussos e ucranianos).
Lech, porém com a sua comitiva preferiu se fixar, definitivamente, à pequena distância do ninho das águias brancas, fundando a cidade de Gniezno. A palavra Gniezno deriva de gniazdo que quer dizer ninho. Lech escolheu para brasão de sua família a Águia Branca e passou a ser considerado o pai da Nação Polaca.

Na região da Wielkoposki (Grande Polônia), no Parque Rogalin, existem três árvores de mais de 700 anos denominadas justamente Lech, Čech and Rus.

Os eslavos estão distribuídos geograficamente assim:
  • Sul - Sérvios, Croatas, Eslovenos, e Búlgaros
  • Leste - Russos, Bielorussos, Rutenos (atuais Ucranianos)
  • Oeste - Tchecos, Eslovacos, Polacos
Uma lenda semelhante, com os mesmos personagens existe na Croácia, porém com uma pequena mudança em relação aos nomes.

Dez meses de blog

Neste 25 de maio, o blog JAROSINSKI do Brasil está comemorando dez meses de existência contínua e diária. O número de acessos foi aumentando gradativamente. De um início com 20 visitantes em média por dia, alcançou 150 visitantes dia e 200 "pagewiews" (páginas vistas) nas últimas semanas. Com picos de até 500 visitantes num único dia. No total, o blog já recebeu mais de 50 mil visitas e 60 mil páginas vistas, no arquivo.
Nada mal para um blog, que não está ancorado em nenhum portal de grande jornal, revista ou televisão e fala apenas de Polônia, Cracóvia, Sul do Brasil, polacos e polacas.
Tem como norma o uso apenas das palavras polaco, polacos, polaca, polacas, por considerar a palavra "polonês" um galicismo que esconde um preconceito criado pelo mal uso da palavra polaco, por cariocas, na segunda metade do século XIX e início do XX.
O primeiro texto postado neste blog foi o artigo preparado para meu doutorado em história na Universidade de Cracóvia, em 25 de julho de 2007 (ver no arquivo ao lado), que acabou se transformando numa dissertação de mestrado em cultura internacional pela mesma universidade de Cracóvia: "Porque Polaco!".
O uso do termo, pois, é uma forma, como já escreveu o prof. Hugo Mengarelli, no prefácio do livro "Saga dos Polacos - A Polônia e seus emigrantes no Brasil", de homenagem aos primeiros imigrantes. "Ulisses, preocupa-se em recuperar o termo polaco ao invés de polonês, pois que este surge do preconceito com os “polacos”, do preconceito do sofrimento desta gente. Assim como os jovens da aristocracia paranaense usurpavam o corpo de uma polaquinha, também usurpavam a indígena, a negra, a italiana, a ucraniana, etc. [...] O termo “polonês” de alguma maneira surrupia o que de mais sacrificado, doloroso e glorioso este povo encerra. "

Na primeira chancela do blog procurava ligar as minhas origens pelas cidades onde vivo

Entendo que ao evitar a palavra "polonês" acabo perdendo muitos visitantes que no Google buscam apenas as palavras polonês, polonesas. Mas o pior não é isso, o que faz mal mesmo é a pressão, a censura e a intimidação para que eu não use o termo polaco. Os adeptos, por convicção, do termo "polonês" escudam-se no sentido pejorativo (para eles) do termo, justificando que a palavra ofende e que por isso já foi eliminada do dicionário. Resta saber de que dicionário, pois continua a existir no Houaiss, Aurélio e nos existentes de outros 7 países de língua portuguesa, que desconhecem o galicismo "polonês". O patrulhamento destes "convictos" chega ao cúmulo de telefonarem, mandarem emails, cartas, aos jornais e TVs que eventualmente divulgam meu trabalho, para que mudem o termo original polaco para "polonês".
É de se perguntar, quem está discriminando quem. Eu, que não proibo ninguém de usar o termo polonês (como uma variante deste rico idioma português falado no Brasil), ou aqueles que querem a todo custo me silenciar e impor suas vontades? Talvez se não ficassem apenas no "é pejorativo" e procurassem saber a origem deste galicismo, seriam mais abertos, democráticos e não professariam tanto o prefixo "anti-", tal como em, anti-polaco, anti-semita, ou ainda afro-descendente.

sábado, 24 de maio de 2008

Ulica Pietrkowska em Łódż

Foto: Ulisses Iarochinski
Rua central da cidade de Łódż (pronuncia-se uudji), a Ulica Pietrkowska é uma das mais compridas da Europa. Além de edificios pintados com sugestivas obras de arte, esculturas de equilibristas suspensas possui a sua calçada da fama como Hollywood. Durante a segunda guerra mundial, os alemães com sua mania incorrigível de mudar os nomes das cidades polacas a chamavam de Litzmannstadt.
A cidade de 770 mil habitantes é a terceira da Polônia com mais população depois de Varsóvia e Cracóvia. Łódż foi fundada em 1423 e a tradução literal de seu nome em português é barco. A cidade tem também um dos maiores cemitérios judaicos da Europa. Foi e continua a ser um importante centro industrial e comercial textil e de confecções da Polônia. Também em Łódż está a Universidade do Cinema, considerada a melhor do mundo. Onde se formaram os cineastas mais importantes do cinema polaco como Andrzej Wajda, Krzysztof Zanussi, Krzysztof Kieślowski e Roman Polański. Foi também aqui que nasceram duas personalidades mundiais, o pianista Artur Rubinstein, que aliás nasceu nesta mesma rua, a Pietrkowska. E Max Factor Senior, produtor, inventor e criados da empresa Max Factor nasceu aqui em 1877.

Estátua do pianista Rubinstein na Pietrkowska

A outra Rubinstein famosa, a Helena, dos cosméticos também nasceu na Polônia, mas no bairro Kazimierz, em Cracóvia.

Pasolini nas ruas de Łódź

Foto: Ulisses Iarochinski
Poster de espetáculo teatral nas ruas de Łódź (uudji). A peça com direção de Ewa Wycichowska, baseada no texto do italiano Pier Paolo Pasolini, intitulado em polaco "Wygnani" foi estrelada por Marek Kasprzyk, Luiza Łuszcz-Kujawiak, Monika Tomczyk, Marek Targowski.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Ponte jornalística Polônia-Brasil

Placa, em Cracóvia, de Curitiba cidade gêmea a 11.500 km
Foto: Ulisses Iarochinski

