domingo, 30 de novembro de 2008
sábado, 29 de novembro de 2008
Esbek: "Não recrutei Lech Wałęsa"
Tradução da ficha publicada no livro "SB a Lech Wałęsa - przyczynek do biografii" de Sławomir Cenckiewicz e Piotr Gontarczyk: Capitão Edward Graczyk (nasceu em 1933, falecido - data de morte desconhecida) oficial de contra-espionagem em Olsztyn, o qual em dezembro de 1970 foi imcumbido para o Departamento SB III em Gdańsk. Em 19 de dezembro de 1970, realizou na detenção conversa com o detido Lech Wałęsa. Ele recrutou e foi o primeiro oficial a dirigir TW "Bolek". A foto é de 1956. Fonte: Departamento do IPN.
P.S. e como ficam agora os dois historiadores do IPN que se basearam em "pretensas" anotações deste senhor Edward Graczyk? E como fica aquele anônimo comentarista do meu blog, que afirma que em escrevo coisas "enganosas" a respeito da atualidade polaca? O anônimo já tinha condenado o ex-presidente Wałęsa e dado-lhe o perfil de traidor?
Mas esta história está longe de acabar aqui. Há muito ciúme na Polônia, por parte de inimigos políticos o ex-líder do Solidariedade, por ser ele um ícone da Polônia e um dos dois polacos mais conhecidos no mundo. O outro é o Papa João Paulo II.
Cancelado "tour" Mazowsze no Brasil
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
Neve em Cracóvia
Reportagem produzida para a Televisão SBT e apresentada no telejornal SBT Brasil, do último sábado, 22 de novembro. Falo sobre a queda da primeira nevada do inverno 2008/2009 na Polônia. Há boas imagens como as da madrugada no ínício e das amazonas no final da matéria.
quinta-feira, 27 de novembro de 2008
Filme de animação polaco
Novo Prêmio para Wałęsa
Kazimierz Pułaski
Soldado do clã Ślepowron e membro da aristrocracia Polaco-Lituana, é também conhecido como o "pai da cavalaria americana". Como militar comandou as forças do Reino Unido Polônia Lituânia na Confederação de Bar contra a dominação russa. Com a derrota e consequente divisão da Polônia imigrou para os Estados Unidos, onde se tornou general das Forças Armadas Continentais durante a Guerra da Independência dos Estados Unidos da América do Norte. Morreu na Batalha de Savannah. Em sua homenagem, uma das pontes de Nova Iorque tem seu nome.
quarta-feira, 26 de novembro de 2008
Crise atinge em cheio a Rússia
Será mesmo Sikorski?
Sorriso amarelo de Kaczyński
terça-feira, 25 de novembro de 2008
Miedviedev chega ao Rio de Janeiro
O Estadão reproduz material da BBC neste "lead" de notícia. Será que não quiseram atrapalhar as negociações de carne e tecnologia militar entre o russo e o governo e os empresários brasileiros?
Icone polaco em terras alagadas de Santa Catarina
Lindas e perfeitas bailarinas polacas do Cia. de Danças Mazowsze de Varsóvia
Ícone do folclore da Polônia, o grupo com 4,5 toneladas de bagagem e 96 componentes, entre corpo de baile, coro e orquestra, faz uma turnê por seis cidades catarinenses.
Lourival Araújo Filho, diretor artístico do Wisla - Grupo Folclórico Polaco do Paraná, de Curitiba, assistiu o espetáculo de estréia no Festival de Danças de Joinville, no último dia 23 de novembro, e resume sua emoção assim: "mesmo com a chuva que fazia zunir o telhado de zinco do Centreventos Cau Hansen em Joinville-SC, o maior ícone do folclore polonês, a Cia de Danças Mazowsze, fez o povo catarinense esquecer das calamidades provocadas pelo mal tempo que assombram o lado de fora daquela belíssima instalação. .../ aqueles que enfrentaram a chuva e a estrada (nosso caso) saíram com sorriso aberto, olhos reluzentes e certos de que a cultura polonesa é composta de maravilhas marcadas pelo colorido dos trajes, pela alegria das coreografias e pela harmonia de suas músicas . Não tenho dúvidas de que o público presente há muito não via um espetáculo tão emocionante. Mesmo tendo assistido o Mazowsze no Brasil e na Polônia, confesso que tamanha emoção jamais havia sentido..../".