O blog JAROSINSKI do Brasil está completando neste domingo dez meses de existência. Sua criação deve muito a um jornalista de Curitiba, Dante Mendonça. Explico: Embora já possuísse o site Saga dos Polacos há dez anos (foi criado em outubro de 2008) e a webradio Zalas há mais de dois anos, não havia de minha parte um trabalho diário da atualidade polaca.
Apesar de conhecer o cartunista e jornalista Dante Mendonça através de sua trajetória profissional na imprensa do Paraná nunca tivemos um contato maior. Certo dia, por indicação de um amigo comum - jornalista Júlio Tarnowski Jr. - recebi um pedido para traduzir expressões para o idioma polaco. Mendonça preparava seu livro "Botecário", um manual de expressões mais usadas nos bares. A obra foi lançada com 19 capítulos, cada um em idioma diferente, um deles com a minha tradução em polaco.
O tempo passou e no dia em que experimentei a mais baixa temperatura em Cracóvia, fiz uma foto de minha barba coberta por uma camada de gelo formada pela respiração (bafo do nariz). O frio estava tão forte que não podia abrir a boca para conversar ao telefone. Embora o céu estivesse azul e o sol brilhasse, tudo estava coberto por um manto branco de neve e a temperatura naquela quarta-feira, 9 horas da manhã, há três fevereiros, estava em 30 graus negativos.
A foto, feita com a câmera do celular, enviei por email para Dante. Este imediatamente repassou para o cartunista Luiz Solda, que além de seus cartuns famosos, fazia (e faz) sucesso com seu blog Solda Cáustico. O cartunista por sua vez, publicou a foto e esta teve grande repercussão.
Quando na seqüência, Júlio Tarnowski Jr. publicou um artigo de minha autoria no jornal Tribuna do Paraná, sobre a conquista do sexto título mundial da seleção de volei brasileira em Katowice, uma vez mais Dante repassou para Solda alguma coisa minha e este o publicou também em seu blog. A repercussão desta vez foi maior ainda, pois um leitor de Solda, repassou meu artigo para o blog de Juca Kfoury do jornal Folha de São Paulo, que também o publicou. No artigo, tentava explicar o porquê de Ricardinho tinha sido desconvocado da seleção de volei que disputaria o Panamericano.
Foi então, que desta parceria incidental com Dante e Luiz Solda, resolvi enfim criar o JAROSINSKI do Brasil. Assim, que os três são em grande parte responsáveis por ter iniciado um trabalho diário sem nenhuma compensação financeira, seja de salário ou publicidade, no espaço cibernético.
A "parceria" com Dante Mendonça rendeu outro importante trabalho. O jornalista, que vinha acalentando planos para uma obra sui-generis na área do humor, ao ler meu livro "Saga dos Polacos" e ter tido conversas com alguns "polacos" de Curitiba como os Jaime - Lerner e Lechinski (entre outros) - decidiu-se por publicar o livro "Banda Polaca - o humor do Brasil Meridional". Mais um vez a "parceria" funcionou. Dante, solicitou-me ajuda na busca de anetodas envolvendo polacos, história da Polônia e da emigração dos polacos para o Brasil, e um prefácio.
Conto isto para dizer que a parceria permanece estreita. Prova disso são as duas colunas que Mendonça publicou no jornal "O Estado do Paraná" esta semana sobre o guarapuavano, que com sua generosidade ajudou na reconstrução do Castelo de Wawel em Cracóvia, e na criação da Colônia Amola Faca, hoje munícipio de Virmond, Władysław Kamiński. Informações que publiquei inicialmente aqui neste blog e que Dante achou muito interessantes. Tanto que procurou mais informações no Paraná e publicou duas colunas a respeito. Colunas estas que reproduzi aqui no JAROSINSKI do Brasil e que Luiz Solda também repercutiu em seu Solda Cáustico.
A repercussão dos meus textos aqui no blog, na coluna do Dante e no blog de Solda tem sido intensa nestes dias. Alguns familiares de Władysław Kamiński têm entrado em contato não só comigo, mas também com Dante. Uma neta de Władysław Kamiński acaba de enviar-me email informando que no mês de junho estará chegando em Cracóvia para pessoalmente ver a placa com o nome de seu avô na muralha do Castelo de Wawel. Seu esposo, por sua, depois destas publicações, entrou em contato com o museu de Wawel e dali já informaram que possuem pelo menos 15 cartas de doadores recebidas do Brasil com contribuição. São mais informações que podem render mais textos aqui e mais colunas de Dante e Solda. No ínicio da semana visitarei a responsável no museu de Wawel para saber mais detalhes. De antemão adianto que outra placa de contribuintes na muralha do Castelo é do jornal LUD, publicação bilíngue (português-polaco) que existiu durante muitas décadas em Curitiba.
De certa forma foi estabelecida uma ponte Brasil-Polônia através desta parceria
Iarochinski-Mendonça-Tarnowski-Solda, que de minha parte espero que continue. Pois a divulgação das coisas polacas que andavam meio esquecidas voltam a se reavivar. Aquilo que não se recorda, não se repete é facilmente esquecido, principalmente pelas novas gerações. Jovens que quando se deparam com algo interessante pensam ter descoberto o ovo de Colombo, não percebem que informação é pratrimônio a ser preservado e repetido.

O polaco da Pedra

Nossa foto da placa do Brasil na muralha do Castelo de Wawel continua repercutindo na imprensa paranaense. O colunista Dante Mendonça foi atrás de maiores informações e publicou mais uma texto sobre Władysław Kamiński de Guarapuava:

Saga de polaco (2)

Dante Mendonça [23/05/2008]

A velha casa de Wladyslaw Kaminski, restaurada, hoje recebe turistas em Guarapuava.


O município de Virmond tem esse nome em homenagem ao médico Guilherme Frederico Virmond, o primeiro pintor a se radicar no Paraná. Surgiu da fazenda Amola Faca, comprada para assentar imigrantes polacos. Os 10 mil réis vieram da generosidade de Władysław Kamiński, o pioneiro de Guarapuva que tem o nome gravado na pedra de Cracóvia.

Na região de Guarapuava, o município de Virmond comemorou neste 17 de maio mais um aniversário de fundação com a inauguração a Casa da Memória, uma réplica de residência pioneira que preserva a história das 70 famílias de descendentes de polacos que formaram a Colônia Amola Faca, cepa do município emancipado em 1990.

Há quem diga que a denominação Amola Faca seria mais pitoresca para uma região agrícola, apesar da origem francesa do nome Virmond. Por certo, registrou no “Diccionário Histórico e Geográfico do Paraná” (1926) o historiador Ermelino de Leão: “A família Virmond, provem do casal de Frederico Guilherme Virmond, natural de Colonia, Allemanha, f. do Dr. João Maurício Virmond, médico, que immigrou para o Brasil em 1818, casando-se com Isabel Maria de Andrade, f. de Manoel Ferreira de Andrade e de sua mulher Edeltrudes de Andrade. A família Virmond é de origem francesa, mas, em virtude das perseguições religiosas devido ao Edito de Nantes, teve que imigrar para a Allemanha. Frederico Guilherme Virmond estabeleceu-se na Lapa, depois de sua permanência no Rio de Janeiro, onde teve uma casa de ferragem”.

Um dos ilustres descendentes dos Virmond é o advogado Eduardo Rocha Virmond, ex-secretário de Cultura no governo de Jaime Lerner, que por certo tem muito a contar sobre o pintor que estudou medicina em Berlim e que comprou a fazenda Amola Faca em 1852, embora residindo na Lapa.

Os 24 mil hectares adquiridos por Frederico Guilherme Virmond (1791 / 1876), foram mais tarde vendidos ao guarapuavano Ernesto Queiroz.

Em 1921, o primeiro cônsul da Polônia no Sul do Brasil formou uma sociedade de colonização para formar uma colônia com famílias de imigrantes polacos espalhados pelo Brasil.

Em 1923, a sociedade colonizadora achou o paraíso na fazenda Amola Faca, de Ernesto Queiroz. 10 mil réis, pediu o guarapuavano pelos 24 mil hectares no Terceiro Planalto paranaense. Naqueles tempos miseráveis, quem teria 10 mil réis para acomodar tantas famílias originárias de Curitiba, São Mateus do Sul, Prudentópolis e do Rio Grande do Sul?