Lourival, que já dançou no grupo Sowianki da Universidade Iaguielônia de Cracóvia e até recebeu convite para dançar no Mazowsze, relembra que, "A presença do Mazowsze no Brasil é, sem dúvida, fruto do compromisso cultural do Governador do Estado, o Dr Luiz Henrique e também de pessoas como o Sr Ely Diniz da Silva Filho, Diretor do Festival de Danças de Joinville, gente que pessoalmente esteve na Polônia pra conhecer e procurar uma Cia de Danças que pudesse encantar o público do Sul do país..../ Conversando depois com o Sr Ely Diniz, lembrávamos que nos conhecemos em Cracóvia na Polônia e que na ocasião ele, juntamente com o Governador de Santa Catarina procuravam um grupo eslavo de alto nível pra trazer para o Estado. Eu em companhia do jornalista Ulisses Iarochinski, disse que o Mazowsze seria exatamente o que eles procuravam. Fico feliz em poder com tanta emoção ver o Mazowsze no Brasil, mais feliz ainda fico por ver o brilho nos olhos de meus amigos amantes da cultura polaca, fãs do Mazowsze, que tiveram a oportunidade de assistí-lo no Brasil, de pertinho. Enfim, parabéns aos envolvidos na organização da Turnê Mazowsze pelo Estado de Santa Catarina. Parabéns ao Mazowsze e parabéns a todos aqueles que estiveram presentes num espetáculo folclórico polaco maioral."
O Mazowsze iniciou a temporada brasileira, em Florianópolis no dia 22 último, na inauguração do o Teatro Governador Pedro Ivo Campos, anexo ao Centro Administrativo de Governo (Rodovia SC-401, km 5, nº 4.600). O novo espaço cultural de Florianópolis tem 750 lugares.
A cidade de Crisciuma é conhecida por abrigar o maior número de habitantes de origem polaca no Estado de Santa Catarina. Empresas do porte de Azulejos Eliane é propriedade de um descendente de polacos. E o Estado ainda abriga um contingente bastante grande da população que descende de imigrantes polacos. Estes chegaram pela primeira vez em 1869, em Brusque, no Vale do Itajaí. Eram 32 famílias originárias da Silésia polaca. 20 anos depois, aqueles imigrantes que trouxeram na bagagem artefatos e experiência introduziram pólo têxtil mais importante do país. Foram os polacos e não os vizinhos alemães de Blumenau que começaram a confeccionar tecidos em Santa Catarina. Depois disso continuaram a chegar imirantes polacas que se fixaram nas regiões Norte e Nordeste. Um dos maiores grupo chegou a São Bento do Sul em 1973. Outro na colônia Lucena, hoje munícpio de Itaiópolis. Foram ainda para Porto União e Canoinhas. Em 1926, os polacos seguiram para o Meio-oeste, atingindo Caçador e Rio das Antas, constituindo outras comunidades no Oeste e Extremo-oeste até a década de 1940. Eles também ajudaram a colonizar o Sul do Estado e são o maior grupo étnico no Paraná e Rio Grande do Sul.
Na foto acima, está o grupo, que depois de dois anos de estudos e ensaios, estreou no Teatro Polaco de Varsóvia em 1950. O professor Tadeusz Sygietynski, compositor e amante do folclore, junto com sua esposa Mira Zimińska-Sygietynska, atriz que havia iniciado sua carreira no período pré-guerra haviam prometido que se sobrevivessem aos horrores cometidos por nazistas e soviéticos criaram um grupo folclórico. Foi assim que a senhora Ziemińska encerrou sua carreira de atriz e começou a organizar o projeto do grupo. Sygietyński, o compositor, com base em sua experiência em rádio e teatro foram para o campo pesquisar o que o povo cantava e dançava. Não demorou muito para encontraem jovens talentos e depois de vários acordos, o grupo-escola estabeleceu-se em Karolin, localidade nos arredores de Varsóvia, onde existia uma grande propriedade desde o século 19. Desde então, o Mazowsze vive e cria em Karolin, onde 70% da companhia tem menos de 30 anos.