Foi então que entrou na história o generoso homem de Guarapuava: Władysław Kamiński emprestou 10 mil réis à colonizadora e a semente do futuro município de Virmond foi assim lançada nos caminhos dos tropeiros.

Władysław Kamiński nasceu 1868 em Bielystok, Polônia. Chegou a Guarapuava por volta de 1888, onde faleceu em 1947. Foi dono de serraria e do Hotel dos Viajantes (Também conhecido como Hotel Kaminski, que pegou fogo em 1952, quando não mais pertencia à família.)

É o mesmo homem que em 1922 contribuiu com a restauração do Castelo de Wawel, na Cracóvia, e hoje tem o nome gravado na pedra.

Kamiński (segundo o jornalista e historiador Ulisses Iarochinski) tem origem na palavra polaca “kamien”, pedra. A terminação “nski” pode ser traduzida como “ense”, no português). Ou seja: Władysław Kamiński, o homem de pedra.

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Ola tem novo emprego

Foto: Cezary Piwowarski

A filha do ex-presidente Aleksander Kwaśniewski, Aleksandra, ou simplesmente Ola depois de tentar a carreira de atriz, participar do programa "Taniec z Gwiadami" (Dança com as estrelas), tentou investir no telejornalismo, mas não deu certo, foram apenas testes no programa jornalístico Dzień Dobry TVN (Bom dia TVN), mas nem por isso ficou desemprega, já arrumou emprego de locutora numa rádio FM. As más linguás dizem que ela consegue estes empregos só porque é filha de quem é... Aliás, filha de peixe, peixinha é... Ainda mais com o mesmo nome.

Ola Kwaśniewska dança no "Taniec z Gwiadami"

Polônia na final EuroVisão

Isis Gee, a representante da Polônia

No próximo sábado acontece em Belgrado, na Sérvia, o 53° Festival EuroVisão, um dos mais tradicionais concursos de música da Europa e talvez o mais importante, pois reúne representantes de quase todos os países da Europa, incluindo Turquia e Israel. E desde 1994, quando Edyta Górniak, ficou em segundo lugar, que a Polônia não chegava com chances a final. A cantora Norte-americana Isis Gee, de 35 anos vai representar a música polaca. Há quatro anos a Polônia não passa das semifinais do concurso e Isis Gee conseguiu a proeza na última terça-feira.
A representante da Polônia, que cantará em inglês, terá pela frente artistas da Grã-Bretanha, França, Espanha, Grécia, Romêmia, Bośnia e Herzegowina, Finlândia, Rússia, Israel, Azerbaijão, Armênia, Noruega, a anfitriã Sérvia e outros. Serão 25, os participantes entre cantores, cantoras e grupos.
Os vencedores são eleitos pelos votos dos telespectadores dos países participantes. Cada país pode votar em qualquer participante de outros países, menos no seu representante. A votação é acompanha ao vivo no intervalo de cada apresentação. De uns anos para cá é permitido o voto também por SMS (mensagem escrita por celular chamada no Brasil de torpedo).
Mas o que acaba acontecendo na maioria das vezes é que polacos morando em outros países votam na representante da Polônia. Nos últimos anos, por exemplo, Portugal tem recebido muitos votos da Suíça, França, Bélgica, Alemanha e Holanda, onde é forte a comunidade portuguesa. Portugal, inclusive já ganhou algumas vezes o concurso, conquista que a Polônia nunca teve.

Isis Gee, na verdade chama-se Tamara Gołębiowska, e nasceu em Seattle, Estados Unidos, em 1972. Começou sua carreira artística aos 5 anos de idade. Compositora e poeta já fez parceria com Tony Bennete, com pianista McCoy Tyner e Steven Dorff. Em 2004, veio morar na Polônia onde se casou com o polaco, Adam Gołębiowski. Em 2007, lançou na Polônia seu CD "Hidden Treasure".

Belgrado, capital de 1,6 milhão de habitantes, está em festa pelo EuroVisão

Dorn: Intelectuais bobos

Foto: Michal Rozbicki

"Não entendo de onde esta histeria e bobeira, que envolveu os intelectuais"
, comentou Ludwik Stanisław Dorn, deputado do PiS - Partido Direito e Justiça (o mesmo do presidente Kaczyński) e ex-vice-primeiro ministro sobre a lista de intelectuais, políticos e artistas em defesa de Lech Wałęsa, desde que foi anunciado que uma pesquisa do Instituto da Memória Nacional escontrou provas de que o ex-presidente da República e lider do Solidariedade foi agente do SB- Serviço Secreto do regime comunista polaco. "É uma tal elite intelectual, que protesta sem que o livro tampouco tenha sido publicado ainda. Isto é Polônia!", exclamou Dorn. Para o deputado da direita polaca, se Wałęsa foi realmente o agente "Bolka" (codinome de espião), ou não isto não muda em nada seu importante papel na derrocada do comunismo na Europa. O balanço que se pode fazer da vida de Wałęsa, no que se refere ao fim do comunismo é positivo.
Dorn criticou a lista que foi aberta para que o mundo político, cultural, mediático e econômico proteste e defenda a honra do Prêmio Nobel da Paz polaco. Porque segundo ele, o resultado das pesquisas, que será a publicação do livro dos historiadores, Sławomir Cenckiewicz e Piotr Gontarczyki, do Instituto da Memória Nacional, ainda nem foi publicado. "Ninguém ainda leu e vai que realmente exista algum documento. E daí? Vão passar por bobos?", repetiu Dorn.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Banda Polaca homenageada na Câmara


O jornalista Dante Mendonça foi homenageado nesta segunda-feira, 19 de maio, com voto de louvor da Câmara Municipal de Curitiba, proposto pela vereadora Julieta Reis. O cronista e chargista Dante ganhou a deferência pelo lançamento do livro "Banda Polaca – Humor do Imigrante no Brasil Meridional".

O livro relata história e estórias, causos e piadas dessa brava gente polaca recolhidas por Mendonça, neotrentino radicado em Curitiba. A Banda é o lado polaco do Sul do Brasil. Também foi uma banda do carnaval curitibano nos anos 70. Essa duplicidade de conceitos inspirou Dante Mendonça, um dos fundadores da carnavalesca Banda Polaca, a escrever o livro. O anticarnaval de Curitiba foi só a desculpa para introduzir o assunto. Vale mesmo, ao longo das páginas bem pesquisadas, o comportamento do polaco. Muitas vezes quieto, pensativo, com um ar que parece ingênuo, o polaco é de verdade mesmo muito esperto, inovador de costumes, com um humor fino e elaboradíssimo. Introduziu nas terras do Sul traços culturais que se incorporaram ao dia-a-dia do restante das populações. Isso se vê na agricultura, na produção doméstica de alimentos, nas receitas, nas danças, na música, nas cores preferenciais, no jeito de fazer a casa e de morar. Especialmente, no humor. Esse toma conta do polaco cientista, intelectual, professor, artista, pesquisador e também do que chegou como colono, cercou a propriedade, introduziu a carroça de toldo, ensinou a cortar madeira no tempo certo para fazer a casa, a fazer a broa de centeio, a azedar o repolho na pipa, a festejar o casamento – ou o batizado - por três dias seguidos. O sotaque em gerúndio, quando nem se sonhava com a internet e a tradução literal do inglês informático, dá sabor especial às conversas e às piadas, aos causos contados com um humor tocante, de rir e de emocionar.