Sikorski: herói exumado
Hoje, no Panteão Nacional, na Catedral do Castelo de Wawel, em Cracóvia, especialistas e peritos começam trabalho de exumação de um dos heróis contemporâneos da Polônia. A tumba do general polaco Władysław Sikorski (vuadissuaf sicorsqui - em português Ladislau) será aberta ainda pela manhã.
A exumação vai tentar responder qual foi realmente a casa de morte do comandante das forças armadas polacas durante a Segunda Guerra Mundial. O General Sikorski foi morreu, segundo as versões conhecidas até hoje, poucos minutos depois de seu avião explodir no Estreito de Gibraltar.
O sarcófago se encontra na cripta Leonardo desde 15 anos atrás, quando os britãnicos devolveram o corpo do general a Polônia. O resultado das análises ainda vai demorar algumas semanas para ser divulgado. Até lá, o que todos sabem é que Sikorski morreu, no dia 4 de julho de 1943, na possessão britânica às margens do Mar Mediterrâneo num acidente aéreo.
Os especialistas irão analisar o código genético DNA para saber se realmente o corpo que voltou a Polõnia em 1943 é realmente do general polaco.
Foto no jardim interno do famoso endereço da Downing Street nr 10 em Londres: ministro britânico das relações extreiores lord Edward Halifax, o primeiro-ministro e marechal polaco Władysław Sikorski, o primeiro-miistro da Grã-Bretanha Winston Churchill e o chefe da dimplomacia polaca August Zaleski.
Władysław Sikorski, que nasceu Tuszów Narodowy, em 1881, foi militar e político dos mais importantes das história da Polônia. Ainda como oficial do exército invasor austríaco trabalhou junto com Józef Piłsudski. Em 1917 ao fim da primeira guerra mundial acabou em crise com Piłsudski, pois este não queria que a legião polaca ficasse sob as ordens do rei Wilhelm II. Em 1920, Sikorski surpreendeu as forças bolcheviques russas, que esperavam um vitória fácil contra a Polônia. Na Batalha de Varsóvia, Sikorski derrotou os russos.
Com o retorno da Polônia no mapa da Europa, Sikorski ocupou vários postos de governo, inclusive o de primeiro-ministro entre de 1922 a 1923 e ministro da defesa de 1923 a 1924. Com o golpe de estado de Piłsudski em 1926, o general perdeu a confiança dos pares de governo. Antes de explodir a segunda guerra mundial em 1939 estava na oposição do regime. Mas acabou por se tornar novamente o primeiro-ministro do Governo da Polônia no exílio e comandante em chefe das Forças Armadas polacas.
segunda-feira, 24 de novembro de 2008
Atentado contra presidentes na Geórgia
O chefe de gabiente da presidência, ministro Michał Kamiński, disse foram ouvidas três séries de disparos contra o comboio. Por sua vez, o presidente georgiano Saakashvili, em coletiva de imprensa afirmou que "Certamente foi uma provocação" e definitivamente os disparos partiram do lado onde estão estacionadas as forças armadas russas.
Lech Kaczyński foi a Geórgia para celebrar o quinto aniversário da Revolução Rosa. Os dois presidentes se deslocaram de improviso ao local onde estão os refugiados do conflito Geórgia-Rússia.
Por sua vez, fontes dos veículos de comunicação da Rússia disseram que realmente foram feitos disparos de alerta, precisamente a 30 metros da fronteira entre Geórgia e Osetia do Sul. Moscou entretanto, negou que tenham sido russos, ou osetianos, os autores dos disparos.
O presidente polaco negou também que seu avião tenha sobrevoado o espaço aéreo russo quando ele viajou para a capital da Geórgia, Tbilisi. Quando eram 23:00 do domingo, o avião presidencial polaco pousava de retorno no aeroporto de Varsóvia, encerrando a curta e acidentada viagem ao vizinho georgiano.
A imprensa, televisão e rádio polacos parmaneceram todo o tempo no acompanhamento do incidente e seus desdobramentos. Na manhã, desta segunda-feira, os principais jornais do país chegaram às bancas com as seguintes manchetes:
Rzeczpospolita: Série de disparos próximos as cabeças presidenciais.
Dziennik: Na fronteira com russos, gritaram georgianos?
Gazeta Wyborcza: Presidente Kaczyński testa russos na Geórgia
O Globo deu esta notícia com a manchete:
"Ataque contra presidentes da Geórgia e Polônia." seguida da notícia:
"TBLISI - A caravana de veículos onde estavam os presidentes da Geórgia, Mikhail Saakashvili, e da Polônia, Lech Kaczynski, foi atacada no domingo a tiros em uma zona adjacente à separatista Ossétia do Sul, na faixa controlada por tropas russas, mas os dois chefes de Estado saíram ilesos.
- Foram disparados vários tiros contra a caravana - disseram fontes do departamento de informação do Ministério do Interior da Geórgia. O oficial de guarda disse que os presidentes se dirigiam a um campo de refugiados para presenciar a entrega de ajuda humanitária e pelo caminho, a pedido de Kaczynski, pararam junto ao distrito de Akhalgori, zona controlada pelas tropas russas. Naquele momento, segundo relatou a um dos guarda-costas do presidente georgiano, soaram três séries de disparos, aparentemente de fuzil, embora nenhuma bala passou perto dos presidentes e sua comitiva. - Os tiros foram feitos a uma distância de cerca des 50 metros, do lado russo, e o mais provável é que fossem tiros para o alto - disse. Imediatamente, os dois presidentes trocaram de automóveis e foram para Tbilisi. As autoridades da Ossétia do Sul negaram qualquer envolvimento."
domingo, 23 de novembro de 2008
Comitiva Kaczyński bombardeada na Geórgia
O comboio de automóveis do presidente da Polônia, que havia deixado o aeroporto da região, foi detido na estrada. Logo em seguida foram disparadas três séries de tiros de carabina. Os tiros não atingiram qualquer um dos automóveis, mas o comboio foi desviado, sem poder chegar aos refugiados, e teve que seguir por outra estrada no sentido da capital.
O chefe de gabinete da presidência, ministro Michał Kamiński, afirmou a TVP-Telewizja Polska, que os tiros partiram do lado russo e "não da parte georgiana, com certeza". E acrescentou que não tem certeza que o alvo seria o comboio de automóveis polacos, "mas os carros foram atingidos. Felizmente ninguém saiu ferido." Numa das limusines do comboio estava além do presidente polaco, o presidente da Geórgia, Micheil Saakaszwili.
Não haverá mais polacos?
Tenho para mim, que é sempre tempo de homenagear os polacos, esta gente que conosco construiu boa parte da mais recente história paranaense. Amo os polacos e tenho por eles uma empatia que, como dizia minha saudosa Helena Kolody (uma “quase-polaca”...), se perde “na trevosa noite dos tempos”.
Foi com eles, os polacos, que a família, recém-chegada do Norte pioneiro, migrantes de cara encardida e modos bugres, aprendemos a fazer as compotas de pepino, além do chucrute em folhas de parreira que embora não seja uma iguaria tipicamente polaca, eles dominavam à perfeição.
Nas discórdias, comuns nas vilas proletárias de então, nos xingavam --- “negrada!”; nós, de nosso lado, cuspíamos o insulto escabroso --- “polacada azeda!”... No fundo, e na superfície, em tudo éramos iguais. E a nostalgia bate espessa a cada vez que, por um motivo ou outro --- agora, foi uma comovente exposição no Museu Paranaense, chamada Raízes do Paraná ---, me vejo às voltas com eles, os polacos. Misturou-se nossa vida de tal modo à deles que, por vezes, me sinto um polaco inteiro...