Cracóvia mais bela que Florença

Foto: Ulisses Iarochinski
Cracóvia é melhor cidade na Polônia. Com este título, os jornais da Polônia, no último fim de semana informaram que uma pesquisa de opinião apontou a cidade como aquele em que todo polaco gostaria de morar.
O jornal Rzeczpospolita escreveu assim: "Nem Wrocław, nem Varsóvia, mas Cracóvia é a mais atrativa cidade de nosso país. Assim responderam cada um dos entrevistados na pesquisa de opinião pública. Mas a capital dicou bem situada. Varsóvia ficou na primeira posição segundo a rapidez com que se expande." Quando foi perguntado "Onde gostaríamos de morar" pela enquete do "Instytut GfK Polonia", os resultados apontararam:

- Kraków 12%.
- no campo, fora da cidade 9%.
- Wrocław 7%.
- Varsóvia 6%.
- Gdańsk 6%.
- Aqui, onde moro 6%.
- Poznań 4%.
- Outra cidade 36%.
- não sabe 14%.

Na categoria de maiores investimentos, Varsóvia explode no primeiro posto, mas infelizmente também ocupa o posto de cidade mais aborrecida da Polônia e uma das mais desinteressantes da Europa.
Um outro estudo, este realizado pela Universidade George Washington, ao atualizar uma lista dos locais culturais protegidos pela UNESCO, apontou que Cracóvia é mais bonita que Florença na Itália. Para dezenas de especialistas em turismo, Cracóvia é a primeira entre trinta locais na Polônia que entrou nesta lista. Os especialistas disseram gostar muito de Wawel e sugerem para férias a antiga capital polaca no lugar de Rodos, Budapeste ou nos Grandes Corais das Ilhas Maldivas. No primeiro posto desta lista estão os Fiordy na Noruega e a cidadezinha francesa de Vezelay, onde esta uma das mais belas igrejas européias do século 12, a Sainte Marie-Madeleine, no mosteiro Beneditino. Além disso, os especialistas em turismo apontaram a Polônia como um dos país mais atrativos turisticamente.
A publicação "Puls Bizness" publicou o ranking CBI (Country Brand Index) com os locais mais atrativos do mundo, através de enquetes 2500 turistas de vários países. Pela segunda vez consecutiva a Australia ficou no primeiro posto como país mais interessante para o turista, seguida dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Itália. A Polônia ficou classificada na oitava posição.

E tem mais sobre Guarapuava...

Depois de ter lido a divertida coluna do Dante Mendonça, no jornal "O Estado do Paraná" (via Internet), no último domingo sobre "os machos" de Guarapuava, ocorreu-me que havia algo que ligava Guarapuava com Cracóvia, via e-mail comuniquei isto ao jornalista-cartunista. Ao mesmo tempo que enviava a ele fotos para provar a ligação escrevi um texto sobre o assunto e coloquei aqui no blog. Mas o Dante fez mais,escreveu sua coluna de ontem aproveitando meu texto e adicionando o humor tão necessário. Fez mais o Dante, com a repercussão causada enviou-me mensagens dos familiares do nosso personagem principal, o qual ontem, no texto de Virmond, acrescentei que sem o dinheiro emprestado por ele, não haveria a colônia de Amola Faca e nem o atual munícipio de Virmond. Reproduzo a coluna do Dante Mendonça, tal qual foi publicada no jornal com as mensagens dos familiares do "Seo Ladislau" de Guarapuava:

Pedra de Guarapuava


Dante Mendonça [20/05/2008]


Guarapuava não é apenas uma terra de guapos machos que faz fronteiras com o Pólo Sul e o Pólo Norte. É também o chão de bravos imigrantes alemães e polacos, gente generosa que ainda hoje é lembrada na terra de origem, com o nome gravado na pedra.

Quem visita Cracóvia, na Polônia, encontra gravado num muro histórico à prova de generosidade dos bravos imigrantes, nos revela o jornalista Ulisses Iarochinski, que também fez as fotos acima. Atualmente encerrando o doutorado de História na Universidade de Cracóvia, Ulisses traz uma contribuição para a história dos Campos de Guarapuava que está ao alcance de qualquer turista em visita ao Castelo de Wawel, que foi sede do grande Reino Polônia-Lituânia dos séculos 14 e 15 (e que é nome de um dos primeiros edifícios da Praça Osório, em Curitiba). Com a volta da Polônia ao mapa da Europa em 1918 (escreveu Ulisses), depois de 127 anos de ocupação estrangeira muita coisa teve que ser reconstruída. Uma delas foi o Castelo de Wawel, em Cracóvia, que tinha sido desfigurado pela ocupação austro-húngara. Como o recém - Estado não tinha dinheiro suficiente, foi realizada uma campanha internacional para angariar fundos para a restauração do Castelo e da Catedral de Wawel. Muitos que haviam emigrado e viviam no exterior contribuíram. Do Brasil, apenas um polaco de Guarapuava colaborou e entrou para o muro da história polaca.

Em retribuição à generosidade, os restauradores fixaram na muralha várias placas com os nomes dos contribuintes e (pergunta o jornalista) “adivinha quem tem o seu nome gravado em granito branco, logo no início da rampa que leva o turista ao castelo?”

Wladzyslaw Kaminski Guarapuava Paraná Brazylia -1922

Precursor dos Kaminski nos Campos de Guarapuava, o guarapuavano “Ladislau” abriu mão de suas suadas economias, naqueles tempos miseráveis, e mandou dinheiro para reconstruir o Panteão Nacional da Polônia.

Ulisses Iarochinski acredita que talvez nem os Kaminski de Guarapuava saibam disto.

A respeito da crônica “Guarapuava é assim!” (domingo), João Alberto Twardowski, médico em Guaíra, conta que certa feita um gaúcho rodou os bares de Guarapuava à procura de briga, tal a fama da cidade. Aprontou muitas e saiu desanimado, depois de cruzar com um velhinho sentado no meio-fio, pitando o palheiro:

- Cadê os macho de Guarapuava, os home brabo que tinha por aqui, tchê?

O velhinho só levantou os olhos, deu uma tragada, tirou o cigarrinho da boca e respondeu:

- Os brabo, os macho mesmo, nóis já matemo tudo!

Repercussão familiar:
(Mensagens recebidas via email por Dante Mendonça, autor do Livro, "Banda Polaca - o humor do Brasil Meridional".)

- Prezado Dante,
Ao meu ver meu pai Leonidas, que reside em Guarapuava, seria o mais indicado para citar detalhes da família no contexto de Guarapuava, já que ele mora lá desde nasceu. Inclusive ele está às vesperas de completar 75 anos (30/06/1933). Aproveito para copiar a prima Leonorin que, creio, poderá também ceder mais detalhes. É filha do tio Leomar, irmão do pai, falecido recentemente. Obrigado, e um abraço, Omar.

-Dante,
Apos ler tua materia sobre meu bisavo Wladyslaw Kaminski, gostaria de lhe dizer que os "polacos de Guarapuava" , alguns deles (eu) que moram nos EUA hoje, sabem muito bem sobre o 'tijolinho" no castelo de Wawel e sao extremamente orgulhosos por esse ato de patriotismo
feito por ele. Agradeco pela materia e te desejo tudo de bom. Maressa Kaminski Garcez.

- Caro Dante,
Obrigado pela matéria, serviu de homenagem a muitas pessoas, em especial meu pai Leonidas, o único filho ainda vivo de Wladzyslaw, ou Ladislau, de Guarapuava. Um abraço, Kaminski.



terça-feira, 20 de maio de 2008

Inaugurada Casa da Memória em Virmond

Casa da Memória de Virmond

O munícipio de Virmond, no Sudoeste do Paraná, na microrregião de Guarapuava, distante 345 Km de Curitiba, comemorou neste 17 de maio, mais um aniversário de fundação. E aproveitou para inaugurar a Casa da Memória, que resgata a história das 70 famílias de descendentes de polacos que formaram a Colônia Amola Faca (localidade precursora do município de Virmond).
A casa foi construída na praça central da cidade e é uma réplica da residência de Paulo Palinski um dos pioneiros. O projeto foi uma parceria entre Prefeitura e Braspol e coordenado por Geraldo Zapahowski. Cada uma das famílias homenageadas ganhou um quadro com uma foto antiga e texto explicativo. Ao mesmo tempo foi iniciada uma campanha visando dotar a casa de móveis e utensílios típicos da época da colônia.

O processo que antecedeu a emancipação política de Virmond teve participação de uma associação criada por Nelson Segundo, Joersio Carlos de Vargas, Cláudio Benderowicz, Aldino Milani, Valdecir Milani, Salete de Vargas, Edvino Cherpinski, Antônio Szczerba, Pe. Renato Gotti, Casemiro Dombrovski, Joel de Lima Lentch, Osmar Luíz Palinski e Afonso Timm. Pela Lei n.º 02, de 10 de outubro de 1947, foi criado o Distrito Administrativo de Virmond. Em 17 de maio de 1990, através da Lei Estadual n.º 9.250, foi criado o município, com território desmembrado de Laranjeiras do Sul. A instalação oficial ocorreu no dia 1º de janeiro de 1993.

Embora possua como denominação um sobrenome de origem alemã-francesa, o munícipio é uma forte concentração de famílias de origem polaca. A maioria de sua população descende dos imigrantes polacos da Colônia Amola Faca.

Este núcleo colonizatório foi organizado pelo então cônsul da Polônia, Kazimierz Głuchowski, que em 1920, adquiriu terras no munícipio de Guarapuava. O primeiro cônsul da Polônia, no sul do Brasil, logo ao tomar posse em 1921, formou uma sociedade de colonização junto com Franciszek Łyp e Władysław Radecki. Emprestou então 10 mil réis de Władysław Kamiński e comprou a Fazenda Amola Faca para efeitos de colonização. Para formar a colônia chamou famílias de imigrantes polacos espalhados pelo Brasil, que haviam se desfeito de suas terras por um motivo ou outro. A primeira escola surgiu em 1924 e a primeira igreja em 1928, período em que chegou à localidade o padre Paulo Schnneider, juntamente com irmãs carmelitas.

Władysław Kamiński é a mesma pessoa que, em 1922, contribuiu com a restauração do Castelo de Wawel, em Cracóvia, e que por isso tem seu nome entre as placas dos polacos de todo o mundo que ajudaram na reconstrução do símbolo da nação polaca. Sua placa está colocada logo no início da muralha que dá acessos aos portões de Wawel.

A área adquirida tinha sido a Fazenda Amola Faca, que havia pertencido a Frederico Guilherme Virmond (nascido em 1791 e morto em 1876), prussiano que estudou medicina em Berlim e contribuiu para a construção da Cadeia Velha e da Fundação da Sociedade Harmonia Lapoense da cidade da Lapa. O médico e pintor Virmond comprou a fazenda em 1852, no então município de Guarapuava, embora continuasse a morar na Lapa. O opúsculo escrito por David Carneiro, em 1929, que deu início à sua carreira de historiador foi justamente sobre a figura Frederico Guilherme Virmond. Segundo Carneiro, Virmond foi possivelmente o primeiro pintor a se radicar no Paraná. Mais tarde, a Fazenda Amola Faca de 24 mil hectares foi vendida para o guarapuavano Ernesto Queiroz. Este vendeu, em 1923, 4 mil hectares da fazenda para a Sociedade Colonizadora do Cônsul Głuchowski.

Mapa com as áreas onde a Sociedade do cônsul Głuchowski estaria colonizando

Władysław Radecki era o encarregado das vendas das parcelas de terras às famílias polacas, que eram originárias de Curitiba, São Mateus do Sul (Água Branca), Prudentópolis e do Rio Grande do Sul. O médico J. Czaki foi contratado para atender num ambulatório construído pela sociedade colonizadora. O preço máximo do alqueire era de 70 mil réis.

Mapa da Colônia Amola Faca (atual Virmond) com seus lotes numerados

Estas foram as primeiras pessoas a comprar terra na Colônia de Amola Faca: 1 - Władysław Radecki, 2 - Piotr Walicki, 3 - Józef Jasiński, 4 - Władysław Jasiński, 5 - Walenty Jasiński, 6 - Franciszek Mierzwa, 7 - Walenty Mierzwa, 8 - Józef Warchoł, 9 - Jakób Szichta, 10 -Macin Belinowski, 11 - Józef Telasko, 12 - Józef Grzeszczyszyn, 13 - Józef Wasiak, 14 -Katarzyna Chmielowska, 15 – Dr. J. Czaki, 16 - Walenty Jasiński, 17 - Jan Jasiński, 18 -Szczepan Jagas, 19 - Michał Lisowski, 20 - Adam Wasiak, 21 - Adam Fidryszewski, 22 - Walenty Mierzwa, 23 - Franciszek Wojdyła, 24 - Paweł Leniewicz, 25 - Andrej Fidryszewski, 26 - Franciszek Kochanowski, 27 - Józef Miński, 28 - Sylwester Wojdyła, 29 - Franciszek Karmański, 30 - Władysław Karmański, 31 - K. Kasan, 32 - Aleksander Rabel, 33 - Bernard Gurkowski, 34 - J. Półchołopek, 35 - J. Michałowicz, 36 - Wawrzyniec Michałowicz, 37 - Jan Cirruścinski, 38 - Kazimierz Kochanowski, 39 - Stanisław Dąbrowski, 40 - Aleksander Malinowski, 41 - A. Paliński, 42 - Paweł Paliński, 43 - Michał Radłowski, 44 - J. Rolak, 45 - Stefan Chociaj, 46 - Stanisław Zawadzki, 47 - Michał Zimbros, 48 - Jan Wojciechowski, 49 - Adam Frydrych, 50 - Józef Grad, 51 - Józef Kłaczek, 52 - Klara Rolakowa, 53 - Dr. Arystydes Queiroz, 54 - A. Frydrych, 55 - Paweł Pietrzek, 56 - Jan Pilarski, 57 - Aleksander Radecki, 58 - Henryk Radecki, 59 - Dr. J. Czaki e A. Kawecki, 60 - Celuśniak, 61 - A. Łukasiewicz, 62 - M. Józwiak, 63 - W Buszkiewicz, 64 - Józef Pietrzak e 65 - Marcin Krakowski. (Os números correspondem aos lotes no mapa).