Por certo não é índio, nem bugre, o sentimento em que me flagro, com freqüência, a chorar pitangas e amoras. Também me vem deles, dos polacos, e sinto isso quase como uma matéria táctil, o incurável lirismo que já me integrou o perfil e o jeito --- irreversivelmente.
Não para menos, leitor: ao tempo em que, crianças, ainda existiam os filhos de legítimos polacos vindos da velha Polska, me criei com eles, rolando nas brigas infames no chão de terra da Visconde de Nácar; ao lado deles estudei nas escolas públicas; com eles, o jogo do bafo das balas Zéquinha.
Além, claro, do privilégio de conviver, da adolescência até o último dia de sua breve vida, com, dos polacos, o mais insigne --- o poeta Paulo Leminski. A quem eu chamava de “Pablo”, como a seu irmão, outro polaco inolvidável, que, sendo Pedro, passou a se chamar “Piotr”, entre os íntimos.
Com ambos revirei as noites cachorras da Curitiba daquele tempo e pusemos, mais de uma vez, nossa vida ao avesso, não é mesmo Jaime Lechinski? Ou me desminta aí poeta Thadeu Wojciechowski! E juntos compusemos sonetos, canções, haicais. E nos passeios e escaladas ao Marumbi, melhor do que nós ou a memória de nós, que o digam mochilas, violões, estrelas...
Olho lá longe, e em meio à lembrança de meus mortos queridos, o que vejo lá é mais que um quadro de Andersen invadido pelo entardecer de Curitiba. Na memória antiga, vislumbro, como a uma fotografia, a velha “ômama”, lenço na cabeça, sentadinha numa solitária cadeira posta no quintal, o avental sobreposto ao comprido vestido até os pés - estes, por sua vez, enfiados nas meias e nos chinelos. À volta dela, muito eretos, rindo, sujinhos, as franjas cor de milho, quatro ou cinco polaquinhos --- endiabrados. Olhar lá atrás, assim, é quase uma lágrima.
Wilson Bueno, escritor.
(Ao Thadeu Wojciechowski)
Texto publicado como posfácio do livro "A Banda Polaca", de Dante Mendonça
P.S. Copiado do blog do autor, sem autorização do autor.
O rei das cartas: Tusk
A neve não para de cair
Na montanha cracoviana do Przegorzały cai neve há mais de 40 horas sem parar. Na sacada, do meu quarto (foto acima) o acúmulo de neve já alcança 25cm. Mas em Cracóvia já caiu quase 50 cm de neve. Os barôemtro nesta manhã marcavam 969 hPA. A temperatura se mantém entre 0 e 5 negativos. A neve cai intermitentemente no Sul do País, enquanto no Norte é acompanhada de chuva.
P.S. Ontem, finalmente, foi ao ar no Telejornal SBT Brasil, apresentado pelo Carlos Nascimento, uma reportagem produzida por mim aqui na Polônia. Justamente sobre a primeira nevada do inverno 2008-09 na Polônia.
sábado, 22 de novembro de 2008
Amanheceu branco em Cracóvia
A previsão do tempo é que continuará nevando nos próximos dias, com uma pequena paradinha na terça-feira, para que a temperatura caia aos 8 graus negativos. Se acompanhar a tradição, o período de neve deve se prolongar até março. Embora esteja no Sul do país, em Cracóvia neva mais e é mais frio que Varsóvia, que está no centro e Gdańsk, que está no Norte da Polônia. O motivo é que as altitudes são maiores e Cracóvia está muito próxima dos Tatras, montanhas da cadeia Cárpartos que faz fronteira com a Eslováquia. Nesta manhã de sábado, a temperatura chegou a 12 negativos no ponto culminante do país, justo na linha de fronteira com a Eslováquia. Muito perto dali está a capital de inverno polaco: a bela Zakopane, onde está fazendo menos 5 graus. Às 9:00 horas da manhã, era este o mapa do tempo na Polônia... as estrelinhas, na ilustração, significam que está caindo neve nestas regiões.
sexta-feira, 21 de novembro de 2008
Avaliação de Kaczyński cada vez pior
Com a publicação do resultado, os polacos se perguntam por que o Presidente da Polônia é cada vez pior avaliado. Parece que o presidente não tem sabido capitalizar suas ações, por exemplo, organizou muito bem a festa em comemoração aos 90 anos da volta da Polônia como um estado independente ao mapa da Europa, agora em 11 de novembro, mas "não convidou Lech Wałęsa para a Noite de Gala e boicotou ao primeir0-ministro Donald Tusk." , segundo a redação do Wyborcza.