fonte: arquivo particular de Ulisses Iarochinski

segunda-feira, 19 de maio de 2008

O turismo cresce em todas as cidades polacas

Calçada da Fama em Łódż, capital do cinema - Foto: Ulisses Iarochinski

A primavera tem sido de dias ensolarados e belos na Polônia, o que tem feito os turistas chegarem mais cedo ao país. Cracóvia é disparada a cidade de maior fluxo de turistas, mas outras cidades também começam a perceber o incremento de visitantes. São os casos de Varsóvia, Łódź, Gdańsk, Wrocław, Poznań e Katowice.
Łódź (pronuncia-se uudji e não lóds), por exemplo, sofre de da péssima impressão que costumam causar as cidades industrializadas. Mas segundo Krzysztof Łopaciński, diretor do Instytuto de Turismo da cidade, nos últimos cinco anos o fluxo de turistas aumentou 60%. Em 2006 mais de 284 mil pessoas visitaram a cidade, que além do centro industrial de confecções (um dos maiores da União Soviética na época), possui cerca de 200 palácios e mansões, que pertenciam aos milionários industriais. Mas a cidade atrai também pelos mais de 40 festivais de música e de cinema. Não bastasse isso, é um centro de peregrinação de israelenses e judeus de todo o mundo, pois a cidade concentrou uma das maiores populações de origem judia antes da segunda guerra mundial em toda a Europa. O cemitério judaico da cidade é outro ponto de atração turística que recebe muitos visitantes.

Centro histórico de Cracóvia rodeado pelo bosque austríaco

Mas é evidente que ainda não se compara aos quase 9 milhões de turistas que visitaram Cracóvia no último verão. A antiga capital da Polônia é por tradição um centro cultural e turístico comparado a Berlin, Paris, Roma e Praga. Para este verão de 2008, a cidade tem uma segunda estretégia para atrair turistas além dos locais onde viveu o Papa João Paulo II, a mina de Sal de Wielicka, os campos de concentração de Auschwitz-Birkenau-Monowitz, que é o bairro de Nowa Huta, ou cidade comunista. mais e mais turistas se interessam em saber como era viver num cidade projetada arquitetônicamente para ser um centro comunista. Em Nowa Huta (20 minutos do centro histórico de Cracóvia) o turista pode almoçar num típico Bar Mleczne a baixissimo preço o melhor da culinária tradicional polaca.

Nowa Huta - símbolo da arquitetura e urbanismo comunistas

O turismo tem trazido também uma mudança na situação sócio-econômica da população. em que pese a melhoria neste item ter sido menor, já começam a ser sentidos os efeitos nos preços das coisas. Os dados a seguir dão uma idéia de como trabalhar e morar na Polônia está:

Desemprego nas maiores cidades de acordo com dados da GUS referentes a 2007: Poznań – 2,9 %; Varsóvia – 3,0 %; Gdańsk – 3,7 %; Lublin – 8,3 %; Łódź – 8,7 %; Kielce – 10,2 %;

Salário médio no setor privado: Katowice – 3891,66 zł; Gdańsk – 3814,60 zł; Varsóvia – 3805,28 zł; Lublin – 2508,14 zł; Kielce – 2444,42 zł; Gorzów Wielkopolskie – 2334,77 zł.

Preço de venda de apartamentos de 50 metros quadrados em edifícios novos: Varsóvia entre 350 a 750 mil zł; Kraków entre 350 a 400 mil zł; Wrocław entre 300 a 350 mil zł; Łódź entre 170 a 300 mil zł; Katowice entre 170 a 200 mil zł; Lublin entre 225 a 300 mil zł.
Fonte: jornal Rzeczpospolita

Wałęsa diz ter provas de que não era espião


O ex-presidente Lech Wałęsa (lérrhhh vauensa), entrevistado pela TVN sobre as investigações do Instituto da Memória Nacional, afirmou: "Eu sei a verdade, eu sei quem é Bolka. Eu advirto, porque eu sei verdade. Eu quero só saber de verdades e não de manipulações. Como até aqui este assunto Bolka, só tem apresentado manipulações e inverdades, eu digo que tenho provas."
E continuou a entrevista dizendo que ele pode apresentar a qualquer momento as provas que elucidam quem realmente ajudou o SB (serviço secreto comunista polaco). "Pessoas escrevem livros sobre isto, justo quando se vai comemorar 25 anos do Prêmio Nobel que recebi. Isto não pode ser um acidente." criticou, o ex-líder do Sindicato Solidariedade que derrubou o mundo soviético.
"Muitas pessoas querem blasfemar sobre a vitória polaca.", sublinhou Wałęsa, para concluir que, segundo sua opinião, estes pesquisadores do Instituto querem com este livro apenas buscar sensacionalismo.
Alguns oponentes do ex-líder do "Solidarność" continuamente lançam suspeitas de que Wałęsa teria sido agente do serviço secreto comunista com o codinome de "Bolka", contrariando o veredito de um tribunal, que garante que Lech não foi agente do governo comunista.
A TV Polsat apresentou reportagem em seu telejornal Wydarzenia onde mostra um documento de 1971, onde o diretor do serviço secreto SB afirma que Wałęsa não era colaborador.
No final, a repórter informa que a Rádio Livre Europa na década de 70 anunciou em suas transmissões que o SB teria falsificado documento para comprometer as ações do eletricista Lech Wałęsa. A seguir a reportagem completa (infelizmente só em idioma polaco - ainda não estamos equipados para colocar legenda nestas reproduções de video de TV pela Internet):

domingo, 18 de maio de 2008

Guarapuava no Wawel


Com a volta da Polônia ao mapa da Europa em 1918, depois de 127 anos de ocupação estrangeira, muita coisa teve que ser reconstruída. Uma delas, foi o Castelo de Wawel, em Cracóvia, sede do grande Reino Polônia-Lituânia dos séculos 14 e 15 e que tinha sido desfigurado pela ocupação Austro-húngara.
Como o recém Estado não tinha dinheiro suficiente, foi realizada uma campanha internacional para angariar fundos para a restauração do Castelo e da Catedral de Wawel. Muitos que haviam emigrado e viviam naquele tempo, na França, Rússia, Estados Unidos e Paraná colaboraram.
Assim, em retribuição ao gesto, os restauradores colocaram na muralha ao lado da rampa que sobe da cidade velha ao portão do Castelo, várias placas com os nomes dos contribuintes... e adivinha: logo no início está lá uma placa em granito branco: Władzysław Kamiński - Guarapuava Parana Brazylia 1922.
Sim o guarapuavano "Ladislau" precursor dos Kaminski da cidade mandou dinheiro para reconstruir o "Panteão Nacional" da Polônia.
Creio que nem os Kaminski de Guarapuava sabem disto... Lá na cidade do ventos frios do Paraná há o famoso Hotel Kaminski, bem no centro da cidade. Guarapuava, pois, também é terra de polacos.