Nesta mesma sondagem o CBOS quis saber qual a avaliação que os polacos fazem do governo de Tusk, 42% estão a favor e 23% contra.
P.S. Será que aquele comentarista anônimo vai dizer agora que eu publico informações enganosas?
Concerto em São Paulo pela Independência
Com a violoncelista polaca Ewa Mizerska e a pianista Magdalena Cionek serão apresentadas obras de Chopin, Karlowicz e Wieniawsk. O Centro Cultural fica na Av. Vergueiro, nr 1000, na capital paulista. A entrada é franca, mas é necessário retirar ingressos com uma hora de antecedência.
Cionek estudou na Akademia Muzyczna im. Fryderyka Chopina em Varsóvia e na Western Michigan University em Kalamazoo, Michigan, nos Estados Unidos, onde fez mestrado em Música. Mora e trabalha no Consulado da Polônia em Curitiba.
Já Mizerska se graduou na Akademia Muzyczna im. Fryderyka Chopina de Varsóvia e estudou com Richard Markson no Trinity College of Music de Londres ,onde completou seus estudos. Em 2000, recebeu o primeiro prêmio do 7º Competição Internacional Janácek, em Brno, na República Tcheca. Tem várias audições gravadas.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Sikroski: Doutrina russa deve ser derretida
Sikorski, entre outras coisas, declarou que a justificação da Rússia para invadir a Georgia, dizendo estar defendendo seus amigos no exterior, é uma das doutrinas usada pela aristocracia russa por séculos, justificando sua doutrina de imperialismo. O chanceler polaco disse que "precisamos da doutrina para uma doutrina".
Sikorski declarou também que, "qualquer tentativa adicional para se fazer um novo desenho de fronteiras na Europa através da força ou da subversão será considerado pela Polônia como uma ameaça existencial para nossa segurança e deveria requerer uma resposta proporcional da comunidade Atlântica inteira. Além disso, precisamos fazer com que a tradicional segurança da OTAN seja credível novamente".
Questionado por Martin Walker, da agência UPI, como ele definiria subversão "tendo em conta que a Rússia procura influenciar, por trás do pano, as eleições na Ucrânia", Sikorski disse que o jornalista já havia respondido a questão.
Foi a vez então da jornalista da agência Reuters, Susan Cornell, pressioná-lo com a pergunta se a Polônia apoiou a mudança no artigo 5 da OTAN para extender as garantias para países não membros como Ucrânia e Geórgia, o ministro a interrompeu antes de concluir a pergunta para observar que tinha declarado em Bucareste que "eles um dia ainda vão ser membros da organização", e Cornell completou querendo saber se isto significava força militar, foi a vez de Sikorski, dizer que "eu tenho que ser diplomático".
O ministro polaco então afirmou que as ambições territoriais russas, durante os últimos séculos, se parecem a uma geleira, que às vezes se expande, outras vezes retrocede, mas que a geleira continua lá sempre, existindo. "Agora, que vivemos a era de efeito estufa, está mais do que na hora da geleira derreter. A Rússia, no lugar de ser temida pelos seus tanques de guerra, deveria ser admirada pela sua grande cultura e coragem científica".
Em seguida, o ministro polaco disse que a União Européia possui 400 milhões de consumidores, considerando a zona euro é a maior potência econômica do mundo. "Seria uma questão relativamente simples para a União Européia exigir que a Rússia obedeça as normas internacionais para que, ela possa ter acesso a este grande mercado" e concluiu dizendo que "a União é mestra em regulamentos. Se pode regular a gigante Microsoft, porque não a Gazprom".