Encontros brasileiros em Cracóvia

Comandando o samba na festa "Brasil Alegria"
Inicialmente a intenção era descrever como se vivem os estudantes brasileiros em Cracóvia para uma brasileira de Varsóvia, mas o texto foi aumentando, que resolvi partilhar estas impressões e informações com os leitores do blog. Assim que, também acontecem festas "brasileiras" comandadas por de DJs (geralmente eles vêm de Varsóvia). Realmente não são festas brasileiras, mas são aquelas baladas organizadas em discotecas, sem música brasileira, não têm nada de Brasil, muito menos tem brasileiro no salão de dança. É muita rumba e salsa para caracterizar estas festas de brasileiras. Parece que é mais uma jogada de marketing usar o bom nome da MPB, do samba e do carnaval brasileiro para mostrar música dos países hispano-americano. Tem muita gente que acha que no Brasil se fala espanhol e que América Latina é a terra do carnaval. Nada mais ignorante. Colocam as cores verde-amarelas e o nome Brasil nos cartazes e com isso atraem público.
Contudo, a pequena comunidade de estudantes brasileiros sim, reúne-se regularmente em Cracóvia. O cônsul honorário brasileiro (um polaco) promove reuniões de tempos em tempos. Geralmente em algum bar, ou restaurante da cidade. Ele passa alguma informação e em seguida abre a rodada de cerveja.
Atualmente, apesar do grupo estar diminuindo, devido ao retorno ao Brasil daqueles que encerram ou desistem de seus estudos, os encontros para uma cervejinha continuam ocorrendo... e a cerveja polaca é das melhores. Difícil é escolher entre Okocim, Tyskie, Żywiec, Tatras, Lech... Nos últimos dois anos, os encontros de fim de semana acontecem num bar, propriedade de um argentino e de um mexicano amigos, o "El Sol Latino". Aí já foram realizadas várias festas brasileiras... Até carnaval. Leva-se CDs com MPB e é só samba o que se ouve. Porém, procura-se um outro local. Quem sabe um autênticamente brasileiro, onde não se precisará ouvir a mesma "salsa" o tempo todo e não será necessário abrir alas para o samba na marra. - Algum empresário se habilita?

Cozinhando feijoada em Zakopane
Também costuma haver encontros em datas como o Natal e a Páscoa, ou outro feriado mais prolongado. Quando não se organiza uma "lingüiçada", em Cracóvia mesmo, a reunião ocontece em Zakopane, onde se aluga quartos naquelas casas "Noclegi" e se faz feijoada e se degusta caipirinha. Sempre com muita animação! E, às vezes, com convidados de outras cidades e até países. Nos últimos dois encontros havia pessoas da Rússia e até brasileiros em viagem por aqui. Evidentemente que não são só os 11 estudantes vivendo em Cracóvia (todos descendentes de polacos do Paraná e Rio Grande do Sul). Uma estimativa "empírica" mostrou que havia cerca de 33 brasileiros, no total, na cidade, ano passado e todos de alguma forma eram conhecidos. Entretanto, agora com esta "onda" de ilegais brasileiros vindo tentar se casar com "polaquinhas" para regularizarem suas situações no Reino da Elizabeth, este número fugiu do controle.

Almoçando na Vila Deciusz
Mas estes ilegais não costumam ter sucesso no empreendimento. Até se casam, porém como só querem a cidadania polaca e não se casar realmente, a Voivoda (Estado) da Malopolska não concede cidadania nestes casos. Os funcionários do Departamento de Imigração fornecem somente um visto temporário inicial de um ano, renovável por outros dois anos para o casado estrangeiro. No final de três anos de visto temporário na Polônia (e não na União Européia), o consorte pode requerer o visto de residência permanente. Mas nem sempre isto acontece, pois o que estes ilegais querem mesmo é ser súdito da Rainha da Inglaterra e não morar na Polônia. Assim quando a Polícia em suas investigações constata que o matrimônio não existe e que o estrangeiro não está mais residindo na Polônia, não renova mais o visto. Por outro lado, estes ilegais brasileiros só conhecem da Polônia, as polacas, colegas de trabalho na Grã-Bretanha. Até chegarem aqui, nem sabiam onde, no Mapa Mundi, encontra-se a Polônia. Na maioria das vezes nem o amor das polacas eles têm, pois estas na verdade, vendem o "casamento" por 5 mil libras esterlinas. Mas as autoridades da Malopolska estão atentas a isto e não concedem cidadania, apenas visto temporário.

Esquiando no natal em Zakopane

Há nestes estudantes brasileiros de maneira geral, um orgulho de estarem estudando e vivendo na terra de seus avôs e bisavós. Possuem além do sentimento de brasilidade, de amor as cores verde e amarela, do paladar que clama por feijão e cachaça, sobrenomes com a mesma origem comum polaca. Os encontros da comunidade brasileira estudantil de Cracóvia conseguem reunir o amor pelo Brasil e o respeito pela origem polaca, por isso alguns polacos e polacas que falam português também costumam participar das "festas brasileiras" de Cracóvia.

sábado, 17 de maio de 2008

Ilegal aciona policia na justiça

Foto: Tomasz Wiech / AG

A vientamita Bich N. foi detida pela Polícia de Fronteira num apartamento de Cracóvia numa operação contra a imigração ilegal. Como não falava nada do idioma polaco e não mostrou nenhum documento, e tampouco conseguiu explicar porque, no quarto onde estava deitada quando foi encontrada, existiam 3 mil dólares, a moça de 24 anos foi detida e levada à delegacia. Lá passou mais de 24 horas sem que os policiais conseguissem se comunicar com ela. Até as 11 horas da manhã do dia seguinte foi oferecida a ela somente um copo de água. Em dado momento, os policiais estenderam a ela um papel para que assinasse, ela então começou a chorar e apertar contra a barriga os 3 mil dólares que tinha trazido nas mãos.
A moça que é cabeleireira em Brno, na República Tcheca, estava de visita em casa de amigo vietnamita legal na Polônia, e se encontrava grávida de 3 meses. Durante as horas que passou na delegacia seu "stress" foi enorme, tanto que após exames recomendados pela promotoria pública de Cracóvia, verificou-se que ela perdeu o bebê em gestação. Agora o advogado contratado para defender Bich N. da acusação policial de que esta com gestos havia tentado corromper a policial feminina para que não a detivesse, apresentou ação na justiça contra a polícia, alegando que ao não procederem corretamente na detenção, não chamando, por exemplo, um tradutor e intérprete, causaram a perda da gravidez e colocaram em risco a vida da vietnamita. Os policiais por sua vez alegam que agiram corretamente e que a moça tentou corrompê-los para que não fosse detida. O julgamento da ação está marcado para o próximo mês de junho.

Noite dos Museus Europeus

Fila em frente ao museu Czartoryski em Cracóvia - Foto: Waldek Sosnowski / AG
Centenas de instituições em toda Polônia, entre museus, galerias de arte, arquivos públicos e bibliotecas abrem suas portas durante a noite sem cobrar ingressos. É a "Noite dos Museus Europeus" organizada em 40 países do velho continente e que teve a iniciativa da França que começou em 2005. Ano a ano as filas ao redor dos museus foi aumentando, aumentando e, por exemplo, ano passado cerca de 150 mil pessoas entraram durante à noite em mais de 80 museus de Varsóvia. E assim por todo o país, Poznań, Szczecin, Gdańsk, Wrocław, Lublin, Toruń, Białystok, Zakopane, Słupsk, Sandomierz, Łódż, Kazimierz Dolny e Cracóvia tem suas ruas e sistemas de transporte cheios de gente até de madrugada.
A idéia de abrir as portas do museu numa noite de primavera européia ocorreu pela primeira vez há dez anos em Berlim e desde então duas vezes por ano os berlinenses acorrem aos panteões da cultura.
Na Polônia a primeira vez aconteceu no Muzeum Narodowe (museu nacional) seção Poznań, mas diferente daquela iniciativa, nesta "Noite dos Museus" tudo é grátis. Em Cracóvia, um dos museus mais visitados é o da família Czartoryski. Pertenceu a esta família a esposa do último Rei da Polônia, Isabela Czartoryski. O filho desta Henryk em uma de suas viagens a Itália comprou um quadro de Leonardo da Vinci, que junto com a Gioconda do Louvre de Paris é a outra madona do mestre italiano, "A Madona e o Arminho". (Clique aqui para ler mais sobre a Madona de Cracóvia)
Não tão mundialmente conhecido como a Gioconda, o quadro exposto no museu Czartoryski se transformou num dos símbolos da cidade de Cracóvia, como são o dragão do Wawel, a Igreja Mariacka, a Sukiennice e o Castelo de Wawel.
Apesar da promoção dizer grátis, cada visitante deverá deixar na porta uma moeda de 1 złot neste sábado e domingo, para entrar num destes lugares:

1. Muzeum Archeologiczne w Krakowie
ul. Poselska 3, tel. 012 422 71 00, das 19.00-01.00
2. Muzeum Archidiecezjalne
ul. Kanonicza 19-21, tel. 012 628 82 11, das 18.00-01.00
3. Muzeum Armii Krajowej im. Gen. Emila Fieldorfa "Nila"
ul. Wita Stwosza 12, tel. 012 430 33 63, das 18.00-01.00
4. Muzeum Etnograficzne im. Seweryna Udzieli das 19.00 - 1.00
Pl. Wolnica 1, tel. 012 430 55 63, das 19.00-01.00
5. Muzeum Farmacji Collegium Medicum
ul. Floriańska 25, tel. 012 421 92 79, das 18.00-01.00
6. Muzeum Geologiczne Instytutu Nauk Geologicznych PAN w Krakowie
ul. Senacka 1-3, tel. 012 422 19 10, das 19.00-01.00
7. Muzeum Geologiczne Wydział Geologii, Geofizyki i Ochrony Środowiska AGH
al. Mickiewicza 30, tel. 012 617 23 65, das19.00-01.00
8. Muzeum Historii Fotografii im. Walerego Rzewuskiego
ul. Józefitów 16, tel. 012 634 59 32, das 19.00-01.00
9. Muzeum Historyczne Miasta Krakowa
Rynek Główny 35, tel. 012 422 15 04
10. Muzeum Inżynierii Miejskiej
ul. Św. Wawrzyńca 15, tel. 012 421 12 42, das 18.00-01.00
11. Muzeum Lotnictwa Polskiego
al. Jana Pawła II, tel. 012 642 87 00, das 19.00-01.00
12. Muzeum Narodowe
Gmach Główny, al. 3 Maja 1, tel. 012 295 55 00
Pałac Biskupa Erazma Ciołka
ul. Kanonicza 17
Muzeum Stanisława Wyspiańskiego w Kamienicy Szołayskich
ul. Szczepańska 11, tel.012 422 70 21
Dom Józefa Mehoffera
ul. Krupnicza 26, tel.012 421 11 43
Muzeum Książąt Czartoryskich
ul. św. Jana 19, tel.012 422 15 04
Muzeum Niepołomickie w Zamku Królewskim
Niepołomice, ul. Zamkowa 2, tel. 012 281 30 11
13. Muzeum Paleobotaniczne Instytutu Botaniki UJ
ul. Kopernika 31 , tel. 012 42-41-751, das 19.00-24.00
14. Muzeum Starego Teatru
ul. Jagiellońska 1, tel. 012 422 85 66, das 22.00-01.00
15. Muzeum Sztuki i Techniki Japońskiej Manggha
ul. Konopnickiej 26, tel. 012 267 14 38
16. Muzeum Uniwersytetu Jagiellońskiego Collegium Maius
ul. Jagiellońska 15, tel. 012 422 05 49, das 19.00-01.00
17. Muzeum Zoologiczne Uniwersytetu Jagiellońskiego
ul. R. Ingardena 6, tel. 012 663 26 05, das 19.00- 24.00
18. Muzeum Żup Krakowskich w Wieliczce
Wieliczka ul. Zamkowa 8 tel. 012 289 16 27, das 17.00-01.00
19. Ogród Botaniczny Uniwersytetu Jagiellońskiego
ul. Kopernika 27, tel. 012 421 26 20, das 19.00-24.00
20. Ośrodek Dokumentacji Sztuki Tadeusza Kantora Cricoteka
das 18.00-01.00
ul. Kanonicza 5, tel. 012 422 83 32
Galeria Pracownia T. Kantora, ul. Sienna 7/5, tel. 012 421 32 66
Idea Muzeum Teatru Cricot 2. Ławki ul. Nadwiślańska 4
21. Zamek Królewski na Wawelu Państwowe Zbiory Sztuki
Wawel 5, tel. 012 422 16 97
22. Galeria Sztuki Współczesnej Bunkier Sztuki
pl. Szczepański 3a, tel. 012 422 40 21, das18.00-01.00
23. Krakowska Szkoła Wyższa im. Andrzeja Frycza Modrzewskiego
Galeria U Frycza ul. Kanonicza 9, tel. 012 433 99 00, das 18.00-01.00
24. Muzeum Galicja
ul. Dajwór 18, tel. 012 421 68 42, das 18.00-01.00
25. Stowarzyszenie Willa Decjusza
ul. 28 lipca 1943 roku, tel. 012 425 36 44, das 19.00-01.00
26. Dni Moskwy w Krakowie
koncert moskiewskich solistów - Aula Collegium Novum UJ, ul. Gołębia 24, 21.00
27. "Mistrzowie naszych Mistrzów"
pokaz multimedialny - elewacja Wieży Ratuszowej, das 21.15, 22.30

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Devolvida cidadania polaca a israelense

Roqueiro polaco-israelense Efraim Shamir

O roqueiro israelense Efraim Shamir tem confirmada sua cidadania polaca. A entrega da cidadania foi nesta sexta-feira, 15 de maio. O conhecidíssimo músico pop israelense que viveu quando criança em Bytom, na Silésia, Sul da Polônia, foi expulso junto com sua família em 1968, durante a onda anti-semita desencadeada pelas autoridades comunistas da Polônia.
"Eu estou alegre e feliz que tenha sido possível fazer isto tudo tão rápido", disse o cantor, que agora é ao mesmo tempo polaco e israelense. Shamir recordou que quando estava deixando a Polônia, em 1968, pensou que nunca mais voltaria a pisar o solo da terra onde nasceu. Ele se sentia ofendido com as provocações dos amigos que preferiram confiar nas autoridades comunistas do que nele. "Eu percebi então que meu futuro aqui estava impedido e que eu não alcançaria nada na Polônia." Com o passar do tempo, morando em Israel, sua atitude para a com a Polônia foi mudando e cada vez mais crescia nele um desejo de voltar ao país de sua infância.
Em março de 1968 muitos polacos de origem judaica tiveram que compulsoriamente deixar a Polônia com um documento de viagem dizendo que eles não eram mais cidadãos polacos. Entre 10 mil a 20 mil polacos de origem judia deixaram a Polônia. Efraim Shamir solicitou a confirmação de sua cidadania polaca na última terça-feira, 12 de maio, ao Presidente da Voivoda da Silésia. Ele disse que com sua ação, além de querer profundamente a Polônia, deseja cooperar com os artistas polacos. O músico pop israelense-polaco afirmou que sempre quis voltar às raízes, mas que isto definitvamente não foi um caminho fácil.