No encontro que durou mais de uma hora, Sikorski teve tempo ainda para dizer que "a doutrina Miedwiediew é antiga e implica em conseqüências para a maioria das ex-repúblicas soviéticas. Em abril passado, Władimir Putin sublinhou que a Ucrânia é como uma - obra falsa -" pois não passa de uma minoria étnica no mundo do idioma russo". O posicionamento do ministro polaco é de que o ocorrido na Geórgia pode se repetir na Ucrânia em escala muito maior e colocar em perigo a segurança da Europa. A Polônia não poderia desistir desta posição, pois segundo esta doutrina russa, a qualquer momento os russos tentarão mudar as fronteiras atuais da Europa.
quarta-feira, 19 de novembro de 2008
Conquista em terras polacas
Com o título de "Tożsamość kulturowa Brazylijczyków Polskiego Pochodzenia. Polaco czy Polonês", ou traduzindo "A Identidade Cultural do Brasileiro Descendente de Polacos. Polaco ou Polonês", recebi da banca um resultado de nota alta. A monografia é uma ampliação de meu artigo Porque Polaco, (que pode ser encontrado nos arquivos deste blog) escrito originalmente no doutorado de história que faço na mesma universidade de Cracóvia, desde 2002. O mestrado que encerro agora foi realizado nos últimos dois anos, simultaneamente ao doutorado. O que significa que dentro dos próximos meses estarei enfrentando uma segunda banca de notáveis para defender minha tese na Faculdade de História com o título de "O início da colônia Cruz Machado no limiar do século 20".
A tradução para português da monografia já está pronta em formato livro e com a capa abaixo. Basta apenas o interesse de alguma editora brasileira pelas coisas polacas e o leitor do blog o terá nas mãos.
terça-feira, 18 de novembro de 2008
Festival para Penderecki
Haverá apresentações de pelo menos 7 orquestras sinfônicas e a presença de maestros do porte de Kazimierz Kord, Chee-Yun, Michel Lethiec, Ivan Monighetti, Barry Douglas, Arto Noras, Grigorij Żyslin, Danjulo Ishizaka, Julian Rachlin, Maximiliano Valdés, Radowan Vlatković. Além da Sinfonia Varsovia, Sinfonietta Cracovia, Orquestra Sinfônica Nacional da Radio Polska, Coro da Filarmônica Nacional, Coro da Rádio Polska e coro "Dumka" de Kiev.
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
Polacos: são mais saudáveis
No subtítulo informa-se que, "habitates polacos de 50 verões tiveram 29 anos de saúde, dos quais 18, 5 nas melhores condições. Este é o resultado de uma pesquisa dirigida por Carol Jagger da Universidade de Leicester na Grã-Bretanha. O estudo é financiado pela Comissão Européia e publicada no mais novo semanário Lancet, a mais prestigiada publicação médica no mundo."
domingo, 16 de novembro de 2008
Rússia muda sua palavra
No dia anterior, contudo, em Nice, na França, junto a Nicolas Sarkozy havia dito que se os planos para as bases na Polônia e Tcheca prosseguissem, ele instalaria sua base em Kaliningrado. Sarkozy em coro, afirmou que as bases Norte-americanas nos dois países membros da União Européia era uma idéia péssima. O único a chamar a atenção do presidente de turno europeu, de que ele primeiro teria que ouvir os países membros sobre o assunto, foi Lech Wałęsa.
A declaração de Miedwiediew é um gesto com endereço certo: o presidente eleito Barack Obama. O presidente russo, durante a reunião do G20, na Casa Branca, assinalou que a Rússia tem esperança que as boas relações de governo com a administração de Obama conduzam a uma melhoria nos entendimentos russos-americanos.
"Não faremos nada antes da América dar o primeiro passo" - disse Miedwiediew, expondo seu pensamento de que "temos chance de resolver este problema, ou chegar a um entendimento global sobre os sistemas antimísseis, ou então - no mínimo - encontrar a solução que dê uma resposta a Federação Russa". Miedwiediew declarou ainda que "ao primeiro sinal dado pela próxima administração Norte-americana de Barack Obama, estaremos pronto a resolver este problema e assinar um acordo conjunto". O presidente russo se disse pronto para um encontro com Obama sem pauta e qualquer pré-condição. "E conto com o retorno da confiança mútua entre a Rússia e os Estado Unidos", acrescentou.
Antes de encerrar seu pronunciamento comentou sobre a situação no Cáucaso e assinalou que a Rússia não pretende voltar atrás em sua decisão de reconhecer a independência da Osetia do Sul e a Abchazia. Disse que a Rússia está pronta para normalizar as relações com a Geórgia, mas "não com o atual regime, pois este cometeu crimes."
Barack Obama tem uma dura etapa pela frente. Nos Estados Unidos começa a se ouvir que o país deveria desistir da instalação das bases antimísseis na Polônia e República Tcheca e buscar melhores relações com a Rússia."Quando já esteja governando, Obama terá que reconstruir as relações americano-russas. Deveria estar pronto para rever os planos do sistema de defesa antimísseis na Europa Central", publicou num artigo de sua redação o jornal "Boston Globe". Por sua vez, O "The New York Times" publicou que "Obama pode tentar um novo entendimento para acalmar as relações com a Rússia, começando pela entrada dos russos na Organização Mundial do Comércio e de comum acordo resolver a questão das bases antimísseis. Precisa detalhar, por exemplo, que a base antimísseis na Polônia, nada mais é do que defesa da Europa ante um ataque nuclear do Irã."
sábado, 15 de novembro de 2008
Wałęsa critica Sarkozy
O comentário de Wałęsa foi a propósito das declarações de Sarkozy, publicadas no jornal italiano "Corriere della Sera", deste sábado, de que os Estados Unidos deveriam repensar sobre a instalação de suas bases antimísseis na Europa.
Sarkozy manifestou esta opinião durante o encontro União Européia / Rússia que se realiza em Nice, na Costa Azul francesa. Sarkozy disse que os mísseis não trazem segurança. Concordando de certa forma com a posição de Putin e Miedviedev sobre as bases que serão instaladas na Polônia e República Tcheca. Sobre o comentário de Sarkozy de que os planos russos de instalar uma outra base em Kaliningrado se os Estados Unidos continuarem em seu propósito é preocupante para a paz, Wałęsa disse: "A Diplomacia precisa ter em consideração os resultados. Contudo isto tudo parece ser mais uma vitória russa".
Crítica ou piada?
Publicado no jornal Rzeczpospolita.
No jornal Rzeczpospolita, o colunista Paweł Lisicki se perguntou se Wałęsa não seria um segundo Piłdusdki. Ele começa seu comentário dizendo que "Não havia dúvida que Lech Kaczyński deveria ter convidado Lech Wałęsa para a gala da Independência. Ele só ganharia com isto. Demonstraria, que não guarda rancor. Mesmo que o primeiro líder do “Solidarność” fosse sublimado na cerimônia, ele poderia tirar proveito de tudo isto."
Em seguida, diz que o presidente indignado com os que o criticaram preferiu atirar no próprio pé censurando os meios de comunicação. Voltou a carga contra Wałęsa pedindo misericórda ao ex-presidente. Ironicamente diz que "Wałęsa já é um segundo Piłsudski (coragem, por que não se pode dizer, que Piłsudski é um segundo Wałęsa?), único criador do “Solidarności”, audacioso trabalhador, que sozinho aboliu o comunismo, herói solitário, ao qual a Polônia deve a liberdade e a independência. Wałęsa sim, um polaco que evidententemente deixou a Polônia em débito de gratidão para com ele. Mas ninguém se incomoda nada com isto."
Lisicki diz que o ganhador do prêmio nobel "é um agradável Deus pagão". E se pergunta se ele não seria "um tanto falso?" Pois "isto visivilmente não tem significado."
E a população? Respeita Wałęsą e critica Kaczyński.